Última Linhagem dos Morgenstern

17- Part One: Era Pra Ser Um Dia Feliz.


{Capítulo Revisado e Editado Dia 23/12/2019}

Point of View Narradora

Clary estava no sofá assistindo algo na tevê, era um desenho animado, Bob Esponja, ela adora assistir esse desenho, lá simplesmente não tem lógica, a física parece que não existir. Praia no fundo do mar? Viu, não tem lógica, e isso que é o legal. Ela adora o Bob Esponja, o Patrick Estrela, o ranzinza do Lula Molusco. Não importa que ela tenha quase 17 anos, ela simplesmente adora esses desenhos.

Ela havia acordado primeiro que seu irmão, ele estava dormindo tão bem, parecia um anjo e ela decidiu não o acordar, então ela desceu até a sala e desde então ficou assistindo. Acho que faz 1 hora que ela estava aqui em baixo assistindo desenhos. Para ela é entediante demais ficar nessa casa todos os dias, sem poder sair, o único que sai é o seu irmão. Ele sai para resolver assunto que ele diz que é melhor ela não saber, sai para fazer compras, ele havia comprado roupas para ela, pois não havia roupas femininas aqui. Ela sempre insisti para ele deixar ela ir junto, mas ele sempre fala não.

"Jonathan desceu as escadas, ele estava vestido com uma calça escura, uma camiseta branca e jaqueta de couro junto com óculos escuros e sapatos pretos, estilo bad boy.

— Pra onde você vai? — Clary perguntou ao ver ele.

Ela estava sentada no sofá e assistindo uma aula de culinária na tevê.

— Sair — falou simples.

— Deixa-me ir junto? — perguntou olhando para ele.

— Não.

— Por que só você pode sair daqui? Eu sempre tenho que ficar trancada nessa casa. Parece que eu sou uma prisioneira aqui! — falou com raiva.

— Esqueceu que você está sendo procurada pela Clave, Clary? — lembrou a garota.

— Mas você também está sendo procurado, e você pode sair, por que eu não posso?

— Você foi presa e fugiu, já eu, não fui preso.

— Você é tipo o inimigo número um deles, já eu, não sou, então me deixa ir com você! — insistiu ela.

— Eu já disse que não. Talvez um dia possamos sair juntos, mas, enquanto esse dia não chega, apenas eu posso sair, entendeu? — perguntou a ela.

— Sim! — concordou brava.

— Que bom! — dito isso ele saiu e a deixou novamente sozinha naquela casa."


Foi sempre assim: ele saia e a deixava aqui. Ela tenta se acostumar com ele saindo praticamente toda hora, as vezes sem dar explicações, algumas noites ele chegava tarde e com vestígios de sangue em sua roupa, e com machucados, mas sempre falando que não era nada de mais, mas ela sabia que algo estava acontecendo, mas ele nunca falava a ela e isso já estava a deixando irritada. Toda vez que ela perguntava ele fugia do assunto. Ela tentava não ligar, mas a cada dia ficava mais difícil.

Ela não sabia que toda vez que seu irmão saia era pra protege-los. A cada dia os nephilins estava se aproximando de onde eles estavam. Jonathan sempre saia pra acabar com isso, sim, ele os matava. Ele tentava a cada dia esconder isso da Clary, sempre falando que não era nada de mais, mas era sim. Toda hora movendo o apartamento para cidades diferentes, países desconhecidos. Hoje eles estavam em Seattle, e, pela primeira vez, não havia nenhum nephilim atrás deles. Pelo menos era o que eles achavam.

Clary estava concentrada assistindo seus desenhos que nem viu o seu irmão se aproximar. Ele veio de fininho até o sofá e ficou por trás do sofá a observado. Ela nem percebeu que ele estava ali, bem atrás dela.

— Sério? Você está assistindo desenho? — perguntou com graça.

Ela se assustou ao ouvir ele falar. Ela achava que ele ainda estava dormindo, mas, pelo visto, se enganou.

— Que susto! — Ela colocou a mão no coração, ele apenas riu.

Ele se sentou ao lado dela ainda rindo, ele a puxou de lado e colocou a mão em volta da cintura dela, deu um beijo nela.

— Desculpa amor, não queria te assustar — ele disse ainda ria.

— Hu-hum, sei... — disse e se virou para continuar assistindo os desenhos.

— Nossa, prefere ficar assistindo desenhos do que me dar atenção? — Ele colocou a mão no peito fingindo estar ofendido.

— O desenho é mais interessante — disse se divertindo com o drama exagerado do garoto.

— Nossa, me magoou profundamente. — disse fingindo estar magoado.

Ela não falou nada, apenas riu.

— Sabe — ele tirou as mãos da cintura dela e cruzou os braços. —, eu ia te levar a um lugar fora desta casa, mas, já que o desenho é mais interessante do que eu, pode ficar aqui com ele.

Ela logo parou de rir e olhou para ele.

— O que?! Eu nunca disse isso. O desenho nem é tão interessante assim, você que é! — falou rapidamente.

Ele riu.

— Sei...

— É sério! — ela pegou o controle e desligou a tevê. — Viu? Não é interessante. Agora, por favor, me tira dessa casa e me deixa ver pessoas, eu nem sei mais como socializar com os outros — pediu a ele.

— Tudo bem, a gente vai sair depois do almoço, o.k.? — propôs.

— Claro, desde que eu saia um pouco dessa casa. — Ela sorriu animada.

Ele sorriu de volta.

Ele pegou o controle da mão dela é ligou novamente a tevê, procurou pelos canais até achar algo interessante, logo achou um canal que passava um filme qualquer.

— Sabe — começou ela. — Acho que vou fazer comida, o que acha? — perguntou a ele.

— Acho melhor não — disse rapidamente.

— Por que? — quis saber.

— Primeiro: você não sabe cozinhar. Segundo: você toda vez que tenta cozinhar quase acaba colocando fogo na casa — explicou ele.

Ela o olhou com um olhar mortal.

— O que? Eu só falei a verdade — Argumentou ele.

— Eu aprendi umas coisas assistindo aulas de culinária pela tevê, fica tranquilo, eu não vou botar fogo na casa — ela tranquilizou dando tapinhas nas costas dele.

Ele ficou lá na sala assistindo o filme.

A ruiva logo começou a cozinhar, pegou todos os ingredientes e fez a massa da lasanha, preparou um arroz, fez uma salada, enquanto a comida cozinhava ela tratou de fazer o recheio da lasanha, feito isso levou ao forno. Quanto tudo estava pronto, ela retirou a lasanha do forno, desligou o fogo da comida, colocou a salada em um recipiente e levou tudo a mesa, pegou um vinho e... Voilà, tudo pronto.

— Pronto! — exclamou ela.

Jonathan sentiu aquele cheiro de comida deliciosa e foi até a mesa, chegando lá se surpreendeu com o que a irmã havia preparado.

— Vem, vamos comer — falou a ele.

Eles se sentaram na cadeira e logo se serviram, eles comeram e ele ficou maravilhado com a comida da irmã, simplesmente foi a melhor comida que ela já havia feito, já que tudo que ela fazia saia queima ou cru.

— Wow! — Disse ele.

— É, eu sei, eu cozinho muito bem. — disse convencida.

— Já que você já sabe, eu nem preciso dizer.

— Não! — protestou. — Eu quero ouvir de você que eu sei cozinhar — pediu.

— Você sabe cozinhar, irmãzinha. Não colocou fogo na cozinha e nem queimou a comida. Parabéns. — Bateu palmas.

— Obrigada, irmãozinho — agradeceu.

Após comerem, Jonathan foi obrigado pela Clary a lavar a louça. Ele, depois de muitos argumentos que ela lhe disse, lavou a louça suja. Logo depois eles ficaram um pouco assistindo tevê, brigaram pelo controle como dois irmãos normais, e ela acabou ficando com o controle e colocou em seus desenhos animados, cantando na abertura deles. Jonathan apenas a observava e ria.

— Bom — começou ela —, já que já comemos, assistimos e já é depois do almoço, você tem que me levar pra fora daqui, não é? — lembrou.

— Claro. — Ele abriu um sorriso.

— Aonde vamos? — quis saber.

— É uma surpresa — disse.

— Então, o que eu visto?

— Coloca uma roupa confortável — sugeriu.

— O.k.

Ela subiu as escadas e foi em direção ao quarto, ao entrar, foi ao closet e escolheu uma roupa, depois se dirigiu ao banheiro, tomou um banho rápido e foi se vestir. Colocou uma calça jeans escura, um top ombro a ombro branco e um tênis preto, deixou os cabelos soltos e os dividiu ao meio, passou um batom nude e um rímel. Pronta.

Desceu as escadas e encontrou Jonathan como sempre: sua calça preta, camiseta preta, botas pretas, sua jaqueta de couro preta e seus óculos escuros, com seus cabelos platinados em um topete bagunçado. Um verdadeiro Bad Boy. Ele a olhou lentamente de baixo pra cima e disse:

— Você está linda, irmãzinha — disse com um sorriso malicioso.

— Eu posso dizer o mesmo de você, irmãozinho. — Retribuiu o sorriso malicioso. — Está um verdadeiro bad boy.

— Vamos. — Ele disse estendendo a mão para ela.

Logo eles saíram do apartamento.

Seattle estava linda esta tarde, o céu ainda claro, 15:00 horas aproximadamente, poucas nuvens estavam no céu. Clary respirou fundo o ar, parecia uma eternidade que ela não saia de dentro daquele apartamento, mas se passou apenas uma semana. Depois que o garoto resgatou sua irmã, se passaram uma semana inteira.

Com os braços entrelaçados os dois caminharam pela rua, várias pessoas passavam por eles, algumas meninas comiam Jonathan com os olhos, o que fazia Clary ficar com ciúmes e entrelaçar mais ainda os braços dos dois, o que fazia seu irmão rir, já alguns meninos faziam o mesmo com Clary, Jonathan a abraçou pela cintura em um gesto possessivo, o que fez Clary esboçar um sorriso.

— Odeio o jeito que eles te olham — ele disse com raiva.

— Eu também odeio o jeito que elas te olham. — Clary disse lançando um olhar mortal pra uma loira que olha para ele.

— Calma, irmãzinha, eu só tenho olhos para você. — Ele disse com um sorriso de lado.

— Eu espero mesmo — disse com um tom fingido de ameaça.

— Eu espero que você também só tenha olhos para mim. — Ele disse no mesmo tom.

— Sempre — ela disse.

Ele virou o rosto dela pra si e lhe deu um beijo apaixonado e possessivo.