Órion! The Clan Hope Kuchiki

Desilusões e Revelações


O Kuchiki somente deixou Órion em casa e voltou para o trabalho sem ao menos se despedir ou dá uma explicação sobre o ocorrido no 4° Bantai, aquele atitude a fez ferver de ódio: ‘ como alguém se diz bem educado e nobre pode agir dessa forma, tão grosseira, frio, calculista e indiferente? Detesto isso nele, se ele soubesse, como se isso fosse mudar, pode ser lindo, uma perdição, mas é rude, horrível agindo assim, tão- tão... Eu não tenho nem palavras para descrever essa atitude’, seguindo para o seu quarto, grita furiosa:

– Seu brutooo... ignoranteeee....- e começa a chorar,- eu te detesto, te odeio....

– O que foi menina, não conseguiu curar Zaraki taichou? – pergunta Yui que chega correndo no quarto, preocupada.

– Conseguir, foi muito fácil, o problema é By- By-samaaaa.- chora ainda.

– Como assim, o que te fez?

– Porque senhora Yui ele é assim?

– Assim como menina, estás me preocupando.

– tão frio e tão indiferente que chega a ser grosso, um idiota.

– me explique, para que eu possa entender melhor.

– Ora me trata com carinho, ora tão gélido que chega a dar medo, na frente dos que estavam na enfermaria, me tratou como se fosse sua namorada, alguém importante, demonstrando até ciúmes, mas foi só fingimento para amedrontar os homens que me olhavam e um sinal de aviso para Zaraki taichou, como se eu fosse um objeto dele, ai me traz para casa sem ao menos, me esclarecer o porquê dos seus atos passados e nem se despedi, me deixando a ver navios.

– Ele nem sempre fora assim, Pequena!

– Como alguém pode amar um ser tão gélido como esse?

Órion refletiu o resto da manhã, sem sair do seu quarto e determinou o quanto era difícil e doloroso amar o Líder Kuchiki, ainda, mas, após Yui revelar sobre o amor incondicional do nobre por sua falecida esposa, a qual jurou amor eterno. Órion viu seu dia ensolarado encher de nuvens sombrias e carregadas, despejando um dilúvio:

– Então ele nunca amará outra vez, enquanto não se livrar dessa promessa insana e abrir seu coração para um novo amor, viu agora confirmo mesmo a minha hipótese, ele é mais louco do que imaginei e se esconde atrás de toda essa pose de nobre!

– Menina! Porque pensas assim?

– Posso não entender muito sobre o assunto, mas amar verdadeiramente é uma coisa, agora jurar amor eterno para um defunto e se negar a ser feliz outra vez, isso sim é insanidade. Não dá para competir com alguém que já morreu e feita essa promessa. Achei linda a história dos dois, como ele quebrou as regras do Clã, enfrentou toda Família por amor. Porém continuar solitário sem dar chance ao seu coração de amar outra vez e tentar ser feliz, é ser estúpido.é bom manter as lembranças felizes do passado, entretanto viver preso a ele, é sofrimento por toda a vida, é loucura. E ele ainda acusa Mayuri de lunático e Zaraki de psicopata sanguinário, só para dizer que é superior, é de mais para mim.

– Menina ainda não desista, eu e Arina-sama temos uma grande esperança, desde que você chegou Byakuya-sama mudou muito, você devolveu a ele algo que não víamos desde os tempos de Hisana. E o amor às vezes leva tempo para se mostrar. Deixe o tempo passar!

– Talvez eu não tenha todo esse tempo, posso levar a minha vida inteira aqui e ele pode não mudar, assim como minha estadia aqui pode ser efêmera. Pois vim para esta era e não sei nada sobre minha missão ou quem eu sou realmente, deixei-me apaixonar por alguém que jurou não amar ninguém mais que sua falecida esposa. É fechado, solitário, não demonstra sentimento por ninguém.

– E os ataques de ciúmes que você mencionou? – pergunta esperançosa Yui.

– provavelmente teatro, apenas para manter os homens longes, como se fosse meu dono, o que ele não é, quer me manter trancada o tempo todo nesta casa, para mostrar depois aos imbecis nobres a ‘ princesa Kuchiki, dona de uma grande beleza e enorme poder, que só o nosso Clã possui’, eu já cansei disso tudo. – choraminga.

– Paciência, é só que te peço, querendo você ou não, tu trouxestes esperança para esta família. Não se muda o mundo de um dia para o outro.

– Não estamos falando do mundo, estamos discorrendo de um único homem, frio, solitário, regido, autoritário, que se acha superior a todos e que tudo tem que ser do seu jeito, podendo fazer tudo o que quer só por causa da sua nobreza e status. Ainda mas, ama fortemente uma pessoa morta, não deixando espaço para uma viva entrar, ou seja, ele se sepultou vivo nessa mansão e quer que eu me enterre com ele, isso não vai acontecer ouviu.

– Órion, minha filha tenha calma, por favor?

– Não posso, eu nem sei quanto tempo tenho aqui, sou presa fácil daquilo que vim caçar, já que esqueci quase tudo, principalmente minha historia.

–Como isso foi possível, se você não sofreu trauma nenhum?

– talvez pelo fato de meu tempo não existir nesta época, juntando o lugar por onde viajei, em que o tempo e espaço se misturam numa velocidade sobrenatural, apagou ou simplesmente bloqueou minha mente, ocluindo a minha identidade, ,,, hã-hã-hãã....

– Órion, Órion, menina o que foi, responde! – Yui começa a desesperar-se. - está gelada, meu Pai o que faço? Mandarei chamar Byakuya-sama.

– H-hum?! Porque irá chamá-lo, o que foi que aconteceu?- pergunta a morena após passar por um transe, despertando com os gritos da pobre senhora.

– V-você ficou imóvel, fria e pálida nem me ouvia, o que aconteceu, está doente?

– Não, é que, que eu lembrei, - Órion começa a sorrir- eu me lembrei de algo muito importante!

– Do que, fale, por favor. Suplica a senhora.

– Eu, eu não viajei despreparada e muito menos ao acaso. Fui escolhida por ser a única capaz, justamente por causa dos meus poderes. Por saber manipular o tempo, controlar trevas e luz de uma única vez, por uma transformação capaz de suportar a pressão exercida pela colisão de eras, o inicio e fim de tudo e por ter velocidade suficiente para isso, lá tudo ocorre em frações de milésimos, sem boa velocidade fica presa no vórtex, envelhece em instantes e morre. E eu trouxe algo que me ajudaria a lembrar de quem eu sou e o que vim fazer, quem eu deverei enfrentar, mas não está comigo. – diz triste.

– Você perdeu durante a viagem, o que era?

– eu cheguei com ela, me recordo agora, mas acho que soltou da minha cintura, quando impedir o ataque de By-sama, digo, Byakuya-sama. É uma pequena bosuton baggu de seda branca e cetim prateado com um cordão de pérolas, dentro há tudo que eu preciso saber, sobre mim e minha missão, preciso achá-la.

– Mas onde irás procurar Menina?

– Irei começar por aonde cheguei, já faz meses, mas se tiver sorte ninguém pode ter encontrado ainda.

– E se já a encontraram, é um pequeno tesouro, sabias? O que farás tu? E se já a abriram e leram o que tem dentro?

– Não, ninguém a abrirá, somente com o encantamento certo o laço se desfaz, nem se tentarem cortar ou rebentar o cordão, a bolsa continuará intacta. E o que tem dentro, está em uma língua estranha para vocês, acredito que nem Mayuri taichou conheça tal dialeto, preciso achá-la dona Yui.

– Que menina sábia, é bem cautelosa, vais agora, nem almoçaste ainda!

– talvez assim eu tenha fome durante o jantar e paciência para ouvir a tal proposta de Byakuya-sama, até mais senhora Yui. – Se despede saltando pela janela.

Enquanto Yui a ver sumindo após os muros, suspira:

– Espero que Byakuya-sama, tome uma decisão o mais rápido possível, não tiro a razão dela!