—Fabinho, o que você tá fazendo cara?

—Giane de Souza, você é a pessoa mais importante da minha vida, a razão pela qual eu resolvi parar de me meter em encrenca, parar de querer destruir a felicidade dos outros pra viver a minha, me ensinou a ser menos egoísta, acreditou em mim quando ninguém acreditou, salvou a minha vida, não só por cuidar dos meus ferimentos físicos mas você foi mais profundo e cuidou do meu coração. Uma pivete que sempre me irritou, sempre me provocou, fazia meu sangue ferver, foi justamente a pessoa que me ensinou a amar. E é com ela, com você MINHA maloqueira, que eu quero passar o resto da minha vida, ter filhos, construir uma família, amadurecer...Casa comigo pivete?

Os dois já estavam em lágrimas, mas Giane continuou:

—Fábio Queiroz Campana, pensa num cara convencido- os dois riram-desde criança péssimo no futebol, um belo perneta. Quando reencontrei você fraldinha, vi que tinha se tornado um metido a besta. Mas quando eu te encontrei jogado naquele jardim, todo machucado, com febre, eu quis cuidar de você e aí eu fui descobrindo a cada dia, que você não era tão chato assim. Fui me apaixonando, por cada pedacinho seu, até então nunca tinha me imaginado com outro pessoa que não fosse o Bento- Fabinho fez careta, mas ela continuou- E de repente, você foi tomando conta dos meus pensamentos, e eu queria ficar perto de você, queria ter você sempre comigo e é isso que eu quero até hoje, e se alguém ensinou alguém a amar aqui, foi você, e sim fraldinha eu te amo, apesar de tudo, acima de tudo, você me faz feliz só por existir e eu tenho certeza que você será hoje e sempre, o grande amor da minha vida. É óbvio que eu aceito me casar com você, seu bobo.

Fabinho se levanta e desliza o anel no dedo de Giane, seca as suas lágrimas e lhe dá um abraço apertado:

—Nunca pensei que eu iria ser tão feliz só por ter alguém do meu lado.

Os dois subiram para o quarto aos beijos e se amaram a noite inteira.

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Acordaram já eram duas da tarde, almoçaram e voltaram para a casa dos pais que estavam na casa de Fabinho:

—Posso saber onde é que os dois estavam? Que nem nos ligaram para avisar que não dormiriam em casa?- indagou Seu Silvério.

—Nós dormimos na nossa casa- Fabinho falou naturalmente, olhando para Silvério e Margot que não entenderam .

—Eu e o Fabinho, vamos nos casar!

—O quê? Que bom meu filho, parabéns para vocês.

—Obrigada Dona Margot. E você pai não vai falar nada?

—Parabéns meus queridos, tenho certeza que vocês serão muito felizes.

—Valeu Seu Silvério, mas e você e a Dona Margot, quando vão juntar as escovas? Já estão demorando demais.

—Fabinho meu filho, nós não temos pressa.

—Pois eu também acho que estão demorando demais viu Seu Silvério- concordou Giane.

—Até você Giane, vê se pode nossos filhos nos colocando pressão, ta vendo Margot?

—Mas voltando ao assunto, desde quando vocês tem uma casa?

—Desde quando esse fraldinha metido a caixinha de surpresas comprou e mobiliou uma.

Passaram a tarde conversando, jantaram juntos, depois se despediram e foram cada um para sua casa.

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O dia amanheceu e Giane foi procurar emprego, como só havia trabalhado com Caio estava meio difícil. Andou, andou, andou até que cansou e resolveu ir almoçar, estava azul de fome. Escolheu a primeira coisa que viu no cardápio e ficou mexendo no celular:

“E aí maloqueira, como anda sua jornada em busca de trabalho?”

“Mal, mal ainda nada e você muito trabalho aí?”

“Muito, acho que vamos precisar de mais funcionários.”

Giane! Que coincidência te encontrar por aqui.

—MEL!O QUE VOCÊ QUER HEIN?- disse Giane já exaltada.

—Soube que você e o Fabinho estão noivos né?

—Não é da sua conta, por que você não vai cuidar da sua vida garota?

—Vem cá, o Fa está cada dia mais gato né, vamos combinar.

—É bom você ficar longe do Fabinho ouviu? Se não, não vai sobrar um fio de cabelo seu para contar a história.

Giane levantou e saiu bufando, sabia que se ficasse mais um segundo perto daquele tipinho iria acabar perdendo a cabeça e não estava a fim de se envolver em escândalos. Só que se ela mexesse com Fabinho de novo, ela não ia se controlar não, e dane-se o bom censo.

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Fabinho ouviu um cliente da agência desabafando com Érico sobre seu problema com a falta de fotógrafos e foi falar com ele:

—Sérgio,você ta precisando de fotógrafos?

—Urgentemente Fábio, por quê? Você conhece alguém?

—A minha noiva ela está procurando emprego justamente nessa área.

—Que bom, pede para ela vir amanhã nesse endereço, ela faz umas fotos para mim se eu gostar a vaga é dela.

Fabinho voltou para sua sala e mandou a seguinte mensagem:

“Boas notícias! Tem um cliente aqui da agência que está precisando de fotógrafos, falei de você e ele pediu para amanhã você fazer umas fotos no endereço que ele me deu, se ele gostar a vaga é sua!”

“Jura?!Nossa que maravilha, obrigada Fabinho. Te amo S2”

“Eu também...”

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Fabinho iria viajar no dia seguinte, quando anoiteceu recebeu uma mensagem de “Minha Maloqueira” assim estava o nome de Giane na agenda.

“Cadê você?”

“Tô aqui em casa, por quê?”

“Eu quero que você durma aqui hoje. Vem pra cá.”

“Seu pai já dormiu?”

“Já, vem logo!”

Fabinho chegou na casa dela, ela abriu a porta e os dois foram para o quarto, deitaram na cama e começaram a conversar:

—Fabinho, não tem como você voltar mais cedo?

—Vou tentar, mas eu não garanto.

—Uma semana é muito tempo.

—Eu sei pivete, mas fazer o quê?

—Sabe aquela música vou morrer de saudades, não não vá embora, se encaixa perfeitamente aqui.

—Melosinha, melosinha.

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No dia seguinte Fabinho e Giane saíram cedo, ele foi para o aeroporto e ela para o estúdio de Sérgio. Se despediram antes de saírem da Casa Verde, com os olhares curiosos os cercando, mas eles não estavam nem aí:

—Volta logo pra mim, tá fraldinha? E vê se não arruma confusão.

—Pode deixar general, te ligo para saber do emprego mais tarde.

Os dois se olharam profundamente, foram aproximando seus rostos, se beijaram com intensidade e se separaram com uma dificuldade imensa, mas tinham que ir.

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Giane chegou ao estúdio de Sérgio e o homem já adivinhou quem era ela:

—Você é a noiva do Fábio? Giane certo?

—Isso! Prazer, você é o Sérgio?

—Sim, vamos para a minha sala.- disse ele enquanto a direcionava- Você já trabalhou em outros lugares?

—Como fotógrafa?-o homem assentiu- Na verdade eu só trabalhei com o Caio mesmo.

—Bom, então vamos a ação, fotografar. Vamos ver se você é boa no que faz.

Giane levou umas duas horas e terminou as fotos. Mostrou para Sérgio que a contratou na hora:

—Você assim como o seu noivo tem talento para o que faz, essas fotos estão incríveis. Parabéns!

—Sério? Nossa brigadão. Quando eu começo?

—Amanhã mesmo, preciso de você aqui às nove em ponto pode ser?

—Fechado.