À procura de Alguém

Em um dia de Neve...


POV's Alfred

Novamente venho para trazer uma história, mas não do passado, e sim dos dias de hoje...

À tarde havia se passado e a noite chegava com o reino da Lua sobre o céu. Tinha sido uma tarde fresca com alguns raios de Sol passando entre as nuvens. À noite veio fria e bem sombria, dava até medo de adentrar na floresta.

Nossa querida amiga Andr tinha convidado Zazu... ou melhor, Zombie — porque ele não gosta de ser chamado assim —, para visitá-los e ajudá-la com a Cupa (que ainda se sentia inconformada com a situação ocorrida anteriormente).

Como já estava bem tarde e escuro, Ender, preocupada, pediu para que Zombie ficasse. Do jeito que ele é, pensou que aquilo havia sido uma cantada, e aceitou, dando-a uma piscadela. A Ender, bem... levou a mão até a testa e encarou aquilo como uma brincadeira.

Estavam todos reunidos naquela antiga caverna. Cupa já estava melhor e mais sorridente. Ender também estava melhor, porque antes se sentia culpada da causa da irritação de Cupa, e esta, está feliz novamente, a deixando mais tranquila.

Algum tempo depois, já haviam conversado e rido bastante. O cansaço estava possuindo eles naquele momento. Ficaram sonolentos e com os olhos semicerrados rapidamente. Cupa foi a primeira a dormir, logo depois foi o Spider. Zombie se deitou do lado da Pequena adormeceu por lá. Creeper tentava resistir ao sono e Ender notara isso. A mesma deixou que ele repousasse sua cabeça em seu colo e entregou-lhe seu cachecol, para não sentir frio à noite. A querida guardiã foi a última à dormir, como sempre.

Enquanto os cinco descansavam tranquilamente, surgiu uma criatura alta e fria, com auras em torno de si. Essa criatura estava os observando de longe, sem que eles soubessem. Bom... Ender até que se sentiu sendo observada, mas pensou que era só impressão dela.

Voltando ao ser misterioso: chegou mais perto deles e fitou por alguns segundos a Andr, botou em seu lado uma flor e saiu da caverna. Naquele instante, ela acordou e viu aquele vulto. Decidiu ir atrás, mas antes teve que tirar delicadamente a cabeça do Pequeno Creeper de seu colo. Se levantou e foi rapidamente para fora, mas... não tinha ninguém lá. Chegou tarde demais. Atrasada para ver... seu irmão.

Ender voltou para dentro, percebendo só agora a flor amarela que fora deixada especialmente para ela. A mesma se ajoelhou calmamente para pegá-la e ficou confusa do mesmo jeito quando achou a flor igualmente amarela no dia após o seu aniversário e da notícia do falecimento de seus pais. Ela sentou-se no chão, fitando a flor por um bom tempo, perdida em seus pensamentos, até que lhe bateu o sono novamente. Levantou-se e veio em minha direção, botando a flor, que acabara de receber, do lado da flor que recebeu do Pequeno Creeper. Ou seja, em cima de mim. Ela foi se acomodar no chão para finalmente dormir.

A flor de seu irmão é mais delicada e tem uma tonalidade meio esbranquiçada, diferente da flor que recebeu do Creeper. Esta, tem um tom mais chamativo, é um amarelo vivo.

Aposto que Ender ficou confusa justamente por isso. Na redondeza destas áreas, só tem flores de cor amarelo vivo ou vermelho. As flores esbranquiçadas são raras de se ver por aqui. A última vez que ela viu uma flor dessa, foi na cachoeira perto da floresta quando ainda morava com seus pais.

Passado algumas horas, o Sol matinal jorrava pela relva, mas logos os raios solares foram sendo impedidos por pesadas nuvens cinzas. Antes do despertar dos cinco, já começava a cair pequenos flocos brancos das nuvens carregadas.

Zombie foi o primeiro a acordar naquela linda manhã de neve. Ele se sentou perto da entrada da caverna para admirar o gramado e as árvores cobertas pelo branco. Ender se levantou sonolenta, já com o pensamento de ir procurar um café da manhã. Ela se dirigiu para a saída, e então viu que nevava. Se dirigiu para perto de seu amigo e deu o bom dia, ainda em pé.

— Bom dia. — Respondeu, sem tirar os olhos da vista, o Zombie.

Sem nenhum assunto para dizer, Ender falou a primeira coisa que veio à cabeça.

— Eu reparei ontem que você olhava bastante para a Cupa. — Então finalmente o Zombie olhou para ela, com um sorriso de canto no rosto.

— Talvez...

Ender pareceu pensar mais um pouco, mas não disse mais nada. Até que Zazu fala:

— Será que... ela reparou nisso?

— Talvez. — Respondeu a Ender, com um sorriso também de canto, fazendo Zombie rir um pouco. Ele parecia um pouco cabisbaixo.

Ficou aquele silêncio novamente, até que um certo alguém bem escandaloso acordou.

— NEVE! — E lá foi a Cupa correndo em direção ao monte branco que se formava lentamente lá fora. Com o grito, Creeper e Spider acordaram assustados. Zazu se levantou e foi atrás de Cupa.

— Cuidado! Está de manhã, você pode se queimar! — Falou a Cupa, se dirigindo para o Zombie.

— Tudo bem... Está o céu está com neblinas, não tenho risco de me queimar. — Respondeu ele, com um sorriso no rosto por Cupa se importar.

— O que está acontecendo? — Falou Creeper, esfregando os olhos.

— Está nevando... — Ender parecia meio sem energia por causa daquela neve toda. Neve é praticamente água, não é?

— Você não gosta de neve, né? — Perguntou o Creeper, já sabendo a resposta.

— Sim... — Respondeu ela, dando um suspiro. — Mas pode ir lá, parece ser divertido. Não se preocupe comigo. — Falou ela por fim, antes do Creeper ir para aquele cobertor branco.

— Ender, deixa que eu vou buscar algo para o café. Pode ficar aqui dentro. — Disse o Spider, indo também para fora, até que ele é atacado por bolas de neve e acaba entrando na brincadeira.

Ender veio até mim e me levou para perto da entrada da caverna. Ela se debruçou em mim para ficar mais confortável e ficou vendo todos se divertirem, enquanto estava sozinha na escura caverna que era só iluminada pela fraca luz da manhã.

De repente, a Ender se levantou, assustada e viu que ao longe havia um par de olhos brancos. Olhou melhor e viu que esses olhos pertenciam a uma pessoa... A uma pessoa que estava segurando uma picareta de diamante e olhava fixamente para seus amigos. Ela sacou sua espada em um movimento brusco e foi se teleportando para o lugar que vira aquele... "Humano". Ender pensava que aquilo era um simples humano querendo atacar os mobs, mas estava terrivelmente enganada.

Quando chegou lá (um pouco coberta de neve) não havia mais ninguém.