Órion! The Clan Hope Kuchiki

Confronto: Tomoyos, sakuras e Toias!


Shouri despertou assim que Tansui no Hana saíra do seu quarto, após espreguiçar-se um pouco, levantou-se vagarosamente para não despertar sua irmã que dormira em seu quarto. Aproximou-se da varanda, voltando seu rosto para baixo, no jardim, quase cai sobressaltada pela cena que vira, fechou e abriu os olhos várias vezes, para confirmar se não estivera imaginando coisas. Seus olhos encheram-se de lágrimas, Byakuya estava com Tansui no Hana nos braços: - Como ela ousa?! Somente porque é uma deusa?! Não irei perdoar?! - Seu coração disparou, sua respiração ofegou, não pensou muito. Evocara Yorukami e já se preparava para pular, quando fora impedida: - mas o que estar acontecendo?! Me soltem... – grita, sendo puxada para o quarto.

— Você não irá fazer nada, menina. Recomponha-se. - ordena Arina-hime que chegara naquele momento com Yui.

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— Solte-me Byakuya-sama! Não fica bem o líder deste Clã ficar atacando donzelas indefesas, ainda mais nos jardins de sua casa. Solte-me. – irritava-se Miyoshi.

— Ficarás para o desjejum? Creio que os anciãos, Ária e Shouri irão se agradar de tua presença. – elucida Byakuya desfazendo o enlaço de seu abraço.

— Arigato, mas não irei ficar, já estava de saída. E além do mais, Shouri não se agrada de minha presença, foi desrespeitosa e tratou-me de forma insolente. Despeça-se dela, pois em algum momento ela retornará para sua era. – explica a menina se afastando.

— Já estava ciente disso há algum tempo. Todavia será uma falta de consideração de sua parte, não agraciar com tua presença os membros deste Clã que tanto tu zelas. – explica o nobre de forma gélida.

— Em outro momento, agora devo apressar-me, sayonara Byakuya-sama. – despede-se a jovem deusa, desaparecendo com a teleportação.

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Residência dos Kuchikis, 300 anos no futuro em alguma era paralela:

Criados corriam de um lado para outro, com vasilhames de unguentos, balsamos e ervas entre médicos e curandeiros de matas. Gritos agonizantes se faziam por toda a propriedade, misturados ao choro e lamentos de uma mãe desesperada.

— Alguém, por favor, salve meu filho. Eu pago qualquer coisaaa..... – desesperava-se Yuna à beira do leito do seu primogênito.

— Mi-nha mã-e, dei-deixa-me ir, para que dê fim ao seu sofrimentoooo... – pedia Kuchiki Kouga Ichiro, tremia e suava frio, seu corpo cansado e dolorido, pálido e emagrecido: - despeça-me minha mãe e acabe com o teu martírio!

—Kouga-sama, não desista , teu fardo é pesado, sabemos! Mas pense em tua mãe e tua irmã que logo retornará! – dizia sua velha ama ao lado da sua mãe.

Yuna chorava desesperadamente, enquanto os médicos e curandeiros não sabiam mais o que fazer, nada do que fizessem aliviava as dores do rapaz: - minha Órion que até agora não retornou e meu filho está à beira da morte! Alguém por favor, onegaishimasu!!! – pedia Kuchiki Yuna.

Um relâmpago e um trovão se fez dentro do quarto com uma grande ventania. Muitos que estavam no cômodo correram, porém, a senhora da casa se lançou sobre o filho moribundo a fim de protegê-lo. Após o susto e o clarão, reluzindo e flutuando acima da cama, um belíssimo ser alado de longas mechas encaracoladas negras esvoaçantes, com dois enormes pares de asas e roupas branquíssimas luminescente.

— Mãe...chegou minha hora...vejo um belíssimo anjo pairando acima de nós! – elucida o rapaz pálido sobre a cama olhando acima.

A mãe levanta o rosto e depara-se com Tansui no Hana a olhando docemente, circulando o leito do rapaz: - donde vens minha senhora?! Quem sois vós?!

Tansui no Hana pousa delicadamente sobre a cama e senta-se ao lado de Kouga Ichiro, que se não fosse sua moléstia, lembraria muito a mistura de Kuchiki Kouga quando jovem e Byakuya quando moleque. Ela leva a mão ao rosto cansado e pálido, o rapaz sorrir: - vieste buscar-me senhora e acabar com meu sofrimento?

— Me chamo Tansui no Hana, atual regente e guardiã deste orgulhoso Clã, filha do deus Apsu! – responde docemente ainda acariciando o rosto do rapaz.

— Filha do grande Apsu?! – assusta-se Yuna: - erramos em algo? Infringimos alguma lei? O que traria, minha senhora, aos seus humildes servos?! – apavora-se Yuna.

Tansui no Hana balança as grandes e alvas asas docemente, sorri: - Calma, vim reconfortar teu coração. Diga para todos saírem, fique apenas você e sua ama.

— Achei então graças aos seus olhos,minha senhora que vieste de tão longe alegrar está desesperada mãe?! – Yuna sorri mais calma. Tansui assentiu com a cabeça, Yuna levanta-se com os olhos marejados: - Ouviram a deusa regente deste Clã, saiam todos agora. – ordena a líder.

Assim que todos saíram, a pequena deusa, transpassa uma das pernas para o outro lado do tronco masculino de Kouga Ichiro. Sentando sobre ele, abre uma baggu de fios de seda e teias de aranha prateadas, retira algumas folhas tenras de dentro: - coma-as, mastigue bem Kuchiki Kouga Ichiro. Herdeiro legitimo do Clã e futuro líder desta grande família. Afastem-se as duas. – ordena olhando para Yuna e sua criada: - tu duvidas que pela manhã sentarás entre os anciões para tua iniciação em receber o título de líder deste Clã? – interroga o rapaz que lhe olhava admirado.

— Não, minha senhora, seja feito conforme tuas palavras, sou teu humilde servo! – fala o jovem tomando as folhas de suas mãos e comendo-as.

Tansui no Hana leva ambas as mãos ao rosto masculino, abre as grandes asas e as faz oscilar uma tênue luz branca: - tome de volta o que lhe fora tirado! - Explana a jovem deusa, aproximando seus lábios escarlate entreabertos aos lábios pálidos entreabertos do jovem. Emitindo uma espécie de essência espiritual para dentro do corpo moribundo. Mas Kouga Ichiro ao está tão próximo de uma bela mulher e pela primeira vez, por impulso levou suas mãos trêmulas à cintura da jovem aproximando seus corpos, sentindo seu aroma, o calor do corpo, a suavidade da pele, apertou o enlace.

Yuna e sua criada arregalaram diante da cena: - continue em silêncio. – ordena a nobre para sua criada.

Após alguns segundos, quando o jovem Kuchiki buscava um beijo com seus lábios pálidos, Tansui no Hana afasta-se bruscamente do jovem, o jogando contra as almofadas: - Já chega! Creio que já te recuperaste bem. – fala fitando o jovem com certa irritação.

— Gomen nasai minha senhora, não foi minha intenção insultá-la com minha ação insana, perdoe-me. – pede o jovem sentando sem dificuldade em seu leito.

— Senhora perdoe o desrespeito do meu filho, a senhora deve imag... – Yuna é interrompida.

— Tudo bem, tudo bem. Apenas recupere-te rápido, pois logo casarás e ascenderás à liderança da família. O cargo do Rokubantai será tarefa de Shouri. – responde a jovem: - Vocês sabem que Órion Shouri é não mais tua filha biológica, Yuna, pôs perdera o seu kopanku durante a viagem entre as eras e nascera de outra mulher.

— Ela não me revelara isso! – esclarece Yuna: - Nem Mayuri-sama me dissera.

— Então é hora de lhe revela alguns fatos a ti omitidos Kuchiki Yuna. – explica Tansui no Hana.

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Presente, Rukongai:

Já era noite, e o tempo mostrava que poderia haver chuva. Fazia uma semana desde que Tansui no Hana havia retornado do futuro, ela e Shouri treinavam dia e noite com Hakurei Mikaido, na propriedade do nobre:

— Aiii...seu bruto, grosso, cretino. Como pode fazer isso com uma dama?! – choramingava Órion Shouri levantando-se como joelho esfolado: - Como Tansui-chan consegue te suportar?

— Ela teve um professor, mas rígido do que eu, e ela é melhor aluna do que você, já que sabe ficar calada. Tua voz de taquara rachada me irrita os ouvidos, como reclama! – brincava Hakurei a irritando.

— Você deveria treinar com Mayuri-sama e Nemu-nee-chan, logo saberias o que é ser bruto. Hakurei-san perto deles dois, é bem suave. – Fala Miyoshi sorrindo, enquanto limpava o braço escoriado.

— Eu?! Suave?! Onde já se viu, tanto desrespeito com teu mestre, menina insolente! Mostrarei que sou bem mais severo que eles. – irrita-se o nobre, aumento sua reiatsu e atacando Órion Shouri com mais violência e intensidade.

— Aiiii.... mas foi Tansui no Hana, ou como By-sama a chama, pequena deusa... hump... que falou aquelas coisas, não eu, seu idiotaaa.... – grita a Kuchiki levantando-se tonta após um ataque do nobre.

— Ele ainda te chama assim, pequena deusa?! - Indaga Hakurei irritado agora em direção da jovem Kurotsuchi.

— Desde quando isso te importa Hakurei-sama? Não te devo satisfações da minha vida, você somente é meu treinador! – responde a jovem de olhos rubi, bloqueando a lâmina da grande alabada do nobre com a ponta do dedo indicador.

Hakurei retrocede perplexo: - Como, uma pessoa normal, mesmo forte, não pararia minha alabada somente com o dedo! Estás usando tuas deidades?!

— Não! Mayuri-sama, me criou bem diferente de suas outras criaturas, posso absorver as melhores qualidades do inimigo me aperfeiçoando em batalhas. Então, durante a luta com aquele semideus banido, há semanas atrás, absorvi sua melhor qualidade e a tua também, sensei! – responde a jovem deusa sorrindo: - Agora consigo assimilar as melhores habilidades de Mayuri-sama, Nemu-chan, Shouri, o sensei e Zaraki taichou, com quem treinei na minha infância e By-sama. Principalmente ele, com o qual fiz a fusão.

— Você se fundiu com o By-sama?! Mas é proibido a um deus, a fusão com mortais! – espanta-se Órion Shouri.

—Você não sabia dessa parte da história Shouri?! Teu amado By-sama não te revela tudo que acontece com ele?! – ironiza Hakurei.

Shouri abaixa os olhos triste: - ele não é mais o mesmo comigo.

— Acho que já chega por hoje! É melhor irmos Shouri, tenho que digitar uns memorandos ainda e envia-los para o 1º bantai. – Diz Miyoshi desanimada: - vida de hashiseki não é fácil! Amanhã temos um grande dia.

— Não seria bom, Hakurei-san ficar de apoio, para nos ajudar de precisarmos?! – fala Órion Shouri.

— O que eu ganharia ajudando vocês?! Já não me basta aturá-las esses dias?! – emburra-se o nobre de cabelos cinzas.

— Deixa de ser resmungão Hakurei! Pensa que você verá sua amada novamente! Mas apenas vê, nada mais. – brinca Shouri.

Tansui no Hana evoca seu báculo sagrado, bate com ele uma vez ao chão e todos os três, as duas jovens e o nobre desaparecem da propriedade do nobre em Rukongai.

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Seireitei, noite:

Campo de treinamento externo do Junibantai, Órion Shouri se estatela no chão, enquanto Hakurei cai sobre ela:

— Não respiro...- sai uma voz abafada sob o enorme corpo masculino.

— Yare, Yare, daaza?! – solta Hakurei louco de raiva: - eu falei que não queria vim para cá.... Hum?! Shouri, o que faz aí? – indaga levantando-se.

— A..a...arigato Hakurei-san. – arfava a Kuchiki vermelha: - como você é pesado!!!

— Onde está aquela deusa inconsequente?! – esbraveja o nobre, quando um par de belas pernas descansam sobre seu tórax, enquanto torneadas coxas lhe enlaçam o pescoço, dois belos e rijos seios repousam sobre sua cabeça, Hakurei ruboriza e ferve.

— Estou aqui sensei!!! – Responde Tansui o olhando de cima com seu olhar de rubi incandescente sob a luz do luar: - Descansemos bem hoje, pois quero os dois nos campos dos pessegueiros do 13º bantai pela manhã bem cedo.

— Porque no 13º bantai e não o 8º, que é o esquadrão dela?! – indaga Hakurei confuso, ainda rubro sob o calor feminino.

— Ela sempre passeia pelos campos de pessegueiros nesse dia da semana, acho que lhe traz boas recordações, foi o que Hikari taichou me falou a muito tempo, quando treinava com ela. – responde Shouri com olhar nostálgico. – É melhor eu ir, até amanhã. – despede-se Shouri desaparecendo aos passos de shumpo.

— É melhor eu ir também... – Tansui no Hana já descia dos ombros de Hakurei quando este a impede.

— Sim, vamos para casa, minha casa. – fala Hakurei a segurando no tornozelo.

— Hãããã...co-como assim?! Do que você estar falando Sensei?! – assusta-se a jovem deusa.

— pelo jeito, Mayuri não lhe contou nada! Mas agora que Shouri foi embora, podemos conversar. – elucida Hakurei a pondo no chão.

— Contar o que?! Do que você fala Hakurei? – irrita-se a jovem.

— Que agora você é membro da família Hakurei. Eu adotei você... – revelava Hakurei quando Miyoshi fica histérica.

— Queee... – gritava a jovem: - você não pode fazer isso! É mentira.

— Não, não é não. Já que estamos aqui, o próprio Mayuri irá te explicar como foi o ocorrido. Aliás, agora você ficará conhecida por Hakurei Tansui no Hana, legal, não achas?!– diz Hakurei a guiando para o Junibantai.

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A manhã brotava mansa e vagarosa, com o céu rajado de dourado e rosa, deixando as doces toias, mescladas em branco-rosáceo, as folhas tenras dos pessegueiros, ainda molhadas pelo orvalho noturno. Tsukishirou Hikari andava vagarosamente entre os baixos pessegueiros, onde ainda podia-se ouvir o grilar dos grilos misturados aos zumbidos das abelhas. Ela respirou o aroma do bosque, sorriu. Porém logo seu sorriso cerrou em uma carranca nada agradável.

— Você?! – admira-se a pequena taichou.

— Prazer em revê-la Hikari taichou! – sorri Hakurei encostado em uma arvore.

— o que queres aqui Caçador?! – indaga a capitã.

— Ohayo Hikari-obaa! – surge Shouri atrás da pequena capitã que se assusta.

— Você?!! O que queres de mim, menina? Acaso estás de amizades com este homem? – interroga Hikari.

— Não me queira mal, obaa. São apenas ossos do ofício. Ainda guardo boas recordações de você. Mas, eu tenho trabalho a fazer... desperte, Yorukami! – responde Órion Shouri, atacando Tsukishirou.

— Como ousas, menina insolente! Eu venho me preparando para enfrentá-la novamente a algum tempo. Eu não irei perdoa-la dessa vez! Dessa vez, eu te mato!! – grita a taichou desviando do golpe.

Mas antes que revidasse, Hakurei desfere, um ataque forte com sua alabada, pois, sabia os pontos fracos da pequena taichou. Tsukishirou fora lançada longe e esbarrou violentamente contra uma rocha.

— Maldito Hakurei, irei eliminar você da história da Seireitei! Rei, venha ao meu encontro! – grita a taichou levantando-se e chamando sua fukutaichou que estava pelas redondezas: - Hórus, filho das frias noites do deserto, tua senhora o chama. – ela vira para trás e vê seu guerreiro Anúbis mais voraz moribundo ao chão: - Como é possível?! Shinigami algum, nem mesmo Shouri seria capaz de desacordar Hórus, ainda mais sem lutar muito contra ele.

— Taichou!!! Me ajuda!!! – berrava Rei presa em uma espécie de teia mágica: - eu não consigo me mexer, estar difícil respirar!!!

— Reiii...como ousam machucá-la, malditos. – grita Tsukishirou brava, mas é impedida de atacar Shouri, por Hakurei que intervem novamente.

— Você não é boa em ataques corpo-a-corpo e nem ao uso de força bruta, e não será boa oponente para nós dois a menos que utilize seu estado avatar, bruxa. - a irrita Hakurei. – Vamos Kuchiki, mostre a ela o estado de avatar perfeito, coisa que ela nunca conseguiu.

— Esse é um dos problemas das outras avatares por não serem Kuchiki, jamais alcançarão o estado de avatares perfeitos, pois não trazem em seu DNA a assinatura do seu deus-guardião. – esclarece Órion Shouri se transformando na personificação de Apsu.