Zatch Bell - Ribenji

capitulo 12 Um anjo pecador e uma boneca cor de rosa


Shamon deixara Sherry sozinha com Venix, agora seguiria seu percurso em direção á sala de Lúpus, que o havia chamado. Shamon não estava muito contente com os novos mamodos que chegaram, mas uma certa “rosada” lhe chamou a atenção. O porquê de Shamon ter se interessado por ela era surpreendente para alguém com o seu comportamento, um ser frio se apaixonando por uma angelical e fofa garotinha indefesa.

Logo o escarlate entrou na enorme e perfeitamente polida, sala do trono, o lugar onde Lúpus passava oras limpando cuidadosamente ou então ficando sentando no trono, admirando o seu reflexo no piso prateado. O olhar sério e misterioso saldou Shamon, que por sua vez apenas fechou a porta e caminhou na direção do cinzento sem muita cerimônia. Não era novidade a presença de Shamon ao lado de Lúpus, afinal, era o seu braço direito, e aquela seria apenas mais uma das constantes e insistentes reuniões de Lúpus para com Shamon, ou ao menos era o que o ruivo pensava.

– O que ouve Lúpus? Porque me chamou? – Shamon perguntou se aproximando do enorme e extravagante trono onde, com a cabeça apoiada sobre a mão esquerda, o lupino descansava entediado.

– Vim falar da boneca cor de rosa... – Lúpus se sentou direito e sua orelha esquerda contorceu-se de leve, um tique que o lupino tinha antes de começar uma frase ou assunto sério.

– Não sei de boneca nenhuma. – Shamon cruzou os braços se fazendo de desentendido.

– Claro que sabe, falo da garota de cabelos rosa, na qual não tem mais utilidade nenhuma para mim. – Lúpus explicou e Shamon prestou mais atenção.

– O que tem ela?

– Quero que se livre dela e de sua parceira, se ela fosse forte talvez pudesse ser útil, mas ela fraca e não sabe usar os seus poderes direito, além de ficar com um senso de politicamente correto e fazer as coisas certinho, não será útil de maneira alguma e para que eu iria querer alguém inútil? – Lúpus explicou e Shamon sentiu um leve calafrio na coluna. – Não me importa o que vai fazer com ela, por mim pode dar ela para o Daymon, eu não me importo, só suma com ela.

– Porque diz isso? – Shamon protestou. – Posso torná-la forte!

– Pode? E porque esse repentino ato de bondade de sua parte? – Lúpus se levantou desconfiado e Shamon franziu o cenho.

– Só acho que seria um desperdício, e é claro, tudo para que o senhor fique mais forte – Shamon deixou o sarcasmo o mais aparente que pôde.

– Mas e ela? Vai aceitar ceder sua vida e dedicar-se totalmente a mim, jurando fidelidade até a inevitável morte? – Lúpus foi o mais fundo que pôde, chegando de modo intimidador perto de Shamon, que ganiu irritado.

– Posso persuadi-la.

– E acha que ela vai cair assim tão facilmente? – Lúpus contestou com um olhar provocador e uma veia saltou na testa de Shamon.

–Está me subestimando? - Ganiu ferrando os dentes.

– É claro que não, Só acho esse repentino ato de bondade muito suspeito... – E ao findar a frase, Lúpus cruzou a sala indo até a saída. – Pode treiná-la, mas eu vou ficar de olho em você. – E saiu fechando a porta e deixando Shamon pensativo.

Em outro lugar

– não tenho idéia de como fugir daqui, você não consegui saber como é ficar pressa tentando se liberta dessa maldição, por que você me abandou logo agora? Por quê?

Por favor, não conte pra ninguém, eu quero de qualquer maneira sumir daqui, desaparecer, nem que seja por uns meros cinco metros desse maldito castelo, não agüento mais essa pressão dentro de mim.

EU QUERO SAIR!

– terminou? – luna perguntou encostada na pequena parede preta daquele castelo, estava olhando o luar, elas estavam na torre mais alta, trancadas como Lúpus queria.

– já – disse tina olhando para o pequeno caderno que estava escrevendo – desabafei tudo que eu queria.

– que bom tina. – disse luna – mas eu sei o que você realmente quer fazer.

– é claro – tina abaixou sua voz – você é a única pessoa que realmente me conhece.

– eu sei disso, mas o que eu quero mesmo disser é que você não irar conseguir nada com esse caderno.

– e o que você quer que eu faça?

– vai explorar esse lugar, procure algo que possa nos tirar daqui.

– mas...

– cale a boca tina, você é muito forte, eu sei disso, eu confio em você.

– vamos dormir? – perguntou tina se dirigindo a cama.

– tudo bem, mas eu quero que você saiba que podemos fazer qualquer coisa, ate conquistar o impossível, só temos que acreditar.

13h42min Shamon se dirigiu para o quarto onde Tina, e sua parceira Luna, ficavam trancadas, e com a chave mestra que ganhara de Lúpus – Um dos privilégios de ser o braço direito dele – Abriu o quarto e chamou à rosada.

– Hei garota, venha e me siga. – Deu a ordem e Luna pareceu não entender. – Diga a sua parceira que é para vir comigo.

– Porque acha que eu vou com você?! – Tina exclamou e uma veia saltou na testa do ruivo.

– Você lembra do mamodo que te trouxe para cá?

– É claro! Como vou esquecer aquele tarado! – Tina cruzou os braços, irritada.

– Pois saiba que, se não me obedecer, não terei problema algum em pedir que ele cuide de você por uns dias, sem interferir em suas vontades e desejos, é claro... – Shamon deixou bem evidente a frieza em suas palavras e Tina se encolheu.

– E o que você quer comigo? – Perguntou ainda sem baixar a guarda.

– Quero que me siga depois lhe explico, mas por enquanto, diga a sua parceira para me obedecer.

– e o que você quer que eu faça? – perguntou luna desconfiada?

– apenas fique aqui, eu quero falar apenas com tina.