Yuè é levada para um quarto especial da mansão, o qual fora preparado cautelosamente pelas mulheres do Clã a espera desse dia, Rei logo chega com Isane, minutos depois chegam Tsukishirou e Ukitake. Arina dita as regras, ficando no quarto somente ela, Yui, Isane, Rei (que fizera três dos partos de sua mãe) e Hikari, os homens foram orientados a esperar numa sala com outras mulheres da família.

– Acalme-se Byakuya-sama, dará tudo certo, hoje é um grande dia para o nosso Clã, o inicio de uma nova era. Duas belas donzelas Kuchikis nascerão hoje, duas nobres de sangue!!! – cantarolava Fujitaka.

– Eu desejaria muito estar ao lado de Yuè agora, ver minhas filhas nascerem. – fala o nobre ansioso.

Juushirou apenas o olha triste, ele não entende o porquê, já iria perguntar algo quando:

– Byakuya-sama!

– Tsukishirou taichou?! O que aconteceu?! – indaga apreensivo o nobre.

– Hoje acertamos nossas dividas. – fala a garota severamente.

– Hã?! Como assim? Menina deixe isso para depois...

– Não, eu falei que quitaríamos nossas desavenças neste dia. Hórus. – chama o Anúbis, que surge atrás do nobre.

– Tsukishirou, o que você pensa em fazer? – pergunta Byakuya suando frio. – Solte-me. – ordena ao chacal que o prendeu nesse momento.

– Não verás tuas filhas nascerem, tão pouco vivenciará sua primeira semana. Hórus o leve para sete dias de viagem com shumpo daqui! – ordena a morena, Byakuya tenta falar algo, porém o chacal desaparece com ele, deixando todos os presentes assustados.

– Menina insolente, como ousa tirar tal alegria de um pai, ainda mais sendo o líder do nosso Clã, quem você pensa que é para estar aqui nesse dia tão especial... – fala Hokudo bravo.

Ela o olha com desprezo e responde: - infelizmente, carrego o nome deste Clã, para sua informação, me chamo Kurosaki Tsukishirou Hikari, filha de Kuchiki Rukia, irmã do seu líder, porém brevemente serei uma Ukitake literalmente. – dar-lhe as costas seguindo para o quarto de Yuè, deixando a todos assustados e Juushirou muito alegre.

Nesse momento chegam Rukia e Ichigo ofegantes, este fita Ukitake louco de raiva, mas somente pergunta: - onde estar ocorrendo o parto?

– Porque o senhor quer saber, lá já tem gente o suficiente. – responde uma mulher.

– Eu sou médico e isto é assunto de família, não se meta. – responde o morango.

– Segunda porta à direita Kurosaki-san. – indica o meigo taichou apontando o local.

– Velhote, quando tudo isso terminar, teremos uma conversa de homem para homem.

– Uê?! Onde estar Nii-sama?

– Pergunte à minha lua, porque nem eu sei.

.........

– Eu vou matar aquela menina desalmada, como ela pôde fazer-me isso? Meu maior desejo era ver o parto de Yuè e o nascimento de minhas filhas, rever minha pequena Órion.... – esbravejava Byakuya correndo por uma densa floresta sabe-se lá onde, ( como a ob... digo Hikari foi malvada!).

......

– O que você faz aqui? Vá embora. – fala Yuè entre uma contração e outra ao ver Ichigo.

– Perdoe-me Yuè por aquelas idiotices, depois você me fala o que quiser me insulta, berra, mas no momento concentre-se em seu parto, sou eu quem acolherá tuas meninas, agora vamos, respire fundo e acompanhe tuas contrações fazendo força para baixo.

– o senhor vai fazer o meu parto? – pergunta sem jeito e agora mais calma.

– Agora entendo o que Rukia quis dizer no caminho para cá. Essa carinha não nega ser de tua mãe! – Ichigo sorrir: - seja o que eu te fiz no futuro que você pertence, saiba que jamais acontecerá querida, pois eu quero muito você. O destino das mulheres da minha família é nasceram por minhas mãos. Agora respire profundamente.

A alba sorrir docemente, mesmo em meio às contrações dores, enquanto Tsukishirou se põe atrás dela a apoiando, lhe beijando a fronte. Arina e Yui aguardavam com toalhas macias e limpas ao lado, Isane terminava de paramentar o loiro com o auxilio de Rei.

– Isane-san, coloque um acesso com hidratação, pois como se trata de gêmeas, creio que será um pouco demorado e Tsukishirou prepare-se querida, estamos diante dos nascimentos de filhas de shinigamis poderosos, poderemos esperar qualquer coisa.

– Não se preocupe meu pai, temos o auxilio de Anupu, ele as espera tanto quanto nós. – responde a morena.

– Você fala do deus chacal egípcio? – indaga incrédulo se posicionando diante de Yuè, que agora estava com o colo totalmente apagado e dilatação máxima: - querida depois quero saber em detalhes, olha só! Já tem alguém coroando. Vamos Yuè querida, força.

– Tu-tudo bemmmm.... hummm.

– Já estar puncionada Kurosaki-san, HV aberto? – fala Isane.

– Sim, Glicofisiologico, coloque oxitocina também.

– quantas ampolas?

– uma somente para ajudar, me parece que ocorrerá naturalmente e eutorcico.

Após alguns minutos se ouve pela mansão um choro forte, Yuè não gritou em nenhum momento, pois sabia muito bem que a força gasta num grito, seria a força que ajudaria suas crianças nos nascimentos. A primeira a nascer fora Ária, para espanto de todos, principalmente para a mãe, que esperava uma menina de grande reiatsu e pressão espiritual marcante, fora o contrario, sua energia se comparava a uma pessoa normal, esta era alba como a mãe, porém os olhos eram os do pai, fora entregue aos cuidados de Arina, assim que Isane lhe dera os cuidados primários e fora apresentada para Chiharu. Meia hora depois, uma moreninha faz o mesmo trajeto da irmã, coroando em seguida deixando uma cabeleira negra aparecer no canal de parto de Yuè, demonstrando sua pressão espiritual no momento que coroou. Tsukishirou iniciava fluir sua reiatsu, porém parou no mesmo momento em ela e Yuè sentiram uma energia invadir o local, deduziram ser Anupu que suprimira a pressão espiritual da menina, assim que sua cabecinha desceu o canal, fez a rotação e saiu com bastante esforço da mãe, que muito suava e ofegava, puxando o ar profundamente, Ichigo aparou a cabeça da criança e manobrou cuidadosamente para a interiorização dos ombros, lchigo que sentiu a atmosfera fria do ambiente, o esperado bebê abriu um forte berreiro, o loiro a colocou sobre o ventre materno enquanto clampeava o cordão umbilical, Yuè sorriu exausta, porém feliz, deixando o corpo esmaecer nos braços de Hikari. A placenta desceu logo em seguida. Foi com enorme alegria que a velha senhora Yui pegou Órion nos braços:

– Você voltou para mim, assim como prometera, meu pequeno anjo! – levando a menina para receber os seus cuidados. ( não entendi o porquê da senhora Yui falar isso quando me pegou nos braços!)

– Yuè! Você ouviu o que ela disse? – indaga Hikari.

– Sim! Quer dizer que Yui sabia de tudo?

Naquela mesma noite, quando somente estava a okaa-s... digo Yuè e as duas crianças, enquanto os outros festejavam lá embaixo, ela desperta e vê diante do berço das filhas uma aura luminescente que muito lembrava um guerreiro Anúbis, este pegou Ária nos braços e balançara a cabeça negativamente, depois me tomou... digo... tomou Órion nos braços e ergueu acima da cabeça e esboçou um sorriso mostrando as afiadas presas, eu... a criança abriu os olhos deixando parecer os doces orbes glaucos como os da mãe, após isso a aconchegou nos braços novamente e lhe dera um delicado e luxuoso colar, a colocando no berço e desaparecendo em seguida. Chiharu levantou-se para ver as meninas e observa no pescoço da moreninha o símbolo do deus, ficando sem entender nada.

Uma semana depois meu otou-s... Byakuya chega louco de raiva de Hikari, ele já avançava para cima dela, quando Rukia se pôs na frente:

– Nii-sama, eu sempre o respeitei, sempre abaixei a cabeça para o senhor, mas jamais permitirei que ofenda ou agrida a minha filha, esqueço tudo o que o senhor representa para mim e o mato com minhas próprias mãos. – esbraveja a shinigami: - sua esposa e suas filhas estão lá em cima o aguardando.

O nobre nada fala, chegou a temê-la, pois jamais viu aquele lado de sua irmã, sobe as escadas afoito, ajoelhando-se diante da cama quando depara com Yuè amamentando suas filhas, o então frio, impassível, indiferente e arrogante líder do famoso e poderoso Clã Kuchiki, derrete em lágrimas literalmente. Queria muito ver essa cena! Quase me deixa cair quando foi me segurar de tão nervoso! Vocês acreditam?! Porque ele não pegou a Ária primeiro, se era para derrubar alguém? Que fosse ela e não eu! Pois é, a senhora Yui disse que foi a primeira vez que o viu chorar. Ai vocês se perguntam: quem estar narrando a história? Eu mesma, Kuchiki Órion, escrevendo sobre o meu nascimento, eles pensam que não sei das coisas, que sou ingênua como Ária, enganam-se meramente. Eu sei dessa historia desde os meus oitos anos, quando passei uma noite no pequeno templo de Anupu, na casa da obaa Tsukishirou, fui perguntar o motivo do presente que carrego comigo desde o meu nascimento, então ele me revelou isso, porém não me disse por que me dera o colar e nem porque tenho que chamar Ukitake taichou de oji e Tsukishirou de obaa, muito menos porque minha mãe foi embora quando eu e Ária tínhamos apenas dois anos. Papai cuida de nós duas sozinho desde então, lógico com a ajuda das pessoas acima citadas. Estou falando isso tudo da varanda do meu quarto, porque estou de castigo sem sair de casa por uma semana, sem poder brincar, ou seja, levo o dia inteiro no quarto, somente porque no ultimo chá das famílias nobres joguei uma xícara de chá em Hakurei-jii-sama. Depois conto o porquê. Porque ainda tenho outras coisas para falar. Ah! Hoje eu já conto nove anos e tem umas coisas bem esquisitas acontecendo comigo, Ária e Yuè, que recebeu o nome da minha mãe e tem seis anos.