Por Narrador:

Não demorou muito para que Lucas pegasse no sono, estava tão preocupado com Eduarda que nem tinha notado como estava cansado.

Por Lucas:

Estou em um quintal, vejo Eduarda e mais três “crianças” se divertindo, quando me avistaram, vieram correndo em minha direção, escuto Eduarda falando ao me abraçar “Que bom que chegou amor, estava com saudade”. Du aparentava estar com uns 50 anos e as “crianças” aparentavam ter entre 25 e 30 anos.

Por Narrador:

No meio do Sonho Lucas foi acordado por uma enfermeira.

EF: Senhor Lucas, Senhor João Lucas.........

JL: Oi (falou bocejando), aconteceu alguma coisa com minha noiva?

EF: Não, só o doutor me pediu para avisar que sua entrada no quarto da dona Eduarda já está liberada.

JL: Então eu vou ir lá, obrigado por me avisar.

EF: Disponha.

Por Narrador:

Lucas vai em direção ao quarto e percebe que já é de manha e volta a se lembrar do sonho que teve antes de ser acordado.

Por Lucas:

Quando a enfermeira me acordou fiquei preocupado, pensei que tinha acontecido alguma coisa com a Du, mais agora me lembrei de que antes de ser acordado estava sonhando com Eduarda e mais três jovens, aquele sonho parecia ser verdade, se for, vou ser muito feliz, noto que já estou na frente da porta do quarto da Eduarda. Entro e vejo que ela ainda esta dormindo, me abaixo e lhe deposito um beijo em sua testa e outro sobre o seu ventre.

JL: Bom Dia Amor, Bom dia Lekinho ou Lekinha.

Por Narrador:

Lucas fica alguns minutos de pé, maravilhando a beleza da sua futura noiva, mais logo pega uma cadeira que tinha no quarto e se senta ao lado da cama, pegou a mão da Du debruçou a cabeça sobre a cama e acabou adormecendo.

–-------------------------ALGUNS MINUTOS DEPOIS------------------------------

Por Du:

Sinto alguma coisa apertando minha mão, uma leve dor de cabeça e uma pressão em meu peito, de repente flechs do acontecido volta a minha cabeça, lembro-me do estrondo do tiro, do para-brisa se estilhaçando, do sangue em meu peito e do Lucas me chamando. Abro minhas vistas e vejo Lucas sentado com a cabeça debruçada por cima da cama segurando minha mão, percebo que ele está com uma camisa ensanguentada percebo que ele não foi embora. Começo a alisar seu cabelo e ele desperta.

Por Lucas:

Sinto uma mão alisando meu cabelo, acho que a Du acordou então decido levantar minha cabeça.

DU: Bom Dia meu Amor. (falou com voz fraca).

JL: Bom Dia minha Vida. Tá tudo bem? Tá sentindo alguma coisa? (falou com a voz preocupada).

DU: Calma Lek, tá tudo bem, só uma leve dor de cabeça.

JL: Então eu vou chamar o Médico (falou levantando e indo em direção à porta).

DU: Amor volta aqui.

JL: O Que foi? (falou voltando em direção a Eduarda).

DU: E o meu beijinho de bom dia? (falou fazendo uma voz manhosa).

JL: Mais você quer só um beijinho?

DU: Não, eu quero vários.

Por Narrador:

Lucas e Du se beijaram, um beijo cheio de saudade, amor e carinho, até que lhes falta o ar e eles tem que parar.

JL: Eu fiquei com tanto medo de te perder, tanto medo de não ouvir mais a sua voz, de não sentir o seu beijo, de sentir o seu perfume.

DU: Você nunca vai me perder, você esqueceu que eu sou marrenta? Eu brigo até com aquele lá em cima pra ficar com você (falou fazendo uma brincadeira).

JL: Eu nunca vou esquecer você é a minha marrentinha (falou apertando o nariz da Eduarda). Pena que você vai ter que dividir esse amor com uma pessoinha que está a caminho (falou alisando a barriga dela), mais eu vou te dividir só com essa pessoinha, ouviu?

DU: Como assim Lek? (falou assustada).

JL: Você vai ser a mamãe mais linda desse mundo.

DU: Lucas, “Cê” tá brincando né?

JL: Não meu amor, o médico me falou ontem, você tá gravida de 4 semanas e alguns dias.

DU: Não Lucas, não pode ser, eu sou muito nova cara, nem terminei minha faculdade ainda.

Por Narrador:

Os dois estavam tão concentrados na conversa, que nem notaram quando a mãe de Eduarda entrou no quarto.

Por Paula:

O Lucas e a Du nem notaram que eu entrei no quarto, agora o Lucas está contando sobre a gravides, a Eduarda não está aceitando a noticia, é melhor eu interferir e fazer meu papel de mãe.

PA: Lucas.

Por Narrador:

Du e Lucas se assustaram quando Paula se pronunciou, eles nem tinham percebido que ela tinha entrado no quarto.

PA: Será que eu posso falar com a minha filha em particular?

JL: Claro, Paula será que eu posso te pedir um favor?

PA: Claro querido, o que?

JL: Será que você poderia me emprestar o seu carro pra eu ir para casa. O meu o Josué levou para o conserto. A minha mãe ficou te trazer roupa pra mim mais ela tá demorando e preciso tomar um banho e trocar essa roupa.

PA: Claro (falou pegando a chave do carro na bolsa), vai mesmo tirar essa roupa com sangue, e se quiser descansar, pode descansar, você deve estar cansado, não saiu daqui desde ontem.

DU: Lucas, você passou a noite aqui?

JL: Sim, não iria sair daqui até você acordar meu amor.

DU: Eu agradeço pela preocupação, mais você deve estar todo dolorido de dormir em uma cadeira.

JL: Eu dormi melhor aqui nessa cadeira do que naquele sofá lá na recepção, aqui eu pude sentir o seu cheiro.

DU: Oh meu amor, vai pra casa, descansa depois você volta, eu não vou ficar aqui sozinha, a mãe vai ficar comigo.

JL: Tudo bem cuida bem do nosso Lekinho ou Lekinha (falou lhe dando um beijo).

Por Du:

O Lucas acabou de sair, eu ainda não acredito que estou gravida, eu não queria sou muito nova, olho para a minha mãe e ela tá chorando olhando pra mim.

DU: O que foi que aconteceu mãe?

PA: Eu quase te perdi, não quis acreditar quando o comendador ligou lá pra casa pra nos avisar.(falou chorando).

DU: Mais você não me perdeu.

PA: Me desculpa Filha?

DU: Pelo que?

PA: Pelo tapa que te dei na cara, por ter te expulsado de casa, por nunca ter sido um boa mãe pra você. (falou voltando a chorar).

DU: Eu já te perdoei (falou começando a chorar).

Por Narrador:

Paula foi ao encontro da filha para lhe dar um abraço, depois de um longo abraço Du fala.

DU: Mãe, eu não quero essa criança, eu não to pronta pra ser mãe.

PA: Minha filha, toda mulher nasce pronta para ser mãe, você só esta com medo, e esse sentimento é normal, eu também tive esse medo quando descobri que estava gravida do Augusto, é normal meu anjo.

DU: Mais mãe, e se esse animo do Lucas for só agora no começo?

PA: Todo homem fica animado no começo, com o seu pai não foi diferente, não vai ser fácil, mais você e o Lucas vão tirar isso de letra, vocês já passaram por tanta coisa juntos.

DU: Mais agora é diferente mãe, agora nós somos namorados um casal, não somos só amigos um do outro.

PA: Mais é essa amizade, esse companheirismo que vai ajudar vocês passarem por tudo isso junto, esse é o diferencial de vocês a qualquer outro casal. E ontem ele provou para todos que viram que ele te ama.

DU: Como assim mãe?

PA: Quando eu o seu pai e seus irmãos chegamos aqui no hospital, ele estava aqui no quarto vendo como você estava, seu pai estava com tanta raiva que queria repartir ele no meio, quando ele voltou pra sala de espera seu pai pegou ele pelou colarinho da camiseta e o prensou na parede, todos ficamos abismado com a reação do seu pai, e ele ficou desesperado e começou a chorar, falou que ele preferia ter levado o tiro do que te ver aqui, que ele quase perdeu a mulher da vida dele e o filho, e ele chorava porque não pode fazer nada pra te ajudar.

DU: O Lucas mudou tanto desde que começamos a namorar, ele tá tão carinhoso comigo, tão diferente, parece que amadureceu mais.

PA: Seu pai me contou como vocês estavam bem, me contou também que ele se ofereceu para fazer a contabilidade da sua loja.

DU: Meu Deus, minha loja, mãe eu tenho que levar as ultimas peças para a costureira, se não vai atrasar para a inauguração.

PA: E você acha que já não foi adiada a inauguração? Seu pai tá resolvendo os últimos detalhes, vai atrasar em um mês a inauguração. Eu fiquei tão feliz quando seu pai me falou que você só aceitou a loja se o dinheiro fosse como um empréstimo.

DU: Por quê?

PA: Porque você me provou que quer batalhar para crescer, e isso me deixa feliz, eu e seu pai também começamos de baixo, e olha onde estamos hoje.

Por Du:

A manhã está passando tão depressa, eu e a mãe conversamos de tanta coisa, é a primeira vez que passamos tanto tempo juntas e não brigamos, estamos conversando quando ouço alguém bater na porta.

DU/PA: Pode entrar

ME: Com Licença (disse entrando no quarto), e como anda a minha princesinha? (perguntou beijando sua testa).

DU: Melhorando pai, me acostumando que agora não sou só uma.

ME: E como anda esse meu neto ou minha neta?

DU: Está bem, pelo menos eu acho o médico não passou ainda.

ME: Ele vai passar mais tarde, mais cadê o Lucas? Achei que estaria aqui.

PA: Eu o mandei para casa, passou a noite aqui e ainda estava com a mesma roupa.

Por Merival:

Estou vendo que a Eduarda e a Paula se acertaram isso me deixa muito feliz, sou acordado dos meus devaneios com alguém batendo na porta, vou ver quem é. Quando abro a porta me deparo com um buque enorme de rosas vermelhas.

ME: O que é isso? (falou assustado).

ENTRE: Aqui é quarto da Eduarda Bochichelli?

ME: Sim

ENTRE: Mandaram entregar

ME: Obrigado.

Por DU:

Bateram na porta e meu pai foi atender, agora ele esta voltando com um buque enorme de rosas vermelhas, as que mais adoro, ele me entrega e vejo que tem um cartão. Começo a ler.

CARTÃO ON

Para a mulher que faz a minha vida ter algum sentido, para a mulher que será a melhor mãe desse mundo, para a mulher que me faz o homem mais completo e feliz desse mundo, do seu grande amor. TE AMO.

ATT: Lucas

CARTÃO OF

Por Du:

Depois que leio o cartão sinto lagrimas surgirem em meus olhos, minha mãe me pergunta o que aconteceu.

PA: Aconteceu alguma coisa filha?

DU: O Lucas é um bobo. (entrego o cartão para a minha mãe ler)

PA: Só se for um bobo apaixonado né? Quanto tempo você não me manda mais flores em Merival? Desse jeito vou querer arrumar um Lucas para mim.

DU: Ah mais esse Lucas já tem dona (falou rindo).

ME: Ih to vendo que vou ter que pedir um pouco do mel do Lucas.

Por Narrador:

O Quarto só vira em risada depois do que Merival fala, as risadas são abafadas quando Lucas entra porta adentro.

JL: Ué o que aconteceu?

DU: O meu pai falou que ia pedir um pouco do seu mel, porque minha mãe falou que desse jeito iria arrumar um Lucas para ela.

JL: Por causa das flores?

PA: Por causa das flores e do cartão.

JL: Ih sogrão, acho que acabei de te por em uma enrascada.

ME: Eu tenho quase certeza (falou rindo da situação).

Por Narrador:

Os quatro conversaram por um certo tempo, Merival e Paula foram para casa, mais prometeram e voltaram a tarde, a família Medeiros vieram em peso de noite, o quarto era uma loucura, todos falando ao mesmo tempo, ficaram algumas horas e foram embora, Eduarda insistiu para que Lucas fosse para casa dormir mais ele se negou, falou que ficaria com ela. Acabou que os dois dormiram na mesma cama abraçadinhos.