Órion! The Clan Hope Kuchiki

Besides the appearances: What the eyes do not see


O dia surge preguiçoso, com a aurora tingindo de vermelho o horizonte com suas asas rosadas, as nuvens tipos cirros pareciam riscos dourados no céu cor de anil, a brisa soprando frio as folhas acobreadas do outono. Juushirou levanta-se com o raiar do dia, sentindo as costelas arderem, mira-se diante do grande espelho oval no quarto, apenas relatando:

– Certeza isso demorará a desaparecer, não sentir o quanto profundo fora!- sorrir- Acho que o cheiro da jovem fêmea no cio me anestesiou! – olha para a menina que dormia angelicalmente na cama, coberta da cabeça aos pés em um dos lados da cama, ficando o centro vago, mostrando a lembrança da pureza rompida. Admirou a jovem esposa que se espreguiçava vagarosamente feito gato em dias de frio, que resmungava baixo:

– Dona Yui, me deixa dormir só mais um pouco, está tão frio lá fora! Eu sei que o banho está quente e By-sama odeia atraso e já estar me esperando, que vai reclamar novamente, ele sempre faz isso, adoro vê-lo assim, fica tão fofo zangado! – notando ao descobrir-se que não estava mais na mansão, vira para o homem ali em pé atordoada- Já amanheceu? Temos mesmo que ir para sua casa? Porque não iremos logo para estação de veraneio já que estarão nos aguardando lá três deles?

– Você sempre disse querer conhecer minha família e Ugendou, contudo só ficaremos lá uns três dias, será bom antes da viagem até a estância dos meus amigos. – responde mansamente o taichou.

– Tudo bem, mas acho que não gostarei dessa viagem! Podes me ajudar a levantar? – pede corada.

– Hã? Claro amor venha. – sorri maliciosamente.

A menina levanta-se com certa dificuldade e segue em direção ao espelho, deixando o cobertor cair, tendo apenas os longos cachos sobre si, inspecionando o belo corpo e vendo os ‘estragos’ da noite de núpcias, ficando completamente nua e sem pudor algum na frente do marido, que deixava escorrer um singelo filete de sangue nasal co a cena, ela olha enfurecida para o mesmo ao descobrir cada marca deixada na pele alva:

– se essas manchas não sumirem, eu juro Juushirou que te mato e serei mãe solteira! Veja que estrago! Parecia um animal querendo me tirar os pedaços! – choraminga acariciando os seios doloridos.

– Irão sumir minha Hana, isso eu garanto. Alias seu corpo é bem resistente e regenera rápido devido seu lado hollow.

– Só por isso precisava me maltratar? – o fuzila com um olhar mortal.

– Me perdoe querida, mas não resisti agora se cubra ou não respondo pelos meus atos!

– Até hoje eu não entendo esse tipo de ‘saúde frágil’, luta muito bem, tem grande velocidade, não se cansa rápido e faz muito tempo que não tosse e quase me arranca os pedaços ontem, será que você é doente como dizem ou era somente uma forma para me conquistar Juushirou? – pergunta duvidosa.

– Eu te amo também querida, agora me deixa enviar nossas coisas na frente. – diz saindo do quarto fingindo um leve ataque de tosse.

–é o melhor que você faz. Quer que te prepare algo?

– Talvez um umeboushi chatzude, você sabe? – volta imediatamente ao quarto.

– Erc! Não sei como ele gosta disso, parece comida de pobre! – responde sem se dar conta que o marido estava próximo.

– Gosto não se discute minha Hana! – responde dando um susto na menina que pula alto.

– Aaaa! Não o vi retornar!

– Alias, reparei o seu jeito ontem na festa, discriminando e julgando os que tu consideravas ignorantes. – ele fala serio para a menina.

– Como o podes afirmar, não estavas tu próximo!

– Você é quem pensa que não reparei quando te juntaste À parte ‘ nobre’ da festa, ou seja, teus parentes, eu espero que não hajas mais assim. Isso me entristece! – diz beijando-lhe a fronte.

– Hump! By-sama tem razão às vezes sobre certos tipos de pessoas! – relata torcendo o nariz.

– Você sabia muito bem a classe da minha família quando te casaste comigo, mesmo acima dos padrões que é classificada.

– Não casei com tua família e sim com você, somente isso me importa. Eles que não peçam minha criança para passar dias com eles sem minha presença, ela não irá para lá, como se meu Clã aceitaria isso?

– A criança que diz ser tua, também é minha. – responde bravo.

– Sim, mas ela não sofrerá influência de certos tipos de pessoas, será educada segundo as regras do meu Clã e sob nossas tradições ou pensas tu que não sei do tal contrato?

– Como ficaste sabendo disso?

– Como não importa, mas fizeste bem, era esse o destino dela com ou sem contrato. Ela tomará meu lugar no Clã e será a dama que tanto By-sama deseja. Agora me deixa preparar nosso desjejum. – diz saindo do quarto.

O taichou apenas fica assustado com a súbita transformação, onde estaria o doce ser com quem se casara, até parecia o próprio Byakuya falando, seria apenas uma condição de encarar a vida de casada ou estava tão apaixonado que não repara aquela personalidade? Preferiu pesar na primeira hipótese.

Ao chegarem em Ugendou, alguns parentes do capitão já os aguardavam, pessoas hospitaleiras e amáveis como o próprio Ukitake, os quais aguardavam ansiosamente pela menina, preparados para suporta qualquer indiferença e satisfazer o menor dos caprichos da nobre Kuchiki que agora fazia parte da família. Ao entrarem na propriedade, Órion muda seu semblante ao sentir a brisa pútrida do lugar, a atmosfera antipática e uma sensação nauseante a irrita, fechando o sorriso, ao descer do transporte:

– Bem vinda Órion-sama, é um grande prazer a....

A menina passa entre eles sem lhes dar atenção, parando mais adiante olhando em todas as direções, torcendo o nariz com o vento e fazendo expressões de nojo. Todos a olham desapontados, principalmente o marido que a observava de cenho franzido explorar o lugar em busca de sabe-se lá o que, ignorando o seu pessoal e reprovando lugar com os gestos, estes para amenizar a situação:

– Tenham paciência, minha menina está exausta da viagem e agora tem que encarar uma nova etapa de vida com casamento e filhos, mas ela é uma amor de pessoa, gentil e doce. – diz sem muita esperança.

– É, Ukitake-sama, não me parece que essa é esse tipo de pessoa, aparenta ser mesquinha e muito arrogante como qualquer um do seu Clã. – diz um dos irmãos.

– Ela não é assim, não a esse ponto. – fala reparando que a jovem fazia menção de vômitos. – Órion o que foi? – pergunta sem muita paciência.

– Podemos ir embora? Eu não quero ficar aqui, este lugar é estranho, a atmosfera me causa náuseas e eu não me sinto bem aqui, vamos voltar, por favor? – fala apertando as mãos receosas.

– Não. Ficaremos o tempo que nos compete, não queira dar tamanho desgosto aos meus parentes e além do mais partiremos para a estância de veraneio daqui a três dias.

– Quem? Que familiares? – pergunta espantada.

– Quer dizer que a senhora não nos viu aqui? – pergunta a irmã do taichou.

– Hããã! Vocês estão ais desde que hora? Podem me explicar porque este lugar é assim estranho e desconfortável? Na sentem nada? – pergunta ela ansiosa.

– Sabemos que o nosso padrão de vida não estar À sua altura princesinha Kuchiki, mas tu já devias saber disso ao te casares com meu irmão, porém não somos invisíveis a ponto de não nos perceber aqui o tempo todo? – grita a mesma.

– Nossa! Que falta de educação! Oh! Querida eu não casei por interesse eu bem sabia dessa condição e não me importo com status, agora o que não suporto é falto de educação e para que esse drama todo, somente porque não lhe dei atenção? Grande coisa! Desde quando sou obrigada a reparar tudo que olhar para todos à minha volta?

– Órion porque estás agindo se forma tão grosseira? – pergunta Juushirou bravo com tal atitude.

– Tu o sabes muito bem que detesto gente ignorante e petulante, agindo na medida em que merecer, eu ajo assim com qualquer um que tentem se impuser a mim ou macular o nome da minha família.

– Tu deves estar cansada, entre e durma um pouco, querida.

– eu não estou cansada, é este ambiente que me causa repulsa, ainda mais essas pessoas sem um pingo de educação e escandalosas! – altera-se a menina.

– agora chega, eu não sou mal educada senhora nobre, quem chegou aqui ignorando a todos foi você! – esbraveja a irmã ofendida.

– Querida a colocação correta seria nobre senhora e eu não os ignorei dá-me licença?

Um dos irmãos a fim de evitar uma briga em que sairia sua irmã no mínimo morta, pergunta: - E a pequena Hikari, porque não a trouxeram? A esperávamos muitos ansiosos!

– Com certeza a ‘nobre senhora’ não quis trazer a criança por não nos considerar dignos da presença da menina. – intentava a outra.

Nesse momento Órion recordava os conselhos do nobre e quis responder a altura, porém percebia o desapontamento do esposo, apenas responde rispidamente:

– Kuchiki Tsukishirou Hikari é mui nova para tais viagens, além do mais, o Meu Clã decidiu que ela ficasse na mansão para seu próprio bem, tão logo ela se elevará ao status de perfeita dama, educada, inteligente, delicada e disciplinada com os nossos bons costumes, um verdadeiro exemplo feminino de requinte e nobreza, por isso desculpe pela ausência dela aqui. É que a educação de uma Kuchiki começa desde cedo, ainda mais na posição que ocupamos no Clã. – diz fazendo bicos.

A outra não se conforma com a resposta e impõe: - Mas Hikari também é uma de nós, querendo você ou não é uma Ukitake, também deve conviver conosco!

– Hump! Que audácia! Escute-me bem minha senhora, pois eu serei bem clara, alias o teu irmão já não estar de bons amores comigo mesmo, eu não queria ser indelicada, contudo as circunstâncias me obrigam. Primeiro não te devo explicação de nada, segunda não sou obrigada a dar satisfação de como ou onde minha filha será criada. Terceiro, se queres mesmo saber, direi que Tsukishirou usará o nome Ukitake somente até certa idade, quando passará a pertencer somente à minha família com o nosso nome, por isso não deverá sofrer por certas influencias, sendo educada sob as regras do meu Clã assumindo sua posição de direito, sendo que o senhor meu marido e teu irmão que o impões assim. – fita-o arrogante.

Todos olham para o taichou que fica sem jeito: - É verdade isso Ukitake-sama?

– Infelizmente sim, foi um ato de loucura, eu sei. – responde fuzilando Órion muito bravo.

A menina nem liga, simplesmente dar de ombros empinando o nariz, na verdade ela o tinha avisado não ser boa ideia ficar esses dias em Ugendou, mas ele não ligou que suporte as consequências. Nesse momento passava uma revoada de chous coloridas, e as seguindo vinha uma menina que aparentava ter não mais que noves anos, Órion se agrada instantaneamente da criança, sorrindo para ela, pega-lhe a mão e sai em direção ao de chous, gritando já ao longe:

– Nos vemos no jantar, Shitashii!

Ukitake fica estático após aquela situação, não era para ser assim, deveria ter algo de errado, Órion era um doce, mas tratara sua família de maneira tão rude, que se arrependia naquele momento de não ter dados ouvidos à sua proposta de não ir para Ugendou, o que faria agora diante de tal situação, não sabia mais. ‘ terei conversar a sério com ela, sendo que quero explicação acerca do cargo de taichou do 8° bantai. ’