Uncursed

Príncipe da Floresta.


Emma, Lily e Mogli entraram no quarto de branca de Neve e Príncipe Encantado bruscamente. Mas pelo de que Emma simplesmente empurrou a porta sem bater, eles encontraram Branca de Neve e David deitados juntos na mesma cama, por baixo dos cobertores.

– Emma! – fala David, se ajeitando por baixo dos cobertores.

– O que houve, querida? – fala branca, desconfiadamente se ajeitando por baixo do enorme cobertor verde no qual ela estava junta á David.

– Mãe, pai, essa é Lily e seu irmão Mogli. – fala Emma, apontando para os dois.

– Saudações. – fala Lily, fazendo uma pequena reverência e batendo na cabeça de Mogli para que ele repita o mesmo, o que ele faz.

– Saudações. – fala Branca, se levantando da cama vestida com um curto vestido branco.

– Então, eles estão sem um lar. – fala Emma. – Eu queria saber se eles podem morar aqui no castelo!

– O quê? – pergunta David, sem acreditar no que Emma fala.

– Queridos, será que podem esperar lá fora enquanto conversamos com nossa filha? – pergunta Branca de Neve, olhando para os dois jovens.

– Claro. – fala Lily. – Vamos, Mogli.

Os dois saem do quarto e fecham a porta.

– Emma, você está ficando louca? – pergunta Branca, aos sussurros. – Você acabou de conhecer duas crianças e já quer hospedá-los sobre nosso mesmo teto?

– Mas mãe, eles estão sem teto. – fala Emma. – E não parecem ser más pessoas. O menino parece ser uma ameaça pública?

– Não, mas... – Emma não deixa Branca terminar a frase e interrompe:

– Então por que não ficarem? Eles sofreram muito em suas vidas, foram criados por lobos que mais posteriormente morreram nas mãos de um caçador. A única pista do nome da menina foi uma toalha com seu nome bordado.

– Mas querida, você acabou de conhecê-los. – fala David. – Como pode ter tanta certeza que eles são de confiança?

– Eles sabem sobre esperança. – fala Emma. – E respeitam isso. Quando ela me questionou sobre por que deveria confiar em mim e eu disse que era por que eu era a sua última esperança, no mesmo instante ela abaixou a flecha.

– Flecha? – pergunta David. – Então a menina apontou uma flecha para você? E ainda assim confia nela?

– Ela está morrendo de fome. – fala Emma. – Ela só queria comer.

– Mas não é assim que heróis agem, Emma. – fala Branca.

– É verdade. Heróis matam suas madrastas enquanto estão se casando. Heróis quando estão com fome também roubavam da realeza. – fala Emma, sarcasticamente, fazendo referência ás histórias que ela ouviu de que sua mãe, enquanto fugia da Rainha Má, roubava para poder comer.

Branca de Neve e David se entreolharam. Agora tinham certeza que tudo que eles queriam tanto para sua filha de fato se realizou. Um espírito de luz e bondade pairava sobre Emma, eles viam em sua frente a heroína mais boa já vista.

– Está bem. – fala David.

– Sério? Eles podem ficar? – pergunta Emma, sem acreditar que de fato convencera seus pais.

– Sim. – fala Branca de Neve, com um leve sorriso no rosto. – Mas cabe a você ensinar as normas do castelo e...

– Sim, sim. Eu ensino! – interrompe Emma, abraçando os pais, que se derretem pelo amor da filha. – Muito obrigada por confiarem em mim.

. . .

Neste meio tempo, Lily e Mogli esperavam do lado de fora do quarto.

– Lily, você acha mesmo que eles vão nos aceitar aqui? – pergunta Mogli.

– Duvido muito. – fala Lily. – Eles não pareceram muito dispostos á nos ajudar. Acho que por mais que as intenções de Emma sejam nobres, jamais poderíamos morar em um lugar como esse. Somente heróis moram em lugares como esse, e não passamos de dois moleques que roubam para comer.

– Ah, queridinhos. – se ouve uma voz fina ás costas de Mogli e Lily, e assim que eles se viram, deparam-se com uma estranha criatura de pele esburacada, cabelos curtos e oleosos e dentes totalmente cobertos de uma substância que parece lama.

– Quem é você? – pergunta Lily, colocando Mogli ás suas costas e puxandoseu arco e flecha, apontando-o para o homem.

– Ah, que indelicadeza a minha! – fala o homem, fazendo uma reverência aos dois e dizendo: - Rumplestiltskin, ao seu dispor!

– Rumplestiltskin, o maior traidor da Floresta Encantada? – fala Lily, ainda com a flecha apontada para Rumplestiltskin. – Eu já ouvi falar do senhor, mas confesso que nunca tive interesse em conhecer tamanha criatura repugnante.

– Ora, querida. – fala Rumplestiltskin, com uma balançada de mão apenas abaixando o arco de Lily. – Não tem necessidade disso. Só gostaria de conversar.

– Pare de aplicar esses feitiços de baixa categoria para cima de mim! – fala Lily. – Isso é muita covardia, ainda por cima com uma criança ao meu lado.

– Ora, queridinha, não se exalte. – fala Rumplestiltskin. –Só vim aqui para fazer um acordo.

– Obrigada, mas dispensamos. –fala Lily.

– Ora, mas acho que vocês dois irão gostar muito do que irei propor. – fala Rumplestiltskin. – Por que, caso aceitem, poderão descobrir qual é o seu passado. De onde vieram, e quem são seus pais.

– Meus pais? – pergunta Mogli.

– Sim, menininho. – fala Rumplestiltskin, olhando para o rosto de Mogli. – Tudo será revelado.

– Ele não pode fazer isso, Mogli. Não se iluda. – fala Lily.

– Ora, queridinha. – fala Rumplestiltskin. – Claro que posso. Eu posso tudo. Afinal, fui eu quem preparei a nossa amada Cinderela para seu baile.

– Mentira! Foi sua fada madrinha. – fala Lily. – Todos sabem disso.

– Seria ela se antes eu não a tivesse transformado em um pó dourado, roubando sua varinha. – fala Rumplestiltskin, com seu sorriso feio e sarcástico.

Lily pensa um pouco, ,e pensa em todas as possibilidades que podem acontecer de ela saber de onde veio. Todo o sentido de sua vida será preenchido, seu passado será descoberto e ela poderia finalmente viver sem a dúvida de qual sua origem.

– Mogli, você quer? – pergunta Lily, olhando para baixo e vendo a cabeça de seu irmão balançar positivamente.

– Ótimo! – fala Rumplestiltskin, abrindo seu sorriso horroroso. – Agora, vou dizer como fazem...

– Espera. – fala Lily. - Aprendi desde cedo que toda magia vem com seu preço. Qual o seu, Rumplestiltskin? O que quer de nós?

– Hum, esperta essa pestinha. – fala Rumplestiltskin, abrindo seu conhecido sorriso sarcástico.

– Sim. Vá, fale. – diz Lily.

– Meu preço vocês poderão pagar depois. – fala Rumplestiltskin. – Mas não se preocupem, pois não se tratará de vocês terem que me dar um amigo ou parente. Serei bem modesto em minha troca.

– Pois bem. – fala Lily. – Feito. Agora fale.

Rumplestiltskin para, olha para baixo, se concentra, e fala:

– Além das colinas, o Príncipe da Floresta os ajudará. Cuidado com o deserto, pois quente como o inferno ele atrapalhará. Façam jus á sua descendência, e tudo se realizará.

– O quê? – pergunta Lily, sem entender uma palavra do que Rumplestiltskin disse. – Deixe de charadas, Rumplestiltskin, fale direito!

– Ora, queridinha. - fala Rumplestiltskin, com seu sorriso sarcástico. - Fui modesto em minha troca, também fui modesto no que lhes dei. Decifrem.

Uma nuvem negra aparece, envolve Rumplestiltskin e desaparece.

– Que droga! – fala Lily. – Mogli, você entendeu algo que ele disse?

– Não. – fala Mogli, balançando a cabeça negativamente.

– Precisamos decifrar esta mensagem. – fala Lily. – Você memorizou tudo?

Mogli balança a cabeça positivamente, e neste momento a porta do quarto de Branca de Neve se abre, mostrando Emma á frente de Branca de Neve e Príncipe David, os três sorrindo.

– Bem vindos ao nosso lar! – fala Emma, abraçando os dois.

– Nós vamos ficar? – pergunta Lily, ainda abraçada com Emma e Mogli.

– Sim. – fala Branca de Neve, sorrindo.

– Podem seguir este guarda. – disse David, apontando para um guarda ao lado da porta de seu quarto. – Ele os levará aos seus quartos.

– Nossos quartos? – pergunta Lily. – Mas nós teremos quartos separados?

– Claro! – fala Emma. – Um castelo enorme desse, o que você acha?

Lily e Mogli choram de emoção e abraçam Emma. Fica lisonjeada com tudo no castelo, assim como seu quarto e o de Mogli. Mas não se esqueceram do que Rumplestiltskin havia falado. E iriam tentar descobrir, nem que seja a última coisa que façam.