UM MÊS DEPOIS...

Victória estava quase pra completar seus quatro meses a barriga já apontava e ela sorria para todos os lados. Contratou o fotógrafo da empresa para tirar suas fotos o que deixou Heriberto enciumado por ele ser lindo e jovem.

Victória não mudou muito em relação ao ciumes que tinha pela meia irmã, se Tereza estava perto ela fingia não se importar com a neném e quando ela saia de perto Vick sorriu e brincava sempre com a neném, não abriu os presente de birra com a mãe.

Passou a ver menos Heriberto nesse mês e não foram para a cama nem uma vez, ele até tentou mais ela fugia. Com os filhos tudo ia perfeitamente bem viajaram com o pai e nesse tempo que teve somente pra ela saiu com os amigos e em uma dessas saídas ela encontrou Miguel e eles se fizeram muito amigos e passaram a conversar sempre além do pré-natal.

Heriberto tinha trabalhado de modo exaustivo durante aquele mês para compensar o tempo que tinha ficado afastada para cuidar um pouco de Inês no período dos enjoos matinais. Mesmo trabalhando muito ele estava contente com sua situação de pessoa casada e feliz mesmo que os dois não estivesse em todo tempo juntos.

Ele se manteve prestando atenção em todos os gostos dela e realizando todas as coisas que ela pediu. Estava destinado e predestinado há sempre fazer as coisas do modo dela. Para modificar a sua rotina e atender aos filhos, ele tinha redefinido a viagem porque Rafael só poderia ir no mês seguinte e ele queria viajar com os dois filhos.

Por mais de duas vezes Rafa tinha escolhido se aconselhar com ele e as coisas estavam começando a ficar menos complicados porque ele desejava o carinho e o amor do filho. Com Vivi as coisas seguiam totalmente tranquilas e fáceis de serem resolvidas Por que a filha estava apaixonada e só pensava em namorar.

A vida e as coisas tinham um novo sabor para ela agora e era sabor de alegria. Beth e Luciano tinha viajado e a filha tinha voltado com eles para casa. Mesmo contra a vontade de Ana Júlia os dois não conseguiram manter a filha longe deles com tantos problemas que estavam acontecendo na vida dela. Tinha chegado a mais ou menos cinco dias e sentir a falta de conversar com o irmão.

Luciano tinha viajado várias vezes naquele mês deixando Beth reclamando de sua ausência em casa. Lá Estavam todos naquele dia tão especial para noiva mais sorridente de todos os tempos...

O CASAMENTO DE TETÊ

Tereza estava de roupão que faltavam duas horas para a cerimônia começar. Sentada na cama ela amamentava a pequena Ana Lívia com leite de seu próprio peito que passou a jorrar desde que ela tinha estimulado com a bebê sugando. Olhou pequeno rostinho seu colo e ficou analisando como sua vida tinha sido diferente naquele último mês com a presença daquela criança em sua casa.

Estava complicado conciliar tudo mas ficou feliz de saber que agora ela tinha mais alguém em sua vida. Deitada ali olhando a pequena menina, ela viu a porta se abrir e Victória entrar.

TEREZA – Oi, Victória, entra e fecha a porta que eu quero falar sozinha com você.

Victória estava em seu vestido preto e longo, as alças finas e um decote simples, era de um tecido leve e não a apertava. Entrou e fechou a porta.

TEREZA – Você está olhando para mim? Quero que você olhe para mim preste atenção nas coisas que eu vou te dizer!

Victória cruzou os braços e a olhou da porta.

TEREZA – Eu sou sua mãe e mesmo que você não queira isso nesse momento esteja zangada comigo, eu sou sua mãe! Eu não deixo de ser sua mãe só porque você tem ciúme, eu não deixo de ser sua mãe porque eu tenho uma filha adotiva, não deixa de ser sua mãe porque estou indo lá fora casar com um homem que me trata bem, que amo você desde muito tempo.

Victória continuou olhando ela.

TEREZA – Eu te amo, isso também não muda!

VICTÓRIA – Eu nunca fui contra ao seu casamento. – Foi o único que disse a ela.

TEREZA – Eu sei que você nunca foi contra minha filha e não estou dizendo isso! Estou apenas dizendo que não importa qual mudança aconteça, você sempre terá o seu lugar!

VICTÓRIA – Tudo bem, mamãe, agora me dê a menina que você precisa terminar de se arrumar!

TEREZA – Filha, filha não faz assim por que você, às vezes, é tão dura com quem você ama?

VICTÓRIA – Porque eu aprendi assim. – Se aproximou pra pegar a menina.

TEREZA – Eu não te ensinei isso, Victória, eu não te ensinei a não ser flexível! Eu te ensinei que quando amamos alguém fazendo qualquer coisa por essa pessoa. Não vai mudar, Ana Lívia vai ser minha filha pelo resto da vida e você vai ficar assim comigo distante também pelo resto da vida?

VICTÓRIA – Não sei... – Estendeu os braços.

TEREZA – Não vou te dar o bebê até você me responder.

VICTÓRIA – Não sou eu quem vou me atrasar, é você! Fernando não merece ficar te esperando!– falou a olhando.

TEREZA – Por Deus, Victória conversa comigo, meu amor, com carinho que você sempre conversou com todo amor que você sempre teve por mim senta aqui do meu lado minha filha e conversa.

VICTÓRIA – O que você quer conversar? Já sabe que eu estou com ciúmes e o que fez? Só ficou com essa menina, eu não sou boa com meu ciúme nunca soube lidar com ele nunca!– Se alterou um pouco mais não aumentou o tom de voz.

TEREZA – Meu amor, ela é um bebê!– Ana Lívia soltou o peito e riu para Vick, que a olhou somente.

VICTÓRIA – Vamos Ana, vamos passear com a Vick. – Chamou ela. Tereza suspirou.

TEREZA – Você não precisa ficar com ela...

VICTÓRIA – Tudo bem, mamãe, quer que eu deixe a festa também?

TEREZA – Eu quero que pare com isso, Victória, por Deus, quero você feliz!

VICTÓRIA – Quer que eu pare como? Você nem se quer deixa ela ficar comigo! Tem medo de que? Que eu a machuque?

TEREZA – Filha. – Ela ficou de pé e riu dela.

VICTÓRIA – Não, mamãe, eu vou embora! Que você seja feliz na sua nova vida!– Tocou sua barriga como um gesto normal de sempre e viro pra sair.

TEREZA – Nunca, você nunca machucaria ela... Victória, eu estou reaprendendo a ser mãe e estou velha, eu vou errar. Me perdoa se fiz parecer que não confio em você, é que estou apegada a ela, preocupada com ela e como se adaptaria.

VICTÓRIA – Não se preocupe, eu não vou nem chegar perto da sua filha. – Falou com a voz embargada e abriu a porta saindo do quarto.

TEREZA – Mas eu quero que você a ame, que você a mime, que você cuide dela comigo, que a tenha como sua irmã.– Foi andando atrás dela.– Filha! Não estraga esse dia, eu não sou feliz sem você comigo!

VICTÓRIA – Eu vim te ajudar não por obrigação, eu vim porque eu queria estar aqui com você, mas parece que você também não facilita. Não se preocupe, eu espero a noiva lá embaixo. – Limpou o cantinho do olho ainda de costas para ela.

TEREZA – Victória. – Foi até a filha e a beijou, os hormônios não ajudavam em nada. Tereza beijava nas costas dela e cheirou a filha.– Meu amor, eu te amo tanto! Me dói ver você sofrer. Olha para mim, minha filha, vem cá, meu amor! Tudo que eu mais quero você perto de mim o tempo todo participando de tudo na minha vida

VICTÓRIA – Eu vou descer, eu não quero passar mal e ter que ir embora de verdade!

TEREZA – Não! Victória, passar mal de quê, Victória, de falar com a sua mãe ? – Toma aqui a sua irmã, segura, ela e diz que você não é apaixonada por ela! Anda, Victória, segura ela. Diz que você não sente por ela o mesmo amor que ela também sente por você quando te olha!

Victória virou um pouquinho e olhou elas, respirou guardando o choro.

VICTÓRIA – Você não quer que eu chegue perto! – Era teimosa feito uma mula.

TEREZA – Eu quero sim, mas você quer fazer mais pirraça que ela.

VICTÓRIA – E eu sou errada, Tereza? Veja o que fez nesse mês e depois nós conversamos. Eu sou criança e infantil, mas eu tô aqui passando por cima de tudo isso pra que? Pra você me olhar com medo de deixa sua filha comigo?

TEREZA – Vitória não tô com medo de deixar com você, eu simplesmente a amo e quero estar com ela todo tempo, não é sobre as outras pessoas é sobre mim! Eu estou insegura, eu estou com medo de não ser uma boa mãe para ela, eu estou com medo de falhar, minha filha! Será que você não entende que eu não tenho medo de nada com você que eu sei que você nunca faria mal a ninguém, que você é maravilhosa!

Victória chorou e saiu dali quase que correndo, queria estar com a menina e a estava deixando de lado, estava com medo de não ser uma boa mãe quando foi a melhor para ela! Estava com uma imensa confusão de sentimentos encontrados, numa hora tinha a mãe só pra ela e agora tinha que dividir, era mimada e infantil quando se tratava de sua mãe. Era bem pior de quando era com Heriberto.

Teresa suspirou sentir o coração triste naquele momento em que queria só estar alegre, mas relevou porque sabia que a filha estava desesperada de ciúme. Mesmo que Vitória não quisesse admitir que amava irmã já ela sabia conhecia sua filha.

Esperou a babá entrar deixou a filha com ela e foi atrás de Vick, procurou em vários locais ela não estava do lado de fora até que encontrou na cozinha em silêncio bebendo um copo d'água.

TEREZA – Filha!

Vick se assustou e deixou o copo cair no chão.

TEREZA – Deixa que alguém vai limpar o piso. Você está com fome quer comer alguma coisa? – Teresa estava pegando comida para ela enquanto falava.

VICTÓRIA – Não estou com fome!

Teresa fui até Victória e segurou em seus braços fazendo com que olhasse para ela. Victória suspirou.

TEREZA – Te amo, minha estrelinha! – Aconchegou Vick em seus braços e a beijou muito. Vick soluçou enquanto Tereza beijava o rosto, os cabelos e foi apertando corpo dela para que ficasse em seus braços. Victória era difícil de se render.– Filha! Eu falo as minhas palavras sempre para você e mesmo assim você não confia em?

VICTÓRIA – Eu não quero mais falar, eu não quero mais briga! Vai se arrumar que daqui a pouco os seus convidados chegam!

TEREZA – Eu quero você feliz! – Beijou ela. – Acho que eu consigo me casar se você estiver com essa cara de quem vai chorar? Eu não posso ser feliz se você não for feliz!

VICTÓRIA – Você pode sim!

TEREZA – Não, meu amor, eu não posso ir você é mãe e sabe que nenhuma mãe é feliz se o filho não for!– Tereza chorou.

VICTÓRIA – Eu não estou triste, só chateada e isso passa. Não precisa chorar, vai estragar toda a sua maquiagem.

TEREZA – Você é tudo que eu tenho, meu amor e agora, eu tenho Fernando de novo e mais uma criança na minha vida. Daqui a pouco vou receber o seu bebê, filha.

VICTÓRIA – Sim, tem Fernando mais se não for se arrumar não vai ter ele! – Mudava de assunto constantemente. – Não é bom chegar tão atrasada!

TEREZA – Eu não vou! Se você não falar de verdade comigo.

VICTÓRIA – Eu estou falando!

TEREZA – Esse seu ciúme de Ana Lívia, por Deus, Vick não estou escolhendo entre você e ela.

VICTÓRIA – Eu não quero mais falar disso, você faz eu me afastar com sua atitude!

TEREZA – Com você, minha filha a culpa é sempre do outro. Precisa rever sua atitude também...– beijou a filha. –Estou sempre aqui para você e sempre estarei!

Heriberto chegou e viu as duas, ficou em silêncio.

VICTÓRIA – Eu tô tentando ser uma pessoa melhor, mas vocês não deixam me acuam e eu me sinto mal, vocês conseguem me fazer me sentir a pior pessoa e eu não gosto disso, eu vim antes para te ajudar com a sua filha e o que fez? Nem me deixou chegar perto.

TEREZA – Eu já expliquei e você não entende! Eu amo estar com ela e tenho ciumes dela como tenho de você como terei de meu neto ou neta!– Tocou a barriga da filha.

VICTÓRIA – Não mente, mamãe!

TEREZA – Victória, você nem buscou os novos presentes que comprei para você. Você não foi nem buscar e quando fomos levara para você nem em casa estava.– Olhou a filha. Victória se afastou.– Fernando de adora como se fosse dele! Me disse que está com medo de te perder.

VICTÓRIA – Ele me trata igual e não temos problemas!– Foi verdadeira.

Tereza riu.

VICTÓRIA – Ele vai me visitar todos os dias, está comigo todos os dias!

Riu e a olhou.

TEREZA – O que você fez a última vez que estivemos na sua casa, Vick? Eu e sua irmã? Uma cena de ciúmes gritando que eu nunca mais fiz um brigadeiro para você!

VICTÓRIA – E não fez!– falou sentida.

TEREZA – Chega a ser ridículo, minha filha...

VICTÓRIA – Só quer essa pirralha! Vai com ela, ela pode estar chorando te querendo! Engraçado nisso tudo que com uma estranha babá, você deixa ela!

TEREZA – Estou com a outra pirralha!

VICTÓRIA – Muito curioso, Tereza...

Tocou ela e puxou com força abraçando.

TEREZA – Tonta, burra!Eu te amo! Não vê que eu também estou aprendendo a ser mãe dela? Que adotei uma criança que sofria maus tratos e que é completamente dependente...

Victória se soltou.

VICTÓRIA – Não venha com esse conto de novo que eu já sei e estou cansada disso! Sei de cor! – Abriu a geladeira e pegou uma cerveja e abriu. – Queria ver a reação da mãe. Colocou num copo e levou a boca

TEREZA – Tá bem, eu não ... Victória, me dá isso! Você não pode beber...

VICTÓRIA – Não, é só um gole!

TEREZA – Minha filha...–Tomou a garrafa da mão dela, séria e colocou na pia.

VICTÓRIA – Me deixa tomar um gole só! – Olhou ela séria.

TEREZA – Não...– Falou séria. Você está grávida!

Victória riu, voltou a geladeira, pegou uma garrafa com água e tomou.

VICTÓRIA – Deveria ir se arrumar e cuidar da sua filha!

Tereza olhava séria para ela.

TEREZA – Estou cuidando, mas é da idiota que eu pari!– E sem mais ela olhou para Heriberto. – Você é um resistente, meu genro!– E saiu com raiva.

Heriberto tirou a mão do bolso e se aproximou dela. Victória tomou sua água calmamente e o olhou.

HERIBERTO – Oi, amor, já terminou a guerra com mamãe?– Ele riu e tocou o rosto dela.

VICTÓRIA – Ainda não! – Ela sorriu e tocou a mão dele.

HERIBERTO – Vamos pegar Ana Lívia e vamos passear lá fora ou vamos sozinhos? – A puxou para ele beijando e cheirando ela. – Você está linda, hummmmm... Cheirosa, mais que sempre!

VICTÓRIA – Vai você, eu não vou mais me humilhar pra pegar essa criança não, morro de vontade, mas não pego! – Ela se afastou.

HERIBERTO – Pare com isso, sua mãe te ama e você a provoca com esse ciúmes bobos!– Deu selinhos nela a puxando para ele.– Deixe disso, humm!

VICTÓRIA – Pare com isso, eu tenho um noivo ciumento!

HERIBERTO – Hoje é o dia dela e vamos sorrir!

Victória se afastou de novo rindo, ele riu alto.

HERIBERTO — Ele sabe que eu como você? – Provocou num sussurro

Ela abriu a boca no mesmo momento com o que ele disse.

HERIBERTO – Esse corno sabe que você rebola aqui? – Pois a mão no membro sobre a calça e riu mais. Ela apertou sem dó o membro dele.– Ai, Vick!

VICTÓRIA – Você sabe que eu posso te deixar de pau duro e você vai ter que se aliviar sozinho, não sabe?

HERIBERTO – E quando foi que você não me deixou de pau duro, Vick? Quando?

VICTÓRIA – Nesse mês que teve trinta e um dias deixa eu pensar...– Falou provocando e o soltou saindo de perto dele e indo para o outro lado do balcão. Tocou a barriga e suspirou. – Ela me fez chorar de novo. – Falou sentida para ele...

HERIBERTO – Amor.– Ele foi ate ela e a abraçou por trás levando para ele.– É porque você está de birra, de ciúmes bobos. Até Ana Lívia te adora!

VICTÓRIA – Mamãe não me deixou pegar ela, dá pra ver no olho dela que tá com medo de mim.– Encostou a cabeça no peito dele e levou a mão dele até sua barriga. – Eu não vou fazer nada contra ela, é só um bebê!

HERIBERTO – Amor, não está com medo de você que bobagem! Para quem você vê ela deixar pegar?

VICTÓRIA – Não a defenda!

HERIBERTO – Minha mãe é madrinha de Ana. Você vê ela deixar o bebê com mamãe?

VICTÓRIA – Sim, já vi. Eu vi elas no shopping e me escondi!– Confessou para ele

HERIBERTO – Amor se escondeu?– Ele riu sem ela ver.– Mas é raro, Vick, sua mãe está com ciúmes do bebê, ela não dá Lívia a ninguém, não é você!

VICTÓRIA – Sim, eu tinha visto um presente... E quando eu cheguei na loja, elas estavam lá, eu fui embora e quando voltei ela tinha levado o meu presente!

HERIBERTO – Você sabia que sua mãe comprou um painel especial de fotos para nossa filha?

VICTÓRIA – Se ela continuar assim com essa menina, eu nunca mais falo com ela! – Falou sendo mimada. – Não abri nenhum dos presente que você deixou em casa a pedido dela e nem vou abrir!

HERIBERTO – Ela está triste comprou há dias e disse que só vai entregar a você...O painel! É claro que ela vai ficar assim com a menina, é sua irmã agora. Sua mãe voltou a ter leite, amor, só para alimentar a menina.

Victória se afastou, pegou sua garrafa para sair dali.

VICTÓRIA – Eu não quero mais saber desse assunto, eu vou lá para fora.

HERIBERTO – Eu não terminei! – Ele a segurou. – Não seja grosseira comigo!

Ela o olhou o braço que ele segurava e tremeu por um momento. A sensação não era nada boa, ele a trouxe para ele e abraçou.

HERIBERTO – Desculpa!– Beijou o cabelo dela percebendo que estava assustada.

VICTÓRIA – Eu já falei para você não me pegar assim! – Se afastou dele. – Não me pega assim ou eu vou bater em você sem dó!

HERIBERTO – Já me desculpei, amor, não vou fazer e você vê se descansa essa cabeça. Eu vou comer algo e depois vou lá fora.

VICTÓRIA – Eu vou ver se papai já chegou e vou ficar sentada lá fora, minhas costas estão doendo. – Não iria voltar ao quarto da mãe, era birrenta e orgulhosa para isso.

HERIBERTO – Tudo bem, amor, eu já vou.

Ela saiu e foi para o jardim, não encontrou ninguém, mas mesmo assim ficou lá sentada observando o nada. Heriberto terminou seu lanche pegou Ana Lívia a contra gosto de Tereza que tinha mesmo ciúmes da criança e apareceu no pátio com ela no colo. Aproximou-se e a primeira coisa que o bebê fez foi chamar Vick e bateu os bracinhos agitada.

ANA – Vick!

Heriberto sorriu com a menina no colo, Vick os olhou e sorriu de lado, ela era linda e não se podia negar.

ANA – Vick, neném qué Vick!– Estendeu os bracinhos.– Vick! Vick!

Heriberto a olhou, Vick estendeu os braços para ela e falou séria.

VICTÓRIA – Se puxar meu cabelo vai apanhar na bunda!

Ana agarrou Vick e beijou e começou a pular no colo dela.

ANA – Vick! Vick!

E começou a pular no colo dela. Heriberto riu, Vick riu alto e sentou ao lado dela e a segurou mais firme em seus braços.

HERIBERTO – Neném lindo! – Ele brincou.

VICTÓRIA – Ela é feia, Heriberto! – Falou num tom de brincadeira.

HERIBERTO – Dá língua para Vick!– Ele riu. O bebê olhou para ele e Vick a sentou melhor em suas pernas. Ana deu língua para Heriberto.

VICTÓRIA – Vai bobo! – Victória caiu na risada.

HERIBERTO – Ahhh, bandida!

ANA – Vick é munita, munita!

HERIBERTO – Você sabe que foi sua mãe que ensinou isso a ela, Victória

Victória a cheirou fazendo cócegas nela, adorava ouvir ela rir. Ana gargalhou.

HERIBERTO – A te chamar de bonita!

VICTÓRIA – Mamãe é uma bruxa.– Heriberto riu.

ANA – Mamãe é buxa, buxa, buxa!

VICTÓRIA – Isso aí, bruxa. – Olhava para neném rindo.

ANA – Vick é munita!

VICTÓRIA – Ana também é bonita!– Vick olhou para Heriberto e sorriu. – Amor, pega outra água pra mim, por favor!

Ele ria das duas.

HERIBERTO – Pego sim!

VICTÓRIA – Obrigada!

Heriberto deu um selinho nela e saiu. Vick sentou Ana de frente para ela e segurou suas duas mãozinhas, tão pequena.

VICTÓRIA – Queria te cantar uma música, mas Vick não sabe! – A cheirou de novo.

ANA – Vick neném que mama de mamãe!– Falou olhando Vick.– Mamá! – Se agitou.

VICTÓRIA – Você acabou de mamar, gulosa!

Heriberto vinha com a água dela e uma uma fruta.

ANA – Quer mama de mamãe! Mamãe Teleza!

Vick olhou Heriberto e estendeu a mão para ele dar a fruta e ofertou a ela.

VICTÓRIA – Quer esse?

Ana abriu um sorriso e pegou comendo e abrindo a boca.

ANA – Esse mama não...

VICTÓRIA – Gulosa!

ANA– Mama não, esse papá.– E riu para Heriberto que entregou a Vick a água.

VICTÓRIA – Obrigada.

Ela sentou melhor a neném e tomou a água vendo ela comer e se sujar.

VICTÓRIA – Tereza vai ficar doida!

Heriberto riu.

HERIBERTO – Ela não gosta que você a chame assim!

VICTÓRIA – Mas esse é o nome dela. – Debochou.

HERIBERTO – Ela é sua mãe.– Heriberto olhou a babá de Ana que sorria educada para ele. Ele sorriu de volta.

VICTÓRIA – Tá a olhando pra quem, Heriberto? – O sexto sentido dela alertou.

HERIBERTO – Para Priscila! – Ele respondeu educado e natural! Vick se lembrou que naquele mês não tinha feito amor com ele nenhuma vez.

VICTÓRIA – Pois a olhe pela última vez, porque é a última vez que você vai ver ela! – Falou enciumada.

HERIBERTO – Victória! – Ele a olhou sério, a menina não fez nada!– Ele se ajeitou na cadeira.– Ela foi educada só isso!

Victória levantou com a menina no colo ainda comendo a fruta e saiu andando.

HERIBERTO – Vick!

Ela não deu ouvido e entrou na casa. Heriberto suspirou e não foi atrás dela. Victória subiu, mas não foi até a mãe e sim ao quarto da neném, entrou e se fechou com ela lá.

ANA – Vick, neném que binca, binca de corre. – Vick! Vick!

A colocou sentada no sofá que ali tinha a deixando comer, não sabia que a babá eletrônica estava ligada e que Tereza poderia ouvir as duas.

VICTÓRIA – Ana Lívia, você nem sabe andar direito quer correr! – Falou rindo.

Tereza no outro quarto riu... Victória não estava sabendo da bebê.

ANA – Vick, quelo mama de mamãe! – Falou pulando.

VICTÓRIA – Ana, Aninha deixa mamãe se vestir!

ANA – Vick gota de mamá? – Foi até ela e sentou.

VICTÓRIA – Vou te contar uma história bem bonita de mamãe! Um dia ela estava transando...– A menina olhou.

ANA – Tansando...

VICTÓRIA – Porque sua mãe só faz isso, transar!

ANA – Mamãe tansando. – E bateu palma.– Mamãe, Teleza!

VICTÓRIA – Não repita isso, Ana e se mamãe descobrir nos vamos apanhar!

ANA – Mamãe tansando.

VICTÓRIA – Você tem que casar com um homem feio, Ana assim ele vai te dar menos trabalho.– Falava com ela como se ela fosse entender algo além de ficar repetindo o que ela dizia.

ANA – Papai nando é munito! Munito papai! Mim amo papai nando.

VICTÓRIA – Você tem sorte, muita sorte é só um bebê e tem de tudo, amor não vai te faltar nunca. – Tocou a ponta do nariz dela.

ANA – Mamãe Teleza... papai nando! Vick é rimã. E riu agitada

VICTÓRIA – Vai crescer com pai e mãe juntos, te mimando muito! – Começou a tirar aquela roupa que Ana estava.– Eu não sei onde está sua roupa, Ana.

Tereza sentia o coração apertar ouvindo a filha e ficou lá ouvindo o que a filha na dizia a ela.

ANA – Mamãe tansava.

Victória riu.

VICTÓRIA – Só com papai, Ana!

ANA – Mamãe tansava com papai. Mamãe é buxa!

VICTÓRIA – Sabe que papai Nando conta muita coisa de você para mim? Manda uma foto por dia sua, toda bobo ele está contigo e me deixa feliz, ter uma irmã é sempre bom mais não com quarenta e três anos de diferença!

ANA – Mamãe buxa! Buxa!– Batia palma feliz achando que era um elogio. – Buxa mamãe!

VICTÓRIA – Tem sorte, um pai babão e um padrinho mais babão ainda! Quando você ver ela tem que chamar em Ana. Tem que chamar de mamãe bruxa. – Riu mais queria ver a cara da mãe ao ouvir a neném a chamar de bruxa.

ANA – Mamãe Teleza buxa, Tansava...

VICTÓRIA – Não, Ana isso não!– A repreendeu. – Só bruxa!

ANA – Nao tansava...

VICTÓRIA – Ana, você não quer mais a tua fruta? – Olhou para ela.Botou a mão nela mesma.

ANA– Ana quer mama de mamãe

VITÓRIA – Só vou levar para mamar se abraçar a Vick.

Ela sorriu e abraçou Vick com amor.

ANA – Vick rimã. – ela pulou sapeca e rindo.– Mama de mamãe!

VICTÓRIA – Você é tão pequena e agora não quer desgrudar daquela teta murcha! – Beijou ela ainda segurando em seu corpo.

Ana bateu palma e sorriu olhando Vick, depois pegou o rosto dela e beijou muito, vários beijinhos.

VICTÓRIA – Aí que é muito amor!

Pegou ela ainda em seus braços a beijando muito enquanto ela ria foi em direção ao quarto da mãe. Ajeitou ela melhor e se recompôs. Tocou e abriu.

VICTÓRIA – Ela quer mamar, Heriberto pediu para eu trazer. – Ela foi normal como se nada tivesse acontecido.

Tereza a olhou, estava com os olhos vermelhos de chorar. Estava sentada na cama e estendeu os braços para que Vick trouxesse o bebê. Tinha chorado por causa de Victória, amava tanto a filha e não a queria infeliz.

VICTÓRIA – O que foi? – Vick se preocupou de imediato.

Tereza suspirou e tirou o peito olhando para ela e ajeitando Ana Lívia para mamar. A menina agarrou o peito esfomeada e ela fechou os olhos.

TEREZA – Calma, filha, hoje seu pai vai querer e mamãe vai ter que deixar!– Olhou para Victória e fez sinal para que ela se sentasse na cama.

Victória sentou não gostava de ver a mãe chorar.

TEREZA – Eu estava te ouvindo filha, tem babá eletrônica no quarto. Eu sei que sei pai fez tudo errado, mas eu sempre tentei ser uma boa mãe para você!

Vick ficou envergonhada, tocou o rosto dela com amor.

TEREZA – Eu te amo, não existe ninguém que eu ame mais! – puxou a cabeça dela.

VICTÓRIA – Não era pra você ouvir! Sabia que é feio ouvir conversa alheia, Tereza!

TEREZA – Você está ensinando coisas erradas para ela! Não sou bruxa! – ela riu acariciando Victória.

Ana Lívia soltou o peito.

ANA – Mamãe Buxa!–e riu.

TEREZA – Não, filha, mamãe não é bruxa!

VICTÓRIA – É bruxa, sim! – Riu para elas pela primeira vez

ANA – Buxa!– ela riu de novo e pegou o peito.Tereza a olhou e sorriu para ela.

TEREZA – Você é tão linda, minha filha, quando voltar de lua de mel, vamos passar um fim de semana todos nosso. Mas não quero que você leve esse seu namorado não.

VICTÓRIA – Mãe o nome já diz namorado! Eu tenho que levar, preciso transar com ele, tô louca já!

TEREZA – Victória, e por que fica se esfregando em Herberto, então? Meu genro não merece isso! Isso que está fazendo é feio, quer ficar igual a sua mãe?

VICTÓRIA – Ele que me agarra, não respeita o meu namoro! Mamãe, diferente de você essa é a segunda pi... – Parou de falar pra Ana não repetir.

TEREZA – Depois que separei, minha filha, eu namorei mesmo, é verdade, eu gosto de transar!

Ana olhava atenta.

ANA – Mamãe. – falou soltando o peito. – Papai Nando! – olhou a porta e ele estava lá.

FERNANDO – Vai, ela é dedo duro!

Victória olhou pra porta e levantou e foi até ele o abraçando

VICTÓRIA – O que está fazendo aqui, Fernando?

Tereza sorriu, eles se amavam.

FERNANDO – Eu só vim dar um beijo nas minhas meninas! – Sorriu beijando os cabelos de Vick. – Como está tudo por aqui?– Olhou seu amor.

TEREZA – Eu quero um beijo! Sua filha não me deixa ficar bonita para você! Não solta esse peito!

VICTÓRIA – Ela não deveria nem estar aí.– Vick falou entre dentes suspirando.

Fernando foi até ela e deu um selinho e beijou a filha.

TEREZA – Está tudo bem, meu amor? Tudo bem com você?

FERNANDO – Eu vim dizer também que...– Suspirou pesado olhando ela. – Não podemos mais casar!– Esperou a reação dela.

Tereza o olhou assustada.

TEREZA – O que? Como assim?

FERNANDO – Eu vejo que nem pronta está!

TEREZA– Por que não vamos mais casar, Fernando?

FERNANDO – Você demora demais Tereza, olha a hora que é! – Zombou dela mais sério. Ela riu e o olhou.

TEREZA – Não me assusta assim Nando, pensei que tinha desistido porque tenho duas filhas mimadas. Uma que rouba sua atenção e a outra que rouba seus peitos!

FERNANDO – Isso também é outro problema!

Vick só os olhava.

FERNANDO – Vem Ana, vamos tomar sua mamadeira e sem birra.– A pegou do peito. Sabia que Tereza ia ratear.

TEREZA – Victória, ela precisa beber um suco, filha, você pode pedir para fazerem e dá a ela, minha filha? Espera.– Ela sorriu e olhou o bebê no colo dele.– Dê ela a Vick, amor!

Fernando que estava com ela no colo virou e deu a neném para Victória.

FERNANDO – Pode dar a ela o que quiser e não ligue pra sua mãe, que se ela não deixar você perto da neném você me avisa! – Piscou para Vick.

E ela sorriu com Ana no colo.

VICTÓRIA – Alguém tem que colocar ordem nessa casa. – Beijou ele e saiu do quarto com a irmã.

Fernando olhou Tereza, não falou nada só se aproximou e a beijou deitando por cima dela. Levando a mão para debaixo do robe e apertando sua perna. Tereza sorriu e suspirou.

TEREZA – Marido, meu maridinho cheiroso, você nem podia estar vendo a noiva!

FERNANDO – Eu sei, mas eu só vim te dar três beijos e vou sair! Hummm... E te ascender um pouquinho! – Falou com um tom de maldade.

TEREZA – É? Me acender?– riu beijando ele e passando a mão em seu peito.

FERNANDO – Sim!

TEREZA – Sua filha nem deixou um peitinho para você, estou dolorida, nem vai tocar neles hoje! – provocou.

Fernando levantou e fechou a porta.

FERNANDO – Isso veremos!

Voltou a ela e abriu o roupão segurou os dois peitos e lambeu um, depois o outro. Queria ela molhada e cheia de desejo, queria convencer ela assim a deixar Ana com Victória e terem uma noite só para eles. Chupou com cuidado e depois beijou os deixando quietos.

TEREZA – Amor, Nando...

FERNANDO – Agora vou te dar o último beijo. – Sorriu safado.

Tereza gemia sentindo as mãos deliciosas dele e abriu as pernas num gesto involuntário. Ele baixou a calcinha dela e olhou sedento vendo o pau crescer dentro das calças, tinha sido um mal negócio aquele atrevimento todo. Aproximou o rosto, lambeu e logo chupou seu clitóris fazendo barulho ao soltar. A olhou, Tereza segurou o lençol e gritou, estava desesperada de desejo por ele.

TEREZA – Amor, não pára, mais, eu quero mais Nando!

Fernando voltou a chupar com gosto, era quase impossível parar, mas parou. Deu um beijo e levantou o corpo. Ela arfava, os olhos fechados, as mãos no lençol e ele colocando de volta a calcinha nela.

TEREZA – Meu Deus, por que está fazendo isso?– a voz faltava e ela o agarrou. – Não não vai embora! Vem cá!

Fernando riu.

FERNANDO – Amor era só três beijos!

TEREZA – Não, Nando, que isso! Não! Não! – Ela o puxou e o enlaçou com as pernas prendendo.– Arranca minha calcinha de novo, amor, eu quero agora! – estava louca de desejo por ele.

FERNANDO – Amor você só tem minutos pra terminar de se arrumar! Eu te faço mais carinho depois que me disser sim. – Sorriu e beijou os lábios dela. – Eu te trouxe uma coisa! Me solta um pouquinho!

TEREZA – Eu quero, Nando! – Ela o beijou.– Fazemos rápido, você entra e vai rápido. – Ela se roçou nele nervosa. – Nando!

Ele sorriu e como pode tirou a caixinha do bolso e deu a ela.

FERNANDO – Isso não pode faltar no dedo da noiva.

Tereza suspirou e olhou para ele e para a joia.

TEREZA – Amor, é lindo! – ela o beijou docemente o abraçando. – Eu te amo, eu te amo muito!

FERNANDO – Eu também te amo muito. – Deu vários beijinhos nela e levantou. – Te espero lá em baixo!

TEREZA – Eu já vou, meu amor!– ela sorriu e ficou olhando ele sair.

Fernando jogou beijos para ela e saiu do quarto. Tereza sentiu o corpo todo responder, amava aquele homem, se ergueu e foi para o banho novamente em trinta minutos estava pronta. Tinha escolhido um vestido colado ao corpo até a base do joelho e era salmom. Um lindo arranjo no cabelo e uma maquiagem bem leve, o buque de rosas amarelas. Os saltos eram amarelos também e ela estava pronta para casar.

Sentiu o estomago doer e saiu em direção a festa depois de fazer uma oração. Tereza seguiu no corredor de casa e saiu na linda festa que tinha sido preparada para ela por Beth e Victória. A decoração estava maravilhosa e ela chorou quando pisou no tapete que levava ao altar. Fernando a olhou encantado estava linda a VEIA mais linda que ele podia amar! Lá estava ela, com Fernando a aguardando no altar para que ela e ele fossem felizes.

A festa tinha poucos convidados, somente os mais chegados da família. Tereza sorriu procurando Victória que estava ao lado de Heriberto, com Ana no colo e os netos ao lado com seus namorados. Ela andou ate ele e sorriu sentindo aquela felicidade e depois quando estava bem perto ela viu Beth. Beth moveu os lábios soltando um "Safada" para ela e sorriu.

Tereza aproximou-se do altar e sorriu beijando Fernando. A cerimonia começou e tudo de lindo foi dito, o padre estava inspirado e falou a eles só verdades sobre o amor. Quando a cerimonia estava acabando, Fernando fez seus votos e sorrindo beijou a noiva. Os dois estavam casados e eram um do outro, para sempre. Anajú estava lá, tinha chegado logo depois para ver a madrinha se casar.

A FESTA

Os dois sorriram e caminharam para a festa aos risos e a música começou a tocar e todos estavam felizes, queriam se divertir. Tereza dançava nos braços de Fernando com um sorriso largo. Estavam juntos, dando beijinhos e no centro do salão quando ela debruço a cabeça no ombro dele.

TEREZA – Amor, eu estou tão feliz...

FERNANDO – Vai ser mais quando eu estiver dentro de você!– Riu alto.

FERNANDO – Amor, você já decidiu?

Ela riu tremendo de desejo

TEREZA – Decidi o que, amor? – Beijou ele.

FERNANDO – Vamos deixar a Ana com Victória!

TEREZA – Vamos, amor, vamos deixar, mas eu queria levar a nossa menina. Fernando eu queria levar!

FERNANDO – Tereza ela não pode ficar só grudada a você!

TEREZA – Mas ela pode querer mamar, Nando, são três dias.

FERNANDO – Esvazia essas teta e enche umas muitas mamadeira e pronto! Nem vai dar falta de nós! Ela gosta de estar com Vick, olha elas duas lá, não se largaram desde que você parou de ciúmes da sua filha!

TEREZA – Fala a verdade, Nando, você quer as tetas só para você! É isso! – Ele sorriu.

FERNANDO – Eu quero você só para mim!

TEREZA – Não, Nando, a pediatra falou que não faz bem ao neném, então você não terá, amor!

FERNANDO – Então, eu vou cancelar a lua de mel!

TEREZA – Amor, que isso, só pelos peitos? Você não vive sem meus peitos?

FERNANDO – Amor, eu já não vivo mais sem você!

TEREZA – Eu também não, Nando!

Ele a beijou.

TEREZA – Eu vou pegar uma bebida e ver a cozinha... – Tereza beijou ele e saiu.

Do lado de fora um carro encostou ele desceu e entrou na casa, estranhou a festa, mas parou na sala quando a viu.

TEREZA – João? O que você está fazendo aqui? – ela sentiu o ar faltar e teve medo porque se o marido viesse trás dela, seria morte na certa.

João sorriu galã e se aproximou dela e a beijou na boca. Ela o empurrou assustada.

TEREZA – Não faz isso! Está louco? – se afastou dele nervosa. – Vá embora daqui, hoje é meu casamento!

JOÃO – O que? – Ele ficou paralisado, ela suspirava nervosa olhando para ele.

TEREZA – É isso, eu estou me casando e você tem que ir embora!

Victória que veio com Ana no colo meio cochilando parou e os olhou.

JOÃO – Eu não acredito que você fez isso comigo! Depois de tudo que fizemos nessa sala! – ele gritou.

TEREZA – Vá embora daqui, João! Por Deus, você quer uma tragédia? – ela passou a mão pelos cabelos, nervosa. – Eu disse para você não me procurar! Eu disse!

JOÃO – Mas eu fiquei com saudades, você está tão linda! – Ele tentou se aproximar e Victória se encheu de fúria e se aproximou deles.

VICTÓRIA – Vá embora João você não tem nada que fazer aqui! – Falou em um tom que não assustasse Ana que dormia em seus braços.

TEREZA – Vá embora, eu não posso conversar com você agora! Vá embora! – ela falou num fio de voz. – Não estrague meu casamento!

João as olhou e seus olhos se destruíram quando encontrou os de Heriberto. Heriberto olhou frio para ele, estava ali diante mais uma vez daquele homem maldito, aquele agressor.

HERIBERTO – Saia!– Apenas isso ele disse.

Os olhos frios, ele o colocaria para fora. João sorriu para ele de modo cínico...

JOÃO – Não muda, né, Heriberto?

HERIBERTO – Nem você!– Colocou a mão no bolso e ficou lado de Victória. Victória colou em Heriberto.

JOÃO – Essa é minha neta? – Perguntou olhando a neném.

Heriberto abraçou na mesma hora Victória que se aconchegava nele com medo do pai. Tereza olhou diretamente nos olhos de João.

TEREZA – É minha filha!

João quase engasgou com a própria saliva.

JOÃO– Você não tem idade pra ser mãe Tereza, no máximo pode ser avó! – Falou sendo chucro.

TEREZA – Mas sou, seu grosso! Isso não te diz respeito só amim e meu marido!

João deu um passo pra frente encarando ela. Victória ia se meter, mas Heriberto não deixou. Heriberto se aproximou de João o olhando de modo fixo.

HERIBERTO – Vá embora! Você é assunto velho! Saia, por favor!

JOÃO – Continua abusado! – Não tirou os olhos de Tereza. – Eu volto pra gente conversar e brincar um pouquinho como você gosta! – Olhou Victória.– Você está linda com essa barriga já apontando, minha filha, depois eu mando o presente pro meu neto!

Victória tremeu e se lembrou de quando foi parar no hospital por causa dele.

VICTÓRIA – Eu não quero nada de você! Eu nem o conheço!

Tereza sentir seu coração desesperado e não sabia o que dizer diante daquilo. Olhou em volta e suspirou, graças a Deus Fernando não tinha ido ali. Sabia que seu marido perderia a paciência com aqueles insultos que João dizia, sentiu o corpo desfalecer. Olhou para Victória e começou a chorar saindo da dali direção ao quarto. Sentiu o peito pulsar de tristeza, João foi embora depois de olhar Victória que olhou Heriberto e subiu as escadas atrás da mãe....