JOÃO – Cala a boca, Tereza, eu só quero saber de você!

TEREZA – Eu estou casada, seu louco, entende isso? Não vou ter nada com você, eu só dou para meu marido! – João pegou sua arma e abrindo sua janela do carro ele deu um tiro para o alto pra mostrar que não estava de brincadeira e ligando seu carro saiu dali...

Estava com o carro ligando, andando com Tereza ainda na linha. Tereza sentiu o coração gelar e foi a janela olhar a arrancada dele com o carro.

JOÃO – Minha paciência está esgotando! – Ele gritou no telefone.

Ela sentia o estômago doer, sentia medo e raiva e tudo!

TEREZA – Você acha que vou simplesmente encontrar com você e deixar que meta esse seu pau grande em mim, como uma puta que você pagou? – gritou nervosa.

JOÃO – Eu posso te dar dinheiro também...

TEREZA — Pois se é minha b...ta que você tanto quer não vai ter!

Victória entrou no quarto afoita atrás de sua mãe...

TEREZA — Não vai, animal! Enfia o dinheiro no seu rabo! Você não toca em mim, não tem b...ta, não tem c..., não tem linguá, nada pra você!

JOÃO – Eu vou te matar, Tereza!

TEREZA – Velho tarado!

VICTORIA – Mamãe...

TEREZA – Louco, maníaco!

JOÃO – Seu fim está próximo, Tereza o seu e o da sua filha, porque eu vou fazer doer tanto em você esse desprezo que vou pegar onde mais te dói!

TEREZA – Filha...– Ela olhou, Vick apavorada e respondeu ele. –Fique longe de minha família!

JOÃO — Você não manda em mim!– Ele desligou o telefone.

Tereza tremia, teria que conversar com a filha mas era tão delicado tudo aquilo. Vick sentou na cama sentindo uma dor na barriga o susto pelo tiro havia a deixado muito assustada.

TEREZA – Filha, calma, amor, quer uma água?

VICTORIA — Era ele não era?

Ela suspirou e olhou a filha.

TEREZA – Era ele sim, meu amor, era ele.

VICTORIA — Ele vai acabar fazendo uma besteira, mãe...– Ela começou a chorar.

TEREZA — Calma, meu amor, vamos prendê-lo antes!

VICTORIA — Antes quando? Ele atira em Fernando, da tiro aqui na porta de casa na luz do dia qual é o próximo passo dele? – Gemeu sentindo os bebês agitado.

TEREZA – Ele está louco, ele não sabe mais o que fazer, estava se desesperando e por isso...

VICTORIA — Vamos a polícia...

TEREZA — Sim, vamos de novo, eu já dei queixa de seu pai por três vezes.

VICTORIA – E ninguém faz nada?

TEREZA – Não, não faz, estão esperando que ele me ataque.– falou sem pensar.

Victória a olhou assustada, tocou o rosto da mãe.

VICTORIA – Não fala mais isso nem brincando, eu só tenho você, mãe, só você! E se eu te perder, eu morro!

TEREZA – Não vai me perder, Vick, não vai!

Vick abraçou a mãe e ficou ali sentindo o cheiro dela por um longo tempo. Conversaram, se acalmaram e se deram apoio uma a outra, depois foram a delegacia e mais um B.O foi colocado nas costas de João que a partir daquele momento estava sendo considerado um fugitivo da polícia.

Heriberto chegou do plantão já pegando Ana no colo, saudando Beth.

HERIBERTO — Mamãe, o que fazem aqui?

BETH – Vim ver minhas meninas...– Sorriu de leve.

HERIBERTO – Que bom, eu só vim ver Vick que estava com dor nas pernas de manhã. Ela está onde? – Ana estava cheirando e beijando ele, que riu.– Olha isso, mamãe!

BETH – Você acostumou essa menina mal! – Falou rindo.

HERIBERTO — Ela é um bebê, mamãe!

BETH – Vick acabou de subir com Tereza, acho que ela está com dor meu filho, elas foram ate a delegacia, João atirou aqui na frente de casa. – Falou logo de uma vez.

Ele riu para Ana e beijou ela no pescoço.Heriberto perdeu o riso na mesma hora quando ouviu a frase completa da mãe. Entregou Ana e subiu rápido. Vick estava deitada na cama abraçada a sua mãe de olhos fechados quase dormindo. Heriberto chegou e olhou as duas foi do lado de Vick e deitou atrás dela.

HERIBERTO – Amor?Como você está? – Ela suspirou.

VICTORIA – Bem...– Resmungou.

HERIBERTO — Tá com dor?

VICTORIA – Já passou amor...

Beijou ela carinhoso.

HERIBERTO – Sua mãe está dormindo? Vocês estão bem?

VICTORIA – Mãe, fala pra ele nos deixar dormir...– Falou manhosa, a mãe dormia pesado.

Heriberto riu, beijou ela no braço e saiu, ela estava bem. Desceu e foi conversar com a mãe pegando Ana de novo.

HERIBERTO — Mãe, isso está ficando sério, o homem está doido atrás de minha sogra!

BETH – Meu filho, eu não quero deixar você mais preocupado, mas esse homem só vai parar quando conseguir o que quer!

HERIBERTO — Mamãe! Não há o que fazer, ele quer minha sogra! Diz coisas a ela que Fernando está apavorado!

BETH — Eu com minha boca grande, vim correndo ver como ela estava e nem sabia que Fernando não tinha contado a ela dos tiros, me desculpe!

HERIBERTO – Você contou, mamãe?– Ana beijou ele.

ANA – Helibeto, me beija ingual Vick!– Sorriu inocente.

BETH – Sim, meu filho, eu fiquei aflita e abri minha boca.– ela olhou para Ana e falou com seriedade.– Ana, dindinha não quer ver você fazendo isso! – A repreendeu pelo que ela disse.

ANA — Pu que dindinha?– ela olhou Beth.– Eu quelo beija Helibeto, ele é bonito. Papai Nando beija mamãe Teleza aqui no meu mama.– ela apontou o local.

Beth negou com a cabeça.

BETH – Vocês têm que parar de fazer isso na frente dessa menina, isso não está certo Heriberto!

Heriberto riu.

HERIBERTO — Mamãe, eu não fiz nada! É na casa do pais dela, o que eu posso fazer?

BETH – Não fez? Você beija e cheira essa menina que a deixa doida!– Não queria rir mais não conseguiu.– Ela é muito nova pra se apaixonar por você!

ANA – Chela no pecoço eu! Helibeto chela eu no pecoço.– e riu alto.– Eu quelo sovete, dindinha, quelo mama! Cadê mamãe? Ta dumino?

BETH — Ana, lá só tem leite em pó dindinha já disse pra você! Deixa mamãe em paz, vamos comer algo de verdade nos três hum? Vamos?

ANA — Helibeto vai? – ela olhou ele e abraçou.

Heriberto agarrou e fez cócegas nela.

HERIBERTO – Eu vou dengosa, eu vou!

BETH — Vocês não tem jeito. – Beth levantou indo na frente.

Heriberto olhou a mãe.

HERIBERTO — Ela te contou, mãe as coisas que ele pediu? Vick não sabe!

BETH – Sim, me contou e por isso, eu vim desesperada quando soube!

Fernando chegou com a pasta na mão como um furacão. Foi até eles, pegou a filha e cumprimentou a todos.

ANA — Papai Nando!

FERNANDO – Oi, meu amor.– A beijou e a abraçou forte. – Onde está mamãe?

Beth foi até ele e o tocou no ombro.

BETH— Tereza está descansado com Vick, algum problema? Estou te notando nervoso.

Ele suspirou frustrado.

ANA — Papai te amo!– Ela soltou linda.– Te amo papaizinho Nando! – Beijou ele e ficou brincando com o rosto dele.

BETH – O que houve, Fernando?

Fernando a beijou e a cheirou no pescoço da filha.

FERNANDO — Papai também ama muito! Aquela desgraçada quer ela de volta, se não bastasse todos os problemas que temos ainda tem mais esse!

Falou olhando para eles. Heriberto recebeu aquela notícia como se fosse um soco no estômago! Não podia imaginar Ana Lívia longe deles de jeito nenhum e nem imaginar uma decepção dessa para Victória.Era como cair um paraquedas pegando fogo no meio da casa dele naquele momento.

HERIBERTO – Minha sogra já sabe?

Ele negou com a cabeça e sentou na cadeira.

FENANDO — Não, eu acabei de receber essa notícia! Ela quer mais dinheiro essa desgraçada!

ANA — Quem é disgaçada, papai?– A menina repetiu brincando com os cabelos do pai.

FERNANDO – Ninguém, amor e não repete mais isso ou mamãe vai brigar com papai!

ANA — Papai, Viki que pegou mamãe pá ela. Viki pegou mamãe toda pá ela!

FERNANDO – Vick roubou mamãe de neném, foi? – Falou rindo pra ela.

Beth riu.

ANA — E mamãe Teleza ia bater na Ana!

BETH – Essa menina é muito manhosa!

ANA – Ia bater! Eu quelo peito, papai, o de dindinha num é dela!

BETH— Não é Ana e de quem é? – Beth perguntou a ela.

ANA – É de padinho, ué! Ele que mama, só ele, papai! E o de mamãe Teleza é de mim! Só mim que bebo o mama de mamãe!– Beth riu. – Né papai, você não bebo!

FERNANDO – Filha, isso não é assunto pra você!

ANA — O que papai, eu sou desgaçada?– ela falou sem entender o significado da palavra.

FERNANDO – Ana, não repita isso, você quer ver o papai bravo?

ANA – Não, papai, Ana gota de papai feliz! Tá feliz?

FERNANDO – Papai fica feliz se Ana abraça bem forte papai e esquece Heriberto um pouco. – Falou brincando.

ANA – Ana ama papai muito e ama Helibeto também! Ama os dois e mamãe e dindinha e Vick...Vick não que ela pegou mamãe!

Fernando sorriu pela primeira vez naquele dia, sorriu com o coração.

FERNANDO – Papai ama Vick! – Gostava de implicar com a pequena sempre.

ANA — Né papai, Vick só amo ontem! Ontem eu amo Vick de novo! Ela que meu mama papai, ela que!– ela pulou no colo dele.– Eu biliquei ela.

Fernando a ouvia atento a ela.

FERNANDO – Ana, papai arrumou uma escola pra você!

ANA – Ecola, papai? Quelo ir, pode binca? E tem futa, papai e sovete e mamãe Teleza?

FERNANDO – Sim, pode brincar, mas não tem mamãe, só a sua futa. – Imitou ela.

Beth pegou o filho pela mão e saiu, queria falar com ele sozinha.

ANA — Eu quelo com mamãe, papai!

Heriberto sorriu e caminhou com Beth.

HERIBERTO – O que foi, mãe?

BETH – Anaju, você tem conversado com ela? Ela está arredia de novo e quer ir embora. – Falou triste. – Conversa com sua irmã, pede pra ela não ir. Eu a quis tanto e agora ela só quer me abandonar.

HERIBERTO – Mamãe é doloroso para ela ficar aqui depois que contou tudo até do bebê.– ele soltou sem querer tinha esquecido que ela tinha pedido segredo.

BETH — Que bebê? – Beth sentiu o chão sair debaixo de seus pés.

HERIBERTO — Mamãe, senta aqui. – ele colocou a mãe sentada.– Afonso engravidou ela. Mãe, ele a tratou como uma prostituta e depois não quis o bebê. Anaju perdeu e eu só soube agora, ela me contou, por isso ela viajou.

Beth encheu os olhos de lágrimas e passou as mãos no cabelo.

HERIBERTO – Mamãe, ela sofre até hoje e não queria contar porque sabe que meu pai mata ele.

BETH – A minha filha sofrendo desse jeito e ninguém me diz nada!

HERIBERTO — Eu soube a pouco tempo, ela me proibiu de contar, eu respeitei. Disse que tinha que te contar.

Beth chorou, Heriberto abraçou a mãe.

HERIBERTO – Eu sinto muito!

Não podia imaginar o quanto a filha estava sofrendo, não imaginava a dimensão daquele problema todo até aquele momento.

HERIBERTO – Mãe, vamos cuidar a partir desse momento.Quero que ela fique feliz confortável se ela quiser ir embora acho que tem que deixar ela ir.

Beth levantou se afastando dele.

BETH – Eu preciso ir embora! –Procurou pela bolsa com um nó na garganta.

HERIBERTO — Ah, mãe, calma a senhora não pode dirigir nesse estado, quer que eu a leve embora?

BETH — Não precisa, eu estou bem!– Achou a bolsa e a abriu pegando a chave do carro. – Deixa um beijo pras meninas, diz que volto amanhã!– Ela beijou o rosto dele e se encaminhou para saída.

HERIBERTO — Eu não quero que nada ruim aconteça com você! Eu vou te levar mamãe depois eu volto não tem problema nenhum.

Heriberto pegou a chave do carro da mãe e foi com ela tranquilamente.

HERIBERTO – Meu pai sabe que você tá dirigindo?– Ele falou já com vontade de rir pois sabia que a mãe dirigia como louca.

BETH – Meu carro, eu dirijo como quero. – Falou com a cabeça longe.

Heriberto riu e beijou a mãe assim que entraram no carro.

HERIBERTO – Eu te amo, vamos dar um jeito, não fica preocupada!

BETH – Não precisa me levar, eu não vou pra casa. – Pegou a chave dele de volta. – Saia do meu carro!

HERIBERTO – Eu não quero saber de tristeza, não force a barra com Anaju, ela não está pronta para contar!

BETH— Eu... Eu não vou fazer nada com sua irmã, não se preocupe! – Beijou o filho e passou para o outro lado.

HERIBERTO – Te amo!– Heriberto deixou que ela fosse embora, naquele momento sentiu preocupação e entendeu como o coração de Vick estava por sua mãe.

Beth tinha um único destino e dirigiu até ele, cerca de meia hora depois ela chegou em frente a casa, parou o carro e desceu. Tinha seus óculos escuros quando tocou a campainha e quando a porta se abriu seu alvo estava ali. Beth olhou Afonso e nem pensou apenas deu um chute em seu saco e falou.

BETH – Isso é pela minha filha!– Virou para sair dali.

AFONSO – Eu queria você, Beth! Sua grutinha como seu marido diz! Essa gruta ai que eu sempre quis!Não queria nada sério com sua filha, ela que se iludiu!– ele estava com as mãos entre as pernas sofrendo.

Ela se virou e sentou dois tapas na cara dele.

BETH — Nojento! Ridículo! Um homem como você não deveria ter um pau, não! – Bateu de novo na cara dele. – Eu nunca que ia querer um homem como você tendo o que tenho em minha casa!

Ele soltou uma gargalhada.

AFONSO – Quanto mais me bate, mais penso coisas sobre você, galinha velha! Pena que não voou para meu terreiro!

BETH — Porco! Essa galinha velha aqui nunca vai estar nesse chiqueiro que chama de terreiro.Vai morrer só olhando!

Virou e foi embora para seu carro antes que sentasse mais uns quantos tapas nele. Afonso sorriu e olhou a saída dela, se pudesse a agarraria ali. Beth entrou em seu carro e foi direto pra casa, dirigiu como uma doida e parou o carro frente de casa cantando pneu, desceu e entrou em casa batendo porta.

LUCIANO – O que foi?– Luciano perguntou assim que ela entrou, estava deitando com Anaju no sofá, a filha estava comendo chocolates junto a ele. Tinha chegado mais cedo sem avisar, estava estressado e queria estar em casa.

Beth olhou os dois e jogou a bolsa no sofá e se serviu de um trago tomando do copo todo de uma vez só. Olhou Ana Júlia enquanto o whisky descia por sua garganta!

ANAJU — O que foi, mamãe? Você está bem? Senta aqui comigo e papai!

Beth sentiu o corpo tremer e bebeu mais um gole.Ele a olhou se ajeitando com a filha e esperou que ela dissesse alguma coisa.

LUCIANO — Amor, Rosinha, onde você foi? Por que está bebendo?

BETH – Eu...– Sorriu sem alegria. – Eu estava na casa de Heriberto, depois eu fui bater em uma pessoa e agora estou aqui!

Anaju comeu chocolate, Beth olhava pra filha enquanto falava.

ANAJU – Ele está...–parou de falar.– Bater em um pessoa, mamãe?

LUCIANO — Do que está falando?– Luciano a olhou. – O que houve Elizabeth?

Ela terminou de beber de seu copo e o colocou sob a mesa, engoliu sem demonstrar nada, deu dois passos e falou.

BETH – Eu sou a sua mãe, e eu sempre fiz tudo por você Ana Júlia, sempre! Eu te quis mais que a mim mesma, eu lutei pra te ter aqui dentro de mim! – Tocou a barriga e os olhos se encheram de lágrimas.

Ana Júlia se sentou olhando a mãe sem entender, mas já sentindo as lágrimas nos olhos.

BETH – Eu lutei e chorei pra te ter, você cresceu e simplesmente criou assas e puf era como se eu nem existisse mais você consegue confiar mais nos outros que em sua mãe. Na sua própria mãe!

ANAJU – Mamãe, porque está falando assim? – ela choramingou com a mãe.

Luciano se sentou e a olhou.

LUCIANO — Amor, por que está dizendo isso a nossa filha?– Luciano sabia que ela estava nervosa.

BETH— Você se envolveu com aquele homem debaixo do meu nariz e do seu pai e nos nem nos demos conta e quando demos, você fez o que? Gritou, esperneou por um homem casado e decidiu se afastar de mim que sempre estive aqui pra você e por você! E pra que? Pra você seguir mentindo pra mim a vida toda!

ANAJU – Eu não quero falar do maldito do Afonso, mamãe!– ela esbravejou sofrida. – Ele é um maldito e me enganou, só isso!

Luciano passou a mão nos cabelos e suspirou.

LUCIANO — Você foi ver esse homem?

BETH – Fui, porque eu pensei que tinha sido um caso qualquer, mas não foi. – Gritou brava. Não iria falar o porquê de ter ido lá, mas estava furiosa! – Mais isso não vem ao caso porque eu não sou digna de confiança! – Acusou.

LUCIANO — Meu Deus, Elizabeth... e se ele fizesse algo contra você?– Luciano falou perdendo a paciência e se levantando do sofá.– Você me disse que esse homem te atacou e agora eu vejo você indo ate lá sozinha!

ANAJU — Mamãe porque foi lá falar com ele? Ele não vale nada e não merece nem que você fale bom dia com ele!

BETH – Não me importa, Luciano, não me importa mais porcaria nenhuma!

ANAJU – Para com isso, mamãe foi Heriberto, não foi? Ele te contou e por isso que você está assim. Eu disse a ele para não contar, disse a ele para não contar!– Ana Júlia falava nervosa andando pela sala ia ter que dizer a verdade aos pais naquele momento.

Luciano olhou para filha e perdeu até a cor.

LUCIANO – Diga logo, Ana Júlia, o que você não nos disse? O que você escondeu de sua mãe, de mim?

Ela parou com os olhos cheios de lágrimas olhou a mãe aquele com aquele desespero e sem poder dizer mais nada ela abraçou Beth chorando. Beth pegou a bolsa e não ia ficar ali não mais. Agarrou a mãe em desespero como se pedisse um colo que deveria ter pedido no momento certo.Estava nervosa e se sentindo um lixo pela filha não confiar nela um segredo tão doloroso.

Ana Júlia ficou agarrada nela esperando que a mãe abraçasse. Precisava sentir o calor da mãe precisava entender o que ela estava sentindo e queria que ela perdoasse por não contar aquela coisa tão terrível.

LUCIANO— Anda, minha filha, estamos esperando você dizer o que foi que você nos escondeu!

BETH – Ela não tem que dizer nada Luciano, nada! – Beth falou sem retribuir o abraço mesmo o querendo fazer com toda as forças de seu coração.

Em meio ao choro em meio a dor que estava sentindo Ana Júlia se afastou da mãe e olhando o pai com desespero declarou.

ANAJU — Eu estava grávida ,papai, de Afonso! Ele disse que não queria o bebê e no meio do meu desespero eu acabei perdendo meu filho!– E soluçando como se o mundo fosse acabar Ana Júlia se sentou no sofá escondendo o rosto com as mãos.– Eu tive um filho dele que morreu e ninguém ficou sabendo porque eu não contei, apenas contei para Heriberto a alguns dias atrás!

Beth continuou ali parada no meio da sala olhando para o nada.Luciano nem pensou duas vezes foi até a filha abraço com todo amor do mundo dando a ela todo apoio que ele achava que ela ia precisar naquele momento. Se pudesse esquecer tudo aquilo que tinha vivido apenas com um abraço daquele Pai ela teria esquecido naquele momento.

Os braços dele laçaram a filha protegendo e amando.Beth olhou os dois, estava chateada e com o coração quebrado saber que mesmo com todos os esforços do mundo a filha que ela amava e era a sua cúmplice em tudo havia escondido um fato tão importante de sua vida a deixou chateada e sentindo que nada tinha feito sentido em seus esforços.

Ela reprimiu seu choro e saiu dali subindo para o quarto os deixando juntos. Ana Júlia continuava chorando sem forças para dizer mais nada apenas recebendo um abraço do pai esperando que a mãe reagisse a ela.

ANAJU – Papai agora que ela vai me odiar mesmo!

Luciano apertou a filha e seu corpo e no gesto negativo, suspirando declarou.

LUCIANO – Sua mãe ama você mais que tudo nessa vida, minha filha, mais do que ela mesma!Se existe algo que eu tenho certeza é que sua mãe ama você! Então, não diz isso porque se você sente dor pelo filho que você perdeu imagina como a sua mãe se sente sabendo que você nos escondeu algo tão importante? Eu te amo mais que tudo, minha filha, você e seu irmão e sua mãe são tudo na minha vida! Mas você errou e mentiu e eu não gosto de mentira e a sua mãe também não!

ANAJU – Pai, eu estou com medo estava assustada eu não sabia o que fazer eu só conseguia pensar que eu queria morrer. –

Ele sentiu o coração partir porque sabia que a filha estava dizendo a verdade.

LUCIANO— E por que você simplesmente não pediu nossa ajuda como sempre? Você podia ter morrido, minha filha! Você podia ter morrido e a gente ficaria sem você sem saber o que tinha acontecido! Eu não posso perdoar mentira que você pregou, mas podemos superar juntos porque eu te amo! Não te quero mentindo para mim muito menos para sua mãe!

Abraçou o pai mais ainda e ela soluçou chorando.

ANA— Eu vou falar com ela, Pai preciso conversar com ela!

LUCIANO — Eu não sei se ela vai te ouvir agora, mas se é o que você quer fazer faça vá lá e peça perdão a sua mãe! Eu não vou conversar com ela agora para te dar um pouco de privacidade mas depois eu e ela vamos conversar e vamos decidir que castigo vamos dar a você por mentir para nós, a sua família!

Agarrando o pescoço dele, ela beijou o pai ainda chorando e foi para o quarto!Enquanto caminhava ela só pensava em como seria quando olhasse a mãe olhos nos olhos. Bateu na porta em seguida entrou...

ANAJU – Mamãe!Eu posso falar com você?

Beth estava sentada na cama de cabeça baixa sem saber o que fazer ou o que sentia. Ouviu a voz de sua filha e secou o rosto de suas lágrimas e nada falou. Somente esperou sabia que ela não iria embora antes de falar nisso ela parecia muito a ela.

Ana Júlia entrou e se sentou diante da mãe.

ANAJU — Quando eu menstruei e tinha apenas anos você me disse que eu e me tornar mulher naquele momento... Eu não fiquei com medo porque eu acreditei sempre em tudo que você me dizia. – As lágrimas começaram a rolar do rosto dela enquanto falava. – Quando dei meu primeiro beijo você me disse que eu precisava amar entender o que era ser amada porque você é assim com meu pai! Quando transei pela primeira vez foi para você que eu contei antes de contar para uma amiga e cada coisa que eu vivi eu vivi com você, mãe!

Beth tentava não chorar mais e permanecia com o olhar baixo.

ANAJU — Agora quando me apaixonei por aquele homem o meu mundo inteiro parou eu fiz tudo errado mas eu amava quando descobri que estava grávida eu não sabia o que fazer ele me disse para tirar meu filho e eu acabei perdendo. Eu perdi seu neto!

Ao dizer isso ela viu pela primeira vez um olhar da mãe sobre ela. Beth a olhou com um olhar de tristeza, podia sim imaginar como era a dor de perder um neto ou um filho já havia presenciado isso com Victória uma vez e sentia como se fosse com ela!

ANAJU – Eu não te deixei fora da minha vida, mãe, eu simplesmente não queria me lembrar e nem queria pensar que isso aconteceu comigo por isso não contei a ninguém. Por isso fui embora para fora do país!

Beth sempre teve o maior dos cuidados com aquela menina que agora já era uma mulher a sua frente, tolerou tudo que pode de Ana Júlia quando ela decidiu ir embora e sofreu todas as vezes que ligava e ela não atendia e quando atendia gritava que não a queria ver, estava quebrada por dentro naquele momento...

BETH — Você gritou comigo muitas e muitas vezes ao telefone só porque eu queria ir até você e te dar um abraço.– Falou com os olhos voltando a encher de lágrimas.– Eu sempre estive aqui pra você, sempre e aguentei todos seus arroubos e todo mundo me dizendo que você era assim por ser uma artista mais coração de mãe não se engana sabia que aí tinha coisa mais o que eu poderia fazer? Nada, não é mesmo? Você me privou de estar ao seu lado quando você mais precisou, me deixou faltar como sua mãe no momento em que você deveria pedir colo! Então, não me peça pra olhar sua atitude com bons olhos porque eu não vou esquecer!

ANAJU – Eu não estou te pedindo não perdoar só hoje só quero que você me entenda! Eu não estava pensando bem eu não estava calculando direito nada, mamãe, eu tava perdida no meio do nada.– Ela olhava fixamente para mãe diz mesmos olhos lindos que Beth tinha, tinha a mesma força de caráter.

Beth levantou enfurecida.

BETH – Você estava perdida em outro continente porque quis! – Gritou com ela! – Ninguém te mandou embora, ninguém pelo contrário queríamos que ficasse e superasse isso com nos a sua família que te ama, que sempre esteve aqui pra te estender a mão mais você só pensou em você e no que sentia. Quer que eu entenda? Eu entendo, mas não aceito e eu estou no meu direito!

Beth respirava forte.

BETH – Quantas vezes eu liguei querendo saber de você e você me distratou, eu relevei por estar sofrendo mais sempre que me ligava chorando eu me desgarrava aqui com meu coração apertado querendo estar com a minha filha mais ela não queria estar comigo, quantas coisas você deve ter passado lá fora e eu não sei, simplesmente porque você queria sofrer sozinha.

Ana Júlia soluçava de tanto chorar e mesmo assim continuava olhando para mãe para dar atenção a ela e as coisas que dizia naquele momento.

ANAJU – Sim, eu queria estar sozinha porque eu não sabia o que fazer mamãe, eu não estava agredindo ninguém eu estava tentando ficar viva e hoje eu sei que eu teria ficado melhor perto da minha família, mas naquele momento não conseguia pensar direito, mãe entende que eu não conseguia pensar direito! As coisas que Afonso me disse nenhuma prostituta deve ter ouvido na vida e se eu contar se é meu pai ele ia fazer algo terrível e meu pai é pra cadeia por minha causa!

Nervosa declarou com verdade.

ANAJU – O meu irmão iria para a cadeia por minha causa, você sabia que Heriberto bateu nele! Não foi ele que me contou, mãe, eu fiquei sabendo por outra pessoa que Afonso foi hospitalizado de tanto que meu irmão bateu nele no dia que eu contei que eu tinha perdido o bebê! Você acha mesmo que eu podia contar tudo que eu estava vivendo naquele momento e ver a minha família se destruir? Eu fui embora com os meus problemas sendo a pessoa que eu sempre fui o estorvo dessa casa!Eu fui embora para não ver mais ninguém destruindo como eu e nem ver ninguém indo para cadeia por minha causa!

BETH – Estorvo? ESTORVO ANA JÚLIA? – gritou indignada. Como aquela muleca poderia estar falando um absurdo daqueles? Beth sentiu vontade de sentar o tapa na cara dela por tamanho absurdo que acabara de ouvir.– Uma filha criada com tanto amor vir dizer na cara de uma mãe que é um estorvo?– Beth passou a mão no rosto.– E agora você também quer ficar sozinha, não é mesmo? Vai seguir sua carreira solo mais uma vez sem se importar com quem deixa pra trás não é assim? Me diga, Ana Júlia, eu também devo te deixar pra trás e deixar você seguir com sua vida sozinha? Porque eu acho que você não precisa de ninguém pra seguir sua vida e isso está bem claro pra mim agora! – Foi dura com ela.

ANAJU – Eu acabei de dizer o meu pai na sala e por isso estávamos comendo chocolate de comemorando que não vou embora, mãe!– Ela disse com os olhos cheios de lágrima.

BETH – Não é o que aquela sua mala me diz, desde que voltou nada saiu da mala e olha que você já leva uns bons meses aqui.

ANAJU – Não tem mais mala a mãe pode ir lá ver no quarto, eu já desfiz meu pai me ajudou! Ele conversou comigo e disse que eu estava sendo egoísta e que não era justo com ninguém nem comigo mesmo ficar assim tão distante. E aí mãe sabe o que ele me disse?– Ela chorava muito quando disse isso.– Pense numa pessoa mais importante da sua vida, Ana Júlia? E essa mala para ir embora vai fazer a pessoa que você mais ama no mundo sofrer! Eu só pensando em você, em como dividir magoado quando foi embora a primeira vez.– e ela engasgou no choro e não conseguiu falar mais nada apenas chorar.

BETH — Você só pensou em você, naquela vez, agora, se não vai ótimo, Ana Júlia. Porque até pro teu irmão eu fui lá implorar pra ele vir conversar com você pra você não ir embora e quando chego lá descubro que eu não conheço de verdade a minha filha!– Foi até a mesa que ali tinha e pegou um pouco de água tomando.

Ana Júlia continuava chorando e não disse nada.

BETH – É melhor você ir, eu quero ficar sozinha! – Falou assim que terminou sua água e deixou o copo na mesa.

ANAJU – Se você quiser eu vou embora! Se não faz diferença para você posso ficar no apartamento ou posso ficar com meu irmão.– Falava no meio dos soluços.Ela era extremamente independente e decidida, mas quando se tratava daquele assunto com Afonso Ana Júlia perdia o centro e sem dizer mais nada ela se levantou para sair chorando!

E foi nesse momento que viu o pai na porta.Luciano abraçou sua filha mais uma vez.

BETH – Essa é a diferença, Ana Júlia, que eu me importo mais com você do que comigo mesma!

Ela afogou as lágrimas no peito do pai.

BETH – Sempre foi assim, então se quiser ir embora, eu não vou te prender mais embaixo da minha saia mesmo querendo muito que fique essa decisão já não é mais minha!

Luciano beijou os cabelos dela e viu a filha se soltar e sair sem dizer mais nada. Ele, então, sabendo como as coisas eram e percebendo o tamanho da fragilidade da sua Rosinha e sabendo mais ainda que toda aquela dureza se desmontaria em um abraço dele, foi até sua esposa e com os olhos chorosos abriu os braços para que ela se acolhesse nele.

Sofrendo também rasgado com coração ferido ele esperou pelo calor dela. Beth foi até ele e o abraçou chorando sentindo a garganta rasgar pelo choro, seus filhos eram a sua vida e saber que um fato como aquele passou por ela sem que ela visse a deixava pior ainda.

Luciano apertou corpo dela contra ele e a Amparo seu amor sentindo a mesma dor que ela estava sentindo.

LUCIANO — Não foi sua culpa não foi minha e também não fui dela! Tudo que aconteceu foi tão complicado tentei não te quero ver assim, meu amor!– E ficou abraçada sua esposa.

Ela deitou a cabeça no peito dele e ficou ali acalmando seu coração, nada falou apenas ficou ali em silêncio.

LUCIANO— Ela fez tudo errado, meu amor, mas é cabeça dura e estava sofrendo e agora temos que colar os pedaços que ela deixou porque ela não sabe fazer isso! Sempre foi você e eu me lembro quando ela era pequena e teimava com você para fazer alguma coisa. Você dizia não e mesmo assim, ela fazia e depois era você que ia lá cuidar dela e colocar tudo no lugar.Nossa filha precisa de novo que você coloque tudo no lugar junto com ela, não longe dela, meu amor e eu não estou te pedindo para esquecer o que ela fez, apenas para não perder a sua filha de você.

Ela se soltou dele e foi até a cama, tirou os saltos e deitou não queria falar só queria esquecer esse dia onde tudo estava errado, não só em sua família mais na de sua amiga também. Luciano ficou indeciso se ia ver a filha ou se ficava com a esposa mas foi até ela na cama e se deitou com ela acarinhando suas costas depois ele estaria com Ana Júlia de novo e beijaria filha e daí ela o conforto que precisar.

LUCIANO – Conversa de vocês duas foi tão ruim assim?

BETH – O que eu fiz de errado pra ela achar que é um estorvo na nossa vida? – A voz saiu apagada e quase sem vida.

LUCIANO – Ela disse isso que se sente um estorvo? Nossa filha diz coisas muito sensíveis, meu amor, porque ela é sensível e dramática como alguém que eu conheço!

BETH – Porque não me deixar em paz e vai cuidar dela, desse mal eu não morro! – Cuspiu as palavras.

LUCIANO — Por que eu quero estar aqui com você! Aqui, eu sei que você está muito mais destruída que sua filha!

BETH – Não estou, não! – Se fez de durona.

Luciano beijou o braço dela depois do pescoço e abraço forte. Ela fechou os olhos sentindo a cabeça doer e os grandes braços do marido a abraçando.

LUCIANO — Eu te amo não te quero sofrendo tanto assim nós vamos dar um jeito! Não pense que eu não quero dar um corretivo nela vamos dar se for preciso a gente põe ela de castigo como ela quando era criança. Mas agora meu amor ela não precisa disso ela precisa de atenção e por mais que você e ela discutam por mais que vocês brigam você não tem ideia do que ela disse hoje de você, meu amor! Você quer saber o que sua filha e disse de você?

Ela negou com a cabeça.

BETH – Só preciso ficar sozinha, foram muitas coisas hoje e de verdade não estou afim de saber como ela acha que eu amo mais Heriberto do que ela!

O marido sorriu e mesmo assim soltou apenas uma informação já que ela se dizia não interessado.

LUCIANO – Pois é, amor, mas ela disse justamente o contrário!– Ele se levantou da cama e fez que ia sair.

BETH – Sei o contrário... – Falou sem interesse.

LUCIANO – Eu vou lá falar com ela, meu amor, que vou trazer um chá para você! Nem adianta você dizer que não quer porque eu vou trazer assim mesmo esperar você beber! Sua filha te ama muito mais do que você pensa!E foi por isso que ela desistiu de viajar porque quer estar com a mãe que ela percebeu que não está bem! Mas, você não quer saber, então, eu não vou falar!

BETH — Ama sim, gritar comigo esse é o jeito de amar...

LUCIANO — Supera isso, meu amor, essa fase já passou!Tenho certeza que ela não gritou com você hoje! Nossa filha está mudando e precisamos ajudar nisso.

BETH – Mais gritou ontem!

LUCIANO — O que ela gritou ontem?

BETH – Que ia embora sim e nunca mais ia voltar que eu podia chorar que ela não ia olhar pra trás! Gritou comigo só porque eu pedi pra ela ficar.– Falou triste.

Ele voltou e abraçou a esposa.

LUCIANO – Meu amor, eu acho que temos dois filhos bipolares porque hoje ela não só mudou de ideia como disse que não queria magoar a mãe dela que ela ama tanto e ficou esperando para comer o chocolate com você. Ela comprou a caixa mais cara de brigadeiros de luxo!– Ele brincou porque sabia que aquele momento precisava ser suavizado.–Do jeito que sua filha é muquirana ela comprar alguma coisa para alguém é um milagre!

BETH – Nem ligo...– Fingiu não se importa.

LUCIANO — Claro que você me liga, meu amor, você liga e muito!Liga tanto que eu vou te dizer que Heriberto também mandou chocolate para você. E disse que não sabia se você ia passar lá mandou entregar aqui então tem caixas de chocolate para você na cozinha.Quatro delas foram comprados pela sua filha com dinheiro dela sorrindo porque disse que você ama aqueles que ela comprou!– Ele passou a mão pelos cabelos dela com maior carinho do mundo.– Quer seu chocolate?

Ela virou pra ele, o olhou nos olhos.

BETH – Me beija...

Não foi preciso dizer mais nada ele a puxou para ele segurando cabelo dela pela nuca tomando a boca no beijo intenso e avassalador.Queria que ela sentisse sua paixão por ela, que sentisse o amor que ele tinha e sem mais palavras, ele virou o seu corpo sobre o dela se encaixando e aprimorando ainda mais o beijo com a língua que buscava a língua dela.

Forçou com sua língua que ela se entregasse mais abrindo sua boca para ele, era um beijo para se esquecer de tudo lá fora. Beth se entregou ao beijo acariciando e puxando os cabelos dele intensificando ainda mais o beijo sorveu de sua língua chupando. Ele sentia a respiração pesada, porque é impossível não sentir desejo por ela!

E o beijo ficou mais intenso e mais desejo, ele desceu pelo pescoço dela beijando com volúpia.Assim suas mãos peritas foram abrindo os botões da blusa dela enquanto a beijava na boca de modo delicioso.

BETH— Amor... Amor é só um beijo!

LUCIANO – Agora não é mais!– E sorriu buscando o seio dela. – Agora já é um momento de amor porque o seu grandão cresceu para você.– E num gesto delicado Ele abriu o sutiã e tomou o seio sua boca. – Ela gemeu.

BETH – Isso é abuso de incapaz!

LUCIANO — Não existe nada mais maravilhoso que curar uma dor com amor. Minha rosinha eu só quero que você pare de chorar. Eu gosto de ver para ver nos seus olhos não dor.

BETH – Mais isso é abuso, eu estou aqui indefesa e você querendo me dar coice!– O olhou chupar seu seio e sem conseguir, ela caiu na risada lembrando de Ana Lívia e seus comentário.

Ele parou eu olho para ela sem entender.

LUCIANO – O que foi porque está rindo?– Abriu a boca tomando seio de novo sem sugar.

BETH – Ana diz que os peitos são seus que por isso não tem nada aqui pra ela! – Falou rindo.

LUCIANO – Ah, meu Deus, minha denguinha... Ela disse isso, amor porque queria mamar e você?

BETH – Sim, mas eu disse que só tem leite em pó ai!

Luciano sorriu das coisas que a sua afilhada dizia foi abrindo a roupa dela e subindo a saia até ver a calcinha pequena cobrindo o sexo dela.

LUCIANO – Você é tão perfeita a minha Rosinha...

BETH – Grandão, a porta!

Ele se ergueu e trancou a porta. Voltou a cama desejos dela mas antes a olhou nos olhos.

LUCIANO – Você quer fazer amor comigo?

BETH – Se eu disser não você vai me abusar do mesmo jeito! – Falou brincando.

LUCIANO — Eu sempre quero abusar de você! Usar meu direito de marido de ter aquilo que eu quero e que eu posso!

Ela sorriu de leve.

BETH – Tira minha roupa e faz amor comigo!

Ele obedeceu.Luciano tirou a roupa de seu amor e a sua com aquela calma que ele não tinha sempre, mas que precisava ter naquele momento. Não era necessário correr, ele queri que ela desfrutasse com ele de cada toque, de cada momento, de cada coisa que sentiam quando estavam juntos fazendo amor.

Quando os corpos se uniram e se arremessou para dentro dela fazendo Beth gemer alto e agarrar com suas unhas na pele dele, os dois se beijaram como se o mundo fosse acabar. Ela jogou a mágoa e a dor nos movimentos que fazia rebolando sob ele primeiro e depois quase quando gozavam, cavalgou ele mostrando sua fúria.

Luciano amparava o corpo dela com amor e sentia que tudo que mais desejava na vida era ver o sorriso de sua esposa, e entre eu te amo e muitos beijos os dois gozaram juntos, abraçados e apaixonados como sempre era entre eles. Depois, por mais duas vezes os dois fizeram amor, naquela cama e quando ele adormeceu exausto e nu, Beth tomou um banho, se vestiu e foi ver a filha.

Sentia o coração apertado, mesmo não querendo fala com ela naquele momento, queria ver a filha. Beth caminho pelo corredor da casa e parou frente ao quarto da filha que tinha a porta entre aberta e a empurrou olhando a filha.

Anaju estava deitada na cama brincando com os dedos em uma foto de um porta retrato da mãe, tinha a foto dos quatro e Anaju estava olhando e alisando o rosto da mãe na foto. Chorava em silêncio e estava toda encolhida na cama. Beth entrou no quarto, se fez presente. Anaju não viu a mãe. Beth foi até a cama e deitou agarrando a filha.

Anaju ficou em silencio e suspirou.

ANAJU – Me desculpa, mãe...– foi tudo que ela conseguiu dizer, estava com os olhos inchados de tanto chorar.

BETH— Shill! Não fala nada!– Agarrou o corpo de sua filha.

Anaju segurou nos braços da mãe apertando seu corpo no dela tudo que ela queria era aquele amor e calor que as duas tinham e sem dizer nada ficou ali sendo cuidada por sua mãe por um longo tempo, sentindo o cheiro dela assim que ela teve coragem de virar de frente e abraçar a mãe apertando mais, era o momento de ser o bebê de Beth.

BETH – Você não vai mesmo embora? – Quebrou aquele silêncio todo.

Ela fez que não com a cabeça sem dizer palavra alguma para a mãe.

BETH – Me desculpe se falei demais...

ANAJU – Não quero você sofrendo, mãe, você, meu pai e meu irmão são tudo pra mim! A família dele é tudo! Não contei por isso, porque...– ela cansou de falar daquilo.– Vou ficar sim, não quero mais que você sofra por mim e nem meu pai, eu morro de saudades de todos.

BETH— Não te quero aqui por obrigação, minha filha, se te dói eu vou ter que entender!

ANAJU – Eu quero ficar, mãe porque sinto saudades de minha família.– ela suspirou. – Eu quero estar com minha família.

BETH – E eu quero ter a minha filha. – Abraçou ela com força.

ANAJU — Eu quero a minha mãe!– beijou a mãe e cheirou ela.

BETH – Eu estou aqui filha pra sempre!

Ela sorriu pela primeira vez com a mãe ali.

ANAJU — Diz que me perdoa, mamãe, diz

BETH – Você é uma vítima nisso tudo, mas eu te perdoo por não ter confiado em sua mãe e ter ido embora!

ANAJU – Eu te amo, eu não estava pensando direito!

BETH – Eu também te amo, minha filha, mais que tudo! – Beijou e apertou a filha em seus braços.

ANAJU – Eu quero comer, mãe, você me deu fome!

Beth a olhou e sorriu.

BETH— Eu dou fome? Seu pai diz a mesma coisa!

Ela riu e olhou a mãe.

ANAJU – Seu cheiro, mãe, papai está onde?

BETH – Está no quarto! – Se limitou a responder.

A filha nada mais disse...Só queria aficar ali, junto a sua mãe, seu amor, sua vida fazia sempre sentido.

BETH – O que quer fazer, minha filha? Eu quero estar com você a todo momento!

ANAJU— Quero ser feliz mãe e nesse momento só quero comer!

BETH – Então, vamos comer, também estou com fome!

As duas se levantaram e juntas, agarradas, foram a cozinha comer e conversar. Ana Júlia estava com aquela expressão de quem sentia a vida totalmente perfeita quando a mãe estava por perto. Beth sorriu e seu coração ficou em paz por alguns momentos...