AMANHECEU...

Heriberto acordou cedo, tomou banho, foi até a cozinha , preparou uma bandeja com suco, salada de frutas, torradas com nutella que Vick adorava, pão com queijo, e várias guloseimas que ele sabia que ela gostava pela manhã. Tinha ligado para Otávio para saber como iam as coisas com Laura e para sua surpresa, depois de ter sido medicada por ele na noite anterior.

Laura passava muito bem e teria alta em breve... Depois de terminar de preparar a bandeja ele subiu e levou ao quarto colocando sobre a cama dela. Foi até ela beijo com carinho esperou que ela acordasse.

HERIBERTO — Victória! –ela resmungou se cobrindo mais. Amor, acorda, fiz café! Você precisa comer, está com dois fominhas na sua barriguinha!

VITÓRIA – Só mais um pouquinho! – virou para o outro lado.

Ele sorriu e deixou ela quieta e ligou a tv comendo uma torrada tão cheirosa que o quarto todo se perfumou.

VICTÓRIA – Heriberto não se trás comida quando uma grávida esta dormindo! – falou de olhos fechados.

HERIBERTO — Vamos comer, docinho, acorda! Você tem que se alimentar!

Heriberto sentiu que ela estava quase acordada, porem maior que o sono de Vick, era sua fome, mas sem os bebês, o sono venceria. Ela abriu os olhos lentamente.

VICTÓRIA – O que tem aí pra mim? Pra ver se vale a pena acorda?

HERIBERTO – Ah, meu amor, você tem que olhar tem tanta coisa gostosa aqui! Além de mim tem coisas deliciosas na bandeja! – Ele sorriu de modo suave e educado.

VICTÓRIA — Você não é gostoso! – bocejou.

Heriberto gargalhou.

HERIBERTO – Eu sou delicioso, Vick!

VICTÓRIA – Tem muito achismo nessa frase ai! – sentou e sentiu um leve desconforto na barriga e tocou se ajeitando na cama.

HERIBERTO — O que foi? Está doendo? Ficou muito tempo em pé ontem, não foi?– ele a olhou com amor.

VICTÓRIA – Não foi muito.

HERIBERTO – Amor, você passou todo aquele tempo lá?

Ela o olhou não queria contar o que fez durante toda aquelas horas e tratou de pegar um suco. Ele a olhou.

HERIBERTO – Não confia em mim para me dizer o que fez? – ele comeu uma torrada.

VICTÓRIA – Confio, mas não quero você bravo! – pegou uma torrada.

HERIBERTO – E por que eu ficaria bravo?Há motivos para que eu fique bravo? Fez algo errado?– Heriberto apenas comia e observava, sabia que ela não tinha feito nada errado. Ela negou com a cabeça, não era errado mais poderia ser motivo de discórdia o simples mencionar do nome. Heriberto sorriu.

HERIBERTO – Tudo do bem, se você não quer dizer, vamos tomar nosso café em paz! A sua mãe ligou.

VICTÓRIA – Eu não minto para você e você sabe! Eu fui lá e depois fui conversa com minha terapeuta mais quando eu cheguei lá ela não estava e eu fui passear no parque, Eu senti essa mesma dorzinha de agora e liguei para o miguel ele veio ate mim e conversamos bastante ate que eu tive que ir para a empresa, Pepino estava doido e por isso cheguei tarde!

HERIBERTO – Você ligou para ele?– Heriberto sentiu ferver a alma.

Ela assentiu com a cabeça, o que ele tinha ouvido pareceu mentira.

HERIBERTO — A nossa casa estava cheia de pessoas comemorando o nosso neto, pessoas que te amam e ninguém servia para sua solidão? Só Miguel... Você podia escolher qualquer pessoa, mas não servia seus filhos e nem seu marido.– ele suspirou e olhou para frente.

VICTÓRIA — Ninguém me entende aqui, nem você, todo mundo só sabe me julgar e te defender! Eu não preciso de mais problemas na minha vida! Foi só uma conversa normal de duas pessoas que se conhecem, ele me examinou eu ouvi os bebês só isso!

HERIBERTO – Assim as coisas começam, eu ouvi uma vez uma coisa que serve para o que estamos vivendo! Quem não dá assistência, abre a concorrência! Quando alguém escolhe outra pessoa para ser seu companheiro, é porque algo faltou, ninguém sai a procura daquilo que tem!

VICTÓRIA — Você está louco? Está se ouvindo, Heriberto? Se eu quisesse outro não te colocaria dentro dessa casa novamente!

HERIBERTO – As coisas começam assim ... Hoje um papo e sorriso, amanhã um café e uma conversa, depois, sempre que a pessoa esta em algum momento especial se lembra da outra e um dia acontece!

VICTÓRIA – Eu não sou uma qualquer!

HERIBERTO — Eu vou apenas dizer uma coisa. – ele falava calmo, como nunca tinha sido.– Eu não vou te perdoar, Victória!Porque eu estou perguntando agora e te dizendo... Se não quer a mim, me diga e vou embora, mas se me escolheu e depois você. – ele suspirou, nem conseguia falar, ela levantou com dificuldade, mas levantou.

VICTÓRIA — Você é tão idiota!

HERIBERTO – Um idiota? Se ontem eu tivesse deixado todos na festa para me encontrar com Nádia e passear e papear, você estaria super calma, não é mesmo? Como você estava quando foi lá em casa me buscar antes de irmos ver Laura. Não é? Calminha e sem ciúmes!

VICTÓRIA — Eu não deixei todos na festa, eu fui atras de você e você me levou para aquele maldito hospital pra ver Laura perder o filho dela, você sabe como eu me sinto? Não sabe porque você ignora o simples fato de que temos um filho MORTO! – gritou a última parte.

HERIBERTO — Você foi atrás de mim porque achou que estava fazendo algo errado ou não foi?Eu vi no seu rosto, Victória! Você não confia em mim...

VICTÓRIA – Você não da a unha do seu dedinho pra saber como eu me sinto em relação a esse filho que só eu sinto!

HERIBERTO – Eu quero saber, te disse isso ontem ai nessa cama!Mas no momento que você poderia ter me chamado para dividir a dor!

VICTÓRIA – Eu fui atrás de você porque eu queria saber o porque de ter ido embora, diferente de você eu to tentando confiar!

HERIBERTO – Você ligou para aquele maldito médico, a única pessoa no mundo que eu detesto! É pra me afrontar?

VICTÓRIA – Você não se importa com ele, você nunca se importou! Quantas vezes durante anos eu te chamei pra ir e o que você fez?

HERIBERTO — Você gosta de me ver assim? Faz isso porque gosta que eu me rasteje? Você procura!

VICTÓRIA — Porcaria nenhuma simplesmente me deixava sozinha! Rastejar? Por favor, Heriberto nessa historia o errado é você!

HERIBERTO — Você é uma santa, eu me esqueci, Victória, você não faz nada errado!Tanta gente no mundo! Meu Deus, como eu quero melhorar, mas quando ouça essas coisas até meu sangue ferve!

VICTÓRIA — Eu não fiz nada de errado!

HERIBERTO – Vick, eu não quero mais falar disso, é melhor tomarmos nosso café!Eu queri uma manhã em paz!

VICTÓRIA – Você já estragou tudo!

HERIBERTO – Sou sempre eu, você foi com ele ontem e quem estragou fui eu, estou cansado de sentir culpa! Quem estragou o café foi você, não eu!

VICTÓRIA – Eu não fui com ele a lugar algum, escuta Heriberto, escuta e entra em razão! Eu fui la na cova do meu filho, depois eu fui na minha terapeuta e depois que eu encontrei com Miguel. – ele não foi comigo a lugar nenhum, caramba!

Heriberto sentia a cara queimar, mas não tinha gritado e nem falado alto.Ele apenas estava olhando para ela e pensado em como as coisas se complicavam assim da noite para o dia. Ela retribuía a mirada dele.

HERIBERTO — Ele te faz bem? – Perguntou sofrido. – Você gosta da presença dele?

VICTÓRIA – Sim, eu gosto! Não iria mentir!

HERIBERTO – Ótimo, vamos combinar o seguinte, você pode vê-lo como você gosta estar com ele, conversar, fazer o que você gosta! Eu não vou te impedir de ser feliz com uma companhia que te agrada! Eu não vou me opor...Mas eu não quero uma única cena de ciúmes sua em relação a mim, Victória!

Ela riu sem emoção.

HERIBERTO — Você entendeu?– ele comeu mais uma torrada.

VICTÓRIA – Eu não vou me submeter a isso e se eu quiser ter ciumes eu vou ter e pronto!

HERIBERTO — O que me libera para ter também!

Ela sentiu uma fisgada na barriga e se apoiou na cama resmungando.

HERIBERTO — Melhor irmos a clínica! Isso não é normal, está com dor ai só?

Ela respirou fundo e sentiu na cama.

VICTÓRIA – Não precisa, vai passar!

Ele a examinou e olhou nos olhos.

HERIBERTO — Tomou seu remédio para gazes, Vick, onde você está se queixando pode ser gazes já!

VICTÓRIA – Eu tenho que peitar pra sarar?– começou a rir.

Ele soltou uma gargalhada maior pelo que não esperava que ela fosse dizer.

HERIBERTO – Sim, meu amor, precisa peidar muito assim não dói, é aqui, não é? – ele tocou nela.

VICTÓRIA – Sim... – fez cara feia.– Heriberto, eu estou entupida?

HERIBERTO – Sim, você está...– ele riu.– Se a dor é ai então vou pegar sua medicação e em minutos você esta bem!

VICTÓRIA – Vamos para de baixo da coberta! – falou rindo e esquecendo um pouco de qual momento estavam.

HERIBERTO — Vou pegar seu remédio primeiro! – ela se arrumou a cama e começou a comer estava com fome. Heriberto pegou o remédio e voltou entregando a ela. – Tome logo assim em quinze minutos é só peidar!– ele riu alto. – E eu vou ter que estar aqui

VICTÓRIA — Isso não é legal! – Ela tomou o remédio. – Precisamos ir ao hospital por que está adiando tanto a compra?

HERIBERTO – Aquela louca está la!– Falou logo. – Tenho medo que tente algo contra você assim grávida.

VICTÓRIA — Eu arrebento a cara dela. Esfrego e arranco os cabelos dela com minha mão! Deixo ela pior do que deixei a outra vez e ela que tente me processar que vai perder de novo! Sou Sandoval não Maria San Roman! Você foi lá e ela fez o que com você! Pode falar assim eu a demito por justa causa!

HERIBERTO – Ela gosta de cena, Vick!

VICTÓRIA – Eu posso dar uma cena pra ela digna de novela!

HERIBERTO – Ela sempre vai tentar algo idiota, mas eu mudei e sei lidar com ela!

VICTÓRIA – Safada, piranha e vamos demitir ela hoje! – Victória sentiu o remédio fazer efeito. – O Jesus, Heriberto, você me deu a dose certa?Tá doendo!

HERIBERTO — Calma, amor, você vai começar a soltar! Deita de bruços!

VICTÓRIA – Só se for na sua cabeça que eu vou deitar de bruços olha o tamanho da minha barriga já. Inferno, quero ser entupida mesmo!

HERIBERTO – Amor, põe o travesseiro assim! – ele a ajeitou com calma e mostrou. – É só encaixar a barriga entre os travesseiros.

VICTÓRIA — Eu não vou ficar de bunda pra cima peidando pra você! Essa vergonha eu não vou passar!

HERIBERTO – Eu vou sair daqui, amor eu saio e vou dar uma volta, você fica peidando até melhorar! – ele ria muito olhando para ela.

VICTÓRIA – Sai você não me ajuda só fica rindo a culpa é sua por colocar dois filhos aqui e me deixar entupida!

Heriberto riu pegando umas uvas e beijando ela.

HERIBERTO – Deixa eu ficar aqui, amor, eu olho pra lá!

VICTÓRIA — Olha pra lá nada! Aí...– A cada fisgada que dava na barriga dela pra soltar e lá segurava por causa de Heriberto ela sentia dor.

HERIBERTO – Amor, eu vou sair, deixa os gases saírem. – ele se levantou da cama sorrindo. – Eu volto em meia hora!

Ela deitou de lado na cama e ficou ali respirando alto. Heriberto se levantou e saiu...

Victória ficou ali deitada até passar todo o desconforto e depois de soltar tudo que tinha pra soltar ela voltou a cochilar o sono era mais forte que ela e ao encostar ela adormecia. Victória sentiu o beijo doce e o perfume de mulher! Tereza passou as mãos no cabelo da filha.

TEREZA — Amor, bom dia,

VICTÓRIA – Não, mãe a faculdade já acabou...

TEREZA – Amor, olha pra cá, bom dia! – beijou ela, muito no rosto e nos braços. Tereza estava sozinha, tinha deixado Ana Lívia no parquinho com Fernando. Victória coçou os olhos e virou com calma e a olhou.

Tereza a cheirou e beijou deitando com ela e puxando para aconchegar em seu peito, alisando e acarinhando a filha.

TEREZA – Bom dia, minha estrelinha!

Victória voltou a fechar os olhos.

VICTÓRIA – Quanto tempo eu dormi?

TEREZA – São quase onze horas!

VICTÓRIA – Onde está meu marido?

TEREZA – Seu marido esta na sala dormindo com Vivi agarrada nele vendo filme! Por que? Você quer ele?

VICTÓRIA – Não... O que você está fazendo aqui? – Bocejou.

TEREZA – Eu vim ver minha filha e conversar como mãe e filha! Sozinhas, nós duas!

VICTÓRIA – Já conversamos ontem...

TEREZA – Não, ontem eu gritei, ordenei, fui mãe, estou falando de conversar de ouvir minha filha, de saber o que esta sentindo e ajudar.

VICTÓRIA — Não estou sentindo nada...

TEREZA – Vick, estou aqui de coração aberto e você diz isso!

VICTÓRIA – O que quer saber? Por que não pergunta claro, direto?Ou grita comigo!

TEREZA – Eu não quero saber nada, Victória eu estou aqui porque eu amo você quero te dar atenção minha filha! Não fala comigo como se eu gostasse de gritar com você! Você sabe muito bem que a pessoa mais importante da minha vida!Apenas preste atenção que eu vou te dizer.

VICTÓRIA – Não sou mais eu, você tem outras prioridades na vida!

TEREZA – E até o fim dos seus dias Teresa você pagará seus pecados por amar uma criança de ano e poucos meses por que sua filha Victória tem ciúme! – Teresa soltou uma gargalhada olhando bem para ela.

Victória se soltou dela e virou para o outro lado, não gostava do que sentia e nem de como sentia. Teresa abraçou ela pelas costas e ficou beijando a filha no cabelo. Victória suspirou.

TEREZA – Desculpa!Te amo, filha! Eu sinto saudades!

VICTÓRIA — Você não gosta mais de mim, desde que Ana chegou você só quer brigar comigo.

TEREZA — Você me deixa cuidar de você como sempre cuidei. Eu preciso brigar como se fosse normal brigarmos tanto! Você não m deixa cuidar de você como sempre cuidei! Eu preciso sempre brigar, como se fosse comum a nós duas isso, briga sempre! Victória você tem um ciúme insano e sem medida, sua irmão precisa de uma atenção especial porque é uma criança! Você quando eu estou com você ao invés de me amar e querer conversar você cria coisas! Você me provoca e tira o pior de mim sempre. Eu não quero isso mais, quero nós duas juntas, amor, sinto sua falta, minha filha, eu não sei mais nada de você!

VICTÓRIA – Se continuar do jeito que tá não vai saber nada mesmo! – Falou séria.

TEREZA – Oh, menina tinhosa!– ela riu e tocou a barriga da filha.– Está com dor, por que está aqui sozinha? Heriberto e Vivi não quiseram ficar aqui com você?

VICTÓRIA – Eu não quis eles aqui!

TEREZA – Mas está com dor? – apertou a filha beijando e dando os carinhos que sua Vick a amava!

VICTÓRIA — Estou entupida! – Falou logo.

Tereza tinha sofrido tanto na gravidez dela.

VICTÓRIA — Ele me deu remédio e eu não quis passar vergonha!

Tereza riu.

TEREZA — Oh, meu amor, sofri tanto de gases na sua gravidez!

VICTÓRIA – Esses bebês vão acabar comigo!

TEREZA — Vão não, meu amor!Você vai conseguir!

VICTÓRIA – Miguel disse que Lais vai subir e quando subir eu vou sentir dor!

TEREZA – Sim, são dois e vão se ajeitar como podem e tomar todo espaço mas ela será como você!

VICTÓRIA – Olha como minha barriga cresceu da noite pro dia, vou ter que transa de lado agora por cima.

Tereza riu alto.

TEREZA – Tá pensando nisso, Victória? Heriberto te come até de ponta cabeça minha filha!

VICTÓRIA – Eu acho que meu casamento nunca vai ser normal!

TEREZA – E os meus eram?

VICTÓRIA – Eu falo sério, mamãe! – Ela se virou.– Heriberto não aceita que eu tenha amigos homens e eu não aceito que ele tenha mulheres por perto!

TEREZA – Brigaram?

VICTÓRIA — Ele não me quer perto de Miguel, mas... Mas ele me entende e conversa comigo, é diferente!

TEREZA – Você se sente segura com esse homem, Victória?

Ela olhou a mãe.

VICTÓRIA – Sim, eu sinto! Sabe mãe não é igual quando eu tinha Oscar do meu lado.

Tereza suspirou.

VICTÓRIA – É diferente! Oscar eu nunca olhei eu nunca conversei da minha vida era meu empregado não era meu amigo! Miguel é meu médico e eu gosto de conversar com ele!

TEREZA – Filha eu não vejo problema algum se você sente segurança em conversar com ele.É normal que se sinta bem porque ele é seu médico e te deixa em paz! Eu não vejo nenhum problema! Mas seu marido é ciumento assim como você e se fosse ele eu tenho certeza que você também estaria enciumada.

VICTÓRIA – Mas, eu não estou fazendo nada errado! Eu não o desejo só o vejo como amigo!

TEREZA – Eu sei que não, meu amor, tenho certeza que não!– Ela beijou Victória e ficou olhando para ela. – Minha filha, eu sei como você é! Eu sempre penso que você é uma das mulheres mais honestas que eu já conheci! Eu não duvido da sua fidelidade hora nenhuma! Mas converse com seu marido e diga a ele que precisa da companhia de Miguel ele vai ter que entender!

VICTÓRIA – Ele disse que pra aceitar eu não posso ter ciúmes dele. – Abaixou o olhar.

TEREZA – Minha filha, então, não vai rolar! – Teresa soltou uma gargalhada, sabia que era impossível para Victória não ficar rindo!

VICTÓRIA – Eu não consigo e ele não entende que eu sei farejar mulher piranha! Você também sabe, não sabe?

TEREZA — Eu sempre soube, amor e te entendo, filha!

VICTÓRIA – Então, eu sei que a médica dele o quer eu sinto!

TEREZA – Você acha, Vick?

VICTÓRIA – Ela disse que não era pra ele transar mais comigo e arrumar outra pessoa! Tentar um relacionamento novo! Se é uma terapia pra ele ser melhor pra mim por que ele tem que arrumar outra? Eu não consigo entender, mamãe. A senhora tem ciúmes assim do Fernando?

Tereza a olhou e sorriu.

TEREZA — Victória, eu apertei o braço quebrado dele, preciso te responder mais alguma coisa?Uma vez estava em casa cheia de intenções e ele correndo, quando fui almoçar com ele um dia estava todo selerepe com uma sirigaita, só sobrou a saia dela porque a peruca eu arranquei na bolsada.– ela riu se lembrando.

Victória arregalou os olhos e depois riu.

TEREZA – Então, eu estou respondendo à sua pergunta de como me sinto em relação a ciúmes!Quando estava casada com seu pai ainda aí você era pequena uma vez eu vi uma mulher se engraçando para ele e eu não perdi tempo minha filha eu avancei nela e nós rolamos no chão um pouquinho! Eu não vou pagar de santa para você e mentir que eu não sentia ciúme porque eu sentia e sinto!

VICTÓRIA — Eu só bati naquela piranha a vida toda e quando jovem só naquela ex do Heriberto safadas!

TEREZA – Minha filha você dá show só com ele!

VICTÓRIA – É melhor, não é?

TEREZA – Eu acho, show íntimo, briga, dá tapa na cara e depois se resolve!Fernando nunca me bateu!

VICTÓRIA — A senhora que bate nele desde jovem! Eu lembro quando cheguei na sua casa e só ouvi do quarto:"Bate em mim ou me solta!"

Tereza soltou uma gargalhada.

TEREZA – Ai, filha, você ouviu isso? Seu padrasto gosta de uma coisa quente!

VICTÓRIA — Mas ele dizia que não ia bater, mãe!

TEREZA – Ele não bate na minha cara, Victória, não me faça falar onde!

VICTÓRIA — Mãe e você queria tapa onde? Não entendo porque nunca deu um filho a ele?

TEREZA – Filha, eu gosto que me bata lá! – Deu um riso.– Eu não queria ter outro filho, Victória só você! Eu passei a minha vida toda me dedicando a você e sendo sua mãe! Eu não estava pronta para ser a mãe de mais nenhuma criança!

VICTÓRIA – Então, me dá Ana pra mim e volta a ser só minha mãe!

TEREZA – Eu amo sua irmã com todas as forças! Eu sempre serei sua mãe! Sempre! Por que diz essas coisas, meu amor? Eu estou aqui para você!– Teresa estava sendo sincera e dizendo a verdade aquela filha que ela amava tanto.!

VICTÓRIA – Não está não! Você só faz brigar comigo! – Voltou a repetir. – Gritar e o próximo passo vai ser me bater também?

TEREZA – Eu não vou fazer isso, meu amor, eu nunca te bate! Você tá tão dramática, Victória todas as vezes que eu corrijo você é porque você está fazendo alguma coisa grosseira. Já cansei de dizer que não gosto de você assim falando essas coisas que você diz igual ontem!Essa mulher tão inteligente!

VICTÓRIA — Eu digo o que eu sinto e se não gosta paciência!

TEREZA – É assim, minha filha, só dizer o que você sente sem se importar você não é assim! Victória eu não gosto de ficar dando lição de moral cada vez que vejo você. Eu quero rir tomar café com minha filha conversar na televisão vir ela brincar com a irmã é isso que eu quero!Mas quando te vejo você está sempre fazendo alguma coisa seria ou alguma coisa que me faz lembrar que sou sua mãe que tenho que te educar! Isso é falta de amor não, minha filha, é amor demais! Mas eu estou aqui, fala com a mamãe que você quer além do meu cafuné! – Beijou a filha com carinho apertou e alisou a barriguinha dela.– Oi bebês da vovó, é vovó tá aqui!Como vocês estão, meus amores em?

VICTÓRIA – Você não gosta mais de mim como antes! – Se afastou. – Desde que ela chegou aqui você mudou! – Se levantou da cama com um pouco de dificuldade.

TEREZA – Meu Deus, Vick!– Tereza sentiu o coração apertar e chorou, chorou em silêncio até Vick olhar para ela! Não podia acreditar que depois de todos aqueles anos a filha podia simplesmente acusá-la assim! Victória virou e a olhou, Tereza continuou chorando.

VICTÓRIA — Pare de chorar!

TEREZA — Você não manda em mim, Victória me deixe chorar!

VICTÓRIA – Está chorando por que? Eu que deveria chorar!

TEREZA — Estou chorando porque isso é o tipo de coisa que mamãe não pode, não merece ouvir, não mamãe como eu! Eu sempre estou tentando te agradar e nunca é o bastante! Eu vim aqui hoje para te ver pra te beijar para conversar com você e hora que você está fazendo comigo!– Teresa se sentou na cama como quem ia levantar ir embora.

VICTÓRIA – Você só quer ela, bruxa... – Falou alto. – Você me ligava todos os dias! Há um mês e pouco dois você não me liga!

TEREZA – Victória! Pelo amor de Deus, minha filha!

VICTÓRIA – Eu posso contar as vezes que veio me ver!

TEREZA — Como você pode dizer que eu só quero ela! Você se esqueceu como me tratou da última vez que eu estive na sua casa?

VICTÓRIA — Só ficou aqueles dias comigo porque eu quase fui estrupada por aquele desgraçado!

TEREZA – Minha filha, não vamos falar disso, por favor! Tudo bem, Victória você quer reclamar que eu te abandonei!

VICTÓRIA — Até a Ana me procura mais que você! – Acusou.

TEREZA – Mas se você porque você não vai na minha casa? Você também não vai por quê?

VICTÓRIA – Pra que eu vou ir? Você não me dá atenção!

TEREZA – Eu tô aqui agora te dando atenção e você tá brigando comigo! Eu prometo, Victória que eu vou vir mais vezes aqui! Só que eu não posso deixar a minha bebê sem vir comigo! Você sabe muito bem que a sua irmã te adora!

VICTÓRIA – Eu não te pedi pra vir sem ela!

TEREZA – Eu sei, filha, estou dizendo que você quer minha atenção, mas não vai lá e quando venho eu trago ela! Vick, por favor! Vamos resolver isso hoje, filha! Você sabe bem que não te quero longe de mim e que eu e Fernando amamos suas visitas!

VICTÓRIA – Eu nunca liguei de Ana vir junto! Alguma vez você me ouviu falar pra não trazer?

TEREZA — Victória! Ela sempre vem e não consigo te dar atenção e você está se queixando e sei que não é de sua irmã!

Ela cruzou os braços.

VICTÓRIA – Eu não estou pedindo nada que você não possa fazer, se antes conseguia por que agora não consegue?

TEREZA — Tá bem, minha filha, eu não sabia que estava assim tão triste e abandonada, por que não disse antes? Você sempre foi honesta comigo, Victória!

VICTÓRIA — Eu não precisava falar você sentia! Você sentia e me ligava nas horas que eu mais estava angustiada!

TEREZA – E o que estou fazendo aqui agora, meu amor?O que acha que senti hoje de manhã?

VICTÓRIA — Não sei me diz você, mamãe!

TEREZA — Senti que minha filha precisava de mim, que não estava bem, que tinha sentido dor.

Victória a olhou desconfiada.

TEREZA — É por isso que estou aqui, acordei arrumei Ana para ir ao parque com Fernando, porque ela queria ir desde cedo!

VICTÓRIA – Então, você não pensou em mim primeiro! Pensou nela e no que ela queria, você não sentiu só não queria ficar sozinha e veio aqui me ver!

TEREZA — Jesus, Victória, como não pensei em você eu estou aqui por sua causa, nós levamos sua irmã ao parque quase todos os dias! Hoje eu queria ficar sozinha com você , por isso deixei Aninha com o pai e para que ela ficasse bem e eu pudesse vir aqui ver o que estava acontecendo com você. Mas não poderemos conversar com esse seu ciume irracional!

VICTÓRIA — Você deixou ela sozinha com Fernando mesmo ele estando todo quebrado? E se ela cair? Ele não vai conseguir segurar ela. A Ana anda e quer ir pra todos os lados, você não deveria ter feito isso. – Se preocupou com a irmã.

TEREZA — Ele está com a babá, Vick, estamos a dois dias com uma babá para adaptação dela a ir para a creche e sair do peito!

VICTÓRIA – Menos mal! Já que você quer tanto ficar comigo me espera que eu vou tomar banho. Acorda Heriberto que vamos sair os três! Espero que Ana tenha mama o suficiente!

TEREZA – Tem sim, ela tem para ficar até de noite sem mim, pode ir tomar seu banho, vou chamar seu marido!

VICTÓRIA – Obrigada! – Ela foi para o banheiro e tirando a roupa entrou para o banho.

Tereza desceu e foi chamar Heriberto, enquanto ele subiu, Tereza ficou conversando com Vivi, ele chegou ao quarto e ela estava saindo banhada.

VICTÓRIA — Vai tomar seu banho, temos missão! – Piscou pra ele segurando a toalha que quase não fechava mais.Ele riu e a olhou.

HERIBERTO – Está melhor já? Ou ainda está com gases presos?

VICTÓRIA — Quer me apertar pra ver?

Ele riu e negou com a cabeça.

HERIBERTO – Melhor não!

Heriberto entrou e tomou seu banho. Ela riu e foi para o closet e se vestiu como uma verdadeira rainha grávida e gorda. O terninho era simples e preto os saltos altos que com certeza ela tiraria muito rápido por não aguentar a dor e o peso da barriga ela terminou de se arrumar e se maquiou e logo estava pronta e esperando por ele no andar de baixo.

Ele desceu sete minutos depois todo arrumado com calça e blusa social. Tereza usava saltos e um vestido tubinho elegante.

HERIBERTO – Vamos, Vick! – ele chamou entendendo.

VICTÓRIA — Vamos, vem mãe!

Beijou Vivi e levantou indo ate ele que segurou em sua mão.

TEREZA — Vamos, filha! – saiu depois de beijar a neta.

Foram vinte minutos até o hospital e quando eles desceram e entraram no hospital todos olhavam para eles, Victória olhava a todos marcando a cara de quem iria mandar embora e a recepcionista que sempre desligava na cara dela seria a segunda depois de Alessandra.

VICTÓRIA — Eles já estão nos esperando? – Ela perguntou enquanto esperavam o elevador.

Heriberto respirou fundo pensando. Era Chegada a Hora do acerto de conta dizer com certeza Vitória estaria procurando Alessandra para resolver acho que está no passado.Ele sabia que Vitória queria demitir pessoalmente a maldita mulher.

HERIBERTO – Vamos, Vitória eles estão aguardando a gente no escritório.

VICTÓRIA — O que tem medo? – O olhou séria.

HERIBERTO — De que você perca meus dois filhos, é disso que eu tenho medo!

Ela sorriu.

VICTÓRIA – Eu trouxe minha mãe pra isso! É pra isso que mães servem, para defender os filhos!

HERIBERTO – Meu amor você está coberta de razão e a sua mãe faz isso do tempo!

VICTÓRIA – Viu, Heriberto, quem tem mãe tem tudo! – Piscou pra ele.

Teresa ficou toda boba e piscou para Heriberto, era bom saber que a filha contava com ela!

As portas do elevador se abriram e eles desceram indo para a sala de reuniões, Heriberto segurava firme a mão da esposa e entraram na sala. Sentaram e a reunião se iniciou, foram quase uma hora de reunião e logo os papéis foram assinados e por fim aquele hospital o sonho de Heriberto estava se concretizando ali ele teria suas pesquisas de volta e tudo mais com amplo espaço pra trabalhar como ele gostava e amava.

Heriberto sentiu o coração pulsar forte de alegria com aquela maravilhosa notícia de ser dono do hospital, sabia que Victória não se interessaria por nada naquele espaço somente estava dando a ele a alegria de ter de novo suas pesquisas de volta e seus pacientes.

HERIBERTO - Obrigada, meu amor, por me apoiar nessa decisão tão importante!

VICTÓRIA - Eu quero eficiência, doutor, não estou te dando esse hospital pra brinca de médico. - falou brincando. - Vamos trabalhar, mas não se esquecer da família. - Ele sorriu.

HERIBERTO - De médico eu só brinco com você meu amor, mas eu sou só um homem que ajuda as pessoas e quanto mais eu penso nessas pesquisas, eu penso que poderia ajudar muitas pessoas no mundo. - ele seria o homem mais feliz do mundo

VICTÓRIA - Ótimo! Agora vamos trabalhar. - ela ligou pra a secretaria e pediu as fichas e relatórios das empregadas que queria e a moça saiu voltando vinte minutos depois. - Heriberto, por enquanto só tenho essas duas a demitir e você tem alguém?

HERIBERTO – Não, eu não tenho necessidade de demitir nenhuma pessoa, as pessoas que não gosta que não quero perto nesse momento você já colocou aí na lista. Eu te diria que Afonso deve ir para a rua, mas ele está aí na sua lista de pessoas que não queremos por perto.

VICTÓRIA - Então, amor pode ir dar uma volta, eu demito pra você!

HERIBERTO - Não te quero perto dessa gente que não presta, Sobretudo porque eu acho que vão te fazer mal, não é melhor que eu com você?

VICTÓRIA - Você quer me ouvir dizer tá demitida! - falou divertida. - Mamãe você quer demitir qual daqui?

TEREZA - Ah, minha filha, só quero que você seja feliz e faça as demissões que você quer! – Tereza sorria da satisfação da filha em demitir aquelas pessoas, gente que tinha feito muito mal a eles

VICTÓRIA - Ótimo, então, que venha a primeira. - ela ligou pra secretaria e pediu que chamasse a secretaria e ela chamou prontamente e quando ela entrou na sala e olhou Vick arregalou os olhos e Victória sorriu e somente falou. - Está demitida! - a jovem tentou argumentar algumas coisa mais nada fez Victória voltar atrás e a garota saiu da sala chorando.

Ela pediu que Afonso viesse logo em seguida e quando veio ele ainda tinha alguns roxos pelo rosto e o braço com tipoia, Victória o olhou e olhou o marido que não estava nada feliz com ele ali e foi rápida em demiti-lo, ele nada falou apenas olhou para Heriberto em claro tom de ameaça e saiu da sala. Victória chamou mais umas quantas pessoas e a última ela deixou Alessandra e quando ela entrou na sala, ela sorriu debochada.

ALESSANDRA - Vejam só o que temos aqui o casal vinte. - Victória a olhou com nojo.

VICTÓRIA - Eu vou ser clara e objetiva não vou enrolar com você, eu quero que você junte suas coisas e suma desse hospital, você não trabalha mais aqui e não peça carta de recomendação, pois não terá! - você mexeu com a pessoa errada Alessandra e agora chegou a minha vez de sambar mais uma vez em sua cara.

ALESSANDRA - Você não pode fazer isso! - Alessandra tentou argumentar.

VICTÓRIA - Não só posso como vou! Você tem vinte minutos pra tirar tudo que é teu ou mando os seguranças tirar pra você! Você vai se arrepender de ter cruzado o caminho de Victória Sandoval.

ALESSANDRA- Tudo isso é revolta porque eu peguei o teu marido e dei pra ele o que você não deu? - Victória sorriu e levantou exibindo sua linda barriga de quatro meses os gêmeos estavam esticando rápido e a deixava ainda mais bela.

VICTÓRIA - Eu preciso ver na minha lista o que ta faltando pra ele ta meu bem! Porque eu acho que meu marido não ia trocar um bom caviar por um lixo como você!

ALESSANDRA - Maldita Sandoval! Maldita, Você vai me pagar. - Alessandra enfrentava porque não concordava e queria ficar ali para conseguir o que ela mais queria. Heriberto.

VICTÓRIA - Xinga mais piranha, só não te dou justa causa porque se não você não vai ter onde cair morta mais não pense que seu castigo acabou com essa demissão não!

ALESSANDRA - Você vai se arrepender e mais cedo ou mais tarde ele vai te colocar um chifre, ninguém aguenta uma megera como você! - Victória riu da cara dela

VICTÓRIA - Você é baixa de mais não deveria nem dirigir a palavra a você de tão pouca coisa que é, você e nada pra mim da no mesmo! Agora vá pegar suas coisas você só tem... - Olhou o relógio. - Vinte minutos! O tempo ta contra você querida. - Bateu no relógio com a unha.

Ela deu uma gargalhada de ódio.

ALESSANDRA- Ele será meu ou de qualquer outra! - Apontou para barriga dela. - Esse aí não nasce! - Victória tocou a barriga de imediato sentiu medo e quase fraquejou.

Alessandra com ódio olhou um pouco mais e saiu da sala, ela se vingaria. Victória sentou na cadeira tomando ar.

TEREZA- Calma filha, eu vou pegar sua água! - Tereza imaginou que Fernando desejaria que ela tivesse pedido a cabeça de Otávio, mas Tereza achava Otávio um médico excelente e não pediria a cabeça do amigo de seu genro.

Victória olhava Heriberto que não tinha falado e nem reagido a tal ameaça.

HERIBERTO - Se acalme. - ele disse por fim e segurou a mão dela. - Eu não me importo com o que essa vagabunda diz!

VICTÓRIA - Ela ameaçou nossos filhos Heriberto!

HERIBERTO - E daí. - Ele a olhou nos olhos. - Eu não to aqui lamentando por nada ou dizendo que estamos felizes por demitir ela e mesmo assim ela nos provoca, nos incita, ameaça. Ela é louca!

VICTÓRIA - Eu estou feliz por demitir sim, fiz o que você não teve coragem antes e deixou chegar aonde chegou!

HERIBERTO - Eu não era o dono deste hospital Victória! Eu não podia fazer isso, eu não podia Vick. - ele sentiu o coração.

VICTÓRIA - Você podia sim você era quase chefe aqui, mas isso não importa, eu já fiz o que deveria fazer!

HERIBERTO - As coisas não são como você pensa Victória, nem tudo pode ser feito na hora que a gente quer! Infelizmente não é assim, eu odeio essa mulher tanto quanto você.

VICTÓRIA - Vamos embora, depois voltamos pra terminar o serviço, contrate outro medico. Homem de preferência.

HERIBERTO - Eu preciso ir à clínica para liberar Laura. Eu vou lá fazer a liberação dela com o Otávio e saber como as coisas estão, depois vou para casa, você prefere que eu te leve ou você quer ir comigo?

VICTÓRIA - Não é melhor deixar ela mais uns dias no hospital? - falou preocupada. - Eu não quero que ela perca o bebê, essa dor ninguém merece sentir!

HERIBERTO - Eu preciso verificar isso meu amor quero ver se posso a deixar ir, Otávio não confiou no diagnóstico de ninguém somente no meu porque fui eu que apliquei o remédio nela, eu não quero deixar meu amigo sozinho, eu sei exatamente o que ele está sentindo e preciso estar ao lado dele. Sabe o que eu achei engraçado é que a essa altura os dois decidiram ser felizes e fazer um bebê, eles sempre viveram em pé de guerra e ele me disse que agora ele está no paraíso fiquei rindo porque me disse que está em lua de mel.

VICTÓRIA - Ela não é má só não foi instruída pra ser uma selvagem na cama, será que mamãe não se enroscou com algum medico? - Falou rindo.

HERIBERTO - Tenho certeza que não porque minha sogra agora é fiel! Essa aí é outra que esta muito feliz com o casamento, Fernando só fala nisso.

VICTÓRIA - Mamãe não pode ver um médico que ela fica toda admirada!

HERIBERTO - Não fala assim dela, ela sempre foi uma pessoa feliz e ela escolhe com quem quer estar e quando ela era solteira não tinha problema nenhum, as pessoas precisam ser mais livres como a minha sogra. Vamos amor vamos logo. - Ele deu a mão ela e dos dois caminharam pelo corredor conversando.

VICTÓRIA - Mais eu não estou falando nada o defensor de sogra, se temos que ser livre então quando não estava na minha casa deveria ter saído pra caçar fora? É isso? - Esperou a reação dele.

HERIBERTO - Mas eu não estava livre eu continuava casado, mas estava em outro local tem uma grande diferença Victória porque onde quer que eu esteja continuo casado com você!

VICTÓRIA - Hummm e se eu caçasse? - Começou a rir. - Onde está minha mãe, meu Deus!

HERIBERTO - Se você caçasse você ia ser presa numa jaula depois e não ia gostar do leão que ia encontrar lá! - Ela riu e parou na frente dele e o beijou na boca. - Assim que eu gosto gostosa. - Ela riu mais dele.

VICTÓRIA - Bobo de mais! - Ele sorriu e a beijou de novo.

HERIBERTO - Agora você tem um hospital né além de uma casa de moda! - Heriberto estava com sua esposa já na portaria do hospital quando viu a sogra vir sorrindo na direção deles.

TEREZA - Victória minha filha ainda bem que você é a dona desse hospital porque vou te dizer se fosse Heriberto ia demitir todos esses médicos lindos que estão aqui! - Ela se abanou sorrindo e implicando com seu genro que também sorria para ela.

HERIBERTO - Mas esse hospital não é só de Victória é meu também e eu posso mandar embora todos os bonitões minha sogra. - Tereza abraçou o genro e beijou dizendo a ele palavras lindas e engraçadas.

TEREZA - Você não faria uma coisa dessas meu genro. Imagine você uma pessoa chegando doente e você olhando para o médico feio e mal encarado? Isso é o pior dos castigos meu filho. - Heriberto soltou uma gargalhada enorme.

VICTÓRIA - Viu eu falei pra você que ela estava de olhou por aí! - Heriberto riu e abraçou mais a sogra.

HERIBERTO - Vamos à clínica!

VICTÓRIA - Eu vou sair com minha mãe, vai pra clínica e depois nos almoçamos juntos em casa. - deu um selinho nele. - Depois me da notícias de Laura e da um beijo nela por mim! - Deu outro selinho nele e viu a piranha de Alessandra se aproximar da saída.

HERIBERTO - Então tudo bem cuidado para ir para casa! - ele saiu em direção ao seu carro e deixou Victória com Tereza.

TEREZA - Aonde vamos minha filha? Vamos algum lugar gastar o dinheiro de Heriberto ou o dinheiro de Fernando?

VICTÓRIA - Vamos gastar os dois! Comprar de tudo um pouco pra mim e pra mim. - Tereza riu e a beijou caminhando para o taxi.

TEREZA - sim, Victória, tudo que você quiser e o que não quiser também filhota. – Victoria sorriu e suspirou.

Tereza foi com Victória dentro do táxi para o primeiro shopping em que as duas decidiram entrar, como Tereza sabia do gosto apurado da filha ela foi direto as lojas de grife que Victória tanto amava e que vendiam sapatos lindos. O primeiro sapato que Victória escolheu era um lindo modelo vermelho de camurça fosca e que tinha um salto número quinze perfeito.

Assim que ela colocou em seu pé teve certeza de que era feito para ela. Tereza achou perfeito e permitiu que a filha colocasse mais alguns pares, naquela primeira loja Victória comprou pares de sapatos lindíssimos e coloridos, todos eles até amarelo ela tinha gostado, juntas foram para outra loja onde Victória queria comprar bolsas que ela não precisava, mas ela queria.

Depois ela ficou com fome e decidiu comer um lanche junto com a mãe, mas a fome era tanta que ela acabou comendo mais de um, depois passou em uma loja para bebês e compraram várias roupinhas de bebê e Tereza comprou quatro vestidos para Ana Lívia e viu o rosto de Victória fica meio enciumada mais ela não ligou e comprou mesmo assim.

As duas se sentaram para tomar um café logo depois de comprarem muitas coisas e estavam conversando. Victória comprou algumas coisas para o bebê de Rafa também tudo em cores leves e que poderiam usar tanto menina quanto menino...

TEREZA - Vitória você está fazendo algum exercício? - Tomou seu café observando a filha olhar para ela.

VICTÓRIA - Por quê? Ta me achando gorda? - Riu da filha mais uma vez.

TEREZA - Não minha filha é para aliviar as dores, para você não subir as taxas e para se sentir melhor é importante que você faça alguma atividade física alguma coisa que não seja sexo com e Heriberto.

VICTÓRIA - Eu transo, já tá de bom tamanho!

TEREZA - Acabei de dizer que isso não vale!

VICTÓRIA - Eu faço ioga com Pepino a gente mais ri do que faz mais esta valendo!

TEREZA - É sério, minha filha, você precisa realmente de uma atividade, é importante para os bebês e muito importante para você, eu vi a mala de Heriberto, ele vai ficar na sua casa?

VICTÓRIA - Ele é meu marido, você não queria que ele voltasse? Ele voltou. - Tereza apenas sorriu ficou olhando para ela a filha simplesmente ouvia tudo que ela dizia e atendia, mas não gostava de dizer que seguia os conselhos da mãe.

TEREZA - Eu vou ao parque amanhã, ao parque aquático, você não quer ir comigo? Eu vou levar a babá deixar Ana brincando nas piscinas e vou beber bastante whisky. – Falou rindo. - Vamos, Victória, vai ser divertido.

VICTÓRIA - E mostrar o quanto estou gorda? Nem morta! Leva seus netos eles estão pra isso não eu!

TEREZA - Ah, filha, você não precisa entrar em nenhuma piscina você pode ficar do lado de fora comigo, vai ser ótimo ficamos conversando enquanto eles brincam com Ana Lívia. A Victória vamos, por favor, um pouco?

VICTÓRIA - Não sei! Vou ver com meu marido.

TEREZA - Tudo bem, esperarei você decidir!

VICTÓRIA - Sim vamos embora, eu comi mais Heriberto deve estar me esperando.

TEREZA - Vamos sim, minha filha! - ela tocou a mão da filha e beijou. - Ele esta sendo gentil com você, Victória?

VICTÓRIA - Esta sim!

TEREZA - Diz para mim que você está feliz com ele lá porque é isso que quero que esteja feliz ou não vale e pena. - ela tocou o rosto da filha. - Você é tão importante para mim.

VICTÓRIA - Nos vamos superar, eu vou superar tudo e vamos ser feliz

TEREZA - Eu desejo isso, minha filha mais que tudo! - pegou a maioria das bolsas da filha e caminhou com ela.

Juntas elas seguiram para casa, onde almoçariam em família. Fernando estava indo também com Ana Lívia para lá, mas quando chegaram ao portão da casa de Vick e o táxi parou com elas descendo Tereza viu a imagem de um homem descendo do carro, era João em frente ao carro dele, Tereza viu Victória parar congelada João não avançou, apenas chamou por Tereza, a chamou com a mão e depois voltou a colocar ela no bolso. Tereza olhou a filha e suspirou.

TEREZA - Entre Victória, eu vou ver o que ele quer

VICTÓRIA - Eu vou chamar Heriberto! - falou olhando a mãe.

TEREZA - Tudo bem, chame... - ela falou num fio de voz e foi até ele sem chegar perto demais. - O que quer João? - Victória entrou apressada pra casa.

João a puxou e a beijou na boca, chupando os lábios dela a prendendo contra o carro quando viu que ela não abria a boca. Tereza o empurrou e deu um tapa no rosto dele se afastando e gritando.

TEREZA - Fique longe de mim e de minha filha, eu já disse que não quero você atrás de nós ou vou chamar a polícia. - limpou a boca com nojo dele.

Ele colocou a mão no rosto e riu.

JOÃO - Me deixa mais doido por você, Tereza quando resiste assim, eu tenho umas fantasias. - Mordeu os lábios. - Vamos trepa no meu carro, é só subir a saia desse vestido e me deixar colocar em você!

Tereza o olhou daquele modo animal, como se ela fosse um animal e pela primeira vez não sentia excitação alguma com as palavras dele. Afastou-se mais e disse fria.

TEREZA - Eu não vou fazer isso, não sou a sua puta que você vem, toma quando quer e como quer, estou casada e quero você longe o máximo que der. - ela se virou para sair dali, estava assustada.

JOÃO - Você sabe que posse te comer a força não sabe? - Tereza estremeceu e deu mais um passo para trás o rosto demonstrou o horror que sentiu.

TEREZA - Você só pode estar louco para me dizer algo assim, João! Não vai tocar em mim contra minha vontade. - ela estava horrorizada. - Que tipo de monstro pior você é agora?

JOÃO - Não será contra a sua vontade, você vai querer pra não se machucar e não machucar os seus... - ele piscou para ela.

TEREZA - Monstro, animal, vai embora daqui! - ela gritou forte e correu para dentro do portão o olhando para ver se estava seguindo ela.

João riu e balançou a cabeça em negativo e pegou no pau apertando de leve.

JOÃO - Por bem ou por mal é minha e vai continuar sendo!

TEREZA - Você é um doido isso que você é vai embora daqui depois de todos esses anos você virou um tarado? - ela falou o alto de onde está.

Ele a olhou e sorriu mandando beijou, entrou em seu carro e pediu para ir ao primeiro puteiro que encontrasse, chegando lá comeu a puta mais gostosa que tinha lá depois de bater nela.