DOIS DIAS DEPOIS...

O beijo dele era quente e feroz, violento até, eu sentia a dormência nos meus lábios aumentarem conforme a pressão em nosso beijo aumentava. Sebastian passou a mão por toda extensão das minhas costas até alcançar minha coxa onde ele apertou me fazendo gemer. Solto um suspiro em sua boca.

— Não podemos continuar aqui...

— Claro que podemos, que mal a nisso?

— Estamos no meio da floresta Sebastian... Aqui é frio e úmido. – Reclamo.

Ele para de me beijar e toma folego apoiando uma de suas mãos na árvore atrás de mim. Ele pega minha mão e me arrasta para os cavalos.

— O que está fazendo?

— Saindo daqui enquanto ainda consigo, mas você vai ter que me recompensar depois... – ele fala de uma maneira perversa.

Não respondo e ele continua me ajudando a montar o cavalo. Não demora muito para chegarmos em casa, não há ninguém, nem mesmo Aline. Andamos juntos até meu quarto e entramos. Assim que passamos pela porta ele a tranca e volta a me beijar. Empurro-o para minha cama sentando em seu colo. Ele deita, me levando junto com ele e inverte nossas posições. Não demora muito para não termos nada nos separando. Estou queimando por dentro, desejando-o e sinto que ele está da mesma forma. E ele não para, não se preocupa com a possibilidade de eu estar cometendo um erro, de eu me arrepender depois, ele só atende ao meu desejo, ao seu próprio desejo.

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P.O.V. Jonathan

UMA SEMANA DEPOIS...

Valentina e eu cavalgávamos de volta para casa após uma longa e divertida manhã na floresta, mas eu sentia que nosso tempo juntos chegava ao fim, quando chegássemos em casa provavelmente os Lightwood estariam lá e então Valentine colocaria o plano em pratica. Eu estava eufórico para conhecer o menino anjo e minha irmã Clarissa, embora já tivesse visto ambos sem eles saberem.

O sangue do anjo não os afastava do pecado e mesmo achando que eram irmãos continuavam se desejando em segredo e eu ia força-los a expor isso.

— Vamos Sebastian! – Valentina me apressa galopando a frente – Está quase na hora do almoço e eu quero um banho.

— Foi você quem quis levar a toalha de piquenique, sabia que isso nos atrasaria.

— Achei que íamos comer.

— Fizemos isso, e foi tudo muito gostoso – Falo provocando-a enquanto chegamos em casa.

Sinto que ela revira os olhos a minha frente e desço do cavalo para ajuda-la. Segurando sua cintura a ajudo a descer e então a puxo para mim.

— Você ao menos estava extremamente gostosa. – digo descendo a mão pela barriga dela.

— Sebastian, vão nos ver. – ela tenta se soltar de mim.

— Deixe que vejam... – digo virando-a e a beijando.

— Não... pode... me manipular... com sexo. – ela diz entre suspiros. – Não é... – e desiste de falar.

— Pelo contrario minha querida... não só posso, como vou. Vou toma-la para mim de todas as formas mais gostosas possíveis.

Quando paro de beija-la ela respira em meu pescoço por alguns segundos e então me olha com uma carinha de quem quer algo.

— Quer tomar banho comigo?

— Você está extremamente disposta hoje Valentina, não acha que é exigir um pouco demais de mim, quantas vezes já foram desde que acordamos?

Ela ri envergonhada e eu a puxo para dentro da casa.

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P.O.V. Valentina

— Sebastian! – digo espantada ao ver o pescoço dele – Eu fiz isso em você?

Ele me olha confuso e então eu aponto para ele no local onde a uma marca de mordida. Ele se olha no espelho e sorri perverso.

— Você estava bem selvagem ontem a noite, me surpreendeu. – diz sério.

— Me desculpe, eu não sei o que... Pelo anjo eu agi como um vampiro.

— Não se desculpe, eu gostei, você gostou. – ele diz se aproximando de mim – Jura que não lembra?

— Eu lembro de morder, mas não lembro do gosto do seu sangue, não imaginei que tivesse machucado assim.

— Tudo bem, nada que eu não consiga suportar. – ele aperta minha bunda e diz – Pode me morder assim quando quiser.

Eu o encaro por uns segundos e então me desfaço dele pulando na cama e me cobrindo.

— Talvez hoje a noite, mas agora estou cansada, pode avisar que não almoçarei hoje.

— Tem certeza? Quer que eu lhe traga algo aqui?

— Não comi o suficiente pela manhã, vou dormir um pouco.

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Quando acordo escuto barulhos vindos do andar de baixo. E então lembro que os Lightwood chegariam hoje. Me arrumo colocando um vestido curto azul marinho e uma sapatilha da mesma cor. Meus cabelos castanhos suave caem lisos até o ombro onde os cortei dois dias antes de sair de Londres. Meus olhos cinzas estão mais escuros que o normal, talvez por causa da chuva calma que cai do lado de fora.

Desço devagar as escadas me sentindo meio tonta, talvez porque dormir demais. Os Lightwood eram barulhentos. Ponto para eles barulhentos, atrasados – já que deviam ter chegado a duas semanas atrás -, e causadores de confusão. Assim que coloco o pé na sala Aline fala:

— Nossa, você está horrível!

— Quem é ela? – Pergunta um garoto magricela que imagino ser o vampiro de quem Sebastian me falou.

— Pode perguntar para mim Diurno, eu escuto e falo.

— Certo, quem é você?

— Valentina, de Londres. Prazer em conhece-los.

— A problemática doente... – sussurra Aline para Jace.

Sorrio para ela e viro as costas indo para a cozinha. Sinto uma vertigem e o gosto de ferro invade minha boca. Engulo a ânsia e me apresso para o banheiro passando por Sebastian.

— E lá vai ela passar mal de novo.

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— Mas o que ela tem? – pergunta Isabelle curiosa.

— Ninguém sabe, a clave não permite que saibam, é um segredo. Só sabemos que ela está sempre doente, é praticamente uma caçadora invalida, não pode lutar... – aline fala e Sebastian a corta.

— Aline, cala a boca, não cabe a você falar. Se ela quiser pode responder por si mesma e os Lightwoods tenho certeza que não terão problema em esperar até que ela esteja melhor para responder.

— Obrigada Sebastian, mas não me importo que ela fale, todos falam, não faz diferença. Vou voltar para o quarto, não me sinto bem. – digo passando de volta por ele em direção as escada. Sinto-o me seguir e segurar minha mão no fim da escada.

— Quer que eu leve algo para você comer?

— Quero sim, obrigada. – ele vira as costas descendo alguns degraus e eu o paro – Não, na verdade, não aguento mais esse quarto, podemos comer lá em baixo?

— Claro, vamos.

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— Hum... Isso é ótimo.

— Também acho... Sou bom cozinheiro né?

— Nem pensar, sei que você não fez isso Verlac...

— Tudo bem... foi a mãe de Aline. Terminou?

— Sim... Você vai subir comigo?

— Vai na frente... Eu vou arrumar umas coisas e subo logo. – eu faço uma cara de decepção e um bico e ele sorri perverso – Mas deixe a porta aberta.

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P.O.V Jonathan

Após incomodar um pouco o pequeno anjinho voltei para o quarto de Valentina que havia dormido, acordei-a beijando e mordendo seu pescoço. Ela acorda sobressaltada mas logo reage beijando-me de volta. Pouco tempo depois, já sem roupas, penetrei-a com força e ela arfou em baixo de mim choramingando um pouco mas a ignorei começando um vai e vem frenético.

— Se-Sebastian... – ela falava com dificuldade.

— Shiiuu – calei-a pressionando meus lábios contra os dela – Calad... – Tentei falar contra seus lábios ao mesmo tempo em que investia novamente e ela reagindo a dor mordeu meu lábio inferior fazendo-me sangrar. – É assim então?

Ela ficou imóvel por um momento e então suas mãos começaram a dançar em minhas costas arranhando por cima de minhas cicatrizes, ela morde meu lábio mais uma vez sugando-o e inverte nossa posições começando a rebolar em cima de mim. Ela se aproxima mais do meu rosto e desliza as unhas em meu peito que sangra e ela rapidamente lambe o sangue...

Acordo com a luz do banheiro refletindo nas paredes brancas, Valentina está apoiada na pia jogando água no rosto. Ela se encara no espelho por uns segundos, percebo que está mais rosada, com aparência mais saudável. Ela pega roupas do chão e no momento há um barulho de metal se chocando com o chão. Ela se agacha e pega meu anel. Levanto da cama em um pulo pegando-o da mão dela antes que possa analisa-lo. Fico irritado por vê-la mexendo em minhas coisas e algo toma conta de mim.

P.O.V. Valentina

Quando acordo na manhã seguinte estou sozinha na cama, o travesseiro está refletindo um tom vermelho escuro com preto que me faz saltar. Olho em volta assustada e então encaro meu reflexo no espelho.

— Pelo anjo...