As três crianças estavam a algum tempo no labirinto. Para Link a travessia não tinha sido nada de mais, ele enfrentara coisas piores em seu próprio jogo. Vanellope estava, de certa forma, tranquila e James, tinha ficado um pouco assustado mas logo se convencera de que era bobagem ter medo. Foi quando eles alcançaram o território dos Pesadelos, o mesmo lugar onde, eles não sabiam, mas o grupo de adultos fora separado.

Começou com um som que Link conhecia bem,ele não tinha medo, mas sabia que era sinal de perigo.

"Todo mundo pra porta!" Ele gritou, empurrando os amigos em direção à saída mais perto e fechou a porta atrás de si, não sem antes vislumbrar o imenso Wallmaster que caiu do teto, mais ou menos do tamanho de uma das mãos de Bongo Bongo.

"O que era aquilo?" Vanellope perguntou, curiosa.

"Nada." Link mentiu. Não que ele fizesse muito o estilo mentiroso, mas certas coisas era melhor nem saber. "Podemos ir?"

"Vá na frente, então." Respondeu James, um pouco incerto.

Então Link virou-se e parou na mesma hora. Ao vê-lo parado, Vanellope se adiantou.

"Okay, eu vou na frente."

"Vanellope, espere!" Link chamou.

Tarde de mais, ela não fora muito longe antes de dar de cara com nada, mas um nada sólido, que a deixou atordoada, dolorida e a impedia de passar.

"O que é isso?" Ela perguntou confusa.

"Tentei te avisar. Tem uma parede invisível aí." Link respondeu.

"Se é invisível, como sabia que estava lá?" Perguntou James.

"Tem um lugar igual a esse no meu jogo. É um pequeno labirinto de paredes invisíveis. Deveria ter monstros aqui, mas não vejo nenhum, a menos que sejam invisíveis também. Queria ter trazido minha lupa, mas jamais imaginei que esse lugar fosse capaz de copiar isso."

"Resumindo, estamos perdidos." Vanellope murmurou.

"Não exatamente." James respondeu. "Não acho que monstros sejam silenciosos, então não deve ter nenhum aqui, e podemos ir tateando as paredes e marcando caminho."

"Marcando exatamente com o que?" Perguntou Link.

"Tinta." James sorriu, puxando três tubos de tinta colorida da bolsa em seu cinto. "Clar tem um arsenal dessas coisas, tomei emprestado por engano, mas agora vai nos ser útil. Marcamos o caminho com isso."

"Jay, você é um gênio!" Vanellope exclamou, abraçando o amigo. É fácil de seguir de volta se nos perdermos, e se usarmos cores diferentes, se por acaso nos separarmos podemos encontrar um ao outro com facilidade."

"Não foi nada." Ele sorriu um pouco nervoso.

"Onde você aprendeu isso?" Link perguntou.

"Clar. O único tempo que passamos juntos lá fora foi um dia que nos perdemos numa velha mansão que também mais parecia um labirinto. Ela me ensinou isso meio contra a vontade, mas tinha que me tirar de lá."

Ele distribuiu os tubos de tinta e tomando a dianteira do grupo, começou a provurar seu caminho até o outro lado do labirinto.

Mas, por volta do meio do caminho, Link percebeu, não viam monstros no labirinto porque eles estavam escondidos, no teto.

"Cuidado!" Ele gritou, empurrando Vanellope para fora do caminho quando outra Wallmaster, dessa vez de tamanho normal, caiu no chão. Antes que ele pudesse se recompor e pegar a espada ela voltara ao teto.

Então eles ouviram o som forte de algo batendo contra o chão, mas não viram nada a que tivessem que dar atenção.

"Todo mundo bem?" O menino perguntou.

"Acho que sim." James murmurou.

"Não. Não está bem." Vanellope protestou. "Fiquei presa aqui."

James tentou chegar até ela, mas também deu de cara com uma parede tampando o lugar pelo qual acabara de passar.

Da mesma forma, Link ficara trancado e não podia chegar até os amigos.

"Vamos para as portas." James instruiu. "Fazemos como Vanellope disse, marcamos caminho e mais cedo ou mais tarde nos encontramos."

"Tem certeza que pode fazer isso sozinho?" Vanellope perguntou.

"Não, mas que outra escolha temos? Sigam o que eu disse e nós vamos nos reunir em breve, eu prometo."

Os outros dois assentiram. Não que tivessem outra opção.