O mundo explodindo poderia deixar Gabrielle dormindo, porém, Nicolas, não.

Ele traçou os dedos no braço da menina, o que a fez sorrir e virar para ele. Por mais estranho que parecesse, ela não estava com medo. Aquele era o seu Nicolas ali.

Gabrielle virou e ficou de frente para ele, umedecendo os lábios, o que fez com que ele a beijasse. Ela agarrou-se prontamente a ele, se entregando por completo àquele beijo. Estava ansiosa por mais como nunca esteve, e Nicolas percebeu, porém, não se moveu.

Mesmo morrendo de vergonha, Gabrielle tirou a camisa dele e o observou. O rapaz gostou da atitude da esposa, mais do que achou que gostaria e fez o mesmo com ela, deixando-a nua. A moça agradeceu aos céus por estar escuro e ele não ter visto seu rosto extremamente vermelho.

— Não precisa ter vergonha, Chérie. – Nicolas murmurou enquanto beijava o pescoço dela.

— Como...? – Conseguiu murmurar.

— Conheço você. – Ele sussurrou no ouvido dela e a puxou para mais um beijo.

Nicolas tocava cada parte do corpo de Gabrielle num desejo árduo, possessivamente, durante os beijos. No entanto, a necessidade por ar foi maior e eles foram se separando aos selinhos.

Ele a encarava e ela devolvia o olhar. Não estava incomodada, aquele olhar era um elogio, enquanto o outro era sempre uma ofensa. Gabrielle detestava separar as faces do marido, mas tentou não se preocupar com isso, não agora; quem sabe até quando ele iria ficar assim?

Nicolas sorriu para ela, e a beijou brutamente. Ela correspondeu na mesma intensidade enquanto o desejo de ambos aumentava. Gabrielle não aguentava mais de desejo e ficou por cima dele, o que o surpreendeu; era a primeira vez que ela tomava iniciativa.

Ele desceu os beijos para o colo dela e, em cada lugar que a boca de Nicolas tocava havia uma pequena mancha vermelha. Gabrielle adorava tudo aquilo, afinal, dessa vez era completamente diferente. Ela não tinha medo. Estavam num ponto em que nem lembravam quem eram, o desejo os consumiam. A moça não sabia o que fazer, mas não foi preciso muito; o corpo de ambos ansiavam para a união.

— Abra os olhos. – Nicolas pediu, enquanto segurava a cintura da moça. Ela queria abrir, mas suas pálpebras resistiam e sua respiração se tornava mais pesada. – Gabrielle, olhe para mim, por favor. – Ele quase implorou, acariciando a maçã do rosto dela com as mãos.

Ela conseguiu abrir os olhos e, mesmo com a visão embaçada, seus olhos se encontraram com os olhos azuis ardentes dele.

Gabrielle tentou manter os olhos abertos quando ele começou a deslizar para dentro dela, mas se tornou impossível. Seus olhos ficaram apertados e ela gemeu deixando a cabeça pousar no pescoço dele.

Nicolas foi guiando a esposa e ela não demorou muito para aprender. Os dois se amavam com desejo, paixão... era diferente dessa vez, ela podia sentir. Suas unhas estavam cravadas no braço dele, mas ele não parecia sentir.

Os dois chegaram ao ápice juntos e se jogaram na cama. Gabrielle exalava felicidade por aquele momento, tanta que começou a rir.

— De que está rindo? – Nicolas perguntou, surpreso com a cena. Percebeu que gostava de vê-la sorrindo.

— De nada. – Ela conseguiu falar, mas continuava sorrindo. – Boa noite, Nick...

Ele não a deixou terminar de falar, e a beijou.

— Boa noite, Chérie.