Órion! The Clan Hope Kuchiki

Terceiro dia/O casamento da obaa e do oji!


Bem, como eu começo? Ah! o casamento do oji e da obaa! Isso mesmo. Esse foi uma comedia, todos contam, foi um grande acontecimento na Seireitei, pois se tratava de uma Kuchiki, filha de Kurosaki Ichigo e ainda mais capitã, isso mesmo! Todos conheciam a obaa por seus grandes feitos, ela ultrapassou a primeira Órion e a mamãe juntas, se tratando também do meu querido oji, que é um capitão renomado. Quando os anciões souberam da verdade em relação aos laços paternos da obaa, quase infartaram, seria outra Kuchiki entregue à família Ukitake, que por causa da obaa já havia ganhado uma grande influência. Mas o melhor da história, foi o Kurosaki-san, ele correu dois dias e duas noites atrás do oji para matá-lo, a sorte do oji-san foi que ele já estava curado da doença que teve durante séculos, do contrario não teria vencido o Ichigo-san (não sei como me refiro a ele). Meu otou-san, ainda ficou dias com raiva de Hikari-obaa, não tentou nada porque minha okaa-san o ameaçou também, papai disse que mamãe sabia ser bem convincente quando queria, além de teimosa, ele fala que sou um mistura de Órion-san com minha mãe, lógico salpicado com um pouco de puro orgulho Kuchiki, Ária é... meu oposto... é um projeto de nossa mãe com personalidade do papai. Mas vamos ao casamento da obaa.

Depois de toda confusão que foi a conversa de ‘homem para homem’ de Ichigo com Ukitake, o loiro resolveu ceder, por livre e espontânea pressão das três mulheres de sua vida: Rukia, Hikari e Yuè, marcando a data para dali a seis meses. Enquanto no orgulhoso Clã esses dias corriam tranquilos e felizes, eram visitas, jantares e presentes as jovens integrantes do Clã. Yuè não gostava muito dessas ocasiões. Pois só via suas filhas na hora de amamentá-las, todas as mulheres queriam carregá-las, devido serem bebês calmos e belos ( eu era tão fofa!).

– Alguém viu minhas filhas? – pergunta Chiharu desanimada, pois fazia meia hora nessa situação.

– Estão com Arina-sama e Yui no jardim e outras senhoras ricas, que vieram te visitar. Ah! como sou irresponsável! Era isso que deveria ter feito a alguns minutos atrás te chamar. – fala Rukia, que agora dividia seu tempo entre a Seireitei e o sekai.

– Você não muda mesmo obaa, muito obrigada, agora parecerá que eu fiz desfeita para essas senhoras. – responde Chiharu decepcionada com a morena: - e Hikari, já resolveu o que vai usar?

– Sua mãe?! Você quer dizer. Ela não quer kimono, quer vestido, mas não sabe o modelo, irei passar no 8º bantai daqui a pouco, até convoquei uma reunião da Associação para nos ajudar a escolher o modelo.

– A senhora sabe que isso é segredo até para o restante da família! Você acha que elas ajudarão? Às vezes acho que Byakuya-sama tem razão em certos momentos em relação a elas. A ultima reunião, mamãe cedeu Ugendou e foi uma bagunça, surgiu de tudo na festa, e quem mais sofreu foi o pobre do Hórus.

– É! Fiquei sabendo. Mas também que mandou a Tsubaza fukutaichou levar o Anúbis numa reunião só de mulheres?! Com certeza devem ter pensado que era....

– Realmente, foi isso que aconteceu, elas acharam que o pobre chacal fosse um gogoboy fantasiado, um fetiche para as mentes doentias. Byakuya-sama quando soube disso quis botar tudo abaixo, e o guerreiro somente queria proteger as meninas, eu não entendi.

– E porque nii-sama queria fazer isso?

– bem, porque Soifon e Ran-chan pegaram as meninas da minha mão, mamãe ainda não havia chegado, e esta ultima me jogou-me nos braços do Anúbis, confesso que tenho grande estima pelo deus, mas o Hórus é um amigo que considero. Nesse momento Byakuya-sama chegou e ficou louco de ódio, quase acabando com a festa.

– Agora entendi porque ele fica pé-atrás com o guardião! Você vai ao 8º bantai?

– Irei sim, acho que guardei um modelos que Órion desenhou a muito tempo e Yui havia guardado, talvez a okaa-san se agrade de algum. Assim que me livrar das visitas e amamentá-las eu irei.

– então nós a esperaremos.

....

No oitavo bantai, uma algazarra se fazia, eram retalhos de vários tipos de tecidos e cores, além de um batalhão de mulheres enlouquecidas, Rei para tristeza de algumas escondeu o guardião. Enquanto no 13º bantai uma discussão bem trivial dava-se por horas, Ukitake e dois de seus irmãos mais seu velho tio, Shunsui, Ichigo e... Hokudo e Fujitaka (isso mesmo, dois anciões do Clã, que vivem me atormentando com um bando de regras chatas), tentavam acertar o local do casamento:

– A cerimônia deverá ser realisada em nossa casa, Ugendou, pois Tsukishirou-sama adora esse lugar. – falou um futuro cunhado.

– De jeito nenhum, será na casa do pai da noiva, no meu mundo, pois todos têm que ver minha filha saindo casada de casa, e tem meus parentes e os irmãos dela também.

– Não, ela é uma descendente Kuchiki, tem o dever de casar segundo nossas leis. – fala Fujitaka.

– já que se trata de dois taichous, seria conveniente um casamento em um dos bantais. E já vou avisando que serei o padrinho. – retruca o Comandante.

– Só se for do noivo, pois da noiva tem uma lista: Zaraki, Mayuri, Renji, Ishida e até aquele loirinho daqui, é... – fala Ichigo quando...

– Demorou mais o chá chegou senhores! – todos ficam perplexos, exceto Juushirou que já estava acostumado com esse hábito de Yuuki, que entra com uma bandeja enorme de chá e uma garrafa de saquê: - o que tem eu? Ah! Eu não abro mão de ser padrinho da Hikari taichou, já até escolhi o presente. – sorri mostrando as covinhas.

– Não importa onde seja, contando que o casamento aconteça, o mais correto é perguntar para minha lua, onde ela deseja realizar a cerimônia e a festa. – elucida o meigo taichou.

– E a lua de mel! Será aonde? – pergunta Ichigo.

– Que lua de mel? Essa já acontece há algum tempo, não é velho amigo? – brinca Shunsui, deixando outro rubro e sem jeito.

– Como assim? – esbraveja o morango: - seu desgraçado, agora eu te mato! – o loiro grita pegando Zangetsu e correndo atrás de Ukitake.

........

E assim, se sucedeu o casamento do oji e da obaa, após muitas confusões e intrigas. Ela escolheu dois lugares: a cerimônia foi realizada em uma tenda no campo dos pessegueiros do 13º, onde ela treinava com o oji em plena primavera, a festa foi em Ugendou mesmo, com todos os seus cinco padrinhos e meia dúzia de madrinhas: Rei, Matsumoto, Soifon, Kida, Orihime e uma senhora de nome Yashido Kazume. O vestido foi branco de renda, cetim e seda no modelo que Órion-san desenhou com algumas modificações da mamãe. A outra confusão foi no momento em que o pai da noiva foi entregá-la ao noivo no altar, levaram 20 minutos para Ichigo-san soltar a mão da obaa. Porém todos dizem que foi um sucesso e noticia em toda Seireitei, ainda hoje adoro ver as fotos, na metade delas aparecem mamãe, papai, eu, Ária, a obaa, o oji, Ichigo-san e Rukia-san. Minha família!

Eu lhes contei isso, pois ainda estou de castigo, terceiro dia presa em casa, o primeiro dia de castigo, levei-o chorando com raiva do papai e isolada de todos, não queria ver ninguém, somente a senhora Yui, tudo por causa daquele velho maldito, enquanto Ária fica cada vez melhor em instrumentos de corda como o alaúde e a harpa, que a obaa estar ensinando para ela e para a fofa da Yuè, logo após as aulas, o oji aparece e as levará para passear e enchê-las de doce e chocolate. Que raiva! Deveras não goste muito desses tipos de instrumentos, pois prefiro o piano e a flauta transversal, também flauta doce, destilei ontem dama da noite, papai adorou, mas não diminuiu meu castigo! Pelo menos quando ele chegar é com uma caixa de chocolates só para mim.

Ao menos posso sair escondida pela noite, adoro passear sob um belo céu estrelado sozinha, de certo que nunca estou sozinha nesses passeios, tem alguém muito especial que sempre me acompanha. Se papai souber dessas saídas, nem imagino o que ele fará comigo! Isso não me preocupa nenhum pouco. O lugar que eu mais gosto de ficar, além do templo de Anupu é um bosque com um riacho nas imediações do 13º bantai, não sei por que, mas adoro aquele lugar. A senhora Yui me contou que papai conheceu mamãe lá, deve ser por isso. Ah! Na outra semana recomeço a treinar com o papai, me dói o corpo somente em pensar nisso, pois a primeira vez que treinamos juntos, fiquei dois dias de cama, ele disse que não falhará comigo dessa vez. Não entendi ao que ele se referiu, mas eu voltarei a treinar com o papai porque a obaa estar grávida e foi proibida de fazer grandes esforços.

– Órion querida? – chama alguém da porta.

– O que foi Yui-obaa?

– Zaraki taichou estar lá embaixo a esperando, disse que Byakuya-sama o deixou treinar um pouco com você aqui em casa. – responde a velha senhora muito feliz.

– Verdade Yui-obaa?! Que legal, adoro Zaraki taichou!!!! Legal! Legal!!! Amo meu pai!

– duvido que o ame mais que ele a você, pequena!

– é! Eu não posso discordar disso! – grita já descendo as escadas.

– hã! Como ela me escutou?!