When I Saw You.

Aquele do sonho.


— Kagome! Filha! Acorda! Kagomeeee! - Acordo completamente encharcada mas em cima da cama. Minha visão está turva mas pela voz de minha mãe, ela parece estar chorando.

— Hmmm ... O que aconteceu? - Tento levantar mas minha cabeça está muito pesada.

— Kagome! Graças a Deus! - Minha mãe me ajuda a sentar na cama e me abraça forte, minha visão começa a ficar mais nítida, passo a mão pelo cabelo e ele está completamente molhado, estou enrolada em um lençol colado ao meu corpo. Não estamos sozinhas, Inuyasha e Sesshoumaru estão no canto do meu quarto. Sesshoumaru parece nervoso, andando de um lado para o outro no telefone.

— O que aconteceu? - Minhas palavras saem quase em um sussurro. Ninguém responde, meus olhos fixam em Inuyasha, ele sustenta meu olhar, sua camisa molhada me chama atenção, suas mãos estam bem vermelhas e até machucadas. Empurro minha mãe e tento levantar.

— Kagome, espere o médico chegar - Minha mãe suplica.

— Eu estou bem, mas vocês precisam me dizer o que realmente aconteceu aqui. - Nessa hora Kouga e Sango entram correndo no meu quarto. Sango vem até mim e me abraça forte.

— Ah meu Deus! Você ta bem?! - Tem lágrimas nos seus olhos. Kouga vai até meu guarda roupa e pega uma manta, coloca ela em cima dos meus ombros e se senta ao meu lado na cama.

— Você não vai mais ficar sozinha, nem que seja preciso eu dormir aqui. - O moreno diz e pelo seu tom sério sinto um frio na espinha.

— Vocês estão me assustando, eu dormi durante o banho não foi?

— Não meu bem, tentaram - Sango passa a mão pelos meus cabelos tentando provavelmente arruma-los - bem ... - Ela hesita e meus olhos fixam novamente no garoto de olhos dourados no outro extremo do quarto.

— Tentaram matar você - Inuyasha diz.

— Inuyasha te salvou. Se ele não tivesse chegado a tempo, eu nem quero saber o que aconteceria. - Sesshoumaru sai do quarto e minha mãe sai atras dele.

— Será que ... - Penso alto - Aquela pessoa me seguiu até aqui ...

— Tinha alguém te seguindo? - Kouga me segura pelos ombros e o simples toque dele parece queimar minha pele de tão sensível. .

— Ai! - Uma mão bate no braço do Kouga com uma velocidade fora do comum.

— Ela deve estar toda dolorida por conta do calor seu idiota! - Nesse momento o garoto de olhos dourados se ajoelha ao lado da cama, ficando de frente pra mim - Tinha alguém atras de você? - Balanço a cabeça afirmando.

— Kagome, você é burra ou o quê?! - Ele levanta e sai do quarto sem olhar pra trás.

— Ele é que é idiota aqui! - Kouga esbraveja.

— Ele salvou a vida da Kagome, então ele definitivamente subiu no meu conceito - Sango me abraça levemente e eu permaneço parada, estatica. Perdida nessa situação.

Olho pela janela do meu quarto e vejo dois seguranças no portão da casa. Não vejo mais ninguém a 3 dias, já que estou sendo prisioneira nesse lugar. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, coloco um short jeans e uma blusa preta básica, pego minha mochila e saio correndo até a entrada da casa.

— Hey mocinha, onde você pensa que está indo? - Kaede diz quando encosto minha mão na maçaneta.

— Eu preciso estudar, faltei 2 dias já! - Permaneço parada com a mão na maçaneta.

— Ain menina, eu sei o quanto deve estar sendo difícil pra você. Mas é perigoso lá fora ... - Eu a interrompo virando bruscamente.

— Eu fui atacada aqui dentro! Porque você acha que é mais perigoso lá fora?

— Você ta certa, só, não fique sozinha ... - Vou até a senhora de cabelos grisalhos e a abraço.

— Eu vou ficar bem, já que me viu, vou sair pelos fundos. - Saio correndo de casa, vou pra casa do Kouga.

Toco a campainha duas, três vezes antes que a porta abra.

— Srt Higurashi. - A governanta da casa dos Hasegawa's é totalmente diferente da nossa Kaede, sua carranca nunca muda, antes de continuar ela me analisa da cabeça aos pés. - O Sr. Kouga ainda não voltou do colégio.

— Tudo bem, eu o espero em seus aposentos. - Digo da forma mais cordial possível, como uma secretaria eletrônica.

— Não acho apropriado! - Reviro os olhos antes de responde-la de uma forma mais direta.

— Sra Takeda, me desculpe por vir assim sem avisar, mas preciso estudar com o Kouga. Então eu vou subir okaay? - Dou um sorriso doce e entro na casa (Mansão né?!) dos Hasegawa. Subo as escadas e entro varada no quarto do moreno. Ao abrir a porta já sinto o cheiro de seu perfume. Meus olhos enchem de água me mostrando o quanto estou assustada, o simples cheiro do perfume dele faz eu me sentir mais segura, Kouga sempre esteve lá pra me abraçar. Engraçado como o quarto dele não mudou nada, todos seus diplomas em cima das prateleiras laterais, troféus e fotos, fotos desde que eramos pequenos até hoje. Uma foto dele com a Sango no baile de inverno do ano passado me chama a atenção, ele sempre teve uma queda por ela mas por alguma razão nunca disse nada pra ela ... Talvez eu devesse ajudar ... O sono começa a bater pelas noites mal dormidas. Vou até a cama e deito, pego no sono com o pensamento de que aqui estou segura.

POV KOUGA

Chego em casa e a senhora T já está de bico pra mim.

— Tá, o que eu fiz? - Digo já suspirando.

— Essa sua amiga Kagome está cada dia mais folgada, alguém precisa ensinar modos a ela!

— Onde ela está? - Meu coração acelera no momento em que escuto o nome dela.

— No seu quarto. - Não digo nada apenas corro o mais rápido possível.

Abro a porta do quarto e não a vejo, entro no quarto e começo a vasculha-lo atrás da morena.

— Kah - Me detenho quando a vejo dormindo na cama, ela parece tão tranquila que tenho medo de acorda-la. Coloco minha mochila no chão, tiro o tênis e vou até a garota que sou perdidamente apaixonado desde os 7 anos de idade.

Sua respiração suave faz seu peitoral subir e descer, o cabelo negro está preso e um pouco bagunçado, eu não a vejo a 3 dias e parece que ela está ainda mais bonita. Passo minha mão levemente pelo seu rosto, sento ao seu lado, aproximo nossos rostos e lhe dou um beijo no nariz, como fazíamos quando eramos pequenos. Nesse momento ela se mexe e acaba subindo um pouco mais o corpo fazendo meu beijo descer até seus lábios. Ela não acorda mas fico sem reação por um minuto. Eu queria fazer isso a tanto tempo ... Seguro suavemente o rosto da morena e lhe dou um beijo leve e delicado.

— Hmmmm - Kagome passa os braços pelo meu pescoço e me beija de verdade, ela aprofunda o beijo e eu correspondo sem pensar duas vezes. Minha mão se detêm na barra de seu short e quando ela desce seus beijos para o meu pescoço eu me perco.

— K-kagome, vai com calma - Ela me dá uma mordida firme no pescoço e eu tenho certeza de que vai ficar uma marca. Eu seguro sua cintura com força e tentando fazê-la voltar para cama, ela geme no meu ouvido e me solta, voltando a dormir, me deixando pegando fogo e completamente desnorteado. Meu coração parece que vai sair do peito.

— O que foi isso Kagome? - Levanto e vou direto para o banheiro - Preciso de água gelada.

POV KAGOME

Me surpreendo ao acordar e ver que já é de noite, estou arfando e me sentindo quente. Kouga está no sofá do outro lado do quarto com um livro na mão, seu braço está apoiando sua cabeça, os óculos o deixa com um ar até bem sexy, se bem que a camisa sem mangas está ajudando bastante também. Pqp, Kagome! Ele é seu amigo, isso tudo é culpa do sonho maluco(delicioso) que você teve com o Inuyasha enquanto dormia!

Puxo a presilha que prendia meu cabelo.

— Kouga, porque não me acordou? - Me aproximando dele vejo que está dormindo também. Ele é muito bonito. Muito mesmo. Não é atoua que as meninas se estapeiam no colégio por ele. Pego o livro e deixo na escrivaninha, seguro seu braço e lento puxa-lo.

— Vamos pra cama, veeeeeeem! Eu tenho que voltar pra casa - Nesse momento ele me puxa e eu caio sentada em seu colo - O que?! - Ele abre os olhos e me encara.

— Você não vai sair daqui - Seus olhos fixam em meus lábios, com a proximidade de nossos rostos posso sentir sua respiração acelerada.

— Kouga ... não é melhor ... - Ele roça suavemente os lábios nos meus, o toque é tão intenso que me arrepio inteira. Minhas mãos o seguram pela nuca e eu o beijo, um beijo intenso e urgente. Ele me levanta de modo que eu sente em cima de seu corpo com uma perna de cada lado. Suas mãos passam a brincar por baixo da minha regata, eu aproveito e tiro a jogando no chão. O moreno segura minha cabeça gentilmente quando interrompemos o beijo e prende seus olhos azuis, agora escuros, nos meus. Ele está pedindo permissão. Balanço a cabeça afirmando minha decisão.

* Dream Off *

Acordo atônita com Kouga dormindo do meu lado, levanto a coberta e fico aliviada ao ver que estou vestida.

— Foi só um sonho ... - Suspiro fundo. Viro de lado ficando de frente para meu melhor amigo de infância - Nossa, você conseguiu me deixar inquieta - Respiro fundo tentando regular a respiração. Escuto ao longe umas vozes, parece uma briga. Eu me levanto e vou até a janela. Vejo meu avô com meus dois seguranças discutindo com os pais do Kouga.

— Que merda! - Kouga diz me dando um susto.

— Você não avisou a minha mãe?! - Puxo a orelha dele como se fosse criança.

— Avisei garota - Ele puxa uma mecha do meu cabelo solto - Você parecia tão tranquila, não quis te acordar - Com o quarto escuro os olhos dele brilhavam como estrelas.

— Eu preciso ir - Quando me aproximo pra abraça-lo, penso no sonho que tive e travo. Kouga continua parado me olhando. Por uma fração de segundo olho em seus olhos e um incomodo surge - Tchau! - O fogo voltou, pqp!

Entro em casa sendo arrastada pelo meu avô.

— Aiiiiiiiiiiiii vovô, eu já disse que avisei. Você sabe que eu nunca fugiria. - Eu caio sentada no sofá. A carranca feia do meu avô vai melhorando conforme vou o bajulando - Eu estava com tanta saudade do senhor! Parece mais novo,o que tem feito? Amanhã posso cozinhar o que o senhor quiser!

— Sua comida é péssima, mas eu estava tão preocupado com você, Kagome! - Ele respira fundo - E também, eu sei que você e o Kouga são amigos desde a infância, mas ele continua sendo homem e você está noiva!

— Vovô! Eu pensei que a unica pessoa que concordaria que isso é uma loucura é você! Me casar com aquele sujeito todo emproado? - Reviro os olhos e cruzo os braços.

— Filha, você sabe que se eu pudesse decidir, isso estaria fora de cogitação. Mas o seu pai não pensa assim. - Ele senta ao meu lado e segura minha mão - Ele te ama, disso não tenha dúvida.

— Eu não o vejo a dias, ele ainda está viajando como sempre. Então não dá a minima pra mim. - Seguro o choro.

— Você vai ver, vai dar tudo certo.