Trocada como mercadoria barata, fui friamente descartada.

Era sua estrela cintilante, sua diva e inspiração. Deleitei-te com minha voz, fazendo-te acreditar na magia dos palcos dourados.

Agora não passo de cinzas e poeira cósmica...

Dos lábios vis e corruptos, mentiras sórdidas.

Estão a me difamar.

Logo não passarei de uma lembrança distorcida da estrela que enfeitava seus espetáculos.

Embalado pelas notas desse jazz rejeitado, meu corpo dança na madrugada. Hoje canto pela última vez, e despeço-me dessa mísera vida.

Meus sonhos, que dos seus palcos frios foram arrancados, agora perdidos, procuram nova hospedeira para habitar.

Nunca te esquecerei, amada Broadway.