Órion! The Clan Hope Kuchiki

Juushirou Ukitake: uma tarde kimochi no ii


Órion chegou ao lugar em que dera fuga para Ichigo e Rukia, também onde encontrou Byakuya à primeira vez. Havia arvores bem frondosas, grama verde e alta, rochas grandes perdidas na vegetação que envolvia um cristalino riacho, onde peixes saltavam às vezes. Já passava do meio dia e o sol ia alto, ela muito procurou, porém nada encontrou, estava cansada, com fome e fazia calor. Desistiu da procura, após conclui:

– Já faz meses que eu cheguei aqui, alguém já a encontrou, agora devo procurar tal pessoa, mas como? Se oferecer uma recompensa talvez apareça quem a achou, mas para isso terei que ceder aos caprichos de By-sama, que droga, nem que arrume um trabalho, mas não pedirei a ele!

Sentou na encosta de uma rocha a beira do riacho e colocou os pés na água fria, fechou os olhos para descansar um pouco, quando escuta:

– Nossa! Essa é uma maneira bastante peculiar de pescar, senhorita. – diz um homem já ao seu lado.

– Hã! A aaaa....- grita a menina caindo na água devido ao susto.

– Desculpe senhorita não queria assustá-la, é que nunca a vir por aqui, venha deixa-me ajudá-la. Diz oferecendo a mão e puxando-a da água.

– Não se preocupe, a culpa foi minha por baixar a guarda, muito obrigada. – fala aceitando a ajuda.

Somente após ela sair da água é que repara no homem à sua frente, nota um homem alto, com uma aparência um tanto magra, longos cabelos brancos, repartido no lado direito, deixando uma charmosa franja sobre o olho esquerdo, de rosto belo e agradavel que passava calma. a parentando ser gentil, vestindo o uniforme comum de shinigami com o haori dos capitães de mangas compridas, e um forro vermelho, na obe estreita guardava sua zampakutou. A menina perdera o folego diante do desconhecido:

– konnichiwa! shitsurei shimasu! O senhor é um capitão!

– konnichiwa! Bela don-donzela!

Só então o taichou reparou na garota à sua frente: viu uma menina de estatura baixa, porém de uma beleza surreal, pele branca, fáceis rosadas, olhos castanhos de uma pureza profunda, cabelos cacheados longos e pretos como a mais escura das noites sem lua, com curvas suntuosas nada discretas naquelas roupas molhadas. Reparou por causa das roupas encharcadas um busto proporcional ao seu tamanho, que ostentavam rígidos seios medianos, uma delgada cintura que contrastava com largas ancas, que faziam jus às pernas e nádegas. Deixando este escapar um filete de sangue nasal. Descobre através da descrição de Shunsui que aquela sem duvida era a princesinha Kuchiki, apenas pergunta:

– Porque estás se desculpando, por acaso me fizeste algo, sem eu perceber? Até onde sei fui eu quem a fez cair na água pelo susto que a dei, sou eu quem pede me perdoe, não foi minha intenção, alias me chamo Ukitake, muito prazer princesa Kuchiki!

– Como sabe quem eu sou, se nada falei ainda?

– Tua fama é grande e o Comandante falou-me de você e dos seus extraordinários poderes, você é mais bela do que dizem!

– O-obrigada! Me cha-chamo Órion, o prazer é todo meuuu! – responde a menina que mais parecia um tomate maduro, sem se dar conta das roupas quase transparentes aderidas ás ‘modestas’ curvas corporais.

– o que fazes aqui, se me permite a pergunta, Pequena?

– estava procurando algo que perdi, porém não achei, creio que aqui deve pertencer ao seu bantai, estou certa Ukitake taichou?

– Hum? Ah! Claro, aqui faz parte do meu batalhão. – Responde sem parar de admirar descaradamente a morena. – Aliás, gostaria de conhecer o meu esquadrão e tomar um chá?

– acho que aceitarei, pois ainda não ingeri nada além de água hoje e ainda não quero voltar para casa, entretanto, - pensa em sua condição - creio que deverei retornar devido às roupas molhadas, sinto muito, senhor. - responde triste.

– Acredito que deve ter algo para você se trocar no esquadrão, é o mínimo que posso fazer, depois de fazer-lhe cair no rio, aceite, por favor?- pede o taichou com um tom tão meigo e rosto tão gentil.

– Se faz tanta questão, eu aceitarei, mas minhas roupas estão tão aderidas ao meu corpo que tenho vergonha do senhor e de andar por ai assim, desculpe-me. – baixa o rosto.

– Não devia ter vergonha, pois és mui bela, tome, use isto, por favor.

– Mas é seu haori de capitão, não posso aceitar.

– por favor, não se preocupe, ponha sobre você e vamos. – diz gentilmente.

No caminho o taichou tem seu velho ataque de tosse e precisa parar, Órion fica preocupada e tenta ajudar:

– Essa caminhada é muito longa, não tens condição de fazê-la outra vez nesse estado, segure em mim, o levarei rapidamente.

–V-você sabe usar o shumpo?

– Até parece que não, velocidade é uma de minhas especialidades, para mim é como desenhar ou tocar flauta, fácil, fácil. Não poderei usar a teleportação porque ainda estou me recuperando e nunca fiz isso com outra pessoa, além do mais não conheço lá dentro, o que poderia não acabar muito bem.

– Vo- você pode teletransportar-se, como?! – pergunta o taichou espantado.

– É posso, creio que o Comandante não falou tudo ao meu respeito, vamos senhor.

– Senhor não, apenas Ukitake, Pequena, como devo chamá-la?

– Apenas Órion, por favor, nada de títulos ou de princesa, não gosto disso, aceito até apelidos pomposos como Pequena, já me habituei com ele, não sou grande mesmo! – sorrir fazendo o outro rir também.

Os dois chegam ao Bantai em instantes, logo os olhares curiosos caem em cima deles, alguns imaginavam: ‘ o capitão acompanhado por uma belíssima garota, que estar usando sua haori, ainda a traz para cá? Ai tem coisa!’, outros ‘ essa é, não pode ser...’

– A princesa Kuchiki, que quase matou Zaraki taichou!

Órion fita o shinigami que gritou isso e avisa simplesmente:

– Se fizeres isso novamente, eu te mando para a lua, você não tem educação, onde estar sua discrição?

– Soldado olhe o respeito com minha convidada, vá preparar um chá e arrume roupas secas para ela, agora mesmo.

– perdão taichou, me desculpe senhorita, agora mesmo, senhor. – diz o shinigami já de saída.

– Não dê muita atenção a ele. Sempre fora assim, mas tem bom coração, você assusta as pessoas, tanto pela beleza quanto pela força, estava com muita vontade de conhecê-la desde o inicio, porém meu estado não me permitiu. Quem diria que a encontraria nas proximidades do meu bantai?

– Nossa! Não sabia que aterrorizava tanto as pessoas? Deve ser essa péssima mania que adquirir de By-sama, ou deve ser o nome da nossa família mesmo. – responde a morena com um belo sorriso, fazendo o taichou entrar em transe.

Órion reparou bem o homem a sua frente e notou que sua estatura longilínea e porte aristocrático a fazia lembrar Byakuya, mas havia distinções marcantes além das características físicas. ‘ droga nem aqui diante desse capitão tão simpático eu esqueço By-sama, por quê?’

Uma shinigami entra com um embrulho nas mãos e fala:

–Taichou, foi o que conseguimos este uniforme de shinigami, creio que a senhorita esteja acostumada a usar somente roupas de tecidos nobres, desculpe.

– Deixa de besteiras senhora, uso roupas comum e muito bem, detesto quando alguém me julga sem conhecer, ou seja, a maioria das pessoas. Dei-me as roupas, muito obrigada. – responde Órion chateada.

A menina trocou-se e logo estava em uma varanda com o capitão tomando chá, este que até o momento não havia tido outro ataque de tosse, quando pergunta:

– Mais cedo você revelou saber tocar flauta com grande êxito, é verdade?

– claro, manuseio-a muito bem, modéstia a parte, por quê?

– Adoraria ouvi-la uma hora dessas, tocarias para mim amanhã? Até onde sei Kuchiki taichou deverá sair em uma missão de reconhecimento e retornará somente no outro dia, terás tempo de vim aqui se quiseres.

– Hã?! É perigosa?- pergunta a garota sobressaltada.

– Não, porém é importante, por isso ele vai, ficaste preocupada?

– Como não iria? É o líder do Clã e meu responsável, além de ser o Kuchiki que tenho mais proximidade e...- pensa- ‘ é aquele que mesmo não merecendo eu , eu a...’

– Pequena, o que foi? Não diga nada a ele, que te falei, somente revelei-te isso para que assim possas vim sem medo de ele saber de sua saída sem permissão.

– É bem pensado, By-sama está ficando quase insuportável ultimamente, tudo briga, não posso isso, não posso aquilo, me agonia às vezes. Eu venho sim, porém terei primeiro que visitar Zaraki taichou e Mayuri taichou, eu estou em dividas com eles.

– Engraçado! Onde os conheceste tu, Kuchiki taichou aprova essas amizades?

– Assim como hoje, em uns dos meus passeios ao acaso, By-sama não aprova nada, gosto deles, são pessoas verdadeiras de boas equidades, tudo bem, um tanto excêntricos, mas de bons corações. Identifico-me com Mayuri-sama porque é muito inteligente, meio imódico. Zaraki taichou por saber dar valor a uma boa briga e não rejeita um duelo, um tanto cruento, mas adoro-os. – fala com carinho.

O Capitão acha graça como ela se refere aos dois, ela notara neles algo que só pessoas bem próximas conhecem e somente após anos de convivência, admirou-se de como a menina ver o interior das pessoas, buscando o seu melhor, não dando importância a ideias feitas das outras pessoas: ‘ uma alma nobre e pura, cheia de vida e virtudes, diferente de Rukia que era triste e fechada até conhecer o substituto de shinigami, esta, porém emana alegria e vida’, sorriu candidamente para ela, que ruborizou de imediato e retribuiu o gesto.

Os dois se identificaram, não faltavam assuntos, às vezes Ukitake era acometido pelos ataques de tosse, porém logo se recuperava. A tarde passou sem Órion perceber. Quando notou já havia anoitecido:

– Já anoiteceu, By-sama vai me dar uma bronca daquelas, como se isso fosse novidade, nem sei por que me preocupo ainda. - se acalma sentando-se outra vez.

– então me deixe acompanhá-la até em casa, não fica bem uma donzela andar por ai sozinha. - se oferece o homem.

– Não, esse sereno não o fará bem, tenho um jeito mais rápido, volto amanhã e se cuide. – diz a menina dando-lhe um beijo no rosto e abraçando o gentil taichou que retribuiu o gesto com um beijo em sua glabela, fazendo-a corar, desaparecendo em seguida na frente do taichou que fica estático.

– É incrível isso! – olha para uma cadeira e ver as roupas da morena, - é, se ela não voltar, tenho motivos para visitá-la, até amanhã Pequena! Será que Kuchiki taichou saberá valorizar a joia que tem em mãos?