Sentado na sala de visitas, Pride só pensava nas notícias que recebera vindo para o hospital. Abby havia sido drogada com um tipo de induzidor de parto e tudo o que eles sabiam era que no momento, ela estava na sala de cesárea.

— Eles deveriam ter prestado mais atenção naquele técnico. – Pride olhou para Lasalle. – Agora Abby está em cirurgia e provavelmente pode perder o bebê.

— Vai dar tudo certo, king. – O amigo abraçou Pride. – Ei, o médico está aqui.

— Abigail Sciuto McGee? – O médico viu Pride e Lasalle se levantarem. – Deu tudo certo. A gravidez estava mais adiantada que pensávamos, e por isso, a bebê nasceu com todos os órgãos em dia. Apenas o peso estava um pouco abaixo, mas a deixamos na incubadora. A mãe e a filha passam bem.

Lasalle deu um olhar para onde Sonja estava. Ela deu um sorriso e tocou sua barriga. Eles ainda não tinham se decidido com rótulos, mas era claro que eles estavam juntos.

— Posso ver minha neta? – Pride sentiu o amor quando disse aquelas palavras.

— Claro, por aqui. – O médico viu outro casal olhando. – Com licença?

— Ela é minha sobrinha. – Elisa desafiou o médico a enfrentar ela. – E eu não vou sair.

— Está tudo bem. – O médico viu o jeito que Callen o olhou e decidiu que enfrentar o homem não era boa idéia. – Por aqui.

Todos entraram e deram de cara com uma garotinha de cabelos cor de mel. Era a imagem perfeita de Tim e Abby. Ela tinha pequenas mãos e os lábios iguais aos de Abby.

Eles sabiam que a garotinha seria uma nerd do computador por ter dois pais que eram perfeitos.

— Ela é tão linda. – Pride descansou a mão no vidro. – Quanto tempo ela vai ter que ficar assim?

— Apenas uns dois dias. – O médico pediu licença e saiu da sala.

— Oi, princesa. – Pride viu que a menina olhou diretamente para ele. – Eu sou seu vovô. A sua vovó logo vai estar aqui.

— Isso quer dizer... – Elisa olhou para o pai em descrença.

— Que você e Abby são irmãs totalmente. – Pride viu o sorriso de Elisa aumentar. – Grace me contou a história.

— Perfeito. – Elisa pegou a bolsa que Callen segurava. – Porque agora, eu posso vestir a pequena como minha It Girl.

— Ela transformou Sophie em uma gótica. – Callen apenas disse. – E compramos um bebê conforto de laço, igual ao que ela deu.

— Apenas com caveirinhas. – Elisa sorriu e começou a mostrar as roupinhas para Pride e Lasalle.

Tim, Tony e Gibbs entraram no laboratório onde o técnico substituto trabalhava o encontraram vazio. Nada havia sido deixado para trás. Nem sangue, saliva ou dna. Tudo o que eles tinham era um aviso com batom na porta de vidro.

“Enemies Alike”!

Parecia uma mensagem. Tentando descobrir, Tony acabou achando um dispositivo de gravação na porta, que Tim desmontou com cuidado e a supervisão de Gibbs.

Jenny segurava Anna em seus braços e desceu para o laboratório.

— Achamos alguma coisa? – Ela viu os três pararem. – Sabemos quem esse cara é de verdade?

— Não. – Gibbs as deixou de fora do laboratório. – Mas antes de qualquer coisa, vamos trazer um especialista em gases.

— Ela queria ver o laboratório da tia Abby, Jethro. – Jenny deu a filha ao marido. – Ziva E Tony estão vindo com Tali e já chamei os vingadores. Sam estava em Los Angeles terminando um assunto de referência.

Tim havia deixado o NCIS e ido diretamente para o hospital. Ele queria e muito conhecer a filha que havia nascido. Pegando Amanda na casa de Pride, ele seguiu para o hospital.

— Então, mamãe teve uma menina. – Amanda sorriu. – Que tal discutirmos alguns nomes para o bebê?

— O que você gosta? – Tim nunca tirou o olho da estrada.

— Emily. – Amanda sorriu. – Ou Jeniffer. São nomes bonitos para uma garotinha.

— Vamos ver qual a mamãe gosta. – Tim parou em uma vaga de estacionamento e aproveitou para comprar um buque de rosas para Abby e deu para Amanda entregar. – Entre e se mamãe estiver dormindo, apenas deixe do lado da cama dela e se acomode na poltrona.

— Agente McGee, bem-vindo. – A enfermeira se aproximou sorrindo, tentando conquistar o agente. – Veio ver sua filha?

— E minha esposa. – Ele apenas tentava afastar a mulher. – Afinal, agora eu tenho uma filha biológica e uma filha do coração.

A mulher ficou visivelmente chateada com a clara tentativa de não querer um relacionamento com ela.

— Então, se me der licença, eu vou ver minha filha e depois, a mulher que eu amo. – Ele apenas fechou a porta do elevador e suspirou.

Amanda entrou no quarto de Abby. Ela colocou as rosas sobre a mesa de cabeceira, mas ao invés de se deitar na poltrona, ela afastou as cobertas da mãe e se deitou ao lado dela.

A mão de Abby se moveu e descansou ao redor do corpo da filha. Ela abriu apenas um pouco os olhos e sorriu ao ver que Amanda a amava tanto quanto ela.

Tim olhou para a filha e sorriu. Ele bateu uma foto para mostrar para Abby e jogou um beijo antes de sair.

Entrando no quarto, ele bateu outra foto. Dessa vez era de Abby e Amanda dormindo juntos.

— Ei. – A voz de Abby era mal acima de um sussurro. – Como ela está?

— Indo tão bem quanto a mãe dela. – Tim deu um beijo na testa de Abby. – Aqui uma foto dela.

Tim entregou o celular e viu Abby ir as lágrimas.

— Ela é linda. – Abby sorriu. – Eu a amo tanto quanto amo Amanda.

— Tenho certeza disso. – Tim se deitou na ponta da cama. – Abby, sobre o que aconteceu...

— Usaram Cytotec para induzir meu parto. – Abby ganhou apenas um aceno de Tim. – Por que?

— Não fazemos a menor ideia. – Tim mostrou uma foto da vidraça do laboratório. – Você sabe o que é isso?

— Sim, e acho que sei o que eles querem. – Abby suspirou. – Nunca realmente te contei o que aconteceu naquele 1 mês que estive presa no laboratório.

— E eu nunca pressionei você. – Tim pegou a mão dela. – Mas agora, talvez seja a hora para isso acontecer.

Antes que Abby falasse algo, houve uma batida na porta e uma enfermeira sorriu para os dois e rolou o carinho com a bebê, já vestida com um minivestido de laços.

— Vejo que Elisa cumpriu a promessa. – Abby segurou a filha pela primeira vez e Amanda sorriu acordando para a presença da maninha. – Amanda, conheça a sua irmã.

— Ela é pequena. – Amanda sorriu. – Mas é muito linda. Posso segurar?

— Com cuidado, sim? – Abby ajudou a filha a pegar a irmã. – Não deixe ela cair.

— Assim? Amanda sorriu, segurando a bebê. – Olha, pai.

Tim estava tão apaixonado que tirou outra foto daquele momento. Ele sabia que Emily iria ser muito amada na família.