Uma semana se passou, a reportagem sobre a praia já foi “esquecida”. Meus pais voltam de viajem amanhã, isso quer dizer que é hora de arrumar a casa e deixá-la limpinha e bonitinha pra não levar bronca quando eles chegarem.

- Mano, são 15h da tarde e a casa ainda esta assim? A gente não vai conseguir terminar. –Rê, a pessimista, disse.

- Shiiu! Vamos sim, se a gente não conseguir meus pais matam a gente! –Bê disse.

- Cara, já imaginou que legal seria o tio chegar e ver a conta do cartão? –Tha disse e nós rimos. Imaginei meu pai dando seus pitis na sala sobre o quanto gastamos em besteiras.

- Ele vai surtar! Não quero imaginar. –disse rindo.

- Então vamos arrumar a casa pra ele poder surtar um pouco menos. –Bê disse enquanto arrumava algumas coisas na sala.

[...]

- Ufa! Achei que não terminaríamos mais. –disse e me joguei no sofá.

- Dá próxima vez, avisa pros seus pais comprarem uma casa menor pra ser mais fácil de limpar.

- Ah, pode deixar! –Bê disse.

[...]

- Já arrumaram as malas de vocês? Daqui 40 minutos os nossos pais chegam! –Disse ao ver que as meninas ainda estavam deitadas no sofá, de pijama, assistindo desenho.

- As minhas coisas estão prontas. –Tha disse.

- Eu nem tirei as minhas da mala. –Rê disse rindo.

Já que não tinha mais nada pra fazer e parecíamos pessoas civilizadas e adolescentes responsáveis, decidi ir pegar o not e ‘fuçar’ um pouco nas minhas redes sociais. Fui até o meu quarto, peguei ele e voltei pra sala. Entrei no twitter, face e em seguida no meu e-mail.

No twitter estava tudo normal (o normal que digo é: alguns xingamentos, algumas frases fofas, alguns FCs que foram criados pra mim e um numero inacreditável de seguidores). O face tinha um bilhão de pedidos de amizades e MUITAS assinaturas. Entrei no e-mail e ao contrário de muitas pessoas, não recebo atualização das outras redes sociais nele. Olhei algumas mensagens, na esperança de que o e-mail que eu tanto queria estivesse lá.

*Flash Back On*

- Caraca! Eu tenho que conseguir a bolsa de estudos lá nos Estados Unidos. –disse pra minha mãe enquanto mexia no site de uma das melhores faculdades de jornalismo de lá.

- Você irá conseguir! Já fez sua inscrição, certo? –ela respondeu enquanto preenchia os papéis do trabalho.

- Certo. Mãe, é um sonho! Já me imaginou morando lá, visitando a Disney sempre que possível e mandando presentes pra vocês? –disse e ri.

- Bom, se você começar a trabalhar pra poder mandar presentes pra gente, será ótimo! –ela riu.

- Oh shit! Eu ainda terei que trabalhar?

- Se quiser gastar muito, sim!

*Flash Back Off*

Fazem dois anos que isso aconteceu... Tudo bem que até agora não recebi nenhuma resposta sobre a minha vaga lá, mas a esperança é a ultima que morre, não é?! Rs.

- MEU DEUS! NÃO É POSSIVEL! –“disse” ao ver um e-mail da universidade em que havia me inscrito.

- O que? –Rê disse e deu um pulo do sofá em minha direção.

Li o e-mail junto com ela, e sem precisar de tradutor ou coisa assim, descobri que tinha ganhado uma vaga na tal universidade.

- O QUE FOI THAY? –Bê disse enquanto me olhava assustada.

- Eu. Vou. Para. Os. Estados. Unidos! –sim, eu disse isso pausadamente. - GANHEI UMA VAGA NUMA UNIVERSIDADE!

- AAAAAAAAWN! –Rê disse e me abraçou.

- Abraço coletivo na Thay por que ela merece! –Tha disse e puxou a Bê pelo braço pra vir me abraçar.

- Cara, eu ainda não acredito! –disse assim que elas me soltaram.

- É, ta tudo muito bom, mas não querendo estragar a sua felicidade... –Rê disse e abaixou o olhar. –E eu? –vi seus olhinhos azuis ficarem cheios d’água.

- Como assim? –perguntei.

- Como assim o que? Você vai morar na puta que pariu, por dois anos e eu vou ficar aqui, sem você? –ela perguntou já deixando uma lagrima cair.

- Ei, você não vai ficar sem mim. –disse limpando a lagrima que rolava no rosto dela.

- Claro que vou! Ou você vai virar mutante e estar em dois lugares ao mesmo tempo?

- Isso eu já não posso. –ela acabou rindo. –Mas te garanto que vou te perturbar todos os dias da sua vida. Pelo skype, talvez por sms ou ligações, mas sem mim você não fica! –disse e ela me puxou para um abraço, talvez o mais apertado que já havia me dado.

- Promete que você não vai arrumar outra melhor amiga por aí? –ela disse antes de se soltar do abraço.

- Ah... Se eu achar alguém melhor que você, pode ter certeza que irei titulá-la de minha melhor amiga... –mal terminei de dizer a frase e levei um tapa dela.

- Olha aqui –ela disse e se levantou. –se você arranjar alguma girl por aí e dizer que ela é sua bff –ela disse com um sorriso sínico e que me deu um certo medo do que viria a seguir. –EU ARRANCO AS TRIPAS DELA E TE FAÇO COMER NA JANTA! –ela gritou, sorriu novamente e se sentou ao meu lado.

- Bom, mudando um pouco de assunto e tirando toda a agressividade que nessa casa se encontra. –Tha disse e riu. –Como você vai contar pro Thomas?

- Ahn... –pensei em responder mas fui cortada pela Bê.

- Não, por que caso você não saiba, ele esta mesmo curtindo ficar com você... Ele quem disse. –Bê disse e me fez sentir um aperto no coração. –E aí, como vai contar?

- Não sei... Só não falem nada pra ele... Vou pensar num jeito de dizer isso pra ele. –ouvi alguns barulhos no portão. –Olha só... Acho que a mãe e o pai chegaram! –disse tentando desfazer o clima ruim que tinha ficado na sala. Levantei e fui até a janela da sala olhar.

- Chegaram? –Bê perguntou.

- Sim. –respondi.

[...]

Véspera de Natal. Iremos pra casa da Tha, pra ceia. Sim, meus pais já sabiam da faculdade, contei assim que eles chegaram.

Se eu tenho visto o Thomas? Acho que umas três, quatro vezes por medo de não conseguir me acostumar a ficar longe dele... Ele me disse que talvez hoje passe lá na Tha pra me desejar um feliz natal...

- THAAAAAAAAY, JÁ COMEÇOU A SE ARRUMAR? –Bê gritou.

- VOU ENTRAR NO BANHO AGORA, POR QUE?

- A THA DISSE PRA LEVAR BIQUINI, VAMOS INAUGURAR A PISCINA DA CASA DELA HOJE!

Não tinha por que responder. Tomei meu banho, vesti o biquíni (por que era melhor do que levar) e coloquei a roupa que tinha comprado pra passar o Natal. Passei uma make a prova d’água, arrumei o cabelo, passei perfume e desci.

- Vamos? –disse ao perceber que já estavam todos na sala.

- Vamos. –meu pai disse.

Fomos no carro do meu pai, que queria colocar um tampão na minha boca e na boca da Bê, por que cantávamos todas as musicas que tocavam na radio. E fomos assim até a casa da Tha. Chegamos lá, e todos estavam lá. Fomos atendidos pela Tha e a Rê.

- Oi tio, oi tia. –elas disseram juntas.

- MENINAAAAAAAAAAS! –Tha disse e pulou na Bê.

- Que medo delas! –Rê disse e me puxou para dentro. –Cara, sabe quem ta aqui?

- Quem? –perguntei.

- Lembra daquele primo da Tha, que queria ficar com você, mas você disse que não e mandou ele crescer? –ela disse e riu.

- Lembro.

- Ele ta aqui, daí ele chegou em mim e disse: ‘E ae, cadê a Thay? Avisa pra ela que eu cresci.’. –ela disse e eu comecei a rir, por que as imitações da Rê são as piores.

- Pelo amor de Deus! –disse e ri.

- É sério.. Ele ta pior que antes - ela disse rindo.

Entramos na casa da Tha rindo, fomos pra sala, nos sentamos no sofá e ficamos conversando, logo o tal priminho da Tha me avistou

- Oi Thay *-*

- Ahn.. Oi. - eu disse e olhei pra Rê que tava quase morredo de rir.

- Viu Thay, eu disse pra você que ele tinha crescido - Rê disse segurando o riso.. Ah essa menina me paga.

- É Thay, tô grandão já.. Agora a gente já pode até namorar. - No momento em que ele disse isso, Rê não segurou e começou a rir loucamente, e eu acompanhei suas risadas.

- Quem sabe quando você ficar musculoso e com a voz definida.. - Eu disse assim que recuperei meu fôlego após tantas risadas.

[...]

- FELIZZZZZZZZZ NATAAL - Rê disse vindo me abraçar assim que deu meia-noite.

- FELIZ NATAL IRMÃ - eu disse a abraçando também.

Todos se cumprimentaram com um feliz natal. Depois de fazermos as trocas dos presentes fomos 'inaugurar' a piscina nova da Tha. Bom pela hora acho que Thomas nem vem mais, e provavelmente Pedro também não vem ver a Rê.

Subimos pro quarto da Tha pra podermos nos trocar, eu como já estava de biquini apenas tirei a roupa, nós descemos e fomos pra piscina. Eu fiquei em pé na ponta antes de entrar, isso teria dado certo se a infeliz da Bê não tivesse me empurrado

- REBECA... SUA FILHA DUMA..

- Olha que a mãe é a mesma... - ela disse rindo.

- Idiota. - eu disse acompanhando suas risadas.

Ficamos na piscina 'brincando' como crianças que somos. Depois de mais ou menos uma hora ali brincando com as meninas o interfone tocou e Tha foi atender

- Thay, Rê.. - ela disse assim que voltou.

- ooooi - respondemos juntas.

- Tem dois garotos muito abobados esperando vocês lá na frente. - ela disse e nós rimos.

Saímos da piscina, nos secamos, colocamos a nossas roupas de volta e fomos pra frente.

- Achei que não iam mais vim u-u - Thomas disse ao nos ver caminhando até eles.

- Estamos aqui ô loiro apressado. - Rê disse fazendo careta e eu e Pedro rimos.

- To vendo ô morena chata. - ele respondeu.

- Eu não sou chata Thomas. - Rê respondeu e eu achei que ali iria começar a terceira guerra mundial entre os dois.

- Ta, ta, ta não vamos brigar na noite de natal né?! Por favor.. - eu pedi e eles pararam.

- Só porque a Thay pediu loiro azedo.- Rê disse fazendo bico.

- Os ciumentos vão brigar muito ou a gente pode ir? - Pedro perguntou.

- NÃO TO COM CIUMES. - Rê e Thomas gritaram juntos e eu ri.

- Ir aonde Pepo?

- hmmm Pepo, olha a intimidade.. - Rê disse e nós rimos.

- Voltando ao assunto que a morena oxigenada atrapalhou..

- THOMAS, NÃO EXISTE MORENA OXIGENADA SEU BURRO - Rê disse rindo, eu e Pedro acompanhamos as risadas dela, Thomas demorou um pouco, mais também riu.

-vamos pra uma festa ué - Pedro disse.

- Na noite de natal? - perguntei.

- é, tem gente que não tem família, aí vão pra essas festas ué. - Pepo respondeu e riu.

- Mais olha o meu estado \\z - Rê disse - o nosso estado - ela disse agpra me olhando o que fez os meninos rirem.

[...]

Depois de algum tempo tentando nos convencer acabamos cedendo e fomos pra tal festa com eles. Mais antes, é claro, passamos em casa pra trocar de roupa e nos ajeitar.

[...]

- Pê.. Quero ir embora.. - Rê que, por incrível que pareça, era a única sóbria entre a gente disse.

- VAMOS... AMOR. - Pedro disse entre risadas totalmente bêbado.

Eles foram embora e eu fiquei com o Thomas na boate por mais algum tempo. Depois disso não lembro de muita coisa, só de chegar no apartamento de Thomas em meio a beijos.

[...]

Acordei com uma dor de cabeça do caralho, me levantei com dificuldade e me vi com apenas minhas roupas intimas, e roupas jogadas pelo quarto que eu conhecia, o de Thomas, sorri ao ver ele dormindo profundamente do meu lado, automaticamente minhas mãos foram pro seu cabelo, então meus olhos lacrimejaram e eu senti um aperto no peito por ter que deixá-lo, mais quem sabe um dia a gente pode se reencontrar e recomeçar né?! Respirei fundo e fui pro banheiro fazer as minhas higienes matinais, levei o maior susto do mundo ao olhar pelo espelho e ver ele ali parado atras de mim com um sorriso no rosto.

- Bom dia barbie.

- Bom dia bonequinho de plástico.

- Encarnou a Roberta Pardo hoje? - ele disse e eu ri.

Ele me virou pra ele e me beijou, nosso beijo só não acaba em outra coisa porque a inconveniente da minha mãe me ligou..

- Que deselegante essa minha sogra cortando o clima - Thomas disse enquanto ia pro banheiro e eu ri. Atendi o celular, com um certo medo do que ela diria.

*Ligação On*

- Bom dia, mãe linda. –disse tentando ser o mais “normal” possível.

- BOM DIA? Você passa a noite fora, não avisa nada pra ninguém e o que tem a me dizer é BOM DIA?! –ela disse um tanto nervosa.

- Sim, por que está um ótimo dia né?! Jesus nasceu! –disse rindo pra ver se conseguia acalma-la.

- Onde você está? –ela perguntou um pouco mais calma.

- Com... –olhei em direção ao banheiro e vi Thomas rindo. –Com a Rê!

- Onde?

- Ahn... Voltando pra casa!

- Onde passaram a noite?

- Mãe, chega né?! Já ta querendo saber demais.

- Vem pra casa, já!

- To indo...

*Ligação Off*

Que isso?! Deu um ataque de Renata na minha mãe? Ela desligou na minha cara...

- Ahn... Tho, acho que tenho que ir embora... –disse indo em direção a minha camiseta, já que o short eu já tinha vestido.

- Mais já? –ele perguntou se vestindo.

- Claro. Caso não se lembre, ainda moro na casa dos meus pais e já me ligaram né... –disse e sorri.

- Ta então... –ele entrou no banheiro. –ESPERA AÊ QUE EU JÁ TE LEVO LÁ.

Caramba! Eu tenho que contar pra ele sobre a faculdade... Mas como?! Senti –novamente- meus olhos marejarem. Respirei fundo e terminei de pegar as minhas coisas enquanto Thomas terminava de se arrumar, antes de sair fui na geladeira e peguei um toddynho, coé, to com fome u_u k

Descemos, entramos no carro, fiquei meio nervosa, senti minhas mãos suarem, mais eu tinha que falar pra ele da faculdade, ele pode me odiar, mais eu acho que essa é a hora...

- Thomas... - eu disse assim que ele parou no sinal. - a gente precisa conversar..

- Fala meu amor - ele disse ainda sem me olha, então eu abaixei a minha cabeça e decidi soltar de uma vez...

- Eu vou embora. - Eu disse enquanto brincava com os meus dedos.

- O QUE? - ele gritou e me olhou, nesse momento as lágrimas teimosas insistiram em rolar pelo meu rosto.

- Eu-eu-eu, - respirei fundo - eu vou pra uma faculdade nos Estados unidos. - eu disse em meio as lágrimas.

- VOCÊ NÃO PENSA NA GENTE NEM POR UM SEGUNDO? –ele gritava enquanto eu quase morria de chorar.

- CLARO QUE PENSO THOMAS! VOCÊ ACHA QUE VAI SER FACIL LARGAR VOCÊ AQUI E IR PRA PUTA QUE PARIU?

- PRA VOCÊ TÁ PARECENDO... VOCÊ É UMA EGOISTA! SÓ PENSA EM SI MESMA. –Ele gritava descontroladamente, pude ver uma lagrima escorrer em seu rosto e ele limpá-la com brutalidade.

- CARALHO! EU SOU A EGOISTA NESSA PORRA? CERTEZA? VOCÊ TEM SEU FUTURO GARANTIDO, CONSEGUIU SER ALGUÉM NA VIDA... E EU QUE PORRA TENHO? –ele continuou dirigindo.

- VOCÊ TEM A MIM, NÃO É SUFICIENTE?

- ALOW THOMAS, ACORDA... - eu disse. –CASO VOCÊ NÃO SAIBA, EU TENHO QUE TER A M-I-N-H-A VIDA!

- LONGE DE MIM? –ele perguntou me fitando... Eu senti um certo aperto no coração. –Já devia desconfiar, que seu egoísmo em “ter a sua vida” falaria mais alto... –como já estávamos na porta da minha casa, desci do carro, bati a porta com força e andei o mais rápido que pude.

Cheguei em casa, a Bê e a minha mãe estavam na sala. Mais uma vez, bati a porta e fui pro meu quarto. Me tranquei lá dentro, e voltei a chorar, de um jeito com certeza pior do que antes.

[...]

- Thay... –Bê disse batendo na porta do quarto. –Me deixa entrar, vai...

- Rebeca... Não!

- Vou ligar pra Rê...

- NÃO! Eu não quero falar com ninguém, me deixa!

[...]

Acordei e já era noite. Meus pais e a Bê deviam estar na casa da Rê comemorando a noite de Natal. Senti meu estomago roncar. Fui até o banheiro do quarto, me olhei no espelho e MEU DEUS! Me lembrem de não chorar e ir dormir, por que isso acaba comigo! Tentei dar um jeitinho no meu rosto, escovei os dentes e prendi o cabelo. Desci as escadas, na intenção de não encontrar ninguém, mas acabei dando de cara com a Bê, cochilando no sofá.

Não fazer barulho, pra não ser notada, não é meu forte... Tentei não acordá-la, mas acabei esbarrando na mesa de centro da sala e quando cheguei na cozinha, acabei esbarrando numa panela, que fez um barulho e tanto.

- Thay? –ela perguntou com voz de sono.

- Fala.

- Ah sim. –ela disse indo em direção a cozinha.

- Você não deveria estar na casa da Rê?

- E deixar você sozinha? Não né. –sorri para ela. –O que aconteceu?

- Contei pro Thomas sobre a faculdade...

- E...?

- E que ele não entendeu, não aceitou, sei lá. Quero ir embora o mais rápido possível!

- Não... –ela disse e percebi os olhos dela marejarem.

- Sim Bê! Não vou ficar aqui, sofrendo mais e mais né?

Ouvi o portão da garagem fechando.

- A mãe e o pai chegaram. –Bê disse indo em direção a porta.

- TIA, A THAY TA ONDE? –ouvi a voz da Rê.

- Acho que no quarto.

- NÃO TÔ NÃO! –gritei da cozinha.

- AMIIIIGA! –Rê disse indo pra cozinha. –O que aconteceu? –ela me deu um beijo na bochecha e se sentou. Bê e a Thallia fizeram o mesmo.

- Contei pro Thomas da faculdade.

- E o que ele fez?

- Ele começou a gritar, descontroladamente comigo. Daí a gente discutiu por que ele não entendeu... Me chamou de egoísta e mais um monte de coisa.

- Eu sinceramente vou esquecer que ele é meu ídolo e vou meter minha mão naquele nariz torto dele! –Tha disse e em outra situação eu iria rir.

- Vou te ajudar! Vou concertar aquele estrabismo dele, sem cirurgia. –Rê disse.

- GENTE NÃO! Sério, não quero que vocês façam nada e nem falem com ele sobre isso!

- Nem um peteleco na orelha? –Bê disse e fez cara de dó.

- Nem isso! Ah, e eu quero ir embora o mais rápido possível!

- COMO ASSIM? –Rê gritou.

- Sendo. Então aproveitem o tempo de vocês comigo!

Fomos pro meu quarto, passamos horas conversando, pintamos o rosto da Tha (por que ela dormiu primeiro) e depois de muita bagunça, dormimos.