VICTÓRIA – Vem aqui, filha!– ela se aproximou. – Eu amo você e quando você voltar do seu pai já vamos estar na nossa casa e aí vamos conversar. – Sorriu.

VIVI – Também te amo, mãe e não fica triste, eu já sou uma mulher, mas sempre vou cer sua menina!– beijou e mãe e apertou, depois saiu.

O celular de Vick vibrou, era uma mensagem de Heriberto com três roupinhas de bebê e embaixo a mensagem...

" Como eu sei que você vai comprar o primeiro sapato, comprei a primeira roupa de nosso filho!"

Era um macacão branco de veludo, um conjunto elegante de pagão e outro macacão vermelho. Ela olhou a foto e sorriu, seria difícil o deixar longe agora. Alguns minutos depois outra mensagem chegou, e ela respondeu a mensagem dele.

"Estou enviando sua jaca, quer algo mais?"

"Ainda bem que sabe que o sapatinho sou eu que compro. Já demorou de mais tô perdendo a vontade."

"Eles entregam ai em cinco minutos, não coma demais!"

Ela se acomodou melhor na cama, estava com sono.

" Vou comer ela toda e depois vomitar tudo. Tchau, eu vou dormi."

Mandou a mensagem rindo e depois o celular do lado. Heriberto riu e voltou ao seu passeio, tinha muito que comprar ainda. Victória não demorou nada a pegar no sono.

ALGUMAS HORAS DEPOIS...

Rafael entrou no quarto da mãe sorrindo, Vick ainda estava adormecida.Ele foi até ela e a beijou carinhoso como sempre era com ela. Ela resmungou.

RAFAEL – Sandoval, por que está ai deitadinha ? Você está bem mãe?

VICTÓRIA – Porque eu sou rainha... – se moveu na cama, estava cheirosa como sempre, sem abrir os olhos pegando o filho para abraçar. – Já se resolveu com Paula? – falou cheirando ele.

RAFAEL – Mãe! – ele suspirou. – Estou cansado de algumas coisas!

VICTÓRIA – De que meu filho? – suspirou e abriu os olhos.

RAFAEL– Com Paula! Você dizia não o tempo todo pro meu pai?

Ela riu e ele deitou na cama olhando para cima.

RAFAEL – Tudo com ela é não!

VICTÓRIA – Fominha igual o pai, já vi tudo. Sua namorada é virgem, não é? – riu mais se lembrando dos tempos de namoro com Heriberto.

Rafael bufou, estava nervoso e chateado com tudo aquilo.

RAFAEL – Não pode nada, mãe! Eu quero ela!

Victória se sentou na cama.

RAFAEL– Não sou um irresponsável! Somos adultos!

VICTÓRIA – Vamos comer jaca e eu te dou umas dicas! – beijou ele muito e levantou da cama.

RAFAEL– Que isso, mãe detesto jaca!

VICTÓRIA – Eu também! – riu

Rafael se levantou com ela.

RAFAEL – E por que vai comer?

Victória calçou o chinelo e abriu a porta. Ele foi com ela rindo.

VICTÓRIA – Te conto lá em baixo!

RAFAEL– Tá estranha em, mãe! Vamos!

Ela riu e desceram, foram para cozinha e lá estava a jaca dela. Victória salivou e sentou esperando que o filho abrisse para ela.

VICTÓRIA – Depressa! Abre!

Rafael abriu correndo e rindo do jeito dela.

RAFAEL– Quem te mandou isso? – abriu e começou a retirar os favos.

VICTÓRIA – Teu pai... Tá mole?– perguntou olhando como uma criança gulosa.

A expressão dele mudou na hora.

RAFAEL– Você falou com ele? Está mole sim, mãe!

VICTÓRIA – Não a Vivi que pediu...

RAFAEL– Pode comer. – colocava os favos que ia tirando no potinho na bancada para ela.

Victória levantou e foi aonde ele tava e começou a pegar direto de onde havia aberto.

VICTÓRIA – Não quero só isso quero tudo isso aqui! – começou a comer.

Rafael sorriu e a olhou.

VICTÓRIA – Isso é horroroso, mas um horroroso bom!

RAFAEL – Que isso, mãe, o que está havendo? – ela o olhou. – Você está esquisita comendo essa jaca, parece até... – ele parou de falar e olhou para ela.

VICTÓRIA – Grávida?

RAFAEL – Mãe você tá gravida dele?

Ela continuou a comer. Não ficou feliz, por alguns instante era decepção no rosto dele, mas logo continuou normal.

RAFAEL – Está grávida do meu pai...Logo agora...

VICTÓRIA – Eu sei é decepcionante que depois de tanto que ter venha agora com nos dois separados. – colocou mais no pote que ele havia colocado para ela e serviu mais e sentou.Rafael a abraçou com força depois de ir até ela.

RAFAEL– Mãe, eu te amo, vamos cuidar de nosso irmão, desculpa! Só fiquei assustado, você tem a mim e a doida da Virginia.– debochou da irmã e riu.– Nosso irmão vai ser feliz, tá!

VICTÓRIA – Vai ser uma menina, escuta o que estou dizendo! – devorava a jaca.

RAFAEL – Ah, não, mãe poxa...

Virginia desceu arrumada e com sua bolsa, estava linda, foi a cozinha.

VIVI – Mãe estou indo, meu pai está ai na frente para me pegar.

Victória o proibiu de falar só com o olhar. Virgínia olhou Rafael.

VIVI – Você está de segredinhos, né.– falou chateada dando meia volta. – Tudo bem já estou indo com meu pai!

VICTÓRIA – Filha...

Vivi olhou para Vick.

VICTÓRIA – E o Beijo da mamãe? Ele só esta comendo jaca comigo. – enfiou um favo na boca dele.

VIVI – Mãe, eu não nasci ontem! Mas tudo bem, ninguém nunca me conta nada e você vai me castigar porque não te contei.

VICTÓRIA – Verdade ontem você perdeu a virgindade! – cobrou.

VIVI– E mesmo que tivesse contado...

Rafael falou de boca cheia...

RAFAEL– Quê, já contou pra mamãe que você deu pro velho? – riu debochando da irmã.

VICTÓRIA – Virgínia teu pai vai te contar quer apostar comigo? – Victória dava mais jaca ara ele sabia que ele odiava.

VIVI – Contar o que, mãe? – ela a olhou.– Por que você não conta do que está falando?

VICTÓRIA – Te dou o que quiser, como sei que ele te ver vai contar!

VIVI – Mas eu quero que você me conte! – soltou a bolsa e foi na frente da mãe.

VICTÓRIA – Eu te conto, amor, vem cá!

VIVI – Por que é sempre assim? Ele conta para mim e você para o Rafa?– ela pirraçou.

VICTÓRIA – Porque teu irmão me pressionou, eu disse que íamos conversar na casa nova! – mastigou mais.

VIVI– O que é, mãe? quer que eu more com meu pai? é isso?– ela estava na defensiva.

Victória riu.

VICTÓRIA – Meus filhos vão morar sempre comigo! O que eu quero contar é que... – viu Heriberto entrando.

RAFAEL – Ela tá grávida!– Rafael falou alto.

Heriberto olhava os três e estava em silêncio, os olhos mirando Vick e sua fome com a jaca. Victória virou para Rafa e deu dois tapas nele. Vivi olhou a mãe e sentiu o coração doer e chorou.

VICTÓRIA – Bruto era o meu momento!

Heriberto sentiu a filha desmontar e ela buscou os braços dele chorando

HERIBERTO – Calma, princesa, por que está chorando? Boa noite, meu filho.

Victória de sentiu frustrar novamente.

RAFAEL – Boa noite! – falou seco.

VICTÓRIA – Filha vem aqui!

Heriberto olhou o filho com amor e depois agarrou a filha. Victória levantou limpando os dedos e sentiu enjoar. Virginia soltou-se do pai e foi até a mãe chorando.

VICTÓRIA – Por que está chorando?

VIVI– Eu não quero que um bebê roube a meus pais!

Rafael olhava o pai, Victória riu, Heriberto suspirou e riu também...

VICTÓRIA – Amor você sempre vai ser a minha menina! – Victória levou os dedos até a boca.

VIVI – Não vou, mãe e eu não quero pensar nisso, você nem vai ter nada de tempo para mim!

RAFA – Mamãe, disse que vai ser menina! – Rafael provocou.

Virgínia voltou aos braços do pai...

VIVI – Vamos embora pai, por favor.

Heriberto beijou os cabelos dela, olhou o filho.

VICTÓRIA – Virgínia Sandoval espere eu vomitar e conversamos!

HERIBERTO – Vamos viajar para Acapulco, Rafael, se você quiser ir, filho, sua irmã e eu vamos gostar!

Victória saiu apressada dali para o banheiro, Rafael suspirou.

RAFAEL – Vou pensar!

HERIBERTO – Quero que você almoce comigo um dia desses filho e faço o macarrão que você ama. Agora que só trabalho na clínica, tenho mais tempo para as coisas normais do dia a dia como fazer almoço.

Rafael que odiava a jaca comeu mais um pedaço fazendo cara feia, Virgínia continuava agarrada ao pai. Heriberto foi até ele com ela agarrada e beijou o filho. Victória voltou pálida e um pouco suada.

HERIBERTO – Eu te amo, meu filho e sinto sua falta. Eu sei que está magoado, mas quero me desculpar com você. – depois se afastou...– Filha, meu deixe ver sua mãe.

Ele apenas ouviu e depois foi até Vick e a trouxe para sentar, pegou água e deu a ela.

RAFAEL – Quer mais uma jaquinha?– zombou da mãe.

Heriberto foi ate ela e mediu a pulsação. Victória riu.

VICTÓRIA – Você vai comer comigo?

HERIBERTO – Se você continuar vomitando direto, vou ter que dar uma injeção em você, algo para cortar o vômito.– ela olhou ele.

VICTÓRIA – Não precisa, na gravidez de Virgínia foi a mesma coisa! Eu comigo o que me dava vontade e jogava para fora, por que você acha que eu estou de alimentação balanceada?

HERIBERTO – Você não tinha quase cinquenta anos na gravidez dela!– foi direto e estava sendo honesto. Ela arqueou a sobrancelha e levantou.

VICTÓRIA – Vai embora!

HERIBERTO – Já estou indo!– respondeu de imediato. – Boa noite, meu filho!

VICTÓRIA – Idiota, velha é sua mãe! – falou brava.

Heriberto pegou a bolsa da filha e deu a mão a ela. Victória a puxou e beijou muito ela.

VIVI– Tchau, Rafa, tchau, mãe! – beijou a mãe.

VICTÓRIA – Eu amo você te espero na nossa casa! – sorriu.

RAFAEL– Aproveita que seu posto já era!– Rafa caiu na risada.

VIVI– Eu vou, mãe, papai vai me levar depois do almoço com Nádia. – deu língua para o irmão.– Se forem dois, um casal, você se ferra!

Heriberto a esperava impaciente.

VICTÓRIA – Vamos fazer uma festinha traga seu namorado, só para os mais íntimos! – beijou a filha e sorriu.– Não ligue para seu irmão ele está de implicância! Conversamos quando voltar.

VIVI – Eu não quero essa lombriga, mãe!– ela falou chorosa.

Rafa abraçou a mãe a beijando.

VICTÓRIA – Está chamando seu irmão de lombriga?– fez que ia chorar.

Victória riu.

VIVI – Estou brincando, mãe, Rafa que é a lombriga, esse ai é outra coisa! – deu a mão ao pai e saiu depois de Heriberto dar boa noite de novo.

RAFAEL– A lombriga aqui que vai dormi agarrada a Sandoval essa noite depois que a gente voltar da balada! – falou provocando mesmo.

VIVI – Tudo bem, bobo, meu pai vai me levar para passear hoje e jogar num cassino e amanhã ao parque de animais! Eu tio Otávio, Nádia, Afonso e você não vai!– ela riu dele.

RAFAEL – Programa de velho!– desdenhou.

VIVI – Rafa pode chorar eu sei que você ama cassino! Pode chorar que eu vou e você não!

RAFAEL – Eu e mamãe, a minha namorada e o Ricardão vamos para balada ver corpo jovem junto com Pepino e Antonieta!

HERIBERTO – Virgínia deixe disso, eu levo seu irmão quando ele quiser, porque essa bobeira agora?

VICTÓRIA – Não fale assim com ela! – Victória se intrometeu. – Ela está brincando!

HERIBERTO – Eu espero que você fala repouso... – provocou mordido de ciúmes.– E que não saia de casa depois de tudo que aconteceu hoje!

VICTÓRIA – Você não manda em mim! A velha aqui pode sentar no colo do novinho que quiser!

Rafael gargalhou com o que a mãe disse, Virginia olhou e se espantou.

VIVI – Mãe, que isso? – estava parada com o pai e ele respondeu.

HERIBERTO – Você é livre Victória, é minha ex mulher, faça o que quiser! Assim como eu também sou para sair com quem eu quiser! – estava mordido de ciumes dela, sempre estava, quando se provocavam assim ele tinha mais vontade de agarrá-la e beijá-la na boca com loucura.

VICTÓRIA – Obrigada, agora você já pode ir! Quando vier buscar um dos nossos filhos espere do lado de fora.

HERIBERTO – Só entrei porque minha filha pediu! Não preocupe, não pisarei mais em sua casa!

VIVI – Pai, não fala isso!

Victória suspirou e olhou o filho, Vivi falou assustada.

VICTÓRIA – Eu vou me vestir, filho!

HERIBERTO – Vamos, filha!

Beijou Vivi e saiu com o filho.

RAFAEL – Dois pra Sandoval!

Heriberto sem dizer mais nada saiu mordido de ciúmes dela. Rafael gargalhou, Virginia correu no carro com o pai..

Depois que eles se foram guardou a jaca na geladeira e foi atrás da mãe.

VIVI – Calma pai, ela tava brincando, ela não vai fazer nada com ninguém!

Heriberto abriu o carro e bufou com ela dentro e entrou e saiu com o carro apressado. Rafael entrou no quarto da mãe e sentou na cama rindo.

VICTÓRIA – Filho vá se vestir pra gente ir jantar estou com fome! A empregada está de folga hoje ou vai sair com Paula?

RAFAEL – Não, mãe, foi a resposta dela. Não! Vamos jantar sozinhos!

VICTÓRIA – Ótimo assim eu te ensino como pegar nos peitinhos dela! – Gargalhou.

RAFAEL – Ah, mãe é tudo que eu quero, me diz!

Ela pegou um vestido.

RAFAEL – Quero beijar ela lá, mãe, isso que eu quero!

VICTÓRIA – Você é que nem seu pai! Tem que ir com calma, um beijo de cada vez, chama ela para tomar banho de piscina.

RAFAEL – E meu pai foi com calma aonde? Do jeito que ele é deve ter sido um ogro!

VICTÓRIA – Um ano sem sexo, meu filho...

Ele parou e a olhou...

RAFAEL – Meu pai te esperou um ano, mãe?

VICTÓRIA – Sim... Um ano de banho frio e outras coisas a mais! – sorriu.

RAFAEL – Ele te amava, então, porque agora ele nunca que ia ficar sem você! – debochou.

VICTÓRIA – Vai ter que aprender!

RAFAEL – Quanto tempo vocês se separaram, mãe? Ele tá calmo, né! Nem tentou nada com você?

VICTÓRIA – Um mês que já estamos separados...

RAFAEL – E ele não quis nada, nem tentou te beijar?

VICTÓRIA – Nada... E se vier de graça sento o tapa nele!

Rafael olhou estranho, estava magoado com o pai, mas queria a felicidade dos dois. Victória veio até a cama e sentou ao lado dele.

RAFAEL – Mãe, você pode porque ele merece, ele foi um imbecil com nossa família e todos sofremos, mas ele é homem! Meu pai não fica sem mulher...

VICTÓRIA – Filho por que você não baixa a guarda e conversa com ele?

RAFAEL – Não quero...

VICTÓRIA – Isso é para me deixar mais feliz? – debochou do que ele falou.– Rafa, você nunca foi mimado assim, sempre ouviu, não seja como ele!

RAFAEL– Ele que tem que querer de verdade e não vi isso ainda, quando eu vir ele terá meu perdão! Ele mostra pra Vivi, mas pra mim não! Eu quero atos, ele prometeu e não fez e agora tem meu irmão! Papai tem que mostrar, eu acho que ele consegue, mas estou esperando.

VICTÓRIA – Seu pai tem que mostrar muita coisa para poder voltar para família, a terapeuta que eu estou indo disse que temos que perdoar.

RAFAEL – Ele também tem uma terapeuta... – falou sem perceber.

VICTÓRIA – Tomara porque ele precisa mais muito mais. Mas agora vamos nos vestir que tem um bebê com fome. – levantou indo para o banheiro.

Meia hora depois estava pronta e esperava o filho. Rafael se aprontou e encontrou com sua mãe.

VICTÓRIA – Até que enfim estou com muita fome!

RAFAEL – Vamos comer, mamãe, eu também estou, mas achei com a jaca estava satisfeita! – ele riu da mãe.

VICTÓRIA – Eu vomitei tudo...

RAFAEL– Sim, mamãe, eu sei!

VICTÓRIA – Vamos, que a velha aqui tá cheia de disposição!

RAFAEL – Você precisa melhorar, não te quero assim! Você não é velha!

VICTÓRIA – Filho eu estou grávida e vai ser sempre assim comendo e vomitando. – sorriu dando a mão para ele.

RAFAEL – Mãe você é linda de qualquer jeito, você sabe! Eu te acho a mulher mais linda do mundo, a mais linda!

VICTÓRIA – Meu filho estou pensando em pousar pra playboy! – falou rindo estava de ótimo humor. Rafael soltou uma gargalhada e ela o levou para o carro.

RAFAEL – Mamãe, se você pousar, o papai rasga todas as revistas da banca!

VICTÓRIA – Tô pouco me importando com ele.– entrou no carro.

RAFAEL – A coroa tá perversa.– ele sorriu e ajudou a mãe fechando a porta.– Vamos zoar, mãe!

Ela gargalhou.

VICTÓRIA – Vamos pra onde você quiser!– colocou o cinto.

RAFAEL – Vamos dançar, mãe, você aguenta? Ou está fraquinha?

VICTÓRIA – Me respeita que eu aguento a noite toda! Quando você nasceu, eu já era vivida!

RAFAEL – Olha ela, a gatona arrasando, vai pegar uns novinhos?

Falou rindo e mentindo foi se divertir depois de casada e agora com mais idade. Ele dirigia tranquilo e sorrindo com a mãe, amava sair com ele.

VICTÓRIA – Todos que me derem mole hoje! – riu mais. – Que vergonha, eu não sou assim não filho!

RAFAEL – Olha, eu vou liberar você, então, mas tenho que dizer que você é Diva, mãe! Você é para casar!

VICTÓRIA – Deus me livre casar... Vou ser uma daquelas avós roqueiras. – riu tanto de a barriga começou a doer.– Aí, chega me dói não quero mais rir!

RAFAEL – Mãe, quero saber uma coisa...

Ela respirou e o olhou.

VICTÓRIA – Fala filho?

RAFAEL – Você não ama mais ele? Acabou o amor? Por que eu tenho medo que se ele seguir em frente e lá na frente você se arrepender.

Ela o olhou séria...

VICTÓRIA – Eu só amei um homem na minha vida inteira e com tudo que passamos, eu ainda estou aqui esperando que esse babaca fique bem que pelo menos seja pai de vocês! Se acontecer de não ficarmos juntos mais...

RAFAEL – Sabe, mãe, eu posso estar errado, eu te amo e estou do seu lado, mas pelo que Vivi conta ele está tentando, mas eu senti uma coisa diferente hoje, ele te ama, mas estava longe. Como se algo estivesse no pensamento dele. Meu pai sempre foi um homem disputado e você também é disputada.

VICTÓRIA – Mas meu filho, eu sempre deixei claro quem eu queria, você está comigo todos os dias já me viu sorrir pra alguém que não fosse por educação?

RAFAEL – Acha que ele pode se apaixonar por outra pessoa? A Vivi vigia, mãe.– Eu acabo com ele se ele te fizer sofrer! Já chega as palhaçadas que ele fez porque não te pede perdão e resolve isso? Agora tem nosso irmão.

Ela suspirou.

VICTÓRIA – As coisas não são fáceis assim, meu filho, seu pai precisa se tratar e muito mais agora que vamos ter um bebê em casa. Eu não quero mais sofrer, não quero mais ser aquela louca ciumenta, eu preciso que ele entenda que se eu não gosto, eu não gosto. Olha o que aquela mulher fez com nosso casamento! Eu não facilitei com Oscar, mas não tinha nada demais nós apenas trabalhávamos, mas esse é outro que eu vou resolver assim que ele voltar de férias!

RAFAEL – Agora ele saiu do hospital... e está apenas na clínica dele. A tal vagabunda não vê mais ele. Ordinária, eu queria olhar na cara dela e dizer o que penso!

VICTÓRIA – Ela não vai desistir, Rafael, mulheres assim não desistem do que querem fazem extremos pra ter o que quer.

RAFAEL – Será que ele quer ela?– falou sem pensar.– Ele esta sozinho e solteiro!

VICTÓRIA – E seu pai direta ou indiretamente deixou isso chegar a esse ponto! Seu pai pode querer quem ele quiser, no momento somos somente pais de vocês. – falou um pouco chateada.

RAFAEL– Mãe, vamos mudar de assunto, mas eu acho que você devia ir lá no apartamento dele de surpresa. Eu vou com você e damos uma geral lá e olhamos na cara dele! Se tiver mulher lá, mãe, eu quebro tudo!– ele segurou a mão da mãe com uma mão só e ela riu.

VICTÓRIA – Não vamos mais bater em ninguém! Não tenho mão para isso ainda.

RAFAEL – Podemos bater nele! Ele que é nosso e fica de merda.– ele acelerou o carro.

LONGE DALI...

Heriberto olhava o telefone impaciente, a filha jogava com Otávio em um dos caça niques do cassino, ele depois de olhar várias vezes, ligou para ela, esperou tocar por cinco vezes, estava barulho de música no cassino e só estavam os três. Victória pegou o celular da bolsa e mostrou para o filho rindo.

VICTÓRIA – Teu pai não muda! – atendeu.

HERIBERTO – Oi, meu a...– parou de falar.– Oi Vick, você está melhor? Parou de vomitar?

VICTÓRIA – O que aconteceu, Heriberto?

HERIBERTO – Não aconteceu nada, só estava preocupada.

Ela respirou fundo.

VICTÓRIA – Você quer saber onde eu estou e se sai mesmo com nosso filho? Por que não pergunta? – foi direta.

HERIBERTO – Eu sei que você saiu, eu realmente quero saber se você está bem e meu filho.

Rafael estacionou o carro e desceu abrindo a porta para ela.

VICTÓRIA – Obrigada, meu filho !– desceu do carro.

RAFAEL – Vamos, mãe...vamos seguir!

VICTÓRIA – Heriberto, estamos bem, vamos comer e depois vamos...– parou de falar.– Minha bolsa, Rafael.

Heriberto ouviu a filha gritando para ele.

VIVI – Ganhei, ganhei, pai! – ele sorriu e olhou a filha com amor.

Victória esperou o filho pegar a bolsa.

HERIBERTO – Que você se divirta, Vick e tenha uma noite ótima!

Rafael pegou a bolsa e fechou o carro dando a mão a ela.

VICTÓRIA – Obrigada, cuida da nossa filha e não deixa ela beber a médica dela proibiu!

HERIBERTO – Não vai beber, mas quer dormir com o namorado!Hoje, eu disse não! – ele suspirou. – Não deixe que Rafa faça nenhuma besteira, ele e Paula estão firmes.

Eles entraram no restaurante.

VICTÓRIA – Você deveria ensinar a ele como pegar uma virgem. – falou baixo para o filho não escutar. – Tem mais experiência no currículo que todo mundo! – ainda tinha ciumes. – Eu preciso desligar!

Ele gargalhou.

HERIBERTO – Meu filho vai aprender sozinho! Isso é natural num homem. E sim, nada como chupar um peitinho pela primeira vez! O seu nunca saiu da minha memória, ainda tem o mesmo gosto delicioso que tinha! Não só o peitinho, minha apertadinha ainda é deliciosa como na primeira vez, acho que agora até mais, uma delicia selvagem!

Victória desligou não ia ficar ouvindo aquilo e ele gargalhou.

HERIBERTO – Ciumenta!– e sem dizer mais nada ele foi jogar com a filha.

Victória sentou na mesa com o filho xingando baixo.

RAFAEL – O que foi, mãe? – ele pegou o cardápio. – O que o ogro Bernal falou com você?

VICTÓRIA – Insolente! Não quero falar dele! – pegou o cardápio e respirou.

RAFAEL – Ele sempre é o assunto!– riu. – E você sempre é o assunto la na casa dele! – implicou.

VICTÓRIA – Você que quer falar dele, não eu?

RAFAEL – Gato e rato! Vamos falar de mim, mãe! Me dá umas dicas. Eu quero viajar com Paula, o que faço pra convencer ela?

VICTÓRIA – Ela não vai aceitar, se for como a mãe dela, Deus me livre! – sorriu.– O que você tem que fazer é ir com calma, um beijo de cada vez já disse tem que ir acendendo o corpo dela e aos poucos ela vai te deixar tocar o corpo. Com seu pa....Então, é assim que tem que fazer!

Rafael riu e a olhou.

RAFAEL – Mãe, ela é perfeita, já vi quando subi pra buscar ela no quarto dela, estava sem roupa e eu entrei e ela. – ele suspirou.

VICTÓRIA – Rafael, Otávio te dá um tiro!

RAFAEL – Eu quero, Paula, quero ela como nunca quis ninguém... Ele não sabe que estamos juntos, ele nem estava em casa!

VICTÓRIA – Mas tem que saber!

RAFAEL – Laura disse que Paula não pode namorar, mãe! Tem noção que isso é coisa do mundo e ela vai ser atentada pelo capeta para dar as virtudes dela!

VICTÓRIA – Sim, tenho, eu também não podia e olha onde estou só conheci um pau na vida!

Falou sem querer e o filho riu alto.

RAFAEL – Tudo que eu mais quero é a virtude dela!

Victória gargalhou de sua declaração.

RAFAEL – Que isso mãe?

VICTÓRIA – O que meu filho?

RAFAEL – Não fala pau não que fico sem graça! – escolheu a comida dele e dela.

VICTÓRIA – Desculpe, bebê de mamãe, você nem tem isso! – brincou e pediu seu suco e água.

RAFAEL – Eu tenho, mas você é minha mãe! Não é grande como o do meu pai, mas. – ele gargalhou.

VICTÓRIA – Meu filho se você saiu do seu pai, você é grande, sim! É genética de Rios Bernal

RAFAEL – Eu vi, mãe, ninguém no mundo é como meu pai! Você foi corajosa e ainda é! Loucura! – ele fez cara de nojo. – E ate fizeram um filhinho mesmo brigando!

VICTÓRIA – Artigo de luxo! Esse bebê foi feito em um dia que ele me trouxe chocolates e disse que ia mudar, nos fizemos amor depois de anos de loucura na cama. – suspirou pesado.

Rafael segurou a mão dela e beijou.

RAFAEL – Pode contar mãe eu não vou te dizer nada ruim sobre ele! Apesar de estar zangado ele ainda é meu pai! Vocês fizeram amor...

VICTÓRIA – Não quero mais falar disso! Para onde vamos depois?

RAFAEL – Eu quero ir a um lugar com você lindo e não vamos dançar não! Eu tava irritando Vivi. Vou te levar numa galeria de arte mãe!

VICTÓRIA – Tudo bem filho, só quero esquecer um pouco esse dia!

RAFAEL – Tem uma exposição linda que quero que você veja, de Rodan, parte das esculturas dele estão expostas, são lindas, quero que você veja. Quando eu levar, Paula e vou chamar Vivi e o velho dela!

Victória riu e a comida chegou.

VICTÓRIA – Chame sim! – ela começou a comer sem demorar. – Eu vou ficar muito gorda!

RAFAEL – Mãe você é linda, vai continuar linda! Só um burro não vê isso!

VICTÓRIA – O burro não viu!– riu.

RAFAEL – Ele vai voltar, eu tenho certeza! É um idiota, mas te ama!

Ela só confirmou com a cabeça comendo.

Victória e Rafael ficaram no restaurante durante mais uma hora conversando e rindo. Depois saíram de lá e foram para lá galeria de arte e passaram mais duas horas na exposição. Depois ele levou sua mãe para casa. Heriberto e Virgínia se divertiram no cassino como nunca rindo e ganhando pequenos valores nas máquinas de caça-níquel. Mas durante toda a noite a única coisa que Heriberto conseguia pensar era em Vitória.

Victória se sentia mais leve do que nunca há tempos não ria tanto o filho era sempre uma ótima companhia. Quando Heriberto levou a filha adormecida do sofá para sua cama, ele prestava atenção em como a filha era linda e como parecia uma copia de Victória.

Victória depois do passeio já na cama ficou pensando do algum tempo a casa estava sem vida e precisava sair dali logo já não aguentava mais se sentia afogada na solidão, viu um pouco de TV e depois de comer mais um pouco de jaca ela adormeceu.

AMANHECEU...

Heriberto sorriu e eu olhando a filha se aproximar das grades observando os animais de todo Park animal. Virgínia parecia uma criança quando se tratava de animais e de coisas que ela queria fazer. Ele sorriu cheio de alegria por que amava ver aquela filha sorrindo também. Se sentou comendo uma pipoca enquanto via filha brincar com os macacos.

Olhou a hora e pensou que deveria ligar para Victória e saber como ela estava mas tinha um plano melhor iria a casa dela à noite mesmo que ela não quisesse recebê-lo. Compraria algumas de suas caixas de chocolate e um outro presente para o neném para ela iria até lá.

Não estava gostando da ideia de que Victória se sentia solteira para viver saindo à noite. Por mais que eles estivessem separados ele não podia nem imaginar que ela estivesse com alguém ou estivesse sendo cortejada.

Victória acordou tarde nesse dia era quase dez da manhã quando ela despertou. Estava cansada e preguiçosa queria ficar na cama ele foi eu que fez pedir o café da manhã com tudo que era direita ligou para empresa e pediu que Antonieta assumisse seu lugar naquele dia.

Ao meio-dia o caminhão da mudança chegou e supervisionando tudo achou as caixas que faltavam foram colocadas no caminhão.Eram objetos de decoração algumas das muitas malas de roupa que ainda estava na casa coisas dos filhos e uma uma caixa em especial ficou em cima da cama.

Em uma hora tudo que ela levaria dali já estava no caminhão e seguia para casa nova ela olhou em volta somente alguns poucos móveis ainda estava na casa o restante fora para doação não levou nada dali para nova casa queria tudo novo uma vida nova.

Em cima da cama havia uma caixa em especial ali tinha algumas coisas de Heriberto que ela iria devolver. Pegou o telefone sentou na cama comendo sua maçã ela ligou para ele e esperou ele atender.

HERIBERTO – Alô?– atendeu rindo e jogando beijo pra filha.

VICTÓRIA – Sou eu, Victória! – falou mordendo a maçã.

HERIBERTO – Oi minha vida, o que quer? – falou distraído – Está tudo bem?

VICTÓRIA – Queria uma rapidinha!– pensou e riu de seus próprios pensamentos.– Tem uma caixa de coisas suas aqui eu vou levar para minha casa e quando você levar a nossa filha Não esquece de pegar.

HERIBERTO – O que tem na caixa, Vick?

VICTÓRIA – Algumas coisas de trabalho, uns quantos livros coisas que você gosta muito tempo!

HERIBERTO – Tudo bem meu amor, eu pego hoje a noite! Eu queria que você jantasse comigo hoje.

Ela suspirou

HERIBERTO – Você está ocupada? Vai estar cansada da mudança se distrair faz bem.

VICTÓRIA – Acho que hoje não é um bom dia, preciso arrumar um monte de coisa estou super enjoada.

HERIBERTO – Quer que te examine? Eu posso examinar você e te dar uma injeção!

VICTÓRIA – Estou grávida não doente! Que mania de injeção! Eu não quero suas injeção, eu tenho médico e cuida da minha gravidez!

HERIBERTO – Eu sou médico!–Heriberto suspirou. – Quem o médico que está cuidando de sua gravidez?

VICTÓRIA – Meu médico é o Miguel! Você já trabalhou com ele, agora ele é o meu médico!

Heriberto bufou sentiu a garganta seca e disse com ciúmes declarados.

HERIBERTO – Com tantos médicos no mundo você quis ele, o homem com quem sempre tive problemas... – falou baixo e decepcionado. – Esse é um ótimo passo para nos reconciliarmos, Victória! Você e Miguel, um recomeço ótimo para nós dois!

VICTÓRIA – Não fale comigo nesse tom!

HERIBERTO – Que tom? O tom de estou decepcionado com você? É o que estou sentindo! Seria como se eu estivesse me consultando com... – ele ficou em silêncio.

VICTÓRIA – Qual o seu problema, Heriberto?

HERIBERTO – Meu problema é estar longe da mulher que eu amo!

VICTÓRIA – Decepcionado por que? Por acaso vou me esfregar nele?

HERIBERTO – Meu problema é ela estar grávida e eu nem poder comemorar com ela!

VICTÓRIA – Vou lá no consultório dele vou dar para ele! Esse é seu assunto não é meu! O idiota dessa história é você! Não está comigo porque você procurou isso!

HERIBERTO – Não fale desse jeito, Victória, não vai dar a ninguém!– falou baixo.– Estou aqui ardendo de desejo por você, louco para fazer amor com você e me diz uma coisa dessas! – passou as mãos nos cabelos.

VICTÓRIA – Eu falo do jeito que eu quiser, você não tem direito de me julgar! De novo isso, eu não vou aceitar, não vou mesmo!Eu posso ser tudo nessa vida menos vagabunda como você pensa! Contenha o seu pau dentro da calça porque eu não sinto a sua falta!– foi cruel. – Eu não liguei para falar de nós, liguei para falar das suas coisas! Eu vou desligar!

HERIBERTO – Vick! – ele suspirou. – Você prefere que eu não sinta nada! – Que não me importe! Me diz? Você não me ama mais? Posso seguir em frente?

VICTÓRIA – Eu prefiro que você não me julgue, que você me respeite e conhece há mais de anos eu nunca entendeu nada! Eu fui a sua mulher, a mãe dos seus filhos, acho que não preciso ser taxada como uma vadia!

HERIBERTO – Eu não disse isso agora, você está magoada e entende o que quer! Eu disse que você ser paciente do único médico com quem tive problemas é um péssimo recomeço para nós, mas na verdade, você não quer um recomeço comigo! Está voltando para nossa casa.

VICTÓRIA – E aí você que o seu ciúmes já joga Alessandra no meio da nossa relação. Que belo começo, Heriberto!

HERIBERTO – Você quer ser feliz de novo, sem mim!Estava te mostrando como eu me sinto porque você me fere e nunca ouve também! Quando falo dessa maldita mulher, você mensura a minha dor!

VICTÓRIA – Falo dela porque foi desde que essa vagabunda, essa piranha, essa cachorra desgovernada entrou na nossa vida você ficou mais estúpido ainda só penso em você seu problema é esse!

HERIBERTO – Victória, chega, você não quer conversar, eu quero conversar com calma, mas nem você nem eu estamos prontos, você não deve se aborrecer!

VICTÓRIA – Foi você que começou com esse assunto!

HERIBERTO – Eu peço perdão, esqueça! Eu passarei para pegar minhas coisas quando for levar minha filha!

VICTÓRIA – Por mais que eu tente, por mais que eu faça, você não confia em mim! – falou triste.

HERIBERTO – Eu confio em você, Victoria eu não confio nos outros e nem em mim!–admitiu sofrendo.– Eu estou me tratando para não me sentir assim porque cada vez que te vejo sorrir, você me deixa fora de mim e se sorri para alguém eu me perco em meu ciúme e isso é uma doença.

VICTÓRIA – Eu vou desligar!– não queria se aborrecer e queria chorar.

HERIBERTO – Bom dia, Vick!– ele suspirou, ela desligou. – MERDA!– gritou para si mesmo com o rosto vermelho.– Três semanas treinado e na primeira eu faço tudo errado!– se levantou e foi até a filha. – Vamos, meu amor? Já podemos ir?

Victória não quis chorar mãos foi impossível, levantou e saiu com uma mala na mão desceu e pediu que o motorista pegasse a caixa e ela foi para o carro. Olhou a casa por última vez ali não voltaria nunca mais!

VIVI – Vamos sim, pai!

Heriberto olhou afilha.

HERIBERTO – Quero ajudar sua mãe na mudança, mas discutimos. Acha que devo ir? Quero estar lá com ela quando chegar na noss... na casa nova.

Vivi se preocupou.

VIVI – Pai, você pediu desculpas? Poxa pai você estava treinando tanto no espelho e faz merda!

HERIBERTO – Eu não consigo, ela falou do médico dela e eu perdi o controle filha!

VIVI – As vezes eu queria te dar um tapa!– ele a abraçou.

HERIBERTO – Eu quero me dar um soco! Vamos lá ajudar sua mãe, se ela não me expulsar.

VIVI – Se sabe que se o Rafa souber ela te dá esse soco

HERIBERTO – Seu irmão precisa se lembrar que sou o pai dele, não um colega.

VIVI – Você precisa saber que ele mata e morre pela mamãe!

HERIBERTO – Os problemas que tenho com sua mãe são meu e dela, ele precisa cuidar da vida dele e não tomar partido!

VIVI – Egoísta! Eu tomo seu partido sempre! – o soltou.

HERIBERTO – Amor!– ele abraçou a filha. – E o que eu digo para você? Eu digo que você deve amar e cuida de sua mãe, porque você não tem que escolher, filha! Não mesmo!

VIVI – Pai, ele não vai fazer pouco caso é a mamãe.Pai a mamãe disse que já morou naquela casa. Eu fui só uma vez lá, mas a casa é a cara dela.

HERIBERTO – Vivemos por quase oito anos lá, filha.

VIVI – E por que eu não me lembro?

HERIBERTO – Porque você era novinha, amor, bem novinha. – ele abriu a porta do carro.

Ela entrou e eles seguiram conversando até chegar na casa. Heriberto sentiu medo de ser expulsou, mas mesmo assim parou na porta o caminhão de mudanças já estava lá. Comprou chocolates. Victória estava dentro da casa ditando onde cada caixa deveria ir. Heriberto entrou com um caixa na mão e olhou para ela.

HERIBERTO – Onde coloco essa, Vick?– ele sorriu e olhou a casa cheio de recordações.

Ela estendeu a mão de imediato, olhou a mão dela estava sem aliança. Ele sentiu o coração apertar mas não disse nada.

VICTÓRIA – Sua caixa esta lá no meu carro!! Abriu e sentou um pouquinho na poltrona que tinha ali. Ele foi ao carro dela pegou a caixa e colocou no seu, pegou os chocolates e entregou. Trouxe os que você gosta.

VICTÓRIA – Alguma alegria nesse dia! – pegou.

Ele sorriu e se sentou ao lado dela.

HERIBERTO – Posso mandar entregar um estoque aqui ou posso trazer todo dia uma caixa.– falou leve sentindo o perfume dela, não podia deixar de sentir desejo por ela nunca. Ela o olhou comendo.

VICTÓRIA – Pode ajudar eles! Isso você pode! – levantou e subiu para o andar de cima.

Heriberto sorriu e foi ajudar a carregar as caixas, mas num dado momento ele subiu e foi ao banheiro e quando estava lá, ele achou uma marca na parede. Uma marca que tinham feito juntos.

Victória estava no quarto abrindo as caixa a procura de uma roupa mais confortável estava com calor e esbravejou lá dentro. Heriberto tocou a parede e sorriu se lembrando.

VICTÓRIA – Odeio mudança, odeio!– jogava as roupas na cama, ele saiu do banheiro. Pegou um vestido e foi ao banheiro e vestiu era um dos que deixava Heriberto doido.

Ele saiu do banheiro e andou no corredor e sorriu.

HERIBERTO – Vick! – chamou por ela. – ela abriu a porta para ele.

VICTÓRIA – Eu quero mais chocolate!– falou olhando ele.

Heriberto parou diante dela e respirando fundo, pesado... chegou bem perto.

HERIBERTO – Você quer, Victória?

VICTÓRIA – Quero!

Ele chegou mais perto e respirava mais pesado. Chegou bem perto e sentiu o cheiro do cabelo dela.

VICTÓRIA – Não faz isso...

HERIBERTO – Por que? – ele a segurou levemente pela cintura.

Ela suspirou levando a mão no peito dele. Heriberto a segurou delicadamente pelo pescoço, os dedos entrando nos cabelos, ele queria um beijo e a trouxe para ele de modo lento. Os lábios colaram e ele sugou de modo leve os lábios dela, movendo a boca com paixão e devoção lentamente. A língua dele encontrou a dela e as cabeças se moveram suaves. As mãos dele deslizavam nas costas dela, a mão dela escorregou para o pescoço dele e ela apertou.

Victória desfrutou por um momento, mas logo se afastou saindo de perto dele. Heriberto estava sem ar quando ela se afastou e a olhava embriagado.

HERIBERTO – Victória! – ele se aproximou de novo. – Não foge, nós nos amamos!

VICTÓRIA – Isso não muda as coisas!

Ele a trouxe e novo para ele.Ela o afastou.

HERIBERTO – Meu amor o que eu preciso fazer para que me deixe ter uma chance com você, como nossos filhos?

VICTÓRIA – Mude, não quero mais você me julgando, eu não mereço, eu nunca te dei motivos pra você desconfiar de mim!

HERIBERTO – Não, merece, meu amor, você não merece eu fui um tolo e eu prometo que não vou duvidar, mas tenho ciumes de você, Victória! Eu não consigo controlar ainda, mas vou aprender, eu enlouqueço! Eu te amo e quero estar com você nessa gravidez! Me deixa tentar, Victória!– ele se aproximou queria beijo, mais beijo. Ela se afastou.

VICTÓRIA – Atitudes, é isso que quero! Não volte a me beijar!

HERIBERTO – Tudo bem, meu amor, você está certa!

Victória passou as mãos no cabelo e sentou na cama um pouco.

VICTÓRIA – Preciso que converse com nosso filho...

HERIBERTO – Sim!– ele a olhou. – O que esta havendo? Converso sim!

VICTÓRIA – Ele quer a pureza de Paula

HERIBERTO – Ele quer?– Heriberto sorriu. – É claro que ele quer, deve estar pegando fogo!

VICTÓRIA – Está, é um legítimo Rios Bernal!

HERIBERTO — Vou conversar com ele! Mas acho que nosso filho sabe o que fazer. – Heriberto olhou para ela e sorriu. – Eles tem quase a nossa idade

VICTÓRIA – Ela tem a minha idade e ele quase a sua! Ele precisa ter cuidado, ela é filha da louca que acha que se ele possuir a filha o demônio tá entrando no corpo dela. – falou e riu.

HERIBERTO – Será um enorme demônio! – ele riu. – Vou conversar com nosso filho e depois vamos sair todos juntos para que possamos formalizar esse namoro. Ela quer estar com ele, só está com medo! Nosso filho não tem paciência com preliminares, ele quer ir lá e bater direto na porta, isso a deixa assustada.

VICTÓRIA – Eu já conversei ontem com ele quando saímos já disse o que tem que fazer!

HERIBERTO – Contou a ele o que fazíamos? – olhou para ela com desejo.

VICTÓRIA – Não!

HERIBERTO – Eu ficava louco, nunca tomei tanto banho! – ele riu.– Nosso filho está apaixonado...

VICTÓRIA – Está sim e nunca que pensei ser por ela! – ela levantou saindo do quarto. – Preciso ver as coisas da casa!

Heriberto desceu e ajudou com tudo, as horas passaram e ele saiu e voltou trazendo a outra caixa de chocolates que ela queria. Trouxe frutas também porque queria ela se alimentando bem. Quando ele voltou só os cinco empregados trabalhavam na casa no andar de baixo Vick estava no quarto dormindo o sono a pegava rápido. Ele foi até ela e entrou no quarto em silêncio, deitou ao lado dela e com carinho depois de admirá-la disse sussurrando.

HERIBERTO – Vick, você precisa comer, eu trouxe umas frutas.

Ela virou para o outro lado e suspirou deixando as pernas para fora do lençol, o vestido só cobria suas partes e ela seguiu dormindo. Heriberto sentia o corpo todo responder, com carinho ele deslizou a mão nas pernas dela e se aconchegou a Vick.

HERIBERTO – Você é linda, Vick!

VICTÓRIA – Você prometeu...– falou sussurrando e bocejou.

HERIBERTO – O que eu prometi? – ele sussurrou no ouvido dela e deslizou a mão na perna e indo e vindo.

VICTÓRIA – Você está dificultando as coisas. – se sentiu molhar.

HERIBERTO – Eu sinto sua falta.– ele gemeu sofrido. – Sinto sua falta o tempo todo, amor, eu quero tanto você, eu te amo! – dava beijinhos os ombros e nas costas dela.

VICTÓRIA – Eu também sinto, mas não vamos resolver nossos problemas indo pra cama, você nem deveria estar aqui não gosta dessa casa. – tirou a mão dele.

HERIBERTO – Essa casa me tirou minha família e felicidade e pela segunda vez esta me tirando de novo!– ele saiu da cama e pegou a bandeja que tinha levado.– Coma as frutas você não pode ficar sem comer!

VICTÓRIA – Essa não tem nada a ver com os seus problemas! – olhou ele.

HERIBERTO – Eu não quero brigar!

VICTÓRIA – E não está tirando sua família de novo foi você mesmo!

Ele se sentou no sofá em frente.

VICTÓRIA – Não estou brigando!

HERIBERTO – Eu não posso evitar te desejar, eu te desejo. Vamos resolver nossos problemas fazendo amor? Não...Mas eu te desejo, isso não vai mudar. Quer que eu espere de novo por um ano para ter minha mulher?

Ela suspirou ele era um ogro.

VICTÓRIA – Por favor! Não faz assim! Se você não sabe conversar sobre o nosso filho que não estar mais aqui não fale! Você perdeu, eu também perdi! Você acha que dói mais em você por que é pai? E eu que sou mãe dói o dobro!

Ele sentiu o coração apertar.

HERIBERTO – Foi um erro, Vick, passamos tanta tempo tentando achar um culpado para a morte de Guilherm...– enfim dizia o nome do filho. – Renan Guilherme não tinha que ser nosso, não era o nosso destino e nós o perdemos, não foi sua culpa e nem foi minha!

Victória se sentiu quebrar e não pode evitar levou as mãos ao rosto e chorou.Heriberto foi até ela na cama e a abraçou chorando.

HERIBERTO – Não foi nossa culpa, meu amor! Nem eu e nem você faríamos mal a um filho nosso. Nunca faríamos mal a ninguém! Não chora, meu amor, não chora!

VICTÓRIA – Mas você me culpou, me culpou porque eu estava com o meu filho no colo, ele estava assustado porque você gritou como um louco comigo!

HERIBERTO – Eu te culpei porque eu fui um idiota e estava com tanta dor que não soube o que fazer. Você estava sendo mãe de Rafael e eu não entendi isso... – ele tocou o rosto dela, estavam um de frente para o outro.– Eu quero te pedir perdão, perdão por nunca ter te absolvido dessa culpa. Você é a mulher mais corajosa que eu conheci, você lutou por nosso filho por horas e por fim ele se foi...

Victória chorou mais ainda, a dor que achava estar curada não estava só estava ali esperando esse dia para voltar a tona. Ela se soltou dele e se afastou ainda deitada na cama ficou de costas.

HERIBERTO – Vick, precisa que alguém te ajude com essa dor. Para que você também pare de se culpar porque sei que sente culpada! – ele ficou olhando para o teto. – Nosso passado precisa ser perdoado e precisamos seguir em frente e bem mesmo que seja separados, mesmo que seja um em cada lado precisamos superar isso e deixar que nosso filho descanse!

VICTÓRIA – Vai embora! – falou soluçando.

Heriberto se levantou e em silêncio chorando ele se foi. Desceu, beijou a filha e saiu disparado. Virgínia subiu correndo e foi até a mãe, deitou na cama se agarrando a ela.

VIVI – O que foi? Mãe, por que está chorando? Você brigaram?

VICTÓRIA – Só me abraça, filha...– foi o único que pediu.

A filha abraçou forte e bem apertado repetindo...

VIVI – Te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, você é a melhor mãe do mundo e eu te amo!– e ficou agarrada a mãe abraçada com amor.

VICTÓRIA – Eu também te amo muito filha, muito! Me perdoa se muitas vezes eu te deixei de lado, mas eu sou tão doente quando seu pai!

VIVI – Mãe, você e meu pai fizeram melhor, o melhor de vocês! Eu não sou mais criança e eu entendo.– ela beijou a mãe. – Eu te perdoo só se você prometer que não vai me abandonar por causa desse bebê!

VICTÓRIA – Eu nunca vou te abandonar, eu prometo!