Jenny e Gibbs havia chegado de Houston na noite anterior e é claro que eles ficaram acordados até mais tarde. Parecia que eles não poderiam ficar muito tempo sem se tocar.

— Bom dia a todos. – Gibbs sorriu e deixou um bolinho em cada mesa. – Concordo com você, Tim. O dia parece diferente hoje.

— Acho que a alegria voltou a você, chefe. – Tony abriu e mordeu seu bolinho. – Que coisa deliciosa.

— São da padaria onde Jenny e eu tomamos café hoje de manhã. – Gibbs a viu passar. – Bom dia, diretora.

— Bom dia, agente Gibbs. – Jenny sorriu para o marido, mas o sorriso logo desapareceu quando viu que havia alguém em sua sala.

Gibbs olhou para a porta fechada, resistindo a vontade de ir lá e interromper qualquer coisa que estivesse acontecendo. Mas ele sabia que era um homem importante e ele confiava em Jenny de olhos fechados.

Quando ela chamou todos para a sala dela e viu seus rostos chocados a cada palavra, ela adivinhou que aquilo tudo seria complicado para o time.

Los Angeles...

Sede do NCIS Projetos Especiais. ...

G Callen estava ansioso para rever todos. Embora eles tivessem ido para o casamento de Abby e Tim recentemente, ele sentia falta de Gibbs e do time.

— Então, já falou com Elisa sobre a viagem? – Sam perguntou. – Vão ser dias compridos.

— Ela foi transferida temporariamente para a promotoria de Washington. – Callen sorriu. – Isso significa que teremos dias compridos e noites prazerosas.

— Aff, será que vocês ainda não apagaram esse fogo? – Deeks brincou. – Vocês tem um fogo que nunca apaga.

— Quando você e Kensi começaram a namorar era assim, lembra? – Callen provocou. – Se beijando sobre a mesa dela, sobre a sua mesa...

— Ok, senhores. – Hetty apareceu. – Temos que partir agora para chegarmos com tempo no aeroporto.

— Elisa vai nos encontrar lá. – Callen pegou sua bolsa. – E eu acho que Pride também vai estar por lá.

— Ele é o pai dela e melhor amigo do Gibbs. – Sam sorriu. – Acho que vai ser um bom caso.

— Se não perdermos nossos empregos. – Eric disse, descendo com as coisas que precisaria. – Vamos?

— Claro. – Nell sorriu para ele e desceu com outra mala cheia de periféricos de tecnologia.

Saindo do esconderijo, todos deram um último olhar antes de partir para aquele caso. Não era como se fosse a última vez que eles olhariam.

— Você acha que eu estou fazendo certo em me transferir para Washington? – Elisa perguntou a Pride enquanto entrava na sala de embarque. – Quero dizer, eu deixei bem claro que era por um tempo.

— Eu acho que você está indo para onde seu namorado está indo. – Pride segurou a mão da filha. – Há algo mais por trás disso.

— Estou grávida, pai. – Elisa disse sem olhar para ele. – Quero dizer, seis meses e já engravidei.

— E eu vou ser avô. – Pride a abraçou com carinho. – Que preciosidade.

— Lise! – Callen chamou a namorada e ela se levantou e correu para os braços dele. – Algo está diferente hoje.

— Bem, temos que conversar quando chegarmos em Washington. – Elisa segurou a mão dela e cruzaram a linha de embarque para o voo.

Todos acomodados no jato particular que o FBI emprestou a mando de Fornell e ele levantou voo.

Washington....

— Eu realmente acho que eles estão nos escondendo algo. – Jenny olhou para os homens dentro da sala. – Quero dizer, o jeito com Bruce foi cauteloso com Abby e Nick parece manter um olho sobre ela em especifico...

— Você está muito tempo no ramo, Jen. – Gibbs beijou o pescoço dela. – Parece que pensamos do mesmo jeito.

— Achei estranho Abby saber sobre o tal soro. – Jenny se sentou no pequeno sofá. – Acha que ela pode ter ajudado?

— Nunca soubemos de verdade o que aconteceu naquele tempo em que ela sumiu. – Gibbs se perguntava. – Quero dizer, ela se lembra de poucas coisas. Ela estava em boa forma.

— Há um tempo eu li sobre um médico que implantava lembranças. – Jenny pegou a revista. – Poderia ter acontecido isso com ela?

— Teríamos que ficar sozinhos com Fury para perguntarmos. – Gibbs olhou para o homem, que o olhou de volta. – E parece que ele sabe que estamos conversando sobre isso.

Nick se levantou e foi em direção a Gibbs e Jenny. Ele se sentou, olhando a tela do MTAC e fixou seu olhar para o laboratório.

— Sei o que estão pensando. – Ele os olhou. – Mas ainda não podemos confirmar nada.

— Ela está em perigo? – Gibbs foi direto.

— Não no momento. – Fury apenas disse, sabendo que Gibbs saberia disso. – Mas estamos trabalhando para que isso continue.

— Se isso se tornar uma coisa muito ruim, eu juro que vou atrás de você. – Gibbs beijou Jenny e se levantou, saindo do MTAC.

Descendo as escadas, ele podia ver Tim falando ao telefone com um brilho no olhar enquanto Tony e Ziva brincavam com algumas cartas.

— Onde estamos? – Gibbs perguntou, fazendo uma pequena revoada de cartas serem jogadas para o alto.

— Bem, depois de alguns momentos, conseguimos ver que existe três depósitos vazios. – Tony clicou no controle remoto, fazendo a tela ganhar vida. – Dois aqui em Washington e um na Flórida.

— Ambos equipados para guardarem corpos sem cheiro. – Ziva clicou em outra foto. – Eles foram pintados com cores que impedem o mal cheiro. Mas havia barulhos vindo de um dos prédios. Mandamos a polícia checar.

— Certo e Abby e Bruce conseguiram isolar um dos componentes achados em uma blusa da Dra Grace. – Tim entregou o papel. – É comumente usados para arar terras antes do plantio.

— Isso pode querer dizer que eles enterraram os corpos e usaram isso para encobrir. – Gibbs viu a expressão de Tim. – O que você não está nos contando?

— Quatro dias antes da Dra Grace sumir, a secretária disse que ela havia recebido uma visita de um homem. – Tim se sentou. – Ele parecia sujo de esterco e a mulher lembra de ele falar com um sotaque. Ele nunca mais voltou lá depois da Dra ser sequestrada.

Gibbs se sentou. Ele iria começar a ficar de olho a partir daquele momento.

Bruce estava no laboratório e podia acompanhar tudo o que Abby fazia. Ela parecia solta e não parecia lembrar dele. Mesmo assim, ele sabia que havia algo que a cientista escondia muito bem de todos.

Ele podia sentir ela o olhando e pensou que talvez, ela se lembrasse de algo a respeito daquele dia.

— Eu adorei seu laboratório. – Bruce logo quebrou o silencio. – É moderno.

— Obrigada. – Abby empurrou a cadeira de rodinhas até o espectrômetro de massa. – É ótimo trabalhar com o Hulk em pessoa. E é claro, conhecer Tony Stark foi como ver uma versão rica de Tony DiNozzo.

— Você também notou? – Bruce riu. – Aqueles dois poderiam ser parceiros.

— Do jeito que ele reagiu quando Stark o pegou nos braços para levar ele mais rápido, acho que ele vai precisar de um carro mais veloz. – Abby sorriu. – Eu achei que você fosse fechadão.

— Acho que todo mundo é um pouco fechadão. – Bruce brincou. – Menos você, é claro.

— Oh, acredite, quando eu descobrir alguma coisa, eu vou dar uma cambalhota. – Abby sorriu. – E eu acho que vai ser em breve.

Bruce largou o que estava fazendo e correu para junto dela.

— Isso é... – Bruce a olhou e viu o sorriso dela.

— Sim, é. – Abby sorriu.

Os dois bateram as mãos e bem quando Abby iria dar uma cambalhota, Gibbs entrou e ela o abraçou.

Ele soube que ela havia encontrado algo que ajudasse.