Treinando uma flor de cerejeira.

Hakurei observava Órion correndo pelos jardins, ora caia e levantava-se ora deitava e rolava na grama. A seguir de princípio, criticou-a mentalmente, parecia uma criança fazendo isso, porém logo recordou, que ela havia despertado a pouco e queria apenas aproveitar os pequenos luxos e prazeres da vida naquele momento. Não queria mais sentir ou nutrir qualquer sentimento por ela, a não ser amizade. No entanto, ela não estava contribuindo para isso, estava mais serena, doce e bela, seu comportamento alegre e jovial lhe cativavam, entretanto veio junto a imaturidade e a imprudência até então. Pois a jovem Kuchiki estava cutucando um enorme vespeiro, que o nobre jamais havia observado em seu jardim.
– Órion?! – gritou o homem desesperado: - não mexa nisso!!!
– Uê?! Porque?! É somente uma casinha de barro esquisita. – responde a jovem com um graveto na mão, perfurando-o, ela estremeceu quando ouviu um estridente zumbido vindo de dentro, quando a primeira vespa saiu sendo seguida pelas outras na direção da moça, ela vira-se para correr, mas cai. – Aaaa.....
– O que você estava pensando, menina?! Esqueceste o que é um vespeiro?! – grita o nobre lhe pegando no colo e correndo, rápido, bem rápido.
– Eu nunca tinha visto um daquela formaaaa... – chorava a Kuchiki nos braços do homem.
– Vocês, Kuchikis, ainda irão me matar! – elucida arfando com a jovem nos braços, à sua frente, Tansui no Hana vinha com um enorme cesto de frutas: - Correee...Hana-chan. – Grita passando pela garota.
– Porque?! – indaga a mais nova, sem entender nada.
– Vespas! – grita Órion.
– Quais, vespas?! – indaga Tansui no Hana, quando os insetos passam ao seu lado, sem nada a fazer: - Essas vespas!!! Pobrezinhas, o que esses monstros fizeram para vocês?! Venham a mim. – ordena a jovem evocando suas grandes asas.
Hakurei para instantaneamente e vira-se, Órion e ele não acreditaram no que estavam vendo. As vespas voavam em círculo em torno já pequena deusa, ela seguiu até o vespeiro destruído, o pegando com suas mãos, seguiu para longe, sendo seguida pelos insetos.
– Co-como assim?! – indaga-se Mikaido.
– Ela é essência pura e é uma deusa, acho que até os insetos reconhecem isso. – responde Órion, trajava que um Hanfu rosa com florais vermelhas de tomoyos e sapatilhas cor de vinho, trazia os longos cachos de ébano preso em seu penteado usual.
–É melhor, nos prepararmos para seguir viagem, assim que ela voltar. – elucida o nobre, examinando a Kuchiki ao seu lado: - você já deve estar pronta para a viagem eu suponho?
– O que é?! Não gostou?! A nee-chan disse que você se agrada desse estilo! Eu gosto também! Prefiro os vestidos chineses do que os quimonos japoneses. – indaga a morena fazendo biquinho, e dando uma charmosa voltinha, fazendo o anfitrião babar.
– Hãã....ficou lindo em você...digo..é, estar bom! Cof, cof... – tenta disfarçar: - verei se os meus criados já terminaram de organizar as mercadorias, se afasta apertando o nariz.
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Rugongai, entardecer:

Tansui no Hana trajava um belo komon preto com florais de ume, usando um kanzashi dourado em forma de tomoyo nos cabelos, e as tradicionais sapatilhas chineses pretas, porém bordadas com florais, seguia correndo na frente da caravana, tropeçou, esfolando o joelho esquerdo, Órion que vinha caminhando ao lado de Hakurei, corre para socorrer a mais nova. Uma veia salta na testa do nobre ao assistir toda cena:
– Hakurei Tansui no Hana, você ainda estar se recuperando do ombro lesionado no confronto com o querubim, agora esfola o joelho?! Vocês querem me matar do coração?! Você vive se ferindo e a outra acha de cutucar vespeiros?! Estou feito com as duas?! – grita levando uma das mãos ao rosto em desaprovação, enquanto seus servos entreolhavam-se assustados.
Ela senta-se chorando, levanta o rosto, o encarando: - foi uma pergunta retórica?
– É melhor não falar mais nada, ele estar uma fera, desde a manhã. – fala Órion levantando-a, após limpar o ferimento: - dar para andar nee-chan?
– Amanhã, nem cicatriz terá, não sei porque a zanga tanto! – emburrava-se a jovem deusa.
– Então isso quer dizer que você consegue andar sozinha. Vamos, continuem. – ordena o nobre bravo, passando adiante as duas.
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Seireitei, Mansão Kuchiki:

– Onde estar By-sam, nee-chan? – indaga Órion Shouri, com a cabeça deitada no colo da alba.
– Não temos notícias dele desde ontem, após Órion-chan, Hana-chan e Hakurei-san irem embora. Já que eles não se encontram em sua residência aqui, devem ter partido para Rukongai e o otou fora atrás deles. – responde a mais velha.
Nesse momento, Ária levanta-se subitamente, quase derrubando sua irmã, ela levou ambas as mãos à boca e correu para o banheiro. Shouri levantou-se meio zonza, mais seguiu a irmã:
– Nee-chan, nee-chan...o que foi, estar passando mal?! – Shouri adentra e depara-se com a irmã vomitando.
– Desculpas...nee-chan...é que me deu um enjoo...tão grande...e tão de repente! – Ária chora: - eu estou com medo....
Shouri se abaixa até onde estava a irmã e chora junto: - Eu não vou te perder...eu prometi que recuperaria a tua saúde...

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Rukongai, rota do comercio:

Assim que achou um lugar seguro para descansarem, Hakurei ordenou aos servos que armassem as barracas e se revezassem nas vigílias. Seguiu para um descampado ao longe com sua alabada:
– Venha Órion, comecemos teu treinamento agora.
– Sim Hakurei-san...aaa.... – grita jovem se estatelando no chão.
– Me chame agora de sensei, e levante-se. – ordena o nobre que a tinha derrubado com uma forte lufada de vento feito com sua arma.
Órion levantou-se, brava, empunhou Akumu no Omo, posicionando-se para contra-atacar, porém logo fora jogada longe, se esborrachando contra uma pequena colina: - Seu infame, que tipo de nobre é esse que atacar cruelmente uma mulher e sem avisar: - gritava de longe, com várias escoriações.
– Teu inimigo jamais será suave e avisará como ou quando atacará... – ele respira fundo e começa: - o que aconteceu com a terrível princesa das avatares?! A Cruel princesinha Kuchiki, sanguinária e destemida em batalha?! – brincava Hakurei.
– Se continuar treinando com você dessa forma, morrerei rapidamente! – Órion atacou com raiva.
Hakurei revidou, conjurando alguns kidous, a irritando ainda mais: - A sorte do Clã Kuchiki é que Shouri veio antes de você e poderá proteger o teu amado By-sama e honrar o nome da família, porque se a segurança do mundo dependesse de você, estaríamos mortos a muito tempo.
Órion empacou, abaixou o rosto, deixou algumas lágrimas caírem: - Não fale sobre o que você não conhece! - aumentou sua reiatsu, causando uma forte ventania.
– Vejam só?! Ela sabe fazer uma leve brisa?! Isso nem move os meus cabelos. – ironiza o nobre a irritando, ele sabia bem como mexer o emocional das pessoas, e sabia muito bem como irritar uma Kuchiki, conhecia seu ponto fraco: - Foi por você que Byakuya sofreu todo esse tempo? Que Shouri e Hana-chan se arriscaram para salvar e ainda por cima me levaram junto? Apsu deve ter se arrependido de ter te criado, e quando percebeu seu erro, decidiu criar Kuchiki Órion Shouri, já prevendo que você falharia e jamais alcançaria o nível de avatar perfeita como ela. Era você que deveria ser chamada de avatar substituta, e não ela! – sorriu o nobre. – Sabe, confesso que fiquei ainda mais apaixonado por ela ao saber que foi ela e não você quem me deu um fora?! Ela sim é uma mulher forte, ousada, decidida.
– Maldito...maldito...eu me iludindo ao nutrir um sentimento por alguém tão baixo e mesquinho como você. – grita Órion que explode sua reiatsu e segue na direção do nobre.
Hakurei paralisou diante da revelação da moça, não a viu se aproximando, quando despertou, foi com o forte golpe que levou com o cabo de Akumu no Omo no estomago e um forte cero lhe atingindo ao mesmo tempo.

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– Bakaaaa.... – grita Tansui no Hana: - você não deve mexer com os sentimentos de uma mulher, e muito menos subjuga-la enquanto endeusa sua rival em sua frente, não se brinca com essas coisas.

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Hakurei levantou-se tonto: - Agora sim, essa me será uma excelente genitora e matriarca!!! Nani? Nani?! Se ela manter esse nível, não precisarei mais do que uma semana para que ela desperte todo o seu poder. – emite o nobre sendo esmagado por um forte kidou.
Enquanto Hakurei a irritava, Órion fora despertando seu conhecimento sobre seus poderes e fora os recordando um por um: - repete o que disseste Hakurei? – Órion usa o Senka em Hakurei, que quase não entendeu nada, ao levantar-se.
– Tenho que admitir, você é melhor aluna em relação a despertar seus poderes comparando com Hana-chan, mas não se iluda menina. – responde desferindo um golpe certeiro na pequena Kuchiki com sua grande alabada que agora flamejava. Mas a jovem utiliza o Itsusemi, coisa que aprendera em seus treinamentos com o seu querido otou-chan.
– Como?! – fala Mikaido se assustando ao golpear o solo.
– Aprendi com By-sama... – responde a jovem sorrindo: - ele dizia que todo herdeiro do trono Kuchiki deveria dominar com maestria a técnica do shumpo e suas derivações. Agora veremos se ainda consigo usar....
Hakurei vira-se irritado e segue em direção da jovem: - Veremos mesmo se você já estar hábil a todos os teus poderes, Tamashi no Gōmon . – grita lançando esse ataque com a mãos esquerda que emitia uma energia roxa.
– Kuchiki puraido. - fala a jovem sendo blindada por uma espécie de escudo de luz. - Este eu mesma inventei, uma espécie de escudo, de alto grau de magia branca que repele energia negras. Agora veremos como você se sai com um ataque que nunca usei antes. Yume o taberu hito! – grita a Kuchiki batendo o acúleo de Akumu no Omo em uma rocha.
Tão logo o nobre é atingindo por um vórtex de escuridão tão rápido que não pode se esquivar, caindo aturdido no chão. Levanta-se trêmulo, apoiando em sua alabada: - Você não deveria brincar com as memorias das pessoas. Esse ataque é muito cruel... – fala trêmulo, mais logo cai desmaiado no chão.
– Hakurei-san?! – grita a Kuchiki o socorrendo: - mas foi você quem começou Hakurei-san, eu nunca havia usado esse tipo de ataque por isso, eu sei o que ele faz com as pessoas. – fala abraçando o homem inconsciente.

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– Vão socorrer o seu senhor, tragam-no para cá agora mesmo. – ordena Tansui aos criados que apenas assistiam tudo boquiabertos.
– Hai... Hakurei-san! – respondem dois servos correndo para onde estavam Hakurei e Órion.
– eu falei para não brincar com os sentimentos de uma mulher... você bem que mereceu seu baka. – elucida Tansui suspirando: - Yoko, prepare uma infusão de ervas anti-inflamatórias e me traga a arca de primeiros socorros e panos limpos.
– Hai Hakurei-san. –responde uma criada que era encarregada da comida durante as viagens.