Órion! The Clan Hope Kuchiki

Apology / the secrets of a soul


– Não chore mais, quantas lágrimas tu já choraste por mim! Por meu orgulho insensato, eu te perdi, o meu bem mais precioso! Eu sempre deixei claro isso para você. Por isso a raiva de Ária, pensando ser você a filha que eu mais amava, porém... – o nobre a puxa para seus braços, a queria sentir, queria ter a certeza que não era um sonho, almejara tanto aquele dia, e agora, após quase sem esperanças, ele se realiza.

A jovem retribuiu o gesto, estava muito feliz, embora com toda sua missão atrasada por anos, o surgimento de um outro futuro com seu retorno como filha de Byakuya, o que sempre pensou ser desde quando chegara ali naquela época, quando o vira pela primeira vez...

........

300 anos no futuro:

– Senhora! Senhora! O que faremos?! Seu –único filho e herdeiro estar morrendo e vocês são os últimos Kuchikis de sangue,a senhora fora a única que resistiu ao mal que por gerações vem dizimando precocemente os descendentes de Byakuya, porém seu filho esvanece a cada dia assim como seus antecessores! – elucida alguém apreensivo e preocupado.

– Eu...eu sei disso...não precisa lembrar-me disso! Achas que é fácil para mim... ver minha família, meu Clã desaparecer ao longo desses três séculos! Ver meu amado e único filho desfalecer vagarosamente sem poder fazer nada?! Isso...isso não é fácil para uma mãe viúva!!! – chora uma aflita mulher.

– Perdoe-me senhora, é que apenas almejo o bem deste Clã, pois o vi extinguir-se ao longo desses anos.

– Eu entendo, me desculpe Kaiba, você é um bom e leal servo, além dos poucos amigos que tenho, eu venho refletindo isso todo o tempo, pois, se este Clã morrer, aquele maldito hollow, conseguirá o que tanto quer e eu não posso deixar isso acontecer, mas não sei como fazer.

– Não percamos as esperanças Yuna-sama... – fala alguém adentrando a sala.

– Hokudo-jii-sama?! O que fazes aqui?! Pensei que o senhor estava doente?! – espanta-se a mulher.

– E realmente estou, mas... temos prioridades inquestionáveis em mãos, a continuação do nosso Clã e a segurança do mundo, são responsabilidades muito grande para somente uma frágil mulher! Não achas?

– Então o que devo fazer? O senhor é o ultimo sobrevivente do antigo conselho do tempo de Byakuya-sama, meu ancestral. Eu não sei mais o que faço! Se me casar novamente e tiver filhos passarei a eles este maldito gene! – chora novamente a jovem mulher.

– Eu estive pesquisando ao desses anos uma solução para tão grande problema pelo bem do nosso Clã, conversei com o Conselho atual e expôs ao mais sábio cientista de toda Seireitei se era possível isso e...

– Mas do que Hokudo-jii-sama estar falando?! – indaga curiosa a líder.

– Não se exalte minha senhora, ele próprio irá lhe esclarecer, pode entrar meu senhor...

– Ma-Mayuri taichou?!! – a jovem se assusta.

– Prazer em conhecê-la Kuchiki Yuna, você me lembra muito alguém! – sorri o cientista.

.........

Hakurei permanecera em sua casa, porém o nobre líder e Órion partiram no outro dia, o mesmo falou ter pressa para voltar, porém se afastarem da propriedade do homem, os passos ficaram mais lentos, a pressa havia desaparecido, ou simplesmente o nobre não possuía a intenção de chegar tão rápido em casa e apenas queria estar à sós com a jovem, porém Órion tentou manter afastada do mesmo e calada durante o inicio da viagem.

– Órion?!

– Hai By-sama...digo...otou-sama... gomen ni, eu estou confusa, isso atrapalha tudo.

– Atrapalha o fato de eu tê-la criado como filha, pensando ser você meu sangue?! E além do mais, você ainda não me contou os objetivos de tua missão. Porém chama-me como te parecer mas convincente, embora eu... – ele desvia o olhar.

– Watashi...watashi... falhei... eu apenas posso lhe revelar isso após tomar posse de alguns documentos muito importantes que estão nas mãos de Mayuri taichou e de Shitash... – ela para ao sentir a elevação da pressão espiritual do nobre: - digo Ukitake oji, um canto primero que trouxe comigo e recuperar minha bosuton baggu.

– Nunca soube de tais documentos, porque não deixou comigo e porque Ukitake novamente? – irrita-se o moreno, parando e fitando-a.

A jovem se encolhe, envolvendo o corpo com os braços sentindo a raiva e ciúmes do homem à sua frente, inclinando o rosto para baixo: - Gomen ni, eu não me recordava deles até ontem, e...e... pode parecer egoísmo meu e que fui desalmada com alguém tão bom e fiel a mim como Juushirou ou alguém que mesmo de aspecto duvidoso como Mayuri taichou, foi tão amigo e confidente, mas deixar isso com eles me garantiria sua segurança. Não quero dizer que usei Ukitake, mas como havia falhado no primeiro passo de minha missão, unir-me a ele foi o jeito que achei para protegê-lo By-sama, mas as coisas saíram do meu controle e... Sora me enganou novamente e o Mestre hollow pediu minha cabeça, foi nesse momento que Apsu interveio e levou-me para seus domínios.

– Se não te lembravas de nada, como sabias ser o certo? – indaga o nobre.

– Sei lá, seguir meus instintos, sua segurança era minha prioridade nada mais importava-me.... – cala-se virando o rosto mordendo os lábios, os olhos marejados, as lagrimas rolam pelo delicado rosto: - eu simplesmente falhei... todos apostaram tanto em mim, nossas ultimas esperanças, de não ver o fim do nosso Clã...gomen nasai By-sama, eu não mereço ser chamada de Kuchiki, não mereço carregar seus genes, ee sou indigna do amor de minha mãe... por isso jamais fui digna de seu amor de homem, tanto que a única coisa que despertei no senhor foi amor paterno, eu deveria tê-lo aceitado e assim evitar que o Mal se incorporasse em nossa família.

– Do que tu falas Órion, quem genes, que mãe, acaso falas de Yuè?! Me diga logo toda a verdade, que fizeste tu vim de um futuro tão distante, me amar, passar por tudo isso e ainda assim ainda cultivar esses extremo sentimento de proteção e dependência por mim. Você somente casou-se com aquele velho maldito por eu ter rejeitado seu amor, por nem ao menos lhe dar esperanças? E ainda mais as mentiras que aquela maldita hollow contou a você, te afastando ainda mais de mim? Por favor, conte-me o porquê de tanto sofrimento por minha causa?! – o nobre perde o controle, lhe apertando os ombros delicados com força, estava desfigurado pelo desespero, não a queria mais sofrendo.

Ela geme baixo pela dor sentida, porém o olha triste e chora ao vê-lo naquela situação: - se isto lhe servir de consolo, saiba que eu fui criada com dois objetivos: um por sua causa e reerguer este Clã ao seu lado, o outro matar Sora e o Hollow mestre antes que ele se complete e passe a assolar o mundo. – fala o empurrando e seguindo vagarosamente com os olhos encharcados.

Ele a puxa pelo braço direito e a abraça e com uma das mãos lhe segura o delicado rosto: - diga-me logo, chega de segredos Órion, eu não suportarei perdê-la novamente, não sabes o quanto sofri, conte o que aconteceu em teu tempo.

– Quando chegarmos e eu recuperar tais documentos lhe elucidarei tudo em detalhes meu senhor, agora vamos, por favor, solte-me...lembra-te que ... um passo de cada vez By-sama! Não faças nada que venhas a te arrepender depois, pois uma forte condição nos sepera, antes ela era mentira, hoje tornou-se uma verdade

– Eu sei, perdoe-me... – o nobre a solta lentamente sem encará-la e seguem ambos calados a passos de shumpo.

Órion para bruscamente, ele surge em sua frente: - O que foi querida?

– Como fui boba, levaremos dias assim, dar-me Yorukami By-sama.

Ele o faz, a menina posiciona-se fazendo gestos com a alva lâmina: - Segure-se By-sama.Ritãn!

O nobre segura na delgada cintura, logo ambos desaparecem.

........

– Senhora Yui, a senhora acha que o papai já encontrou a nee-chan?

– Espero que sim menina, mas tenho bom pressentimento, conhecendo sua irmã e seu pai posso afirmar que logo os veremos....

Algo ou alguém cai no lago do jardim, jorrando água para todos os lados e fazendo um grande Tchibum. Ambas correm para ver o que era e assustam-se.

– Mesmo após todos esses anos, vocês não aprendem a pousar, não muda nunca. – elucida o nobre levantando a moça que tossia, pois o mesmo caíra sobre ela.

– O-otou?! Nee-chan?! – corre Ária ao seu encontro, porém para instantaneamente.

– Ária! Ao que eu recordo-me, dei-te uma ordem para que não saísses dos teus aposentos até uma segunda ordem. – o nobre fita a mais velha gélido, com Órion nos braços.

– Mas otou-san, deixe-me apenas abraçar minha irm...

– Esse será um de teus castigos, manter distância dela, agora vá para seu quarto e não ouses sair até eu chamar.

Ária encolhe-se fitando Órion triste, porém obedece ao pai, seguindo lentamente pelos corredores da mansão.

– By-sama! Não achas que fora muito...

– Não, é o mínimo que ela merece, agora vá trocar-se, não quero que fiques doente.

– Imagina eu ficar...

– Menina obedeça a seu By-sama, minha querida menina. – fala a velha senhora sorrindo: - Finalmente você voltou!

– Senhora Yui! Então a senhora não esqueceu mesmo?! – abraça a criada.

– Então a senhora sabia disso todo o tempo? – indaga Byakuya: - vendo-me sofrer todos esses anos, nunca me disseste nada.

– Perdoe-me Byakuya-sama, mas, havia feito uma promessa.

– Órion, a partir de hoje irás para o Rokubantai comigo como seu castigo por isso.

– Queeee...?! – ela tenta debater, mas o nobre a faz gelar com apenas um olhar: - ‘mesmo após tantos anos ele continua o mesmo, eu não sei dizer-lhe não!’, estar bem By-sama. – responde virando o rosto para o lago do jardim, com um olhar nostálgico: - mamãe deve estar agora à beira deste lago com os pés na água bordando! – deixa escapar.

– Então você foi criada aqui na mansão minha pequena? – indaga o nobre curioso, tentando fazer a morena falar o que recordava-se naquele momento: - apenas conte-me o que recorda-te no momento.

– meu senhor tem certeza que queres ouvir, é muito vago o que lembro-me.

– Claro que tudo que te diz respeito me é inerente.

– Então elucidarei assim que nos trocarmos.

– esperar-te-ei no meu quarto, creio que será mais seguro. – fala o nobre.

– Há-hai By-sama. Jibrail, mensageiro das noites sem luar, ouça o chamado de tua senhora! – ela grita batendo o acúleo de Yorukami no chão.

– Sim minha senhora, qual o teu desejo. – responde a serpente negra: - Byakuya-sama, ohayo.

– Seja bem vindo Jibrail-dono.

– Nani?! Nani?! – assusta-se o mensageiro: - mi-minha senhora?! A primeira Órion?!

– Primeira e única velho amigo.

.......

Byakuya seguiu para o seu quarto andando um pouco mais atrás da morena que seguia a passos lentos, sempre se virando para trás. Ela sorria lindamente, os orbes glaucos brilhavam em contraste com os longos caracóis negros, Órion parou por alguns instantes como se relutasse um pouco, depois se vira bruscamente e volta correndo para o nobre:

– Aconteça o que acontecer...eu...eu... sempre te amarei...By-sama! – revela o abraçando, afundando o rosto no peito do nobre.

– Eu sou quem o digo, esperei anos para ouvir isso novamente de você! – o moreno retribui o gesto, dando-lhe um selinho na glabela, absorveu o doce perfume de sakuras e lírios..

Órion se afastou dele rapidamente e correu para seu quarto, Byakuya sorriu, seguindo para o seu aposento, entrando em seguida no banheiro, mergulhou na grande banheira e se pôs a refletir, relembrando acontecimentos longínquos: ‘eu estava fazendo meu passeio noturno habitual, alguns anos após a morte dela, porém nas adjacências do 13° bantai, onde encontrei minha pequena Órion pela primeira vez. As lembranças daquela noite surgiam com uma forte tristeza misturada ao sentimento de impotência, de culpa. Não estava perto, não pde protegê-la, não cumprira minha promessa. O que mais me intrigava naquele momento, era o fato de eu ter escolhido aquele lugar, justamente aquele bosque, onde tudo começou: a fuga de Rukia, o encontro com Órion, seu relacionamento com aquele maldito capitão, antes dono de minha estima e respeito, agora motivo de ódio e desprezo, por causa dele eu perdi minha menina, por causa dele perdi meu maior tesouro para sempre.A lua estava esplendida, cheia, vistosa, enorme, parecia mostrar naquela noite todo o seu fulgor, banhava o lugar com encanto e mistério, seu reflexo no pequeno córrego, enchia o bosque ainda mais de magia, era começo de primavera, naquela noite surgiu em minha frente uma visão quase irreal do dono da poderosa reiatsu, quase não acreditava, arregalei bem os olhos para contemplar tal ser. Parecia mais uma miragem que uma visão real. Foi esta imagem que me fez perder minha imutável postura: duas grandes asas brancas azuladas, longos e cacheados cabelos pretos contrastando com a branca pele rosadas nas fáceis, em suas mãos uma espada maior que o normal com um belo rubi no final do cabo. Suas roupas de um branco impecável: um belo vestido de folhos e babados esvoaçantes com uma abertura lateral direita as mangas eram compridas e largas nas mãos, na cintura uma larga fita vermelha cujas pontas pretas revoavam à sua volta, as barras das mangas e vestido bordados com algo que mais parecia ouro, e o rosto de uma beleza quase sobre humana parcialmente coberto por um transparente lenço branco tornando sua aparência mais divina ainda, sim esta era minha Órion, apareceu-me como uma deusa, a amei no primeiro momento, porém não soube distinguir o meu sentimento, talvez por medo, veneração ou o simples fato de ter desaprendido amar, de não me saber doar, para sofrer a dor da perda.’ – mas eu sofri três vezes, quando Órion se foi, eu...eu...gritei por Apsu, se ele era um deus, ele me ouviria, pagaria o preço que ele pedisse se me devolvesse minha Órion, somente minha, mas ele não me ouviu!

Mergulhou mais uma vez e ao emergir ainda de olhos fechados, sorriu de prazer, como se se deliciasse com algum aroma, que somente ele sentia: - na noite em que Yuè surgiu na minha vida, algumas horas antes dela cair como um meteoro...tudo fica estranho à minha volta, sendo engolido pelas trevas, pisquei por breves milésimos e me vi no infinito, pequenos pontos embebidos nas trevas, senti uma enorme pressão espiritual, quando dei por mim estava diante do deus das trevas, aqueles maléficos orbes vermelhos incandescentes me fitavam com arrogância...

...........

‘ – Kuchiki Byakuya, por me chamaste?

– Eu, eu não o chamei...alias, faz muito tempo isso, porque somente agora você apareceu, onde estavas quando Órion precisou de você? – indaga com raiva.

– Fora para isso que me chamaste? Isto não vem ao caso agora, caso seja, irei embora.

– Não, não fora para isso...

– Então diga-me rápido, para que exigiste minha presença? – interroga o deus com um sorriso diabólico, já prevendo o que seria.

– Quero que me devolva meu orgulho, minha razão, minha Órion, do jeito em que ela chegou aqui, eu pagarei o preço que pedires não me importa.

– Sabia que seria isto, não se preocupe, serei bondoso, no tempo correto irei cobrar esta pequena dívida. No tempo certo te darei sua amada Órion, minha avatar, porém não fique ansioso e não confunda isso com os acontecimentos que virão a seguir.

– Como assim, que acontecimentos, quando me devolverá minha menina????

– que interessante! Uma viajante do tempo, isso será divertido. – diz o deus numa enorme gargalhada desaparecendo nas trevas. ’

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– Sim agora me lembro de como fui parar ali, naquela noite, a viajante do tempo era Yuè, ele alertou-me para não confundi os acontecimentos, mas eu ignorei isso e até havia esquecido isso. Agora, minha pequena Órion retorna do jeito que chegou a minha vida e me diz que jamais fora minha filha! Ele sabia de tudo que iria acontecer e se divertiu às nossas custas. – Byakuya sente uma presença e fita um canto escuro: - Jibrail-dono?!

– Gomen nasai Byaluya-sama! Mas tenho um recado importante. – responde o mensageiro.

– De Órion?!

– Não, mas daquele que a devolveu ao senhor...

– o deus Apsu?!

– Sim, ele diz que brevemente virá cobrar a dívida, vida por vida, alma por alma, é assim que os deuses trabalham. Sayonara Byakuya-sama. – a negra serpente desaparece.

– Então foi ele mesmo quem me trouxe Órion, mas por que tudo aquilo, Tsukishirou e Yuè irem buscá-la nos domínios dele, mas após tantos anos!e somente agora Shouri vira Órion?! O que os deuses escondem e porque minha menina sempre estar envolvida?!

.....

Byakuya deixou os cabelos soltos e despenteados, pôs uma nakama azul escuro e um kimono prateado, sobre essa roupa uma haori negra, sentou-se à mesa baixa da antessala do seu quarto vendo os criados terminar de sobrepor a o almoço sobre a mesmo, enquanto aguardava sua pequena Órion, temeu por um momento ser mentira, não passar de um desvario o retorno da morena, não, não era mentira, pois o mensageiro lhe confirmara o retorno completo dela, Aguardava ansioso, mantendo o olhar púmbleo na entrada do seu aposento, os criados finalizaram e saíram um tanto desconfiados, porém fizeram reverência do lado de fora:

– Seja bem vinda Kuchiki-sama. – fala os três criados e seguem .

– Ohayo e arigato mina. – responde adentrando o recinto, defrontando-se com o nobre de feição inquieta: - Gomen nasai By-sama , eu sei que o senhor detesta atrasos, mas eu...eu sou mulher e...

O nobre levanta-se e se aproxima da garota aflita, pondo-lhe os braços À volta de sua cintura, deixando-a corada: - não se preocupe, eu entendo, o importante é que você estar aqui comigo! – a abraça mais forte somente para certificar-se que ela estava ali.

– Nyah....eu jamais irei embora novamente By-as....digo...otou-s.... – atrapalha-se e cala quando o nobre lhe põe o indicador sobre os delicados lábios.

– Você não é Shouri, aquela que amei como filha, você é meu tesouro dado a mim pelos deuses, estava longe e agora retornou para meus braços, Órion!

Eles sentam-se e a jovem começa a narrativa: a morena trajava um belíssimo vestido chinês rosa com sakuras douradas, usava os caracóis soltos preso na parte de cima com um delicado e luxuoso pente de sakura, no braço ainda estava o bracelete de tomoyo, agora coberto por um lenço, estava descalça e o nobre sabia disso, não precisava ver-lhe os pequenos pés.

– O que me recordo é muito vago, pois o que parece...eu deixei minha mãe aos cinco ou seis anos de idade.

– Como assim?! você não passava de uma criança pequena!

– não sei ao certo o porquê, mas era inevitável que me afastasse dela com tal idade, nasci nesta mansão e somente haviam eu, mamãe e meu irmão, o herdeiro que estava próximo da morte como todos os outros.

– Porque?!

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– Agora a senhora entende Yuna-sama? É crucial para a continuação deste Clã que a senhora gere outro herdeiro e Mayuri taichou poderá ajudar. – fala um ancião.

– Eu compreendo, porém com quem casar-me-ei novamente, meu marido morreu e não há mais um Kuchiki de sangue, e se houvesse, certamente o herdeiro nasceria com esta doença assim como meu filho que desfalece cada dia, eu fui a única que perdurou mais que os outros.

– Mas quem falou em casamento, a senhora não compreendeu o foco do assunto, podemos chamar de fertilização artificial ou produção independente, muito comum no sekai. – explica Mayuri com seu sorriso sádico.

– Como assim, como gerarei um filho! Sozinha?!

– Are? Are? Deixe-me elucidar melhor, falo de um clone seu, gerado em seu ventre, melhorado geneticamente como gene pré-selecionados por mim, onde eliminarei os alelos portadores do mal Kuchiki e no lugar porei genes sadios que terão outras qualidades, já até estou pensando nisso, tenho uma amostra de DNA do outrora Kuchiki Byakuya e também de um shinigami muito poderoso chamado Kurosaki Ichigo, pensem em como esse herdeiro será forte e resistente, assumindo a liderança do Clã e retomando o Rokubantai novamente, e que soube é de suma importância a existência de pelo menos um Kuchiki na história para evitar que a ruína recaia sobre o Seireitei e o Sekai, certo!

– Sim, é a mais pura verdade, como todo o Conselho é a favor e é a única coisa que eu posso fazer para salvar o meu Clã, que assim seja, ser mãe novamente! Um conforto e alegria para minha alma atribulada.

– Mas, o orçamento é um pouco alto e no momento atual em que o Gotei se encontra...

– Não importa o valor, gaste o que for preciso, dinheiro não compra felicidade! Será uma menina, não é Mayuri taichou! – fala Yuna agora alegre e com olhos brilhantes.

– Claro que sim, será uma cópia sua melhorada geneticamente.

– Uma filha!!

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– By-sama entende agora? Eu fui um tipo de produção independente, e por deixar minha mãe muito cedo por motivos que eu desconheço eu não tenho muito que contar daquela época, eu somente lhe poderei esclarecer depois que tomar posse de minha baggu e desses pergaminhos. – as lágrimas descem.

– perdoe-me por insisti, você não estava pronta para falar...mas e sua estadia no forte desse maldito hollow, como Sora te capturou?

– creio que assim que cheguei aqui, muito pequena, devo ter despertado interesse neles devido meus poderes, e sendo mui nova e com amnésia ela me cativou rapidamente e passai por tudo aquilo que o senhor já sabe, até me libertar deles um pouco antes de lhe encontrar com a ajuda do deus Apsu.

Byakuya baixou o rosto, agora entendia o motivo deles querem tanto Órion, esse motivo vinha sendo guardado por gerações, passado aos lideres da família: - Coma querida, jamais deixarei que lhe façam mal novamente; - o nobre a abraça novamente.

– Bya-sama... – pergunta sem jeito ainda em seus braços, sem encará-lo, com a cabeça em seu peito.

– Hai querida, pode perguntar o que quiseres.

– Você... você... me ama?! – esconde o rosto sob a haori trêmula: - gome...

– Mais do que tudo nesta vida meu orgulho. – responde o nobre sem rodeios.

Ela treme, porém: - não como fil...

– Eu não disse isso em nenhum momento!