AMANHECEU...

Rafael acordou por volta das oito e sentiu o mundo girar e o estômago revirar, tocou o estômago e olhou para os lados não reconheceu o lugar. O telefone dele tocou mais uma vez e já era a décima nona vez que tocava. Ele olhou para os lados a procura e não encontrou o som vinha de longe. E ele levantou indo ate o banheiro onde achou suas roupas e pegou o telefone e atendeu:

RAFAEL – Alô... – A voz saiu morta.

PAULA — Rafa! – A voz era suave e bem doce.– Rafael!

RAFAEL – Oi... – Voltou pra cama e ao apoiar a mão sentiu uma leve dor e a olhou estava inchada e meia roxa.

PAULA – Você está bem?– A voz dela era tão suave mas naquele momento estava tensa e ela queria saber dele. Ele deitou.

RAFAEL – Estou sim e você?

PAULA – Eu não devia ter ligado! Você não quer falar comigo!– Ela fez menção de desligar.

RAFAEL – Eu estou de ressaca, minha cabeça dói e acho que tem um monstro aqui dentro e minha namorada terminou comigo porque eu dei uma porrada no babaca do ex dela a e depois de chorar muito enchi a cara! – Falou de uma vez.

PAULA – Rafael, eu fiquei com medo de você! Você quer isso? Quer que eu tenha medo de você?

Ele suspirou.

RAFAEL – Você achou o que? Que eu ia bater em você? Responde?

PAULA — Sim! Que foi ia me bater e que ia me forçar! – Ela soluçou, estava dizendo a verdade.

RAFAEL – Pelo amor de Deus que conceito você tem de mim? Tão mal você pensa que sou?Como conseguiu ficar todo esse tempo ao meu lado se pensa isso de mim? – Estava chateado e levantou da cama saindo do quarto. Olhou a sala e viu os pais. Foi a cozinha pegou água e voltou para o quarto sem fazer barulho esperando ela responder.

PAULA – Rafael, você avançou num amigo como um bicho socando ele! Só porque falou comigo!

RAFAEL – Não era teu amigo era teu ex e eu vi como ele te olhou, te comeu!

PAULA – Eu não sou seu objeto!

RAFAEL – Comeu sua bunda só com os olhos!

PAULA — Ninguém come minha bunda, só você! – Gritou com raiva.

RAFAEL — Não seja ingênua, você não vê maldade, mas eu sim!

PAULA — E vai bater em todo homem que olhar pra mim?

RAFAEL – E se for pra ficar comigo tem que entender isso eu te amo, mas se você pensa que eu poderia de bater e até mesmo te estrupar por causa de uma briga, eu te deixo livre!

PAULA – Vai ser assim ?Rafael, eu não quis dizer isso, mas você não se viu! Você não sabe como você estava! Meu braço tá roxo!

RAFAEL – Eu posso ser um ogro, estúpido o que você quiser mais nunca encostaria em você. Se te peguei com força, me desculpe!

PAULA – Eu te amo! – Gemeu num fio de voz. – Eu achei que íamos casar, mas você ... – Soluçou. – Adeus, Rafael! Eu desejo que você seja feliz!

RAFAEL — Eu nada, Paula, não joga essa culpa pra mim foi você que terminou por uma primeira briga. Você não me ama, desistiu de mim de cara como todo mundo faz! Adeus!

PAULA – Eu te amo, sim! – Gritou. – Eu te amo, seu animal, estúpido, burro, grosseirão, seu pecador, mensageiro do capeta!– Respirou fundo.

RAFAEL – Já acabou? – Falou num fio de voz.

PAULA – Você só queria minha virgindade e agora estou impura! – Chorou mais.– Impura e cheia de desejo!Você me drogou com sexo!

RAFAEL – Foi você que terminou comigo! – Gritou acordando os pais.

PAULA – Você me drogou!

RAFAEL – E você me drogou nessa sua perereca doce e suada!

PAULA – E você me viciou nesse pinto duro socando na minha perereca! E eu odeio você por isso, odeio!

RAFAEL — Eu odeio você por me viciar e depois me jogar fora, só queria meu pinto. Só me usou, sua pecadora!

PAULA — Maldito o dia que deixei você me ver pelada e me lamber! Você é um devasso!

Ele estava ficando excitado com aquela briga.

PAULA – Só quer saber de ficar enfiando gostoso até eu ficar em pecado e gozar! E você gozou tanto em mim, seu idiota, gozou tanto que agora, eu vou criar o nosso neném sozinha! – Soltou sem querer soluçando.

RAFAEL – Você está louca se pensa que nossos filhos vão crescer sem pa... O que você falou? – Parou para prestar atenção no que ela disse. – Repete Paula!

PAULA – Você é um bruto! Só soube mexer esse pau dentro de mim e agora meu pai vai me matar! E eu nem sei o que fazer e a culpa é sua!

RAFAEL – Eu queria casar e você me deixou!

PAULA — Vou criar nosso filho num convento!

RAFAEL – Você não é nem besta de fazer isso! Eu estou indo aí agora! Quero ver você falar tudo isso na minha cara!

Desligou o telefone na cara dela. Pegou sua camisa e um chinelo do pai, saiu do quarto e nem se quer se importou em escovar os dentes ou lavar a cara, olhou os pais e nada disse pegou a chave do carro dele e saiu. Paula sentiu o corpo todo tremer, seu pai estava na sala e sua mãe na cozinha preparava algo para eles comerem. E a mãe o estava agradando e beijando sem que ela soubesse o por quê. Se Rafael chegasse ali e começasse a gritar sobre o bebê os pais descobririam na hora.

Otávio tomava um capuccino acompanhado de um pedaço de torta que Laura tinha feito e ela estava na cozinha fazendo panquecas para comer com marido. Foi quando gritou a filha para se sentar com eles na sala. Rafaela chegou vinte minutos depois e ligou para ela. Paula atendeu nervosa.

PAULA – O que você quer?

RAFAEL — Estou aqui fora!

PAULA – Eu não vou ai, Rafael, vai embora! – falou querendo correr para os braços dele.

RAFAEL – Eu vou gritar! Vou te dar cinco minutos ou eu grito! – Desligou sem chance de resposta.

Desceu do carro e esperou. Paula apareceu correndo na porta e foi até o carro, ele a olhou em silêncio. Estava linda naquele vestidinho dela.

PAULA — Você tanto gozou em mim que eu estou grávida, minha mãe vai me matar! – Falou em pé olhando para ele estava lindo.– Por que fez isso? Por que? Por que ficou enfiando essa piroca em mim, Rafael? Agora eu tô desgraçada! – falava baixinho, mas com raiva, se os pais ouvissem ela estava frita.

Ele nem pensou em nada só a puxou e a beijou na boca a grudando no carro. Ela correspondeu agarrando ele e abrindo as pernas pra ele se encaixar. Ele a ergueu em seus braços com facilidade, sem deixar de beijar. Paula não disse mais nada só começou a sorrir vendo que ele estava feliz.

PAULA – Não me aperta!

RAFAEL – Eu queria te comer com força, mas não podemos por causa do nosso bebê! Te mostra que eu sou teu homem! Só eu! – Enfiou a mão no meio dos cabelos dela puxando de leve.

PAULA — Amor, você vai ser pai, me come devagar mesmo, Rafa! – Apertou ele.– Me faz feliz só um pouquinho porque depois meu pai e minha mãe vão me matar!

RAFAEL – Não posso... – Soltou ela no chão e se afastou.

PAULA — Por que, Rafa? – ela o olhou assustada.

RAFAEL – Eu sou fiel a minha namorada e e ela terminou comigo!

Paula riu e abraçou ele de novo contra o carro beijando e puxou a mão dele para o meio de suas pernas, esfregou.

PAULA — Você me transformou numa puta! – falou envergonhada e baixinho.

RAFAEL – Você não é puta! É só minha ex! – Falou provocando e triste ainda.

PAULA — Você me magoou, Rafa e me fez ter medo de você, você é meu namorado, o homem que me fez mulher, não posso ter medo de você! Quando avançou no Gugu, você parecia um bicho!

RAFAEL — Então, enquanto tiver medo de mim é melhor eu ficar longe de você e de nosso bebê! – Se afastou de novo.

PAULA – Não, Rafa, não faz assim, por que você não pede desculpas? Por que não me diz que se arrepende que não vai fazer mais isso!

RAFAEL – Porque eu não me arrependo de bater nele! Não mesmo!

PAULA – Então, é isso? Você não pode se desculpar?

RAFAEL – Me desculpo por ter te pegado com força o resto não!

PAULA – Você me envergonhou! Não quero um namorado brigão, não quero o pai do meu filho arrumando confusão!

Laura deixou a caneca de café cair no chão ao ouvir a filha...

PAULA – Mamãe!

Laura ficou branca na mesma hora e sentiu a vista escurecer na mesma hora se apoiou no portão e Rafael foi mais rápido a pegou em seus braços antes que ela caísse no chão.

PAULA – Mamãe! – Paula chamou nervosa.– Vamos pra dentro, trás ela, Rafa! Pai, por favor, ajuda!

Otávio levantou correndo, Rafael a pegou no colo e entrou com Laura em seus braços.

OTÁVIO – Laura! – Otávio a pegou dos braços de Rafael a colocou no sofá.

PAULA – Pai, o que ela tem? – chorou nervosa.

OTÁVIO – Calma filha, deve ser por causa do neném!– ele falou natural.

Paula olhou assustada.

PAULA – Pai você já sabia?

OTÁVIO – Sim, sabia, pega minhas maleta!

Rafael a fez se calar, percebeu que não era sobre Paula que ele falava.

RAFAEL – Vai pegar a maleta para o seu pai!

Otávio batia no rosto dela.

OTÁVIO – Pega um corpo de água na cozinha, Rafa.

Ele assentiu e foi até a cozinha logo voltou com a água, entregou a ele.

OTÁVIO – Amor, acorda, Laura! – ele colocou álcool no nariz dela ela voltou a si. – Amor, calma, me diz o que está sentindo! Amor! Amor, fala comigo!– Laura começou a despertar devagar e olhou o marido afastando o álcool de seu nariz e procurou com os olhos a filha depois olhou Rafael e seus olhos voltaram ao do marido e ela chorou. – Amor, calma, vamos para o quarto! – ele achou que ela estava tensa com algo sobre a gravidez e que talvez não quisesse contar. – Filha, pode ficar ai com Rafael, eu vou levar sua mãe para o quarto. – Pegou Laura que agarrou o pescoço dele apertou chorando. – Calma, Laura, calma! – Ela soluçou.

LAURA – Otávio...– Falou em meio ao choro.

OTÁVIO – Oi meu amor, o que foi? Por que está chorando? Calma! – ele entrou no quarto com ela e a colocou na cama.

LAURA — Ela... Ela, Paula!– Chorou de novo.

OTÁVIO — O que tem Paula, amor? – ela está lá embaixo.

Ela o abraçou chorando mais ainda, a filha estava perdida.

LAURA – Ela tá grávida, Otávio, grávida! – Falou agarrada nele.

OTÁVIO – O que? Como assim, Laura? – ele tentava olhá- la, mas Laura não soltava dele. – Como grávida? Como? – falou com tensão.

LAURA – Eu ouvi, ouvi ela contar pra ele!

OTÁVIO – Jesus, Maria, José! – ele soltou parecendo ela. – O que esses dois tem na cabeça não sabem cuidar nem deles!

LAURA – Ai, eu acho que tô morrendo! – Levou a mão ao peito sentindo falta de ar e querendo vomitar. Não era nada fácil quando ela ficava nervosa.

OTÁVIO – Calma, Laura tira essa roupa apertada! Calma, você não pode ficar assim, olha o nosso bebê. Tira essa roupa. – ele a ajudou a abrir a blusa, ela não tinha forças, mas ajudou ele, ficou só de calcinha e sutiã e salto alto.

Otávio tirou o sutiã também e vestiu um vestido molinho e que não apertava, colocou a mão por baixo do vestido e puxou a calcinha dela tirando.

OTÁVIO – Fica sem nada, amor, assim, você melhora o mal estar.

Ela o olhou assustada, ele pegou o pulso dela e mediu de novo a pulsação.

LAURA – Ela está perdida, como vai ser Otávio? Ela terminou com ele e tá grávida! Vai ser mãe solteira!– Voltou a chorar e virou de costas pra ele agarrando o travesseiro.

Otávio se esticou e deitou com ela, estava desesperado como Laura, mas não ia adiantar ficar desesperado. Ela ficou ali deitada e chorando até pegar no sono e volta e meia soluçava. Otávio esperou que ela dormisse porque queria falar com os dois, mas quando fez menção de sair, sentiu as mão dela agarrada na sua entrelaçada, colocada sobre a barriga dele.

OTÁVIO – Amor, fica aqui, eu precisa descer. – disse carinhoso beijando ela.– Fica aqui e eu volto pra gente ficar aqui o dia todo se você quiser!

Ela suspirou soltando ele e abraçando mais o travesseiro. Otávio sentiu uma pontada no peito e olhou a esposa.

OTÁVIO – Laura! – falou baixo para não assustá-la. – Você está sentindo dor?– ele estava congelando olhando para baixo, perto das pernas dela na cama.

Ela abriu os olhos lentamente.

LAURA – Otávio...

OTÁVIO – Amor, vamos agora para o hospital...

LAURA – Eu...– Sentiu uma pontada na barriga.

OTÁVIO – Você está sangrando, Laura, temos que ir!– ele pegou uma calcinha com absorvente correndo e vestiu nela depois de limpar o sangue das pernas dela com lenço umedecido, nervoso vendo Laura chorar. Ele a apegou no colo e pegou as bolsas. – Está com dor, Laura?

Desceu a escada correndo e Rafael e Paula se beijaram no sofá. Ela só sabia chorar.

OTÁVIO – Filha, liga pro hospital e pede a Dr.ª Alessandra para ficar de sobreaviso que indo pra lá.

PAULA – O que houve, papai? – levantou nervosa.

RAFAEL – Vamos logo, Otávio...

OTÁVIO – Sua mãe não esta bem, amor e precisamos ir agora, você vem comigo?

Laura sentiu outra pontada.

PAULA – Vou pai, logo atrás, o Rafa me leva!

OTÁVIO – Vamos no mesmo carro, filha assim posso ficar com sua mãe!

Laura desmaiou ali nos braços dele, os quatro saíram correndo.

RAFAEL – Vamos, eu levo vocês! – Rafa falou.

Otávio fez os procedimentos mas estava nervoso demais, já dentro do carro. Rafael dirigiu o mais rápido possível e como o hospital não era longe ele logo chegou desceu e abriu a porta ajudando ele a sair com ela. Entrou na frente e pediu uma maca. Otávio entrou correndo e Alessandra veio logo atendendo e conduzindo Laura.

Otávio a acompanhou, como marido, não deixaria sua mulher sozinha nunca. Foram quase quarenta minutos e agonia e a comprovação de que Laura estava mesmo grávida. Laura não acordou em momento algum, desde que desmaiou e isso deixou Otávio transtornado. E que só depois de vinte a quatro horas é que saberiam se ela tinham mantido o pequeno bebê que ainda era só um feto.

Otávio não saia do lado dela e beijava e falava com ela clamando que acordasse. Rafael do lado de fora ligou para o pai e avisou o que estava acontecendo com o amigo dele. Heriberto chegou em menos de vinte minutos no hospital. Rafael ficou com Paula que estava nervosa e tremia muito, ele pedia calma a ela para que não se alterasse de mais.

HERIBERTO – O que houve meu filho?

Rafa falou para o pai o que aconteceu e Heriberto foi até eles. Ele olhou Paula e a beijou acolhendo em seus braços.

RAFAEL – Eu não sei, pai, acho que ela está grávida e tá perdendo o bebê!

HERIBERTO – Vocês dois fiquem aqui! Eu vou entrar e ver tudo!

Rafa assentiu em confirmação sentando com Paula de novo. Assim que virou o corredor, Heriberto deu de cara com Alessandra, mas ele não parou e nem olhou para ela, seguiu ignorando a piranha.

Ela sorriu encantada por ele era sua desgraça e aproveitaria para se aproximar dele enquanto estivesse ali. Heriberto entrou no quarto e saudou Otávio que o colocou a par de tudo, com uma ordem de Heriberto a enfermeira aplicou um medicamento que imediatamente fez laura desesperar. Ela despertou, mas estava aérea a tudo e a todos, as medicação para dor e para impedir o aborto as deixavam sonolenta e ela abria os olhos e fechava com certa dificuldade mais perguntou num sussurro.

LAURA – Você vai ser mesmo pai?

Otávio a tocou no rosto e sorriu dando um beijinho nela.

OTÁVIO – O pai mais feliz do mundo que quer contar para todo mundo!– alisou a barriga dela.

LAURA – Como está o bebê?– Falou fechando os olhos.

OTÁVIO – Ele está aqui na sua barriga amor, foi um susto, mas vai ficar bem e você está de repouso por 24 horas.

LAURA – Estou com sede. – Molhou os lábios com a saliva.

Heriberto pegou água para ela e entregou.

HERIBERTO – Eu vou deixar você a sós, estarei lá fora com nossos filhos! – Antes dele sair ela falou.

LAURA — Diz a Victória que quero falar com ela. – Respirou e bebeu a água que Otávio a ajudou.

HERIBERTO – Digo sim, Laura!

LAURA — E com você também.

HERIBERTO – Pode deixa e parabéns!

Estava ali mais a cabeça estava na filha também. Otávio se sentou na cama dela, Laura o olhou sentindo os olhos pesarem.

LAURA – Que jeito lindo de dizer que estava grávida, não?

OTÁVIO – Amor, é melhor você descansar e depois conversamos!– ele riu. – Não importa isso o que importa é que vou ser pai e avô! – ele brincou.

O coração dela acelerou de imediato mostrando no monitor para ele.

OTÁVIO – Calma, meu amor, calma! – Otávio a ajudou a se acalmar mas a enfermeira veio e a medicou de novo.Laura dormiu de imediato.

Otávio saiu do quarto tomar um café já que eu estava dormindo encontrou com Alessandra no corredor.

OTÁVIO – Muito obrigada, Doutora pelo atendimento minha esposa!

Alessandra sorriu.

ALESSANDRA – De nada, Otávio, só fiz o meu trabalho! – acariciou o braço dele.

OTÁVIO – Eu agradeço porque eu estava bastante preocupado com minha esposa, mas desde já agradeço!

ALESSANDRA – Ela vai ficar bem e o bebê também. Mais preciso deixar vocês em alerta para se precisar de sangue, ela perdeu uma quantidade significativa e por isso não acordava. Estamos administrando soro e mais tarde eu volto a avaliar ela! Se precisar de imediato falo com você!– Acariciou o braço dele novamente.

OTÁVIO – Obrigada! – Otávio se afastou evitando o toque dela, depois do escândalo com Heriberto todos andavam de sobreaviso com ela e foi até a cantina para tomar um café.

Levou a filha e Rafael junto e Heriberto foi logo em seguida. Os quatro estavam no café, Rafael olhava os dois a sua frente, ainda estava de pijama.

OTÁVIO – E você? Não tem nada a dizer a mim e a Heriberto?

RAFAEL – Pai...

Paula medrou olhando o pai.

RAFAEL – Como está, Laura? – Perguntou Rafa

OTÁVIO – Ela está bem e nosso bebê também!

Paula olhou o pai e quase chorou.

PAULA – Você não ia contar?

OTÁVIO – Filha, eu e sua mãe queríamos ter certeza!

Paula chorou.

PAULA – Pai, eu quero muito acreditar que vocês não fizeram isso para me deixar triste, eu não quero um irmão. – falou verdadeira.

OTÁVIO– Filha, não fala assim! –Heriberto olhou Rafael sem saber como reagir.

HERIBERTO – Filho...

RAFAEL – Pai, vamos deixar eles conversa? Depois voltamos.

HERIBERTO – Vamos, meu filho! – os dois sairão e deixaram Otávio e Paula conversando.

Heriberto olhou o filho.

HERIBERTO – Por que está de pijamas? Hum? Veio conquistar sua garota com essa beca? – riu do filho.

RAFAEL – Ela me provocou e eu vim, desculpa pegar seu carro e a mamãe?

HERIBERTO – Está bem e feliz! – ele riu.– Me conte?

RAFAEL – Ela disse que tá grávida! Me beija e me quer, mas não quer voltar.– Heriberto ficou mudo. – Disse que eu tenho que pedir desculpa, mas eu não vou! – E depois com os olhos brilhando ele abraçou o filho.

HERIBERTO – Vai sim, vai se desculpar agora! Porque eu sou o avô mais feliz do mundo, meu Deus, meu filho, você vai me dar um neto? – falou alto sorrindo. – Vá agora, fazer as pazes com ela e até se ajoelhe se precisar.

RAFAEL – Eu já pedi desculpa pra ela, não vou mais pedir desculpa pela porrada que eu dei no cara! A mãe dela passou mal porque ouviu ela! Ela está mesmo bem?

HERIBERTO – Ta sim, meu filho e ta grávida!

RAFAEL – Paula vai endoidar!

HERIBERTO – Por que? Meu filho a sua mãe vai ficar tão feliz. Tão feliz!

RAFAEL – Eu não tenho certeza disso não pai! Mamãe endoidou com a virgindade da Vivi e vai endoidar agora, eu tenho certeza que ela vai chorar!

HERIBERTO – Ela vai amar, meu filho, como eu estou amando. – Heriberto encheu os olhos de lágrimas e abraçou de novo o filho. – Te amo, me fez muito feliz eu nem sei o que dizer!

ALESSANDRA – Heriberto? – A voz soou atrás dele esperando que ele olhasse e saísse daquele momento amor com o filho.

Ele olhou frio, os olhos pegaram fogo ele sabia o que ela queria. Ela sorriu piranha.

ALESSANDRA – Por que não me atendeu? Estou a dias te esperando pra conversar sobre o processo. Vamos aproveitar agora?

HERIBERTO – Não tenho nada para conversar, fale com meu advogado! Vamos meu filho.

ALESSANDRA – Se eu fosse você iria! – Heriberto segurou o ombro do filho.

HERIBERTO – Você não se cansa, mulher?

ALESSANDRA – É só uma conversa Heriberto, por favor, pelos velhos tempos? – Heriberto olhou o filho e sabia que a demônia não o deixaria em paz.

HERIBERTO – Filho, vá conversar com sua namorada e acerte tudo, vamos pra casa depois para você se vestir!

RAFAEL – Pai... A mamãe... – Falou querendo que ele não fosse.

HERIBERTO – Filho, está tudo bem! – olhou nos olhos do filho e sorriu. – Não se preocupe, eu vou e volto rápido!

RAFAEL – Eu não confio nela!

HERIBERTO – Nem eu, meu filho, nem eu! Vai tranquilo. – Rafa assentiu e saiu, Alessandra o olhou e fez ele seguir ela até a sua sala.

Heriberto a seguiu e esperou que ela falasse assim que entrou, ficou perto da porta

HERIBERTO – O que quer, Alessandra? Você não consegue me deixar em paz? Não tem nada pra fazer da sua vida? – Ela se escorou na mesa e sorriu.

ALESSANDRA – Entra e fecha a porta ou eu não falo! Eu não vou te comer mais eu posso te dar!

HERIBERTO – Piranha! – ele falou olhando para ela com raiva. – Isso que você é, uma piranha de quinta. Fala logo o que quer que não vou fechar porra de porta nenhuma! Fala, não tenho o dia todo aqui. – Ela foi até ele e o puxou para dentro do consultório e fechou a porta.

ALESSANDRA – Não se faça de difícil... Eu tenho uma proposta pra você! – ele se afastou

HERIBERTO – Fala, o que quer?

ALESSANDRA – Eu quero que me dê prazer e eu tiro esse processo de você já que o da sua mulher não deu em nada! – Heriberto a olhou com nojo.

HERIBERTO – Em que mundo você acha que vou tocar em você? Em que mundo acha que vou trair minha esposa com uma vagabunda como você? – ele fez nojo com o rosto. – Mantenha os processos e coloque ate mais, de mim você não terá nada! – Ela sorriu não iria desistir.

Começou a rasgar sua roupa e gritar por socorro e se aproximando mais dele iniciou um choro.

ALESSANDRA – Socorrooo... – Heriberto abriu a porta e saiu sem dizer mais nada encontrou um medico no corredor e disse.

HERIBERTO – Dr Alessandra esta louca e precisa de uma internação! – Continuou andando sem olhar para trás.

Uma enfermeira veio e ela chorou pra ela fazendo seu show.

ALESSANDRA – Chame a polícia, ele me forçou!

Ele não seria enredado em mais nenhum plano dela, foi a cantina e se sentou com Otávio e os meninos respirava cansado e estava nervoso.

HERIBERTO – Ela esta louca, Otávio! Acabou de se rasgar pra dizer que eu a ataquei. – Otávio o olhou.

OTÁVIO – Heriberto, quem? Alessandra?

HERIBERTO – Sim... Vamos embora deste hospital meu filho!

RAFAEL – Eu falei pra você não ir! Vamos embora.

HERIBERTO – Vamos embora, meu filho, eu não posso mesmo vir aqui! – Suspirou. – Quando comprarmos esse lugar terei paz porque vou coloca-la na rua!

RAFAEL – Quem vai fazer isso é a Sandoval. – Falou rindo e levantou. Olhou Paula.

HERIBERTO – Eu sei filho e não vou retirar esse prazer dela!

RAFAEL – Vocês querem carona?

PAULA – Rafa, eu quero ir com você em casa, posso pai? – ela olhou o pai.

OTÁVIO – Pode, aproveite e traga umas coisas pra mim e sua mãe, só vamos embora daqui a dois dia, pode ir. – Rafa esperou ela e logo saíram.

RAFAEL – Veio como pai? – Heriberto estava zangado e suspirou.

HERIBERTO – Vou de carro filho!

RAFAEL – Quer carona? – ele abraçou Paula e beijou tocando a barriga dela.

HERIBERTO – Meu neto já é meu amor. – Rafa olhou pra eles.

PAULA – Obrigada tio, não ficou triste?

HERIBERTO – Não amor, eu estou muito feliz e agora se cuidem e façam as pazes. – Heriberto beijou o filho e cochichou no ouvido dele que fizesse as pazes do jeito certo e seguiu para seu carro.

Paula deu a mão a ele e foi para o carro.

PAULA – Me leva pra minha casa, vou tomar banho e volta mais tarde pra ficar com mamãe. Como podem ter feito isso comigo? Um irmão? Como eles fizeram isso?

RAFAEL – Eles fizeram como nos fizemos o nosso! – Abriu o carro pra ela.

Ela o olhou.

PAULA– Rafael eu estou falando serio!

RAFAEL – Eu também! A minha vai ter dois e eu sou o irmão mais feliz do mundo.

PAULA– Eu não quero, Rafael, não quero. – ela colocou o cinto. – Me leva pra casa.

RAFAEL – E não quer por quê? – Ela apenas chorou.

PAULA – Minha mãe foi terrível comigo, Rafa não quero que meu irmão passe por isso! – declarou com sinceridade. – E se ela mudou e tratar ele bem eu vou morrer de ciumes que ele tenha o que eu não tive.

RAFAEL – Sua mãe não deve ter sido tão terrível assim, você acha que se ela perdesse o bebê você ia se sentir melhor? – Colocou o carro em movimento.

PAULA – Não, Rafa, nem diz isso, mas eu nem sabia que eles faziam sexo ainda. Do jeito que mamãe sempre foi, eu achei que ela não fizesse nada, eles brigam muito, só melhorou esses dias por agora!

RAFAEL – Sinal que eles querem consertar a vida deles!

PAULA – Você vai fazer o que Rafael? Vai ver seu filho uma vez por semana e ir la em casa com sua namorada? – olhava pra ele.

RAFAEL – Não foi eu quem terminou Paula!

PAULA – Você é um bruto e não vai pedir desculpas? Não vou mais falar disso!

RAFAEL – Você quer o que? Que eu vá lá no seu ex e peça desculpa por ele tá comendo sua bunda com os olhos?

PAULA – Não, bruto, só diz pra mim que não vai me envergonhar e nem agredir ninguém cada vez que me olhar. Rafael vamos ter um bebê, você não pode reagir assim cada vez que algo acontecer, você criticou seu pai e quer fazer como ele? – falou sem querer. – Desculpa, não quero te magoar, só não quero você assim bruto, insensível. – Ele parou o carro na frente da casa dela.

RAFAEL – Eu já pedi desculpa! Inferno.

PAULA – Ta vendo! – gritou. – Olha como está falando comigo? Obrigada por me trazer em casa eu ia chamar pra entrar, mas você só quer ser bruto.

RAFAEL – Eu quero ser bruto em outro lugar! – Falou sem pensar.

Ela sentiu o corpo queimar.

PAULA – Então me diz que não vai mais fazer grosseria e vamos lá dentro agora e eu deixo você ver a minha perereca! – Ele a olhou e suspirou.

RAFAEL – Eu não vou fazer mais, me desculpa! – ela o beijou na boca e o puxou.

PAULA – Vamos logo para dentro! – desceu do carro correndo e esperou ele.

Juntos entraram em casa e ela o olhou nos olhos colocou os braços nos ombros dele.

PAULA – Não me decepciona, eu quero ser sua esposa, eu já sou a mãe do seu filho. – colocou a mão dele na barriga. As testas colaram. – Vamos fazer amor, Rafa, vamos comemorar e fazer amor, pode ser como você queria, com força. – Ele sorriu e a levantou em seu corpo e a grudando na parede. – Rafa, eu quero você, vamos casar e não vai ser pecado. – Ele a beijou e rasgou a calcinha dela.

RAFAEL – Vamos fazer aqui?

PAULA – Vamos, vai amor, faz com força... Rafa. – ela grunhiu.

RAFAEL – Tem alguém em casa além de nos? – Tirou o membro pra fora e passou nela de leve.

PAULA – Não, só a gente. Ahhhhhhhhhh... meu deus, eu peço perdão. – ela gemeu alto. – Mais Rafa, mais.

RAFAEL – Eu não quero mais você de conversa com seu ex! – Passou de novo.

PAULA – Rafa, eu te amo, eu não olho ninguém! – ela arranhou os braços dele.

RAFAEL – Você pode olhar mais não quero você falando com ele ou eu vou te castigar e te deixar sem isso aqui... – Entrou e saiu de dentro dela.

PAULA – Não, amor, sem isso não. – ela o puxou e beijou na boca e se rendia. – Você fica sem isso? Fica, Rafa? – ela mordeu os lábios. – E se eu não deixar você ver e nem beijar e nem nada? – provocou ele.

RAFAEL – Eu que tô colocando o castigo, não você! – Entrou nela de novo.

Rafael beijou ela e se moveu com força.

PAULA – Mas me diz se você aguenta... por que você que fez a merda não eu amor! – Ele a levou até o sofá e arrancou o vestido dela.

RAFAEL – Você quer parar? Vai me punir? – Abaixou a alça do sutiã a beijando. – Diz Paula? – Levantou uma das pernas dela em seu peito e olhou a perereca dela.

PAULA – Eu quero gozar, Rafael.

RAFAEL – Meu Deus, eu não vivo sem isso não!

PAULA – Quero Gozar agora... – ela rebolou fazendo mais gostosa a entrada pra ele. – Você não vive sem o que, safado? Fala? Sem minha perereca? Fala pra eu ouvir seus pecados. – ela provocou ele.

Ele entrou e saiu rapidamente dando bombadas rápidas e urrando de prazer, ele tirou o membro dela e sem resistir mais a chupou com gosto.

RAFAEL – Eu não vivo sem isso, Paula, esse é o meu pecado...

PAULA – Ahhhhhhhhhhh. – gritou movendo o quadril e se mexendo para que ele a sugasse mais. – Isso Rafael me fode com sua língua... ahhhhhhhhh meu Deus, ai meu Deusssssssssssssssss. – Ele parou e a olhou.

RAFAEL – Quando você virou escandalosa assim?

PAULA – An? – ela nem se tinha dado conta. – Não sei amor a gente não ficou sozinho. – ele voltou a chupar ela invadindo sua cavidade com a língua enquanto burilava os grelinho dela.

Paula gemia alto e se contorcia e puxou os cabelos dele com loucura, ela ficava louca com ele e e queria sempre mais. Ele parou e subiu os beijos encaixando dentro dela e gemeu beijando a boca dela.

RAFAEL – Eu te amo! – Ela o agarrou com as pernas e se moveu rebolando e o fazendo entrar mais.

PAULA – Eu sei, Rafa, eu sei... eu te amo muito também. – devorou os lábios dele com amor e dedicação.

Rafael sentiu o corpo estremecer e chupando os seios dela gozou junto a ela.

RAFAEL – Amor vamos jantar hoje com minha mãe e contar a ela a novidade ou você quer que eu conte? – Falou ofegante e a enchendo de beijos.

PAULA – Vamos jantar e contamos juntos, será que seu pai não vai contar a ela? – ela o beijava e acariciava. – Que ta olhando, Rafa, para... – ela ficou vermelha.

Ele riu.

RAFAEL – Não tô olhando nada! Vamos subir?

PAULA – Vamos tomar um banho?Tem uma roupa sua aqui amor me leva no colo? – ele subiu as calças e a pegou no colo junto com sua roupa e subiu.

Rafael e Paula tomaram um banho e voltaram ao hospital para fazer companhia A Laura. Mas eles não puderam ficar no quarto e apenas Otávio pode fazer companhia a ela, Laura sentia-se um pouco melhor, mas permaneceu dormindo durante toda tarde. Otávio não permitir o que a filha fosse jantar com Victória para contar a notícia do bebê, pois desejava estar presente junto com sua esposa nesse momento.

Heriberto teve que ficar em silêncio e guardar o segredo de Vick para que o filho contasse no momento oportuno e a noite chegou trazendo descanso a todos e deixando cada pessoa no seu devido repouso. No dia seguinte Heriberto foi visitar sua mãe na casa, dela pois queria contar a novidade pelo menos para ela, entrou sorrindo e levando chocolates e flores para sua amada mãezinha, a mãe estava na cozinha preparando algo para Luciano tomar café.

HERIBERTO Bom dia, mamãe como vão às coisas?

BETH Bom dia, bebê da mamãe, como você está, aqui está tudo bem. ‒ Falou sorrindo.

Heriberto beijou a mãe e ofertou flores, depois ofertou os chocolates.

HERIBERTO Está tudo bem, mãe, tudo perfeito e você? ‒ ele a agarrou forte apertando como gostava.

BETH Aí garoto, vai me amassar...‒ falou rindo.

HERIBERTO Mãe, você vai ser a bisavó mais linda do mundo! ‒ soltou logo de cara.

BETH O que? ‒ Falou assustada.

HERIBERTO Eu vou ser avô, mãe... Rafa vai dar um neto a mim e a Vick.

BETH Graças a Deus que sou rica porque não ia dar conta de compra presente! ‒ Ele soltou uma gargalhada bem alta e novamente abraçou sua mãe com amor.

HERIBERTO É a melhor notícia que ele poderia me dar mamãe e ele nem faz ideia!

BETH Por que meu filho? Como Victória reagiu?

HERIBERTO Victória ainda não sabe, vamos contar hoje para ela. Os dois querem contar juntos com os pais dela, não sei como ela reagirá.

BETH Vai dar piti. ‒ Falou rindo. ‒ O filho tomando a atenção dela, ela não vai gostar!

HERIBERTO Talvez ame, mamãe, Vick é imprevisível se visse como chorou quando Ana Lívia foi adotada por Tereza, meu Deus, minha esposa é uma ciumenta. ‒ ele riu.

BETH Vocês já voltaram? ‒ O olhou enquanto servia café pra eles dois.

HERIBERTO Sei lá, mamãe, a gente está fazendo amor, dormindo juntos, ontem ela foi pro meu apartamento e a levei hoje pra casa.

BETH Isso vocês sempre fizeram! ‒ Deu a xícara a ele

HERIBERTO Mas ela não me quer lá ainda então acho que não voltamos. ‒ ele pegou.

BETH Porque sua irmã esta tão brava com você? ‒ Sentou ao lado dele.

HERIBERTO Minha irmã acha que sou um bundão, mamãe, mandado e que corro atrás de Vick, no dia do cinema ela estava com o medico dela lá depois de ter dito que não ia e Anajú acha que Vick esta sendo dura demais comigo.

BETH E sua irmã tem razão no que diz? ‒ Perguntou passando geleia em sua torrada deixando o resto do café para a empregada terminar..

HERIBERTO Mãe, eu amo, Vick, fiz tudo errado, eu quero ela se isso é rastejar então estou rastejando o que você prefere? Um brigão ou um banana?

BETH Banana brigão! ‒ Falou rindo.

Ele riu.

HERIBERTO Mãe, Ana é minha irmã, ela gosta quando eu estou feliz e gosta de me ver o machão que eu sou, mas antes disso esta a felicidade de minha esposa, mãe, Vick está tão frágil que um tempo atrás quando fui fazer amor com ela gritou de dor e tivemos que ir ao médico sabe o que era?

BETH O que, meu filho? ‒ O escutava atenta enquanto tomava seu café.

HERIBERTO Emocional, mamãe, ela não tinha nada estava com medo de mim, de meu toque dos meus beijos e quando a penetrei ela gritou de dor!

BETH Meu filho e vocês continuam nessa safadeza toda por quê? Vick não está pronta pra você e nem você pra ela, eu quero você feliz e quero você junto com sua mulher não me entenda mal meu filho, mas vocês não acham que precisam de uma distância de verdade? Eu sei que amar e ficar longe não fazem sentido mais vocês já se perdoaram? Se brigarem vão se entender ou jogar na cara tudo que aconteceu? ‒ Heriberto ficou em silencio e a olhou com dor.

HERIBERTO Mãe, tenho medo de que distante a gente nunca mais volte e se ela encontrar alguém que queira mais que a mim? Mãe, a vinte cinco anos não toco em outra mulher, não vou para cama com outra!

BETH Meu filho a vinte cinco anos atrás você treinou essa garota pra você! Se ela não fez isso em todos esses anos porque vai fazer agora, acho melhor então acabar com essa distância é voltarem a viver debaixo do mesmo teto.

HERIBERTO Mãe, eu quero voltar, mas Vick não está pronta.

BETH Então deixa de ser banana e para de servir só de lençol pra ela. ‒ ele riu.

HERIBERTO mamãe não fale essas coisas. ‒ ele riu muito e ficou olhando para ela. ‒ Como vou fazer que me aceite de volta? Não posso obrigá-la a me querer.

BETH Mais pode fazer ela te amar novamente como te amou no passado, Heriberto você sabe ser chato quando quer!

HERIBERTO Eu sei sim mãe, mas ela não é um anjo. ‒ ele riu. – E você esta certa vou falar com ela e fazer uma coisa que devia ter feito há muito tempo, vou fazer assim que eu sair daqui!

BETH Meu filho só não exagere! ‒ falou rindo.

HERIBERTO Eu não vou comprar uma viagem a lua mãe! ‒ Beth caiu na risada.

BETH Do jeito que é doido é bem capaz.

HERIBERTO Mãe, vou comprar o hospital e voltar as minhas pesquisas. ‒ ele sorriu abertamente satisfeito. ‒ Foi ideia de Vick.

BETH Olha ela pensa. ‒ adorava implicar com ele.

Ele riu e a olhou.

HERIBERTO onde esta meu pai?

BETH Deve esta dormindo. Meu filho, posso te perguntar uma coisa?

HERIBERTO Pode, mamãe, sempre fomos amigos e eu sempre te ouvi.

BETH Filho areia de praia da alergia? ‒ Heriberto soltou uma gargalhada e olhou dentro dos olhos dela.

HERIBERTO sim, mãe, dependendo do que tinha na areia, muitas sujeiras ficam lá na areia.

BETH Eu vou ter que ir ao médico? ‒ falou agoniada.

HERIBERTO Mas por que está me perguntando isso? O que você tem, mãe? Deixe-me examinar você!

BETH Meu filho, eu não vou abrir minhas pernas pra você ver minha gruta.

HERIBERTO Mãe o que fez com sua gruta? Está com bolhas? Coça? Arde ou dói?

BETH O que posso dizer a você é que eu e seu pai abusamos e eu estou ardida, ontem eu não senti, mas hoje até ficar de perna fechada dói. ‒ ela afastou um pouco a cadeira e subiu sua camisola e mostrou as bolinhas vermelhas que surgiram no meio das pernas.

HERIBERTO Mãe, você está assada, não foi à areia, foi à fricção, esta esfolada. ‒ ele riu e a olhou. ‒ Eu sou médico, mãe, me deixe ver sua gruta, posso te passar uma medicação pra aliviar!

BETH Meu filho, eu já fiquei assada e não é assim pode apostar! ‒ falou com certeza. ‒ E essas bolinhas não são normais, coça muito e to com medo de me machucar com a unha.

HERIBERTO Mamãe, vamos na clínica e Otávio examina você mamãe, vamos e aproveitamos que ele esta logo ali no hospital.

BETH Preciso avisar teu pai!

HERIBERTO Sim, eu te levo, onde ele está? Eu ligo para ele agora!

BETH Meu amor, seu pai está dormindo, que isso, Heriberto ta com fraqueza de memória?

HERIBERTO Eu tô sem dormir, mãe, vamos, vai se aprontar que vou te levar e você volta pra casa de perereca nova. Já devia ter ido. ‒ começou a rir.

BETH Eu ia ir depois do café, mas você chegou, eu vou me vestir.

HERIBERTO Vamos logo, mãe pra não piorar, você aprontando com meu pai na praia? ‒ ela riu.

BETH E como aprontei porque eu nem me lembro direito.

HERIBERTO E ainda estavam bêbados!

BETH Sim, muito bêbados. ‒ sorriu e levantou indo para o quarto, entrou e foi ate o marido. ‒ Grandão... ‒ chamou com calma.

LUCIANO Oi, Rosinha? Oi, amor? ‒ Ele gemeu sentindo sono e com preguiça.

BETH Eu estou indo no médico com nosso filho. ‒ falou com calma pra não assustar ele.

Ele abriu os olhos e olhou para ela.

LUCIANO O que foi, meu amor, que está sentindo?

BETH É só uma alergia nada demais!

LUCIANO Alergia onde, amor? ‒ ela levantou a camisola mostrando para ele. ‒ Meu, Deus amor, eu fiz isso?

BETH Amor, é só uma reação alérgica a você, acho que não vai poder mais tocar. ‒ falou séria.

LUCIANO Que isso, amor, deixa eu ver de perto. – Ele se aproximou. ‒ Tadinha, esta doendo?

BETH Só arde um pouco!

LUCIANO Eu vou também, me espera. ‒ ele se levantou correndo e a beijou. ‒ Não vou deixar minha rosa sozinha. ‒ ela se levantou e riu.

BETH Você quer ir lá comprovar que nessa gruta você não entra mais? ‒ Ele riu.

LUCIANO Amor, to preocupado com você!

BETH Nossa aposentadoria de foda veio antes do esperado! ‒ foi para o banheiro se lavar e quando a água caiu em seu corpo ela quase chorou.

Luciano veio em seguida e também tomou uma ducha rápida conversando com ela, quando acabaram, estavam arrumados e desceram de mãos dadas.

LUCIANO Oi, meu filho, bom dia vamos logo levar sua mãe ao médico! ‒ Beth sorriu o marido era sempre muito exagerado.

BETH Meu filho, sabia que seu pai vai aposentar o pau e na empresa! ‒ falou rindo da expressão de Luciano.

Luciano a olhou.

LUCIANO Da empresa, sim, meu filho, nada mais! Tudo aqui esta em uso! – ele se tocou rindo.

Heriberto riu muito deles, Beth o olhou rindo.

HERIBERTO – Vamos, mamãe!

Os três seguiram em direção a clínica de Heriberto e ao chegar lá Beth foi imediatamente atendida por outro médico, pois Otávio permanecia acompanhando Laura no hospital, Beth foi atendida por um medico lindo que a cada fala que saia de seus lábios era uma perdição. Luciano de cara ficou enciumado e não deixou que Beth entrasse sozinha no consultório.

E ali no meio de sua consulta lembrou-se de Tereza e de como reagiria ao ver o médico lindo que tinha em sua frente, sorria volta e meio o que deixava Luciano ainda mais bravo, ela contou ao medico o que tinha feito com o marido e ele a levou para a sala de exames, Beth se trocou e depois de pronta deitou na maca e ele colheu o material para exame e passou uma pomada nela para aliviar a ardência e o incomodo que ela sentia.

Depois de meia hora Beth foi liberada e ela vestiu sua roupa e voltou ao consultório, ele passou mais alguns remédios para ela tomar e a pomada para ela passar durante sete dias e proibiu sexo de qualquer tipo, marcou retorno para ela em sete dias e a liberou. Luciano e ela saíram do consultório depois de agradecer e encontraram o filho ao lado de fora, passaram para ver Laura que já estava melhor mais seguia em observação, tinha o rosto pálido e quase não tinha vontade de comer, depois de alguns minutos de visitas eles foram embora e Luciano levou Beth para casa.

Heriberto acompanhou os pais para sua casa, pois ele queria muito que os meninos contassem a Vick a novidade. Como Laura estava de repouso e demoraria a sair, Otávio tinha liberado a filha para contar de uma vez. Assim, Heriberto foi para casa depois de pedir Rafael para buscar Paula.