Fabinho saiu do hospital com Margot, chegou na casa verde atraindo olhares curiosos. Já estava anoitecendo, quando resolveu ir atrás de Caio. Quando estava prestes a entrar no estúdio ouviu Caio conversando no celular e se escondeu:

—Saiu melhor que a encomenda. Nem vamos precisar ir para a etapa dois do plano. Adivinha quem apareceu bem na hora que eu tentei beijar a Giane? -Fabinho estava furioso, mas se manteve escondido para ouvir toda a conversa.

—Isso mesmo Melzinha, o Fabinho.É... O destino deu uma forcinha bem generosa. Você sabe que a Giane é difícil né? Ela veio com o papo de que ama o Fabinho, eu tive que segurar ela, e bem nessa hora chegou o Fabinho e já viu, né? Agora duvido que ele vá perdoar o flagra da Giane, esse cara é um babaca, né? Eu tinha certeza que ele não merecia o amor dela, só quem não conhece a Giane mesmo pra achar que ela trairia alguém, ainda mais o Fabinho... Exatamente Mel, e quando você voltar para o Brasil, ele vai estar livre pra você e a Giane pra mim!

Foi aí que Fabinho não se segurou e partiu pra cima de Caio, socou seu rosto jogando o celular do rapaz longe. Caio revidou dando um soco em Fabinho, Fabinho avançou pra cima de Caio o enforcando:

—VOCÊ NÃO VAI TIRAR A GIANE DE MIM! ENTENDEU? NÃO VAI,NEM VOCÊ, NEM NINGUÉM!

—Você é um babaca cara, você não merece ela!

—BABACA É VOCÊ. AGORA ANDA ARMANDO É, CAIO? SINTO MUITO, MAS O SEU PLANO FALHOU.

Fabinho saiu de lá e foi direto para a casa de Seu Silvério. Estava com a boca sangrando, além de todos os ralados.

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Giane acordou, foi comer alguma coisa. Sabia que Fabinho já estava em casa, e que graças a Deus os exames não haviam apontado nada grave. Mas ele ainda não tinha aparecido por lá, e ela sabia que ele não apareceria, só não entendia por que ele não acreditava nela.

Estava sozinha em casa, seu pai estava na casa de Gilson e Salma, ouviu alguém bater na porta, levou um susto ao ver que era Fabinho:

—Posso entrar?

—Fabinho? O que aconteceu, porque sua boca tá sangrando?

—Eu vou te explicar tudo!- falou ele entrando e fechando a porta.

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—O Caio? Você tem certeza Fabinho? Armou isso com a idiota da Mel?

—Qual é, vai defender esse cara é, Giane? Isso mesmo, eu ouvi tudo se não quiser acreditar também não acredita!- ele ia saindo quando Giane o puxou pela mão.

—Vem cá, deixa eu cuidar da sua boca.

—Nem precisa, é só um cortinho!Vou lá no banheiro lavar...Preciso conversar com você.

Alguns minutinhos depois Fabinho voltou, sentou com Giane no sofá, que o abraçou forte:

—Sabe o susto que você me deu? Quase morri do coração, fraldinha panaca...Fabinho...Por que você não acreditou em mim?

—...Não seei... Pow, Giane eu vi, é difícil ver aquele cara com você. Eu perdi a cabeça, fiquei com raiva.

—Fabinho, eu jamais faria isso com você, achei que soubesse disso.

—Giane, me perdoa, eu...eu sei lá.Eu te amo.Não consigo viver sem você, pelo menos não mais.

—Fabinho, me promete uma coisa?

—O quê?

—Que você NUNCA,NUNCA MAIS MESMO vai duvidar do amor que eu sinto por você?- falou arrancando um risinho de Fabinho.

—Eu não duvido, eu sei que você me ama!MUITO, ATÉ DEMAIS!

—Hahaha muito convencido!Mas promete fraldinha.

—ÔO MELAÇÃO viu.Eu prometo, pronto maloqueira satisfeita?

—Sabe que ainda não? Ta faltando alguma coisa...- falou com um sorrisinho safado e Fabinho entendeu muito bem.

—Ah é?- disse se aproximando e puxando a namorada pela cintura - Eu posso saber o quê?

—Vou te mostrar!

Giane beijou Fabinho puxou seu cabelo, enquanto ele passava a mão por todo o seu corpo, pulou no colo de Fabinho, quando foram interrompidos pelo barulho da porta. Se desgrudaram na hora e cada um foi para um lado da sala respirando ofegantes:

—Eu atrapalhei alguma coisa?- indagou seu Silvério percebendo o que estava acontecendo.

—Claro que não pai!Eu e o Fabinho a gente tava...é...- Giane gaguejou.

—Conversando- apressou-se Fabinho em responder.

—HÃ ,sei. Bom pelo visto vocês se entenderam, né? -Os dois assentiram sorrindo timidamente- Que bom! Vocês vão jantar? Eu trouxe umas comidinhas maravilhosas lá da Salma.

—Não pai, valeu! Eu acabei de comer.

—Eu também não quero não Seu Silvério, tô sem fome. Eu acho melhor eu ir pra casa.

—Ah não, mas já?- Giane perguntou manhosa.

—É, eu to meio cansado. Depois de tudo o que rolou hoje eu preciso dormir.

—AAaaa... Táa bom eu entendo.

—Tchau- disse dando um selinho na namorada. Tchau sogrão!

—Tchau Fabinho!

Fabinho já estava atravessando a rua quando ouviu Giane gritar:

—Fabinho esperaa aí- ele parou sem entender, ela estava com uma bolsa esportiva.

—O que foi, maluca?

—Eu vou dormir com você hoje.

—Ué, o seu pai não implicou?

—Não, eu falei pra ele que depois do acidente que você sofreu hoje eu precisava ficar perto de você, ele entendeu.

—Você é incrível, sabia?

—Vamos logo, fraldinha!

Assim que chegaram na casa de Fabinho, Margot levou um susto quando viu Giane. Fabinho tinha saído dali com tanta raiva dela... Ah vai entender.

—Mãe, hoje a Giane vai dormir aqui, esse pivete não consegue ficar longe do galã aqui!

—A vai te catar Fabinho!

—Bom, boa noite mãe!

—Boa noite, Dona Margot.

—Boa noite, pombinhos.

Giane estava no banheiro a um bom tempo. Quem demora tanto pra se trocar? Meu Deus! Fabinho estava deitado na cama pensando em todo o caminho errado que ele trilhou até se apaixonar pela maloqueira, caminho pelo qual não se arrependia. Pois ele o levou ao amor.

Giane saiu do banheiro com uma camisola, que segundo Fabinho era incrivelmente sexy.

— Nossa!- exclamou boquiaberto- maloqueira, você podia vir dormir aqui mais vezes.

— Ah é?-disse se aproximando- Não sei se você merece.

— Ah eu mereço sim, mereço a maloqueira mais gostosa desse mundo, todinha pra mim- disse já a agarrando voraz, fazendo-a rir do desespero do namorado.

— Fabinho, menos! Sua mãe tá aqui do lado.

—E daí? Você acha que ela não sabe o que a gente vai fazer aqui?

—Pode até desconfiar, mas não precisa ter certeza né, Fabinho?

No outro dia pela manhã, eles tomaram café e foram juntos ao estúdio de Caio para acertar a demissão de Giane, ele queria exigir o aviso prévio, porém eles ameaçaram denunciá-lo por assédio.

Giane já não via mais Caio como seu amigo, só sentia pena dele, que um dia já havia sido um cara incrível.