Órion! The Clan Hope Kuchiki

Nightmares world Mr./ the student and the master


As duas vinham brincando ao longo do caminho, logo simpatizaram uma com a outra, mais pareciam amigas de longa data que recentes parentes, quando Órion para de repente:

– Essa sensação novamente, o que será que estar acontecendo aqui?

– o que foi Órion-sama? – pergunta a menina com medo.

– É o que eu quero descobrir, Azuka, mas não se preocupe qualquer coisa eu os protegerei. – sorrir para ela. Órion retira o calçado e evoca sua zampakutou, olhando em todas as direções, depois se concentra e cita: - Akumu no Sekhai-sama: kaihou suru – a espada libera sua shikai – Chire! – tão ela desfaz-se em uma tênue nevoa e some.

– Kuchiki-sama o que a senhora fez?

– Calma criança logo tu o saberás. Não estar adiantando, ainda não consigo sentir nada, entretanto sinto que há algo errado aqui. Chou no kaze! – do chão brotam uma rajada de borboletas negras e espalham-se pelo lugar, juntando-se em seguida sem resposta alguma.

– Então Kuchiki-sama, descobriu algo?

– Não, Pequena, deve ter sido impressão minha! É melhor voltarmos e não diga nada ninguém, por favor, pelo menos até eu descobrir o que realmente se passa aqui, certo?

– Hai. Kuchiki-sama.

Alguns minutos depois elas chegam à casa da família.

– Já retornaram? Pensei que Kuchiki-sama fosse aproveitar o resto do dia para conhecer o lugar? – era a mesma irmã provocadora d Juushirou e mãe da menina.

Órion apenas a mira de canto de olho sem dar muita importância, pois sentia náuseas, apenas pedindo informação soubre a localização dos seus aposentos a um criado.

– Que arrogante! Eu tentei, você viu não querida, que a mamãe tentou ser cordial? Mas ela me ignorou outra vez, que tipo de nobreza é essa? Rude e esnobe! O que tem de bonita, tem de mesquinha e mal educada.

Azuka observa em silêncio o chilique da mãe, quando resolve falar algo: - mamãe deixe-a em paz, ela estar indisposta, o dia não foi bom para ela e eu sei que ela em uma boa pessoa. – fala saindo do cômodo.

A mulher olha incrédula a menina, que se afasta sem rodeios a deixando só: - não quero saber, Ukitake-sama deverá tomar providências em relação a isso.

Órion levara o resto do dia no quarto, sem ao menos sair para comer. Também não sentiu fome, estava enjoada e não sabia o que a deixara assim. Enquanto Juushirou aproveitou para botar alguns assuntos da família em dias, se ausentando o dia inteiro, ao anoitecer ele retornou. Na hora da janta as provocações e desavenças continuaram, embora a jovem já nem fizesse causa, estavam à mesa o casal, a criança, dois irmãos e suas esposas e a mãe de Azuka, enquanto Órion apenas fitava a comida.

– Órion-sama não estar com fome? Nem tocaste na comida e fomos informadas que é uns dos seus pratos favoritos? – pergunta um concunhado.

Ela continua fitando a comida sem nada responder, nem ao menos olhar o o locutor da pergunta.

– Órion, te fora feita uma pergunta, é de boa educação responder. Você mesma vive dizendo ser uma grosseira não responder a uma interrogação dirigida a alguém? – ironiza o taichou.

– Hã?! Como? Desculpe, eu não havia escutado de fato eu adoro este tipo de comida, porém não consigo ingerir nada, estou sem fome, me perdoem e com licença a todos. – diz levantando-se.

– Órion, senta-te, não nos daria tamanho desgosto? – intima o taichou de cenho fechado.

– Já pedir desculpas, mas fui bem clara quando disse não me sentir bem aqui, esta atmosfera não me agrada, este ambiente é estranho e o cheiro me causa náuseas. Mas aos menos vós dês atenção à minha explicativa? Claro que não.

– Que grosseria é essa, o que de fato estar acontecendo com você, eu já estou farto disso. – irrita-se o capitão. Sem olhar para trás, sentiu o que acontecia, ela transformara-se em hollow diante de todos.

– Eu vou sair não me espere, - desaparecendo em seguida deixando a todos espantados.

– Desculpem-me, mas perdi a fome com tudo isso. – levanta-se louco de ódio e sai a procura da menina.

Órion plana sobre o lugar em busca de algo que não entendia, fez isso durante horas e nada encontrou, quando enfim parou e pairou acima da propriedade alguns quilômetros, escondendo sua presença espiritual, deparando-se com uma esplendorosa lua cheia acima das nuvens, abriu bem as asas deixando que toda sua plumagem fosse banhada pelo luar.

O taichou retorna para casa desanimado, não a achara e o pior não sabia o que estava ocorrendo com ela, sentiu-se impotente, olhava pensativo pela janela e até meio arrependido, não se achava merecedor daquela situação, eram para serem dias especiais e felizes, havia planejado assim e então sua menina muda radicalmente de comportamento, enfrentara tudo e todos por ela e agora aquilo acontecia, não conseguia entender, logo ele que sempre foi um bom observador e sensitivo, não via nada que explicasse tal mudança, só poderia esperar e mais nada.

A lua vai desaparecendo ao longe e o tempo começa a nublar, o dia chega chuvoso, no horizonte as nuvens manchadas de um cinza dourado com o clarear revela algo estranho a dois quilômetros de sua localização, era uma distorção, sentiu o que fazia o lugar estranho e voou em direção da mesma. Ela desce no local e nota centro da mesma em a um lago, fica embriagada com o odor, a atmosfera torna-se densa e a brisa insuportável, - por isso não descobria o que era a causa de tudo isso, estava na água, se não chovesse jamais acharia! – admira-se a garota.

Tão logo a chuva cessa e as nuvens começam a desaparecer, no horizonte escarlate o sol surgia dourado, pintando de rosa as montanhas ao longe. A pequena Azuka que não dormira durante preocupada com a nova amiga, levanta-se cedo e sai à sua procura tão logo a chuva cessa. Vendo que a distorção desaparecia com o amanhecer, Órion conjura sua lâmina e evoca a Han’eii no Mayonaka, lançando em seguida um kidou de contenção em toda sua volta, assim a distorção continua forte e das águas surge um arrankar humanoide que parecia hibrido com serpente e asas de morcego. Ela arrepia-se toda reconhecendo seu adversário.

– Ankoku no musume! Se não é minha querida aluna? Nossa! Você cresceu, estar mais atraente! Vim para leva-la de volta ao teu lugar.

– Aquelon! Que desprazer em revê-lo! O meu lugar é onde quero estar e não é com vocês. Por causa do seu fétido odor e sua presença desprezível, mudei de humor desapontando meu marido e decepcionando sua família! – vocifera a menina.

– Desde quando um Kuchiki se importa com seres inferiores, não era isso que dizias sempre? – ironiza o hollow, - Casada! Se o mestre descobre, é o seu fim. – sorrir insanamente.

– Você pagará com sua vida por isso! O que viste fazer aqui?

– Você ficou surda depois de grande, menina? Não escutou que disse vim te buscar. Ainda recorda dos nossos treinos? Você tão fraca e chorona, tão desprezível e se dizia ser nobre uma criatura tão insignificante como você. Enjoava fácil com o meu cheiro, nunca se concentrando direito, era tão fácil abatê-la e pelo jeito não mudou em nada. Meu trabalho era ensiná-la a usar todos os seus sentidos, mas você sempre fora um fracasso, jamais aprendera, nunca entendi o interesse do mestre por você.

– Seu odor fétido sempre me causou repulsa e sua presença asco, me deixando irritadiça e de mau humor, criatura asquerosa, eu vou te matar. – grita avançando.

Quando a pequena Azuka chega ao local que fora no dia anterior, depara-se com uma terrível cena, dentro de um enorme domo transparente, onde o anoitecer ficara preso, dois hollows enfrentavam-se ferozmente, um ela reconhecia muito bem, embora o outro não sabia nem o que era, tentou passar pelo domo mas era impossível, só poderia assistir do lado de fora, sendo apavorante a luta.

Durante a batalha, Órion recordava dos horríveis treinos com aquele ser, ele sempre fora cruel com ela, sem piedade, nunca entendera a raiva dele em relação a si quando criança, até aquele momento, era inveja, sempre fora isso! Pois ela era a favorita do mestre, por ele não poder maltrata-la como fazia com as outras crianças e os mais fracos e os seus treinamentos parecerem insatisfatório e ser constantemente reprovado e castigado por isso, tinha muita raiva dela e somente poderia se vingar durante os treinos, até ser proibido de se aproximar dela, não podendo mais fazer nada contra ela ou morreria, ensinando-a de longe. Aquelon dominava a arte da camuflagem e cero em forma de circulo de fogo era sempre letal, e o seu odor aniquilava qualquer concentração, sendo impossível acha-lo. A arrankar demonstrava exaustão física e emocional, não conseguiria concentrar-se naquele momento nem se quisesse, estando em jejum a mais de 24 horas e sem dormir, o corpo pedia arrego, ainda mais mantendo aquele kidou e a penumbra da noite que consumia bastante reiatsu.

– O que foi, já cansaste? Eu pensei que me mataria? Onde estar a grande musume yoru-hiru, a favorita do mestre? – dizendo isto o hollow lança um cero que queima a pele alva da perna direita, lançando-a d encontro ao chão.

Ela levanta-se com dificuldade, devido a contenção feita, nada seria sentido pelo lado de fora e o hollow somente poderia sair se a matasse. A vista embaçou, a zampakutou ficou pesada, não conseguia empunha-la, optando em deixa-la e usar apenas suas divindades e os dons absorvidos de seus confrontos passados. Não conseguiu encontrar o inimigo com os olhos ou pela presença espiritual, decidiu usar as vibrações na han’eii, era seu domínio e assim o fez com êxito. Foi o treinamento que recebera daquele hollow durante tanto tempo, agora precisava concentrar-se ainda mais para usar todos os seus outros sentidos, de certa forma ele a ensinou bem, o problema era aquele odor repugnante que exalava. Enquanto isso Azuka vai em busca do tio, pois a luta parecia não ter hora para terminar e Órion estava com dificuldades, não encontrou em casa, pois o mesmo saíra em busca da esposa, então deixou recado e pediu para alguém o procurar, retornando para o local da luta.

Quando retorna uma hora depois, vê que a luta prosseguia e que Órion apresentava fadiga. A pequena hollow mesmo com sua autorregeneração, não estava conseguindo se recuperar direito. Hollow aproveitando-se do momento de distração da tenente, lança-lhe um cero quase mortal, a atingindo o flanco direito, causando-lhe grande dor. Órion cai e com muita dificuldade consegue se por de pé,

Já passava do meio dia, sentindo-se mal devido o odor que o hollow exalava e mantendo a han’eii e o kidou, Órion estava quase sem alternativas, não duraria muito tempo naquela luta, doía respirar e a cabeça girava. Opta por usar algo inesperado e muito perigoso, contudo não conseguia pensar em mais nada. Não impetraria manter a penumbra e nem a contenção por muito tempo, estava já somente com menos da metade de sua reiatsu e ainda tinha que se regenerar, com muito problema empunha sua zampakutou, decide invocar o seu maior pesadelo:

Akumu no Sekai-sama: hakai no himitsu!!! A penumbra e a contenção desaparecem, a menina é jogada longe, tudo escurece e no céu surge um furacão de raios negros, de dentro dele emerge uma entidade de pele negra como a noite, cabeleira prateada, olhos em vermelho incandescente, com grandes asas de pura treva e dispara em direção ao hollow, que apenas grita desesperado:

– Nãoooo! Meu senhor, eu o sirvo, eu o sirvo. Como conseguiu dominá-loooo..... sendo totalmente desintegrado pela criatura misteriosa.

A criança se joga em um arbusto com medo, a divindade segue em direção À Órion que jazia de joelhos ofegante.

O capitão sente ao longe o desaparecimento da penumbra, uma pressão avassaladora, que estremeceu todo o lugar, provocando fortes rajadas de vento, sentiu também uma energia desaparecendo e a reiatsu de sua Hana esvanecendo, temeu pelo pior. Seguiu nessa direção o mais rápido que podia.

O Senhor do mundo dos pesadelos se aproxima de Órion, levantando-a pelo pescoço, seu rosto é parcialmente coberto por algumas mechas brancas, com os rubros orbes na garota sorrir mostrando as alvas presas. A jovem gela diante da criatura, que a olhava malicioso.

– Me-meu senhor já levou uma alma, o que eu mais posso oferecer nada! – diz sufocada.

Ele, porém a aproxima mais de si, Órion gela ao imaginar o que ele queria, mas não consegue mover-se e nem ao menos gritar. Arrepia-se ao sentir a respiração pesada e fria se aproximando mais e paralisa-se ao sentir os gélidos lábios nos seus, desmaiando após o outro explorar sua boca com a língua, sugando-lhe a vida e o resto de reiatsu, a menina apaga totalmente sentindo o sabor das trevas. Assim que se dar por satisfeito, sorrir insanamente e desaparece em seguida, deixando Órion inerte no chão. Azuka corre ao encontro da arrankar. A chuva cai novamente, encharcando as duas, a menina acomodou a cabeça de Órion sobre suas pernas, gritando por ela, que nem se mexia, chorava desesperadamente.

Quando o capitão chega com mais alguns homens, gela ao ver a esposa no chão com a sobrinha aos prantos, reparando a devastação do lugar, antes cheio de beleza e vida. Aproxima-se temeroso e a pega delicadamente com lagrimas a cair, ela retorna ao seu estado normal, fria e sem nenhuma reação. Então fora isso a causa da mudança brusca de personalidade, diante dos fatos trataria mal até o próprio Byakuya naquela situação, tira o seu manto e a enrola, beijando-lhe a fronte:

– Me perdoe amor, por não estar perto quando precisaste de mim! Azuka quando chegarmos em casa, quero que me conte tudo o que aconteceu, entendeu?

– Sim meu tio. – responde a menina tremendo de frio

Já em seu quarto, Juushirou velava o profundo sono de sua Hana ao lado da cama, refletindo sobre a narrativa da sobrinha, que contou somente para ele a respeito do tal beijo, que o deixou possesso de raiva diante da petulância da entidade.

– Como aquele desgraçado ousa aproveitar-se de minha menina? Tão vulnerável e eu nem estava perto para defendê-la. Como não desconfiei que pudesse ser isso? Quem é realmente Akumu no sama e por que Órion o teme tanto? – odiou com todas as forças aquela entidade maldita, que se atreveu tocar-lhe os lábios que somente a ele pertenciam. Ukitake aproxima-se da cama, deitando ao lado da morena: - não falharei mais com você minha Hana, mesmo que você não diga, eu irei perceber se algo estiver acontecendo, eu prometo. Beija-lhe candidamente os lábios.

A Família Ukitake logo se acalmou ao ouvir a narrativa da menina que revelou que Órion apenas agiu daquela forma para mantê-los longe dela e assim os proteger quando o inimigo aparecesse, fazendo vigília à noite e a contenção durante o dia. A mãe de Azuka que tanto provocara a Kuchiki sentiu-se mau pelos seus atos, mesmo a menina lhe aconselhando, contando somente com mais um dia para conhecer melhor a morena e refazer as pazes, pois depois disso, o casal viajaria para a estação de veraneio.