When I Saw You.

Aquele da foto juntos.


POV INUYASHA

Paro o carro na frente da museu que está acontecendo o evento. Ela sai em dois segundos e bate no vidro do motorista. Reviro os olhos e ignoro, mas ela bate de novo.

— Hey! Abre LOGO! – Sua cara emburrada chega a ser engraçada. Quando desço o vidro ela me encara – Você não vai entrar comigo?

— Porque? Ta com medo? – Digo debochado – Desculpa garota, mas não to aqui pra segurar a sua mão.

A morena respira fundo antes de me responder.

— Eu não sei que lugar é esse e não conheço ninguém. O seu irmão deveria estar aqui pra me acompanhar.

— Você é problema dele, se vira. – Ela me olha magoada e isso é como se fosse um soco no estomago. Não esperava por isso.

Ela se vira e vai até a entrada do Museu, fica encarando a porta por um minuto até eu chegar até ela.

— O que ta fazendo aqui? – Ela diz sem me olhar.

— Também sou obrigado a estar aqui, não pense que é por sua causa. – Entorto o nariz pra ela e estendo meu braço – Vamos logo com isso.

Ela me olha surpresa mas enlaça seu braço no meu. Percebo um leve suspiro. Eu nunca parei pra pensar o quanto essa situação deve estar sendo difícil pra uma garota boba como ela.

Ao entrarmos vejo que a casa está cheia. Cumprimento todos por quem passamos com um aceno de cabeça. Geralmente essas pessoas não falam comigo, mas a noiva do grande Sesshoumaru está ao meu lado então né, bando de cara-de-pau.

— O que é tudo isso? – Ela diz baixinho quando nos aproximamos de onde estão dando uma palestra.

— A empresa está doando uma obra famosa para o museu.

— Que empresa? NTAISHO? – Ela diz sussurrando pra mim.

— Sim, por isso estamos todos aqui – Percebo que ela ainda segura meu braço – Agora já pode me soltar. – Estreito meus olhos pra morena que toma um sustinho me fazendo dar um risinho chamando a atenção de umas poucas pessoas próximas.

— Então o que eu to fazendo aqui? – Ela diz emburrada.

— Você vai casar com ele, vai ter seu sobrenome. – Digo mantendo meus olhos agora no discurso que o meu irmão está fazendo no palco.

— Você fala como se não fosse o seu sobrenome também – Ela dispara me fazendo olhá-la.

— Não é uma coisa que eu tenha orgulho Higurashi. Se eu fosse você, jamais pegaria esse sobrenome – Ela me encara com seus grandes olhos escuros. Antes o que a diferia da Kikyou era exclusivamente a cor dos olhos. Agora tudo é diferente.

*FLASH BACK ON*

Um ano e meio atrás.

— Esse novato de cabelo estranho, esse cara é cheio de marra! Deveríamos dar um jeito nele. – Um alunos da minha sala diz pros outros seis como se fosse o macho alfa.

— Ele chegou agora e acha que pode fazer o que quiser. Temos que mostrar pra ele que aqui tem regras! – O sorriso sádico dele só me faz querer enfrentá-los mais ainda!

Olho para o meu braço que está sangrando e vejo que não vou dar conta de sete caras sozinho.

— Droga! – Esbravejo baixinho. Vou bem de mansinho até a saída de emergência do vestiário e saio no campo de futebol. Eu tinha acabo de brigar com uns caras de uma gangue fora da escola e estava com o uniforme completamente sujo, um dos caras tinha uma faca e conseguiu fazer um corte um tanto grande em meu antebraço. Rasgo a manga da camisa e amarro sobre o corte para diminuir o fluxo de sangue quando escuto os caras saindo do vestiário chamando o meu nome.

Corro pelo campos e acho um recuo que fica entre a sala de musica e a estufa do colégio. Me escondo abaixado lá enquanto os garotos estão correndo me procurando. Fico em baixo da janela que está aberta da sala de musica. Não está tendo aula porque não escuto falatório, mas alguém toca piano. Uma melodia um tanto triste até, tento dá uma espiada mas escuto eles me chamando de novo e abaixo novamente, quando eles passam eu consigo escutar sua voz bem baixinho.

‘Mesmo que o seu outro 'eu' não diga,

É possível que eu sinta, pelo fato de ser você?

Desde o começo eu estive te amando, e é só você o meu único desejo.

Você sabe de tudo isso?'

Sua voz é melodiosa e meu coração dispara na hora. Coloco a cabeça o suficiente para vê-la cantar.

' Temos o mesmo sonho todos os dias.

Envolvida em seus braços, eu adormeço.'

Ela está de costas e só consigo ver seu cabelo longo, preto e liso. Todos esses dias eu tenho me sentido inquieto e tentando dar o fora daqui o mais rápido possível. Ela faz uma pausa só tocando piando e eu estou praticamente entrando pela janela já mas pelo meu estado e pela minha fama, vou acabar mas é assustando.

'Só vejo você e o seu outro 'eu'.

Estou apaixonada por você.

Chegue um pouco mais perto.

Você ficará ao meu lado para sempre?Segure as minhas mãos.

Amo você.'

De repente já não quero mais ir embora, e quero escutar essa garota dizer “amo você” dessa forma pra mim.

Meu braço desliza pela beirada da janela me fazendo escorregar pra fora, antes que eu desça consigo ver por um segundo seu rosto, tão linda que parece brilhar.

Quando volto a olhar pela janela, vejo a porta da sala fechando. Ela foi embora e eu nem mesmo sei o seu nome.

Mas vou descobrir e vou namorar com ela.

*FLASH BACK OFF*

— O que foi? – Ela diz me tirando do transe.

— Você é muito feia, sem graça – Ela fica boquiaberta e claramente indignada me fazendo segurar um riso.

Antes que ela possa dizer alguma coisa o responsável do museu faz uma breve menção a nos dois agradecendo pela obra de arte, quando as luzes focam em nós dois vejo que o Sesshoumaru nos olha com um certo incomodo.

Kagome cora sorrindo instantaneamente e eu apenas faço um aceno de cabeça.

As pessoas se dispersam e eu preciso dar um jeito de sair de fininho daqui.

— Nem pense nisso. – Kagome diz pegando um espumante quando o garçom passa.

— Você lê mentes? – Digo tomando a taça da mão dela.

— Porquê? Você não? – Ela dá um sorriso debochado tomando novamente a taça de mim.

Eu reviro os olhos e a deixo beber a taça de uma vez.

— Isso tudo é muito chato – Pego o celular e vejo se tem alguma mensagem da Kikyou. Nada. E eu já mandei CINCO mensagens pra ela que apenas me ignora. Respiro fundo suspirando e a morena está atrás de mim olhando meu celular quando vejo.

— Você é mesmo um cãozinho, larga essa vadia! – Ela revira os olhos fazendo bico pegando outra taça de espumante.

— Isso é invasão de privacidade sua pirralha, e não a chame assim. Ela é minha namorada. – A segunda frase é mais pra mim do que pra ela – E pare de beber. O Sesshoumaru não vai gostar de ver o bibelô dele bêbada.

Kagome levanta a taça e bebe de uma vez de novo.

— Que se dane ele e a sua querida namorada também! – Estou me virando para deixá-la sozinha quando ela segura meu braço – Espera, posso ajudar a chamar a atenção dela!

— Eu duvido muito disso – Pego a taça vazia de sua mão e entrego para um garçom que estava passando.

— Se ela te ligar em 5 minutos, você me deve um favor – Ela dá um sorriso travesso.

Dou de ombros. A morena pega o celular coloca o braço em cima do meu ombro – Sorria pra câmera Inu-Inu. – Ela tira uma foto nossa e manda direto pra Kikyou – Ela vai te ligar, se bombear, te buscar.

Fico a olhando incrédulo.

Em menos de cinco minutos ela me liga. Antes de atender olho para Kagome que da de ombros.

— Ela me odeia, é recíproco! – Ela ri e pega o celular da minha mão – Vai por mim, se não atender, ela vai ligar de novo e de novo. Faz ela esperar um pouco. – Dessa vez ela pega duas taças de espumante e me entrega uma.

Na terceira vez em que a Kikyou me liga eu atendo.

— Estava ocupado demais pra me atender Inuyasha?! – Ela grita no telefone.

— Eu te mandei varias mensagens, você que não quis me responder. – Digo o mais doce possível.

— Quando eu te ligar, é pra você atender na hora! – Ela está irritada e com certeza com ciúmes.

— Agora não dá, mas tarde nos falamos. – Desligo o telefone e Kagome me olha com a testa franzida de surpresa.

— Ela te faz de gato e sapato. Você é tão duro com todo mundo. Deveria endurecer mais com ela também, talvez ela te dê mais valor ... – Ela toma sua quarta taça quando Sesshoumaru aparece.

— Srt. Higurashi – Ele a cumprimenta.

— Sesshoumaru! Demorou tanto a aparecer, seu bibelô quase, quase ficou triste – Ela diz sorridente.

— Bibelô? – Ele me olha sério – Eu te falei pra tomar conta dela. – Kagome o puxa pelo braço.

— Hey, eu não preciso de baba okaay? Você me queria sorrindo, vestindo o que você quer na hora que você quer e aqui estou eu, sorrindo. Então vê se não enche meu saco! – Ela dá as costas e sai andando em direção ao banheiro. E eu rio. Não dá pra segurar dessa vez.

— O que eu te falei? Eu só te dei UMA tarefa. UMA Inuyasha. Quando você vai ser responsável? – Eu apenas reviro os olhos.

— Ela é problema seu. Não jogue pra cima de mim.

— Achei que tivesse aceitado minha proposta e por isso a trouxe aqui hoje. Ou estou errado? – Sesshoumaru me encara, ele me faz eu me sentir tão pequeno que quero socá-lo.

— Eu não te falei nada ainda. Não tire conclusões precipitadas. Leve-a pra casa. Seja mais presente. Ela merece alguém menos babaca que você. – A irritação cresce no meu irmão me deixa feliz. irritá-lo é um dos meus passatempos favoritos – Estou indo.

— Você tem até amanhã para me dar uma resposta. – Eu o escuto dizer ao dar as costas para ele.

Meu celular está tocando novamente, é a Kikyou. Quando saio do museu ela está parada no fora do carro me esperando. Kagome estava certa.

— Acha que pode me ignorar dessa forma? – Ela diz irritada.

— Sabe que eu estava em um assunto de família. – Me aproximo com as mãos nos bolsos da calça.

— E a Kagome? Claro é da família. – Ela diz debochada, seu batom vermelho a deixa tão bonita que praticamente me hipnotiza. Tento me aproximar para lhe dar um abraço mas ela me empurra.

— Vai ser. Um dia.

— Eu não quero você perto dela. Isso não é algo que possa ser discutido – Ela vira o celular pra mim mostrando a foto que a Kagome tinha enviado.

— Ficar perto deva é inevitável ...

— O que você quer dizer? – Ela estreita os olhos azuis pra mim.

— Vou ter que acompanhá-la como guarda-costas por um tempo, ordens do patriarca da família. – Disparo de uma vez.

— Você nunca faz o que o Sesshoumaru manda, porque vai fazer agora? – Não digo nada.

Ela não vai se importar mesmo com o que eu disser, mesmo se eu dizer que estou fazendo isso por ela. Porque quero ir pra fora do pais com ela ano que vem – Sabe de uma coisa, quando você souber o que dizer, sabe onde me achar.

Kikyou entra no carro e vai embora. Me deixando sozinho, mais uma vez.