New year

Uma semana se passou desde a festa de natal dos Vingadores e muita coisa havia acontecido muita coisa legal desde então.

Clint, Laura e as crianças estavam passando a semana em Nova Iorque, e claro que Natasha não disperdiçou a oportunidade para passar tempo com sua família americana.

No dia 26, por exemplo, Laura, Lilá e Natasha tiveram um dia só de garotas e saíram às compras, aproveitando os descontos imperdíveis da liquidação de natal das grandes lojas da cidade enquanto Clint, Cooper, Nathaniel, Steve e Bucky foram assistir um jogo de futebol americano no Metlife Stadium, em Jersey, a duas horas de Nova York.

Bucky e Steve estavam inclusos nos planos, e estando todos juntos, nos dias em que seguiram, o grupo visitou os mais importantes locais turísticos como o Museu Metropolitano de Arte, que encantou não só as crianças, mas também os adultos e não só por sua arquitetura, mas por seu acervo, que incluía as artes grega, romana e a epgícia, as quais Cooper se animava e expliica aos pais, irmãos e tios o que ele havia estudado na escola sobre.

Mas a parte mais divertida do passeio foi a sala dos fósseis, onde ficavam esqueletos de dinossauros e animais pré históricos, que tinham dezenas de metros de altura e de comprimento e que as crianças, sobretudo Nathaniel, amaram, e demonstraram isso fazendo várias palhaçadas tentando imaginar como deviam ser os rugidos desses animais, o que rendeu altas risadas dos adultos, que inclusive se lembraram do filme "Uma Noite no Museu", que era ambientado no museu de historia natural de Nova Iorque e onde objetos inanimados do acervo criavam vida.

Além do Museu Metropolitano de Arte, eles também visitaram o Empire State Building, quinto edíficio mais alto dos Estados Unidos e o mais alto arranha céu de Nova Iorque, que Cooper e Nate ainda não conheciam, tendo uma vista panorâmica da cidade e do Rio Hudson.

Nessa noite, depois de jantarem em um restaurante na Times Square, eles assistiram um show de patinação no gelo da Disney chamado Disney On Ice com a temática do natal.

No dia seguinte, Steve e Natasha saíram com as crianças para que Clint e Laura tivessem um tempo à sós e como foi prometido, buscaram a pequena Morgan para que ela e Lilá tivessem a companhia uma da outra, visto que as duas eram amiguinhas e também para que Pepper pudesse ter um tempo só para ela.

Com a árdua tarefa de cuidarem de três crianças pequenas e de um pré adolescente, eles recorreram à Bucky para ajudá-los, o que foi aceito sem objeção, visto que Bucky gostava de crianças, só não tinha experiência com elas.

Apesar dos pesares, a diversão foi garantida pois eles visitaram lugares legais para crianças, como a loja de M&M's e o zoológico do Central Park, terminando o dia de passeio com um jantar em um restaurante italiano que contava com diversas opções de pizzas e massas para crianças.

*****

Na manhã do dia 31, Steve acorda de conchinha, com seus braços fortes ao redor do corpo de Natasha.

Eles estavam nús, com apenas os lençóis finos da cama os cobrindo, um vestígio da noite de amor que haviam tido.

Sem pretenção nenhuma de levantar naquele momento, Steve afunda seu rosto nos cabelos de Natasha e beija a nuca dela.

Ele fica assim, com o rosto enterrado nos cabelos ruivos de Natasha, seus lábios roçando na pele da nuca dela e sentindo o doce aroma de baunilha do shampoo que ela usava nos cabelos.

Natasha era a casa dele. Ela era seu porto seguro. Os braços dela eram seu lugar preferido do mundo. Ela era o grande amor de sua vida e a mulher com quem ele queria passar o resto de sua vida.

Steve é despertado de seu momento de reflexão quando sente uma mão macia acariciando sua nuca.

—Ei, acordou... bom dia, amor - Steve sussurra, com a voz um pouco rouca tanto pelo sono quanto pelos gemidos de prazer da noite anterior

—Bom dia... - Natasha responde com um sorriso no rosto e se vira na cama, ficando de barriga para cima, e olha para Steve. Além disso, sua voz, que já era naturalmente rouca, estava mais ainda

—Dormiu bem?

—Ótimamente bem. Sabe, fazer amor de madrugada é quase um sonífero natural, ainda mais que não há nada melhor do que dormir nos seus braços - Natasha brinca e Steve ri

—Eu te prometo que, no que depender de mim, será sempre assim - Steve fala subindo em cima dela e enche o pescoço dela de beijos, fazendo-a rir alto

—Steve... - ela fala em meio às risadas

—Eu nunca mais vou soltar você - ele fala contra o pescoço dela e a segura mais fortemente em seus braços

—Nunca, é? - pergunta o desafiando e com um sorriso sapeca

Steve ergue a cabeça e olha para Natasha.

—Nunca - fala e rouba um selinho dela - e sabe porque?

—Porque?

—Porque eu te amo muito e quero passar o resto da minha vida ao seu lado, você é a minha vida e foi quase te perdendo esse ano que eu descobri isso. Sem você eu estaria perdido - fala baixo, roçando seu nariz no dela

—Eu também te amo muito e seria um sonho passar o resto da minha vida ao seu lado - ela fala sorrindo

—Nós seremos um belo casal de velhinhos , você vai ver...

—Técnicamente você já é - brinca

—Me chamou de idoso, é?

—Chamei, você já tem 105 anos

—A algumas horas atrás isso não parecia importar...

—É, mais você é um idoso muito lindo e sexy

Steve ri e rouba um selinho dela

.

—E você é uma namorada muito linda e extremamente sedutora

Natasha solta uma gargalhada

—Que cantada foi essa? - ela brinca em meio às risadas

—Que foi? Não foi boa?

—Você está indo bem, é que foi tão estranho te ouvir falar que eu sou sedutora. Não pareceu você...

Steve ri e a beija.

O beijo, que começa inocente, vai se intensificando e se tornando feroz aos poucos. Suas línguas agora brigavam por espaço na boca um do outro.

Os seios de Natasha roçavam contra o peitoral de Steve, com os mamilos eretos, o deixando mais excitado e fazendo a ereção dele pulsar contra o baixo ventre dela.

Steve desliza suas mãos para dentro dos lençóis e começam a passear pelo corpo de Natasha, subindo até os seios fartos dela, e os massageia.

Excitada, Natasha geme contra os lábios de Steve, e com uma mão na nuca e outra nas costas dele, ela começa a puxar os cabelos e a cravar suas unhas na pele dele, o excitando ainda mais.

Steve desce com seus beijos até o pescoço de Natasha e distribui beijos molhados e leves mordidas por toda extensão do local enquanto passava os polegares delicadamente pelos mamilos eriçados dela.

Steve entra em baixo dos lençóis e abocnha o seio direito de Natasha enquanto massageava o esquerdo.

—Steve... - geme o nome dele, quase sem voz, ao sentí-lo passar a língua ao redor da aréola e no mamilo dela, e puxa os cabelos dele com mais força

Steve não fala nada, apenas sorri e abocanha o outro seio dela, sugando com vontade, e fazendo ela morder o lábio inferior.

Ao vê-la tão entregue, Steve começa a trilhar beijos e leves chupadas no corpo de Natasha, que partiam do espaço entre os seios e que vão descendo até a barriga dela.

Como sempre fazia quando eles faziam amor, Steve deposita um beijo delicado na cicatriz de tiro que ela tinha no quadril.

Cada imperfeição e cada cicatriz de batalhas que Natasha carregava em seu corpo era apenas detalhes que a tornava única e que provava como ela era forte.

—Você não tem idéia do quanto é perfeita...

—Você que é perfeito - fala sorrindo e acaricia os cabelos bagunçados dele

—Eu te amo...

—Também te amo...

—Agora vem cá que eu quero te mostrar o quanto te amo - ele fala e abre as pernas dela. Em seguida, ele começa a trilhar beijos desde a coxa interna até a intimidade molhada dela.

Ao sentir o toque da boca dele em sua intimidade, Natasha solta um gemido angústiado e coloca suas pernas por cima dos ombros dele.

Steve sorri e coloca as mãos nos quadris dela, para que ela ficasse mais próxima, e passa a língua na entrada molhada dela.

Natasha geme alto ao sentir a língua de Steve em sua entrada e começa a se contorcer na cama e a apertar os lençóis da cama quando ele começa a sugar seu clítoris.

Ao vê-la assim, Steve introduz dois dedos dentro dela e faz movimentos rápidos de tira e põe, fazendo ela gemer alto.

—Steveeee... - Natasha geme o nome dele ao ter um orgasmo

—Vem para mim, meu amor - ele sussurra, ainda introduzindo seus dedos dela

Quando Natasha goza, Steve chupa tudo e tira seus dedos de dentro dela. Ele se senta na cama e chupa o gozo que havia ficado em seus dedos.

—Onde você aprendeu a fazer isso tão bem?

—Você acha que eu faço bem, é? - Steve questiona, sorrindo pretencioso

—Maravilhosamente bem... - Natasha responde com um sorriso safado estampado em seu rosto e se senta. Ela engatinha na cama e se senta por atrás dele - com quem foi a prática? - ela pergunta divertida e apoia a cabeça no ombro dele

—Aprendi com a mulher mais linda e perfeita do mundo, a qual eu tenho a sorte de chamar de namorada - Steve responde sorrindo, a agarrando pela cintura e a puxa para se sentar em suas pernas

Natasha sorri ao ouvir isso e, sentada nas pernas de Steve, ela coloca as suas uma para cada lado e coloca as duas mãos no rosto dele.

—Não, mais é sério, você disse que não era mais virgem quando começamos a nos envolver, só que nunca me disse com quem havia sido

—Você sempre tenta arrancar essa informação de mim - ele brinca e ela ri

—Talvez seja porque você não me contou ainda?

—E o que importa se estamos juntos? Vai mudar alguma coisa?

—Não, mas eu tenho curiosidade poxa! Eu sei que a Peggy foi o seu primeiro beijo na vida e que fui o seu primeiro em 70 anos. Só queria saber quem foi a primeira mulher da sua vida.... Vai, fala... por favor, eu sou sua namorada

—Está parecendo uma criancinha pequena, meu amor - Steve brinca e deposita um selinho nos lábios dela

—Por favor, me fala...

—Ok, vou te contar, mas promete que não vai se chatear?

—Porque eu iria? Você era livre para ficar com quem quisesse... eu era sua amiga, mais nada

—Se lembra que você ficava me empurrando para sair com a Sharon?

—Uhum

—Houve uma noite que eu de fato saí com ela e aconteceu... Minha primeira vez foi com a Sharon no apartamento dela

Sem reação com a revelação de que Sharon Carter, sobrinha neta de Peggy, havia sido a primeira mulher da vida de Steve, Natasha desvia seu olhar dele para a parede beige do quarto deles, acima da cabeceira da cama, como se ela fosse mais interessante do que ele no momento.

Preocupado com o silêncio e com medo da reação dela, Steve coloca as mãos no rosto de Natasha e passa o polegar suavemente pelos lábios dela.

—Nat, por favor fala alguma coisa... - ele sussurra, fazendo-a despertar de seus desvaneios e olhar para ele

—Desculpa, é que eu estou surpresa porque nunca desconfiei de nada! Ela trabalhava com a gente... Uau, vocês eram super discretos...

—É, mas nós nunca fomos um casal, ela até jogava algumas indiretas e eu sabia que ela gostava de mim e que queria algo mais. Nós até trocamos um beijo no aeroporto na Alemanha antes de lutarmos porque ela entregou meu escudo, mas eu não podia ficar com ela, não era justo porque o meu coração já pertencia à outra mulher...

—Quem?

—Desde que te conheci, meu coração sempre pertenceu à você, só demorei para perceber isso. Quando percebi, você estava com o Bruce e depois te ver sofrer por ele me destruía, então me envolvi com a Sharon porque na época pensei que podia te esquecer com ela. Mas eu me enganei porque hoje eu sei que eu te amava mais do que tudo no mundo e acredite, eu te amo mais do que te amava naquela época. O meu amor por você só cresceu a cada dia mais, só que eu também não queria estragar a nossa amizade...

—Essa é a coisa mais linda que alguém já disse para mim - Natasha fala sorrindo, vísivelmente emocionada, e acaricia o rosto dele

Aquilo era real mesmo? Steve havia acabado de praticamente declarar seu amor por ela! Claro que ele sempre fazia mas era sempre algo tão especial quanto a primeira vez.

—Mas não disse isso para ser lindo, eu estou dizendo o que sinto. Se eu soubesse o que aconteceria no futuro, juro que não teria feito isso. Eu teria te esperado...

—Esquece isso... como você mesmo disse, o que importa é o agora, não é mesmo?

—Sim

—Então que tal se a gente esquecesse isso e voltássemos a fazer amor?

—Eu adoraria... - ele responde com um sorriso maroto e a beija em seguida

Sem apartar seus lábios dos lábios de Steve, Natasha ergue os quadris e ele encaixa seu membro na entrada dela. Ela então desce em cima dele, o fazendo deslizar para dentro, fazendo ambos gemerem com o contato.

Steve coloca as mãos nos quadris de Natasha e ela começa a quicar em cima do membro dele.

Os gemidos soavam pelo quarto e ficavam mais altos à medida que a velocidade das quicadas que Natasha dava em cima do membro de Steve ficavam mais rápidas.

Ele tinha o rosto enterrado no vão do pescoço de Natasha enquanto ela tinha os braços ao redor do pescoço dele e uma mão na nuca dele.

Ela gemia ao pé do ouvido de Steve e ele gemia contra o pescoço dela, beijando o local e dando chupões, que certamente deixariam marcas na pele alba dela.

Não demora muito para que os dois tivessem um orgasmo. Natasha joga a cabeça para trás enquanto gemia. Já Steve apertava as nádegas dela com desejo e gemia.

Ao sentir o líquido quente de Steve a invadir, Natasha quica mais um pouco antes de sair de cima dele e retirar o membro de dentro dela. Ela então cai mole nos braços de Steve e encosta sua cabeça no ombro dele enquanto seus braços continuavam ao redor do pescoço dele.

Steve então pega o lençól novamente e se deita na cama com Natasha em seus braços, de modo que ela ficasse sobre ele, e os cobre com o lençól.

—Cansou, meu amor? - Steve pergunta enquanto acariciava as costas nuas dela

—Um pouco... - ela responde baixinho e afunda o rosto no vão do pescoço dele

Steve sorri e beija a lateral da cabeça dela.

—O que você acha de tomarmos um banho e em seguida eu te preparar um café da manhã super especial?

—Tentador... mas está tão bom aqui que eu juro que não saíria nunca mais daqui se pudesse

—O que é que você tem? - Steve pergunta e olha para ela. Ele estava estranhando o comportamento dela

—Nada, só preguiça e muito amor

—Ihhh, eu acho que você ficou doente com esse frio de tanto termos saído esses dias - ele brinca, se afastando um pouco de Natasha, e coloca a mão na testa dela para checar sua temperatura corporal

—Não estou doente coisa nenhuma, eu estou ótima - ela fala rindo, olhando para ele - apenas disse a verdade, eu estou com muito amor acumulado e quero ficar com você... o que há de errado?

—Você não é de falar esse tipo de coisas, diz que é muito meloso

—Sinal que você está me estragando

Steve ri e beija a testa dela.

—Te amo muito, sabia?

—Também te amo muito

Steve sorri e a beija.

*****

Uma hora depois, eles estavam na cozinha. Natasha estava em pé, com o cotovelo apoiado sobre a pedra de granito do balcão da cozinha e com a cabeça apoiada no braço. Ela observava Steve preparar o café da manhã deles, que ele julgava ser um café especial.

Natasha usava uma calça de moletom estilo jogger na cor preta e uma blusa de manga comprida vinho. Nos pés ela calçava apenas um par de meias brancas e seus cabelos estavam presos em um coque alto.

Steve usava uma calça de moletom masculina cinza, uma camiseta azul marinho e nos pés, assim como Natasha, calçava um par de meias porém pretas.

—Não sei você, mas eu tenho um pressentimento que esse ano vai ser muito bom - Steve comenta enquanto colocava a massa de waffles que ele havia feito na máquina de waffles e a liga em seguida

—O que você acha que vai acontecer de tão bom?

—Não sei, mas de uma coisa tenho certeza

—O que?

—Que vai ser muito bom para nós dois - ele fala, se virando para olhar para Natasha, e sorri para ela, que sorri de volta para ele com um sorriso timido

—Podíamos programar alguma viagem para algum destino romântico, o que você acha? - ele pergunta

—Eu gostei da idéia. Sabe, dizem que Veneza é uma cidade muito linda e romântica. Tem também Burges, na Bélgica... - Natasha fala animada

—Foi onde nós demos o nosso primeiro beijo de verdade - Steve comenta, novamente se virando para olhar para ela, e sorri ao vê-la sorrindo

—Sim! Eu adoraria voltar lá agora que não somos mais foragidos... conhecer a cidade com mais calma

—Seria ótimo, quem sabe não fazemos isso - ele sugere

—Uhum...

—Mas nós vamos decidir isso depois porque o café da manhã está pronto - Steve anúncia ao desligar a máquina de waffles - amor, você vai beber o que?

—O que você for tomar está ótimo - Natasha responde

—Eu fiz capuccino para variar um pouco, se estiver tudo bem pra você

—Está sim, eu gosto de Capuccino

—Ótimo. Então vamos comer - Steve fala e pega um prato grande no armário. Usando um utensílio de cozinha feito de silicone, ele tira os waffles da máquina e os coloca no prato.

—Quer ajuda?

—Pode colocar o prato na mesa, por favor?

—Claro! Me dê

Por cima do balcão da cozinha, Steve passa o prato de waffles para Natasha. Ela o pega e o coloca no centro da mesa de jantar, que já estava posta para o café da manhã.

Steve pega o bule com o capuccino e anda para fora da cozinha, apagando as luzes ao sair. Ele anda até a mesa e coloca o bule sobre.

—Esse capuccino está com um cheiro tão bom - Natasha comenta, puxando uma cadeira, e se senta em seguida

Steve sorri e puxa a cadeira ao lado da dela e se senta.

—Quais são seus planos para hoje? - ele pergunta curioso enquanto despejava um pouco de capuccino em sua xícara

—Achei que íamos assistir os fogos na Times Square com o Bucky, a Laura, o Clint e as crianças - Natasha responde, colocando um waffle em seu prato

—E vamos, mas eu quis dizer antes de irmos. O que pretende fazer agora de manhã e de tarde?

—Não sei, acho que ficar de bobeira no celular...

—Podemos assistir algum filme, que tal? Podemos trazer uns travesseiros e cobertores e fechamos as cortinas para a sala ficar mais escura

—Até que você tem boas idéias - Natasha brinca. Steve ri e ela acaba rindo também

*****

Depois de tomarem o café da manhã, de lavarem a louça e de arrumarem a cozinha, eles fazem o combinado.

Natasha pega um cobertor de microfibra de casal no armário deles e Steve pega os travesseiros na cama. Em seguida eles vão para a sala e arrumam tudo para sua sessão de cinema.

—Steve...

Ao ouvir Natasha o chamar, Steve, que estava fechando as cortinas, se vira imediatamente para olhar para ela.

—Faz pipoca? - ela pede com um sorriso fofo que o faz sorrir também. Ele nunca resistia à ela, isso era um fato.

—Faço sim. Quer pipoca doce ou salgada?

—Pode ser os dois?

—Tudo o que você quiser - Steve fala, se aproximando, e deposita um beijo na testa de Natasha - eu vou fazer a pipoca e enquanto isso, escolhe um filme para a gente assistir - ele fala, pegando o controle remoto da tv que estava sobre a mesa de centro, e o entrega para ela

—Ok

Steve deposita um selinho rápido nos lábios de Natasha e vi para a cozinha, a deixando para trás com um sorriso bobo no rosto.

Alguns minutos depois Steve volta para a sala com dois baldes grandes de pipoca e os coloca sobre a mesa de centro.

Ele então se senta ao lado de Natasha, que estava sentada no sofá, em perna de indio. Ela segurava o controle remoto em sua mão direita e tinha o cobertor cobrindo suas pernas

—Qual filme você escolheu? - pergunta e passa o braço ao redor de Natasha, que encosta sua cabeça no ombro dele

—Tem um bem legal chamado "Os miseráveis". Não sei se você já ouviu falar, mas é um musical inspirado na obra de Victor Hugo e que conta a história da França no século 19 pós revolução francesa

—Eu não sabia que você gostava desse tipo de filme

—Gosto sim, o que eu não gosto muito é de romance porque acho clichê, ou o casal protagonista fica junto ou um acaba morrendo e o outro sofrendo

Steve ri.

—E qual seria o outro final que você acha que os filmes de romance poderiam ter? - Steve pergunta olhando para Natasha, que continua com a cabeça encostada no ombro dele e olhava para ele

—Sei lá... o casal não terminar junto mas os dois estando vivos, como 90% dos romances da vida real acabam. Na vida real, a maioria dos relacionamentos termina por traição ou imaturidade e cada um segue seu caminho, conhecem novas pessoas...

—E como você acha que o nosso terminaria?

—Não sei, uma vez terminou comigo morrendo, mas responda você...

—Eu acho que primeiro, meu amor por você nunca vai acabar e no que depender de mim nós nunca vamos terminar, e segundo, acho que existe um final alternativo e nós nos encaixamos nele

—Qual é?

—O felizes para sempre - ele fala, colocando as mãos no rosto dela, e a beija em seguida

Natasha sorri contra os lábios de Steve e coloca as mãos no rosto dele.

Suas línguas dançavam em um mesmo ritmo e disputavam espaço dentro da boca um do outro.

Os braços fortes de Steve envolviam o corpo escultural de Natasha. Ela tinha suas mãos delicadas pousadas no rosto de Steve e acariciava as bochechas dele com os polegares.

Eles ficam assim por um bom tempo até que o ar se faz necessário, os obrigando a se afastar ofegantes.

—Te amo - ele sussurra ofegante e encosta sua testa na testa dela

—Também te amo - ela sussurra e roça seu nariz com o dele

—Quer continuar com isso ou assistir o filme?

—Propósta tentadora, mas acho que ainda não me recuperei totalmente da nossa noite e nem da nossa manhã e se a gente acabar fazendo amor de novo, pode ter certeza que eu não vou ter energia para sair hoje a noite e eu quero muito assistir os fogos, ainda mais que a nossa família vai estar lá

—É, eu também... melhor assistirmos o filme porque vamos ter todo o tempo do mundo para ficarmos juntos

—Uhum

Steve sorri e deposita um selinho nos lábios de Natasha.

—Dê o play, amor

—Ok - Natasha pega o controle remoto que estava em sua perna e aperta o botão do play, apontando para a tv

Enquanto o filme começava, Steve se acomoda no sofá e se cobre com o cobertor. Enquanto isso, Natasha coloca o controle remoto em cima da mesa de centro e pega os baldes de pipoca, os colocando em suas pernas.

Quando Natasha volta a se encostar, Steve passa o braço ao redor da cintura dela, a aproximando dele.

Ela sorri e encosta a cabeça no peito de Steve. Ele então a envolve em seus braços e encosta a bochecha no topo da cabeça dela.

*****

Depois de quase três horas de filme, os baldes de pipoca estavam vazios. Steve ainda tinha seus braços fortes ao redor de Natasha e brincava com os cabelos ruivos mesclados com loiro dela, que agora estsvam soltos.

—O que você quer fazer agora? - Steve pergunta, quebrando o silêncio

—Não sei... podemos ficar aqui? Está tão bom ter seus braços me segurando

—Claro que podemos e saiba que meus braços sãos seus. Eles sempre irão te segurar - ele fala e beija as tempôras de Natasha, que sorri. Ele então tira seu celular de dentro do bolso de sua calça de moletom e olha a hora - mas está na hora do almoço, não quer que eu faça algo para você comer?

—Depois de comermos dois baldes de pipoca você ainda pensa em comida? - pergunta incrédula e ergue a cabeça para olhar para Steve, que ria

—Não estou com fome mas se quiser eu posso cozinhar para você

—Por mais que eu ache muito lindo que você queira cozinhar para mim, vai ter que ficar para uma próxima porque eu não aguento comer mais nada por agora - Natasha fala

—Também não. Olha quanta pipoca nós comemos! - Steve fala, pegando os baldes de pipoca e mostrando que eles estavam vazios

—E outra que hoje de noite é certeza que vai ter hot dog, pizza, churros para vender na rua... faz tanto tempo que eu não como que nem me lembro a última vez então é óbvio que eu vou querer aproveitar

Steve ri outra vez e solta os baldes de pipoca, os deixando novamente na mesa de centro. Ele encosta no sofá e passa os braços ao redor de Natasha novamente.

Ela encosta a cabeça no peitoral de Steve e coloca as mãos por cima das mãos dele, que pousavam sobre sua barriga.

—Que horas você vai querer sair de casa?

—Não sei, o Clint me disse que vai se informar no hotel onde eles estão hospedados sobre a hora que o festejo vai começar e vai mandar uma mensagem

Mesmo com insistência de Natasha e de Steve para que eles ficassem no apartamento, Clint e Laura preferiram se hospedar com as crianças em um hotel próximo da Times Square para que o casal tivesse sua privacidade e para que as crianças pudessem curtir as áreas de lazer do hotel como a piscina aquecida, o playground, além de estarem praticamente no centro de Nova Iorque e puderem aproveitar o que a cidade lhes oferecia.

—O Bucky falou que vai vir para cá de tarde para deixar as coisas dele aqui e para saírmos juntos com um carro só

Por Bucky ainda não ter se mudado para seu apartamento e por ser ano novo e certamente eles chegariam bem tarde, Natasha e Steve o haviam convidado para passar a noite no apartamento, assim ele não precisaria voltar para o complexo e nem ficar só, já que não teria ninguém lá pois Rhodes havia viajado para o Texas para visitar alguns de seus amigos da Força Aérea e Bruce estava passando uns dias de descanso em algum lugar cuja localização ninguém havia ficado sabendo.

—Sem problemas. Só é uma pena que o Sam viajou para a Lousiana e que a Wanda e o Visão viajaram para a Escócia... - Natasha fala, erguendo um pouco a cabeça e para olhar para Steve.

De presente de natal, Visão havia presenteado Wanda com uma viagem romântica para Edimburgo, na Escócia, para celebrarem o ano novo na cidade que eles tanto amavam.

Além disso, Sam havia viajado para a Louisiana no dia anterior para passar o ano novo e as primeiras semanas de janeiro com a irmã e os sobrinhos.

—Mas ainda sim, a nossa noite vai ser muito boa porque estaremos com uma parte da nossa família

—E juntos - Natasha completa

—Que é o mais importante

Natasha assente e Steve deposita um beijo na testa dela, sacando um sorriso dela.

—Então, o que pretende fazer para matar o tempo?

—Não sei, qual é a sua idéia?

—Por mim tanto faz, contando que eu fique com você... - Steve fala ao pé do ouvido de Natasha e beija a lateral da cabeça dela

Ela sorri e fecha os olhos ao sentir o carinho dele.

—Podíamos ficar aqui de bobeira, assistir outro filme ou tirar um cochilo para aguentarmos ficar a noite toda acordados - Natasha ia falando

—Eu acho que tenho uma idéia melhor - a interrompe

—Qual? - ela ergue a cabeça para olhar para ele com um sorriso fraco brotando em seu rosto

—Te encher de beijos - Steve fala agarrando Natasha, mas sem apertá-la muito forte. Ele a deita em suas pernas e se debruça sobre ela, enchendo o rosto e o pescoço dela com beijos

Embaixo de Steve, Natasha ria alto com as cócegas que os beijos dele faziam em seu pescoço.

Ela nunca achou que algum dia fosse ser merecedora de viver tal felicidade como a que ela estava vivendo com ele.

Steve havia lhe devolvido a vontade de viver e sua alegria. Ele havia a tornado dependente dele e Natasha sabia que estaria ferrada se aquilo acabasse um dia.

—Eu te amo e muito, nunca se esqueça - Steve sussurra, fazendo Natasha despertar de seus desvaneios e olhar para ele sorrindo

—Nunca vou esquecer. Eu também te amo muito e obrigada por fazer esses meses que estamos juntos estarem sendo os melhores da minha vida - ela responde sorrindo, ainda deitada sobre as pernas de Steve, e coloca as mãos no rosto dele

—Esses meses também estão sendo os melhores ds minha vida, mas ainda temos muita coisa para viver juntos - ele fala e pega uma das mãos dela que estava em seu rosto e deposita um beijo na palma, fazendo Natasha sorrir. Ele sorri de volta e se inclina sobre ela e a beija nos lábios.

*****

Eram por volta de três horas de tarde e enquanto Steve estava tomando um banho, Natasha estava sentada na mesa de jantar com seu notebook em cima da mesa.

Ela estava conferindo quais haviam sido os bloqueios para veículos feitos nas avenidas adjacentes à Times Square e qual seria o horário de inicio quando a campainha toca.

—Já vai! - anúncia e se levanta da cadeira

Ela anda até a porta e ao abrir, se depara com Bucky, que carregava uma mochila preta nas costas.

—Oi Bucky, entre! - fala, dando passagem pra que ele entrasse no apartamento

—Obrigada... como vai, Natasha? - ele pergunta, adentrando

—Vou bem e você? - ela responde, fechando a porta

—Bem também...

—O Steve está tomando banho, mas logo chega, fique à vontade, pode colocar a mochila aqui na sala ou no quarto da bagunça, como chamamos o escritório barra quarto de hóspedes - ela brinca para descontrair e Bucky ri

—Obrigada! Eu vou colocá-la aqui no canto, se não se importar - Bucky fala tirando sua mochila das costas e a deixando ao lado da porta

—Não, que isso... fique à vontade - ela fala e Bucky assente - agora, se me der licença, eu vou avisar o Steve que você chegou... já volto...

—Ok...

—Você já conhece a casa, sabe onde fica cada coisa, a geladeira e os armários estão cheios, fizemos compras essa semana depois do natal então se quiser comer algo só pegar e o controle da tv está em cima da mesa de centro...

—Fique tranquila, eu estou bem

Natasha assente e anda até o quarto dela e de Steve, deixando Bucky na sala. Ela anda até a porta do banheiro deles e dá duas batidinhas.

—Pode entrar - ela escuta Steve e então abre a porta e coloca a cabeça para dentro do banheiro

—O Bucky acabou de chegar

—Eu já estou acabando e vou lá - ele responde, abrindo o vidro do box para olhar melhor para Natasha

—Ok, vou deixar você tomar deu banho

—Em cinco minutos estou lá

Natasha assente e e ia fechando a porta do banheiro quando escuta Steve chamá-la.

—Nat...

Ela então coloca a cabeça para dentro novamente e olha para ele.

—Te amo

—Também te amo - ela responde sorrindo e fecha a porta em seguida

Natasha volta para a sala e encontra Bucky sentado no sofá, com uma luva preta em sua mão humana enquanto observava sua mão feita de vibranium

—Shuri fez um excelente trabalho... - comenta ao ver a mão dele

Ao notar a presença de Natasha, Bucky olha para ela.

—É, ela fez... mas ainda sim eu olho para o meu braço e penso no meu tempo como Soldado Invernal...

—Eu sei como se sente

—Sabe é? - ele pergunta, erguendo a sombrancelha

—Eu sofri lavavem cerebral da KGB e da Sala Vermelha e mesmo depois de anos liberta, ainda sim sinto o peso das vidas inocentes que eu tirei como a Viúva Negra assassina - Natasha explica e se senta na outra ponta do sofá

—Exatamente como me sinto

—Se me permite dar um conselho, a culpa sempre vai existir, não importa o que façamos e infelizmente temos que viver com ela, mas sermos Vingadores e escolhermos fazer o bem é um ótimo começo para nos redimir com o nosso passado

—Obrigada. Não é fácil encontrar alguém com as mesmas experiências

—Eu já ouvi essa frase antes - Natasha brinca ao se lembrar da conversa que ela e Steve tiveram na caminhonete "emprestada" rumo à Jersey para buscarem respostas sobre a HYDRA tantos anos antes - Eu sei que não somos muito amigos mas se precisar de alguém para desabafar, sou toda ouvidos, eu super entendo pelo que você passou

—Obrigada. E sobre não sermos muito amigos, você é muito mais legal do que eu imaginei que seria e eu sei que o meu melhor amigo está em boas mãos estando ao seu lado. Eu nunca o vi tão feliz e apaixonado. No dia da festa de natal pela manhã, antes de você aparecer, você mesma viu nós dois conversando e bem, estavámos conversando sobre traumas, sobre passado, enfim... e ao falar sobre você, os olhos do Steve brilharam de uma forma e o sorriso que ele deu... Natasha, você roubou o coração do meu amigo e eu acho que se um dia vocês se separarem, ele não vai superar...

Ouvir Bucky faz Natasha sorrir feito uma boba. Ela se sentia tão feliz por saber que Steve estava feliz com ela.

—Às vezes eu acho que não sou merecedora disso tudo. O Steve é um homem de princípios, bom...

—Você também é boa... eu soube do seu sacríficio por uma das jóias e eu achei o gesto mais nobre. Você é sim merecedora.

—Obrigada... você também merece tudo de bom

—Obrigada e me desculpe por qualquer coisa que eu possa ter feito à você. Eu sei que eu atirei em você em Odessa e sei que tentei te enforcar com a minha mão metálica

—Ahh esquece isso, já passou... nem era você realmente, Bucky, era o Soldado Invernal. Então, amigos? - Natasha pergunta, estendendo uma mão para Bucky

—Amigos - Bucky responde pegando na mão dela com sua mão humana e assim eles trocam um aperto de mão

Steve sai do quarto e sorri ao ver que Natasha e Bucky estavam entretidos em uma conversa. Era muito gratificante ver sua namorada e seu melhor amigo, as duas pessoas mais importantes de sua vida, se dando bem e sem que ele sequer precisasse estar por perto.

—Perdão a demora, estava tomando banho

Ao notarem a presença de Steve, Natasha e Bucky olham para ele.

—Não, que isso - Bucky fala, se levantando e cumprimenta Steve com um aperto de mão e Steve ainda dá um tapinha nas costas do amigo - eu estava revelando uns podres seus

—Pelo amor de deus, Nat o que ele te contou - Steve pergunta desesperado com medo de Bucky ter revelado algo que não deveria, o que faz Natasha soltar uma gargalhada gostosa ao ver o desespero dele

—Relaxa, não foi nada comprometedor - ela brinca e se levanta, andando em direção à mesa de jantar, onde estava seu computador, e senta na cadeira onde estava sentada antes de ir abrir a porta para Bucky

—Só contei à Natasha o quanto você fica derretido por ela, como da nossa conversa no dia da festa de natal pela manhã - Bucky responde rindo

—Que mais você contou? Disse sobre as coisas que aprontavámos quando crianças - Steve pergunta sarcástico

—Relaxa que dessa eu te polpei - Bucky brinca e Natasha ri

—O que vocês aprontavam? - ela pergunta curiosa, desviando seu olhar da tela do computador para olhar para eles

—Nada não... - Steve tenta cortar o assunto

—Vai, conta Bucky! - Natasha pede curiosa

—Não, ele não vai falar nada... - Steve intervém

—Já sei! você foi pego com alguma garota de um jeito indecente para os anos 30 ou 40! Ou então fez algo muito grave e tem medo de sujar sua reputação de bom moço - Natasha fala toda brincalhona e nisso Bucky só ria

—Não fiz nada disso, engraçadinha - Steve nega rindo com as suposições dela - o que é que você está fazendo aí? - ele pergunta curioso ao notar que ela tinha o computador encima da mesa

—Nada demais, estava vendo onde estão sendo os bloqueios de veículos e quais serão os eventos de hoje de noite

—Hm... entendi

—Acho bom saírmos cedo de casa se quisermos pegar um canto legal e outra que o trânsito vai estar caótico. Vou até mandar uma mensagem para o Clint avisando para ele e a Laura se programarem para nos encontrar cedo - Natasha fala e pega seu celular para digitar para o amigo

—Ela é prevenida - Bucky brinca com Steve e ele sorri de lado, ainda com os olhos fixados em Natasha enquanto ela enviava uma mensagem para Clint

*****

Algumas horas mais tarde, perto das sete horas da noite, Natasha, Steve e Bucky se preparavam para saírem de casa.

A noite estava gélida. A temperatura era próxima dos 2ºC e por isso eles estavam bem agasalhados, ainda que nenhum dos três sentissem frio por conta dos soros que corriam em suas veias.

Natasha estava vestindo uma calça jeans escura e uma blusa de lã preta de gola alta. Por cima, ela estava com um preto bem quente e calçava um par de botas pretas de cano longo.

Steve estava com uma calça jeans também e usava um suéter azul marinho por baixo de uma jaqueta também azul marinho. Nos pés ele calçava um par de botas masculinas marrom escuro.

E por último tinha Bucky, que usava uma calça sarja preta, um suéter masculino vinho e por cima uma jaqueta de couro preta. Nos pés ele calçava um par de tênis casual na cor preta com branco.

—Todos prontos? - Steve pergunta, entretido enquanto jogava as chaves do carro para o alto e pegava para jogar novamente

—Estou pronto... - Bucky confirma

—Também - Natasha fala enquanto tirava o carregador de seu celular da tomada e guarda o aparelho no bolso do casaco

—Vamos indo?

—Vamos - Natasha confirma

Os três andam até a porta e Natasha a abre. Ela sai, seguida por Bucky e por último sai Steve, que apaga as luzes da sala e da cozinha e da sala antes de fechar a porta e trancá-la.

No elevador, Natasha pega o celular no bolso e envia uma mensagem para Laura, avisando que eles estavam saindo de casa e em alguns minutos os encontrariam.

Quando as portas se abrem, o trio sai do elevador e Steve passa o braço ao redor da cintura de Natasha enquanto Bucky andava ao lado dele com as mãos postas dentro do bolso de sua jaqueta.

Ao saírem do edifício, eles andam um pouco pela calçada até onde o carro de Steve estava estacionado.

Assim que se aproximam do veículo, Steve destrava as portas e entra pelo lado do motorista. Simultâneamente, Natasha entra pelo lado do passageiro e Bucky se acomoda no assento traseiro, ficando no meio.

Ao afivelar seu cinto, Steve gira a chave no contato e manobra o carro para fora da vaga. Natasha liga o aquecedor e o rádio, colocando numa estação de rádio que tocava músicas legais e deixa o volume baixo.

*****

Eles chegam em Manhattam cerca de 40 minutos depois, tempo maior que o normal por conta do trânsito.

Steve estaciona o carro na Sixth Ave, paralela à Times Square e que estava aberta.

Ao desligar o carro, Steve desafivela o cinto, assim como Natasha e Bucky, e os três saem do carro quase que ao mesmo tempo.

—São sete horas e está cheio assim? - Bucky comenta um pouco surpreso ao ver a quantidade de carros estacionados e fecha a porta traseira

—Ano novo em Nova Iorque é assim mesmo... é uma das cidades mais famosas do mundo, se não a mais, fora que tem turista de tudo que é canto - Natasha responde ao fechar a porta dela

Apenas ouvindo a conversa, Steve tranca o carro com o controle e dá a volta para chegar na calçada, onde Bucky e Natasha estavam.

Ele pega na mão de Natasha e ela entrelaça seus dedos nos dele. Bucky fica ao lado dela e assim os três caminham até pela West 43rd Street, que ligava a Sixth Ave com a Times Square.

Depois de passarem pela revista que havia, o trio é liberado e adentram a Times Square, que já estava bastante cheia.

—Onde estão o Clint e a Laura? - Steve pergunta, falando alto por causa do volume alto da música que estava tocando

—A Laura falou que eles estariam... - antes que Natasha pudesse concluir,

duas vozes infantis começam a chamá-los

—Tia, tio!

Ao se virarem, eles vêem Lilá e Nate correndo em sua direção.

—Aí estão - Bucky brinca e eles riem

Natasha se agaixa e abre os braços para receber os sobrinhos, que pulam nos braços dela.

—Que saudade de vocês - Natasha fala ao abraçá-los

—Nos vimos ontem, tia - Lilá fala rindo e com os braços ao redor do pescoço de Natasha

—Eu sei, mas ainda sim estou com saudades... - fala e beija a bochecha de Lilá e em seguida beija a bochecha de Nate

Enquanto aguardavam para falarem com Natasha, Clint, Laura e Cooper cumprimentavam Steve e Bucky.

—Como vai, Nat? - pergunta Clint ao abraçá-la de lado e beija o topo da cabeça dela

—Muito bem e você?

—Bem também. Fico muito feliz em ver que você está bem. Se o Steve aprontar alguma é só me avisar que dou uma flechada nele - Clint brinca e dá uma piscadela, fazendo Natasha rir

—Pode deixar, mas pode ficar tranquilo que ele cuida muito bem de mim, até demais...

—Fico mais aliviado

Natasha ri.

—Besta! - ela brinca, dando um tapinha no ombro de Clint e olha para Laura, que estava ao lado do marido e assistia os dois rindo - Laurinha!

—Hey Nat! Que bom te ver - Laura fala ao abraçá-la

—Digo o mesmo - Natasha fala e as duas se afastam - e você garoto? Como vai? - pergunta à Cooper, que estava ao lado da mãe, e mexe nos cabelos castanhos dele

—Oi tia, vou vem e você?

—Também - ela fala e beija o topo da cabeça dele

—Então, por onde querem ficar? - Clint pergunta

—Aqui não está tão cheio e o som da música não está tão alta, podemos ficar aqui se todos quiserem - Laura propõe

—Aqui está ótimo - Steve confirma

Eles então permanecem no ponto em que estavam, em cima da calçada onde poucas pessoas estavam, já que a maioria estava no meio da avenida ou na frente do enorme telão de led de onde seria feita a contagem regressiva.

*****

Cooper brincava de guerrinha com Nate usando bastões luminosos de led que Clint havia comprado para eles.

Já Lilá estava junto de Laura e de Natasha e as três estavam bastante entretidas com as músicas que tocavam e até arriscavam algumas dancinhas para se aquecerem do frio que faziam.

Além disso, Lilá tinha na cabeça uma tiara estilo coroa de flores com luzes de led que piscavam e mudavam de cor.

Perto delas estavam Clint, Steve e Bucky. Os três conversavam animados sobre o jogo de futebol americano que haviam assistido dias antes enquanto cuidavam de Nate e de Cooper.

Em um determinado momento, a música é interrompida e é anúnciado que em dentro de um minuto iria ser iniciada a contagem regressiva para a meia noite.

—Quem quer vir no colo do papai para ver os fogos? - Clint pergunta aos filhos mais novos

—Eu!!!! - Lilá responde correndo até o pai

Clint sorri e pega a filha nos braços, a colocando em seus ombros e segura os pés dela.

—Mamãe, me pega? - Nate pergunta, esticando os braços para Laura

—Claro que sim, vem cá - Laura fala, o pegando nos braços, e anda até Clint, se aproximando dele e de Lilá e de Cooper que estavam com o pai

Enquanto isso, Cooper permanece ao lado de Clint, entre ele e Laura.

Steve e Bucky então se aproximam de Natasha e Steve passa o braço ao redor da cintura dela.

—10, 9, 8... - as pessoas começam a contar em unissono e no enorme telão de led do edifício One Times Square mostrava a contagem regressiva

—7, 6, 5...

Um ano terminava para que um novo se iniciasse.

—4, 3, 2...

Tudo o que eles queriam era que o novo ano fosse melhor que o anterior.

Ao fim da contagem regressiva, a famosa bola no topo do One Times Square desce e tem inicio a queima de fogos que iluminam o céu noturno de Nova Iorque.

Todos então começam a se abraçar e desejar um feliz ano novo uns aos outros.

Natasha, Steve e Bucky desejam um feliz ano novo uns aos outros com um abraço e em seguida cumprimentam Laura, Clint e as crianças.

Ao finalizarem, Steve volta a se aproximar de Natasha e passa os braços ao redor da cintura dela, a abraçando por trás e encostando seu queixo no ombro direito dela.

—Feliz ano novo, meu amor - Steve sussurra ao pé do ouvido de Natasha

—Feliz ano novo! - ela fala, se virando de frente para ele, e passa os braços ao redor do pescoço dele

—Cadê o meu primeiro beijo do ano? - Steve brinca

Natasha sorri e, ficando na ponta dos pés, deposita um selinho nos lábios dele.

—Te amo muito - ele sussurra

—Também te amo muito - ela responde sorrindo e ele a beija, cumprindo assim a tradição do beijo de ano novo