Capítulo 5

Fabinho foi direto para a agência, chegou lá e foi avisado que alguém estava na sua sala se dirigiu até lá, encontrando Mel sentada na sua cadeira:

—Posso saber o que você está fazendo aqui?

—Vim matar as saudades,Fa - respondeu ela se insinuando.

—Cara sério, sai daqui antes que eu mesmo te expulse.

—Que agressividade, eu vim aqui pra te ver e você vem todo grosso?

—Mel, escuta e vê se entende...EU NÃO QUERO SABER DE VOCÊ, MUITO MENOS OLHAR PARA SUA CARA. CRESCE GAROTA,CAÍ FORA DAQUI, SAÍ, SAÍ- disse Fabinho enquanto empurrava Mel para fora de sua sala.

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Giane chegou em casa e se jogou no sofá, odiava ficar sem fazer nada. Ligou a TV e ficou mudando de canal, não encontrou nada decente, desligou. Foi para o quarto pegou o celular e começou a ouvir músicas, cansou de ouvir música, resolveu comer, cansou de comer e foi encher o saco de Fabinho.

Foi até a agência e o encontrou trabalhando, entrou sem fazer barulho e tapou os olhos do namorado:

—Essas mãos...Por acaso são de algum moleque de rua?

Giane tirou as mãos dos olhos do namorado e lhe deu um tapa no ombro:

—Moleque de rua o escambal, fraldinha.

—Cansou de ficar de molho em casa?

—Um saco sem nada pra fazer, mas pelo visto você tá ocupado né?

—Só um pouquinho, não conseguia pensar em nenhum slogan, só que agora a minha inspiração chegou, já tenho uma ideia.

—Ah, é? Então o moleque de rua aqui é sua inspiração?

Fabinho se aproximou de Giane e a puxou pela cintura:

—Muito mais que isso...É o amor da minha vida, topa sair comigo hoje a noite?

—Deixa eu pensar...Não sei, será?

—Eu não vou ter que te convencer, vou?

—Acho que sim, sabe como é, eu não saio com qualquer um.

Fabinho sorriu para Giane, seus olhos alternando entre olhos e boca, foram se aproximando,quando chegaram bem perto Érico entrou na sala, assustando os dois:

—Fabinho eu preciso que você...Eu atrapalhei alguma coisa?

—Claro que não Érico, eu já vou indo, te encontro a noite. Tchau.

—Desculpa aí Fabinho, eu não sabia que a Giane estava aqui.

—Tudo bem cara, aqui é o meu trabalho, fala aí o que foi?

—Eu preciso que você vá para o Rio resolver umas coisas lá. Você deve ficar por lá mais ou menos uma semana.

—Pô, Érico justo agora?

—Qual o problema de ser agora?

—Eu estava preparando uma surpresa para a Giane.

—É urgente Fabinho, não dá para essa surpresa esperar?

—Não, mas dá pra eu conciliar as duas coisas.

—Então está bem. Já terminou o slogan?

—Não, mas já tive uma ideia daqui a pouco eu termino.

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UM MÊS ANTES

—Essa é perfeita pai, tem tudo o que eu exigi, finalmente achei a casa para eu viver com a maloqueira e os pivetes.

—Não vai mostrar para a Giane, pedir a opinião dela?

—Não, e não quero que você fale nada para ela. Quero fazer uma surpresa.

—Bom se você prefere assim.

A casa tinha quatro quartos, cinco banheiros, cozinha, duas salas, dois escritórios, dois andares, um jardim, um campinho de futebol.

Plínio e Irene iriam ajudar Fabinho a mobiliar a casa, ele queria tudo pronto para mostrar a Giane.

Depois de alguns dias tinham mobiliado quase a casa inteira, Irene tinha mais tempo fazia tudo com muito carinho para o filho, que sempre agradecia a mãe por estar o ajudando, mesmo com a gravidez.

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Giane saiu da sala e resolveu ajudar Bento na Acácia.

—Ué, o que a futura senhora Campana faz aqui?

—Vim ajudar com as flores, posso?

—Claro, mas você não está trabalhando com o Caio?

—Não mais.

—Por que, o que houve?

—O Caio armou para me separar do Fabinho.

—O quê? Por quê?

—Uma longa história...Mas e aí, como vai o seu namoro com a Amora?

—Muito bem, acho que dessa vez ela mudou de verdade.

—Eu não colocaria minha mão no fogo por ela, mas...

—Eu te entendo Giane, mas dessa vez eu sei que ela mudou, sabe? Eu meio que...Sinto. Entende?

Giane sorriu se lembrando de Fabinho, se aproximou do amigo, olhou no fundo de seus olhos:

—Olha Bento, não sei se a Amora mudou ou não, mas eu quero que você seja muito feliz, se ela te faz feliz e se você realmente acredita nessa mudança dela, vá em frente. Só toma cuidado tá, não quero você machucado.

—Você acha que ela mudou?

—Acho que uma pessoa como a Amora dificilmente muda, mas o Fabinho mudou, então quem sou eu pra dizer se ela mudou ou não.

Os dois se envolveram num abraço carinhoso, eram muito amigos, como irmãos realmente.

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Estava uma noite estrelada, com uma lua cheia, enquanto esperava Fabinho aproveitou para admirar o céu pela janela. Depois de alguns minutos Fabinho bateu na porta da casa de Giane, que o atendeu com um sorriso de orelha a orelha. Ele estava com uma de suas jaquetas, calça jeans,o cabelo bagunçado e um sorriso que era só dela, que estava com um vestido preto colado, uma maquiagem básica e os lábios com um batom vermelho:

—Vamos fraldinha?

Foram para um restaurante sofisticado e conversaram por algumas horas:

—A Mel? Então a safada já voltou? E foi te procurar. A se eu pego ela, eu arrebento aquelazinha.

—Giane, sem escândalo, a Mel é só uma garota mimada, idiota que gosta de chamar a atenção. Além disso, eu vou ter que passar uma semana no Rio, o Érico quer que eu resolva uns b.o da agência.

—Quando?

—Depois de amanhã.

—Que saco isso, por que ele não vai? Ou a Silvia?

—Por que você não vai comigo?

—Por que o senhor vai me abandonar no hotel e vai sair para ficar horas e horas em reuniões e mais reuniões. E eu não pretendo ficar sem trabalhar, amanhã mesmo eu vou procurar emprego.

—Ô pivete que gosta de trabalhar viu!

—Gosto mesmo, hoje eu fui ajudar o Bento lá na Acácia, mas não quero ter que ficar fazendo isso todo dia, quero fotografar.

—Não gosto nada de você trabalhando com o Bento.

—Quem disse que você tem que gostar?

—É, você fala isso, mas eu queria ver se eu fosse trabalhar com a Mel ou a Camila.

Giane cerrou os olhos e já ia responder, quando o garçom chegou com os pedidos impedindo uma briga dos dois.

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Mais tarde Fabinho levou Giane para um lugar que ela não conhecia, estacionaram na garagem de uma casa:

—Fabinho, que casa é essa?

—Não faz perguntas e me segue.

Chegaram a um jardim com flores e árvores de todos os tipos. Fabinho parou na frente dela e se ajoelhou, Giane gelou...