Sob a luz dos holofotes, sentia-me acolhida. Ouvia aplausos calorosos, a cortina descia e minha alma preenchia-se. Era refúgio, onde podia interpretar meu eu, independente do "eu".

Sonhei que fui sua novamente, como se me tomasse nos braços declarando amor através dos lábios docemente colados.

Mas a realidade chegou dolorida quando gritaste por ela, mais pura e bela, tal jovem donzela, que conquistou o que costumava ser meu.

Os delírios se tornaram lembrança semota, assim como meus sonhos que estão a ruir. Hoje clamas por ela, e te esqueces de mim.

Dizem que depois da chuva vem o florescer. Será?