Noite de Halloween. Nicole, Ashley, Jessica, Kimberly e Melody estavam se arrumando para sair de casa. Estavam completamente de folga durante aquela semana. Não havia nenhum show nem compromisso com a mídia para ser feito. As dolls haviam sido convidadas por Robin Antin para uma festa de Halloween. A festa contaria com a participação de outros artistas, porém, a maioria dos convidados eram vizinhos, amigos e parentes da produtora das dolls.

- Ai, ai... – dizia Ashley enquanto se ajeitava no espelho. A loura havia escolhido uma fantasia tão fofinha quanto ela. Estava fantasiada de fada. – Não vejo a hora de irmos para a festa!

- Aah, Ash! – disse Nicole assim que saiu do seu quarto e entrou, em seguida, no quarto de Ashley. – Nossa! Você tá linda, amiga! Amei essas asinhas... Ficaram perfeitas! E essas sandálias então? A-do-rei!

Ashley usava um vestidinho rosa com babados lilás e um par de asas rosa-claro. Pra completar o visual, a loura usava sandálias rosa cheias de glitter.

- Imagina, Nic! – disse Ashley rindo. – Você é que está um verdadeiro arraso! Se todas as bruxas fossem tão sexy quanto você... – e ela riu.

- Ai, Ash! Assim eu fico sem graça. – disse Nicole se olhando no espelho da amiga.

A morena estava vestida à la Elvira,a Rainha das Trevas. Ela estava usando um vestido longo e bem decotado, que era bastante apertado na cintura. Nicole tinha pensado em botar um laquê no cabelo ou comprar uma peruca preta, mas preferiu usar o estiloso chapéu de bruxa que tinha comprado no ano anterior.

- Já estão prontas? Acho que o Gerald, o motorista, já está aí. – dizia a voz de Melody vindo do corredor.

Assim que a doll entrou no quarto de Ashley e se deparou com a fada e a bruxa, ela riu.

- Vocês estão demais! – disse a baby doll, animada, enquanto segurava uma cestinha,que fazia parte da sua fantasia. – Sabem, eu adorei essa cestinha? Isso é tão prático! Melhor do que bolsa! Já coloquei aqui meu celular, batom, carteira, perfume, iPod e ainda tem espaço.

- Mel! – disse Ashley se acabando de rir. – Você é a Chapeuzinho Vermelho mais equipada que eu já vi.

- É verdade. – concordou Nicole. – Mas me diz... Tem spray de pimenta aí? Caso apareça um lobo mau...

As três riram.

- É mesmo. - disse Melody ainda rindo. – Vou pegar meu spray de pimenta. É bom que eu abuso o pessoal na festa. – e dizendo isso, a baby doll voltou ao seu quarto.

- A Mel tá linda né? – disse Nicole enquanto ajeitava seu chapéu.

- Muito! A fantasia combinou com ela. – disse Ashley.

Melody, em seu quarto, acabava de pegar o spray e guardar na cestinha. A doll usava um curtíssimo vestido vermelho e decotado, deixando o sutiã preto com pedrinhas vermelhas à mostra. Um par de botas pretas completava o visual. Era uma Chapeuzinho Vermelho bem sexy.

- Vamos descendo? – perguntou Nicole à Ashley. A loura concordou.

Enquanto as duas caminhavam em direção à escada, encontraram Jessica na maior dificuldade.

- Nossa! Muito... Ai! Complicado aqui... – resmungava a ruiva enquanto conseguia, com sacrifício, descer mais um degrau.

- Algum problema aí, Ariel? – perguntou Melody que também havia chegado junto as dolls para descer as escadas.

- Essa fantasia de “pequena sereia” tá me atrapalhando! – disse Jessica, nervosa.

A ruiva não havia mexido muito no seu cabelo, apenas havia colocado uma estrela do lado esquerdo. Usava um sutiã em forma de conchas rosas e brilhantes e uma saia longa e verde-azulada que imitava o desenho de um rabo de peixe.

- Eu te ajudo! – disse Nicole pegando o rabo de peixe e erguendo. – Nossa! É pesado! Eu achei que...

- Pois é... Pra você ver. É o detalhe maior da fantasia e tem que ser mais pesado e tal... Foi o que o estilista da loja me avisou. – disse Jessica, irritada.

- Mas que você está linda... Ah! Isso ninguém pode negar. – disse Ashley sorrindo.

- Obrigada, amiga. – disse Jessica mais animada.

Assim que as quatro terminaram de descer as escadas, se depararam com um bonito sapato, no chão, no meio da sala. O sapato devia ser feito de algum material de silicone ou algo do tipo, pois era extremamente transparente, embora tivesse uma fina camada de glitter.

- De quem é esse sapato? – perguntou Nicole, sem entender.

- Sapato?! Alguém disse sapato? – dizia a voz de Kimberly vindo diretamente da cozinha. – Ah! Você achou, Nic! Graças a Deus!

Assim que Kimberly foi saindo da cozinha e entrando na sala, as dolls ficaram boquiabertas. Embora tivessem comprado as fantasias juntas, três dias antes, cada uma tinha mantido segredo sobre qual fantasia havia comprado. Nenhuma das dolls sabia a fantasia que a outra havia escolhido. Elas tinham deixado para descobrir justamente no dia do Halloween. E, para a surpresa de todas, Kimberly havia escolhido uma fantasia pra lá de encantadora: Cinderela.

- Aaaah, Kim! – disse Melody boquiaberta. – Você tá linda!

- E encarnou bem o espírito Cinderela de ser... – disse Ashley rindo. – Até já perdeu o sapatinho...

- Pois é. – disse Kimberly rindo. – Só espero encontrar um príncipe também. – e a loura calçou o sapato.

- Vamos? – perguntou Nicole checando seu celular. – Já estamos um pouco atrasadas.

- Vamos. – disse Melody, animada.

- Uh! Espera! Vou pegar minha varinha! – disse Ashley correndo para subir as escadas.

- É a fada mais desastrada que eu já vi. – comentou Kimberly rindo.

As dolls riram.

Assim que Ashley voltou, com a varinha de condão, as dolls saíram de casa e foram diretamente para o carro, onde o motorista já as esperava.

Dentro de vinte minutos, as dolls chegavam ao espaço de eventos onde ocorreria a festa dada por Robin. O lugar estava muito bonito. A decoração não podia deixar de ter, claro, bastantes abóboras com sorrisos horripilantes, muitas teias de aranhas, múmias e morcegos.

- Meninas, aqui! – gritava Robin do outro lado do salão.

As dolls atravessaram o cheio salão para falar com Robin.

- Que bom que vieram! – disse Robin, animada, segurando um copo de ponche.

- E você acha que nós íamos perder isso, Cleópatra? – disse Nicole, rindo.

Robin Antin estava vestida de Cleópatra. Usa uma peruca preta, um vestido branco bem curtinho e cheio de detalhes de ouro.

- Vocês estão lindas viu? – disse Robin bebendo um gole do ponche. – Agora, fiquem à vontade. Vou falar com um pessoal ali e já volto para apresentar vocês ao Sr. e Sra. Mathews. Eles são amigos dos meus pais e são super fãs das dolls.

Assim que Robin saiu,as dolls ficaram se entreolhando.

- O que a gente faz agora? – perguntou Kimberly,confusa. – Sei lá...Tô me sentindo meio deslocada aqui. Não conheço ninguém.

- Não tô vendo nenhum outro artista por aqui. – disse Melody olhando rapidamente para os lados.

- Parece que só tem mesmo amigos e familiares da Robin. – disse Ashley também passando o olhar pelo cheio salão.

- Vamos ficar ali,na varanda,então. – sugeriu Jessica. – Tomar um ar fresco é sempre bom.

- É. – concordou Nicole. – Vamos.

- Aah... – começou Melody, sem jeito. – Eu fiquei com inveja da Robin bebendo aquele ponche. Parece que tá gostoso. Vou pegar pra mim. Vocês querem?

As dolls disseram que não.

- Tudo bem então. Podem ir indo. Eu já vou pra lá também. – disse Melody.

As dolls foram para a varanda enquanto Melody se dirigiu à mesa para pegar um pouco de ponche.

A extensa mesa estava ricamente decorada e cheia de comida. Bolos, doces e salgados de todas as aparências possíveis. Muitas aranhas de chocolate e morcegos de açúcar.

- Aqui... – disse Melody se dirigindo para o caldeirão de bruxas onde estava o ponche. – Humm... Deve estar gostoso. – e a doll deixou a cestinha na mesa para ter as mãos livres e poder servir o ponche.

- Oi, Chapeuzinho... Serve um pouco de ponche pra mim também? – perguntou uma voz máscula vinda atrás de Melody. Assim que a doll se virou, se deparou com um homem alto, de pele bronzeada, olhos castanhos e o mais engraçado: vestia uma fantasia bem moderna de Lobo Mau. Era moderna a fantasia, pois o rapaz estava sem camisa e apenas usava uma calça jeans. O que o identificava como lobo mau era um chapéu com orelhas de lobo que ele usava.

- Uau! – exclamou Melody admirada com a beleza do rapaz. – Digo...Mau! Lobo Mau! – e ela corou. Tinha levado tanto tempo admirando o peitoral do rapaz que havia se atrapalhado nas palavras.

- E aí? Tudo bem, Melody? – perguntou ele.

- Tudo, mas... Nos conhecemos? – perguntou ela servindo ponche para ele também.

- Bom, eu conheço você né? – e ele riu. – Você é a baby doll, a Pussycat Doll mais linda, na minha opinião...

E ela riu, envergonhada.

- E você é...? – perguntou Melody, curiosa.

- Ah! Desculpa. Meu nome é Kyle. Kyle Antin. Sou primo da Robin. – disse ele estendendo a mão e pegando o ponche.

- Ah... É que... – e Melody ajeitava os cabelos. – Nossa! Não sabia que a Robin tinha um primo... – “tão gato!” era o que Melody queria dizer, mas apenas disse: - Tão legal!

E ele sorriu.

- E aí? Quer dar uma volta? Dançar? – perguntou ele com um sorriso sedutor.

- Ah... Eu... Sim. – disse Melody, sem jeito.

Ela havia ficado tão animada com a presença de Kyle que havia se esquecido de que tinha prometido ir à varanda e ficar com as dolls.

- Nossa! Cadê a Mel? – perguntou Kimberly, impaciente. – Foi pegar um ponche ou foi assaltar a mesa de doces?

- Acho que as duas coisas! – disse Ashley rindo.

- Que foi, Jessi? – perguntou Nicole pondo a mão no ombro da amiga.

Jessica estava séria até o momento e se inclinava no parapeito da varanda para poder observar alguma coisa lá embaixo.

- Jessi? – Nicole tornou a dizer.

- Oi. – disse a ruiva, assustada.

- O que foi, Jessi? O que é que você tanto olha aí? – perguntou Kimberly, curiosa.

- Nada... É que... – e Jessica pôs a mão no queixo. – Eu achei ter visto um vulto estranho ali pelo jardim. É que tá tão escuro e...

- Jessi! Acorda! É claro que você viu alguém ali. – disse Kimberly, rindo. – É noite de Halloween, ali embaixo tá bem escuro e... Bem, você sabe o que os casais gostam de fazer quando encontram um lugar assim escurinho né?

- Kim! – exclamaram Nicole, Ashley e Jessica, juntas.

- Safadinha você hein? – disse Ashley rindo.

- Se a Mel tivesse aqui ia concordar. – disse Nicole rindo também.

- É... – disse Jessica vagamente. – Mas... Sei lá... Eu meio que senti uma sensação estranha... Sei lá.

- Aai, Jessi! Não esquenta não. – disse Nicole. – Não foi nenhum monstro do Halloween ou coisa do tipo.

- E além do mais, a fada aqui te protege. – disse Ashley, sorrindo.

- E a bruxa também! – disse Nicole fazendo uma cara engraçada.

- A Super Cinderela também protege! – disse Kimberly fazendo uma pose de lutadora.

As quatro caíram na risada, embora Jessica não deixasse de pensar no estranho vulto que vira.

De fato, no jardim, situado abaixo do salão onde acontecia a festa, algo estranho e relativamente baixo se movia dentre as plantas.

- Vem, vem, vem logo, sua boneca burra! – dizia uma voz sussurrante dentre as folhagens das plantas, no jardim.

- Calma, Chucky! – dizia uma boneca estranhamente cabeçuda. Tinha os cabelos louros, usava uma maquiagem pesada e uma roupa tipo anos 80: vestido branco e uma jaqueta preta de couro.

- Vamos, Tiff! – disse a voz que pertencia a um boneco. O boneco era tão baixo quanto a boneca. Sua aparência, no entanto, era assustadora. Ele tinha o rosto completamente remendado, cicatrizado, cheio de fios e ferragens. Um olhar extremamente agonizante. Usava um macacão jeans com uma camisa colorida por dentro. A roupa estava rasgada e trazia marcas de sangue.

Os dois estranhos bonecos correram por entre as folhagens do jardim e desapareceram de vista.

A uma determinada distância dali, numa espécie de porão do mesmo espaço de eventos, parecia que uma reunião estava sendo feita.

- Onde estão Chucky e Tiffany? – perguntou uma voz meio rouca e demoníaca. A voz pertencia a um homem que usava uma camisa de listras vermelhas e verdes. Ele usava, em cada mão, uma luva que continha lâminas afiadas nas pontas. Seu rosto era totalmente deformado, deveria ter sofrido queimaduras graves.

- Calma, Freddy, eles devem estar chegando. – respondeu um palhaço incrivelmente feio. Sua grande cabeça era pintada de branco e de cada lado do rosto, aglomerações de cabelos vermelhos completavam o visual. O pior de tudo eram os dentes do palhaço: afiados tais como espetos.

- Fique quieto, Pennywise! – rosnou Freddy Krueger, ameaçando o palhaço, apontando sua garra para ele.

- Acha que eu tenho medo de você, Krueger? – gritou o palhaço com uma voz extremamente doentia.

- Pois deveria! – tornou a dizer Freddy. – Já você... Com essa aparência ridícula de palhaço... Não mete medo em ninguém. Parece que só sabe ter essa forma, Pennywise.

- Eu posso adquirir as formas que quiser, meu caro. – vociferou o palhaço, soltando uma risada diabólica. – Mas, essa é a que melhora atrai minhas vítimas.

Um som de vidro quebrando anunciou que Chucky e Tiffany acabavam de entrar pela estreita janelinha que dava acesso ao porão empoeirado.

- Oi, Freddy! – disse Tiffany, dando uma piscadela.

- Oi, boneca! – disse Freddy, sério.

- Hei! Olha lá como fala com a minha gata! – vociferou Chucky puxando uma faca do bolso.

- Cala a boca, seu boneco idiota! – rosnou Freddy.

- Bom, estão todos aqui, Jason, querido? – perguntou Tiffany, educadamente.

Um estranho homem alto, usando roupas escuras e sujas e uma máscara de hóquei, balançou a cabeça em sentido negativo. Ele carregava um machado e não falava absolutamente nada.

- Não? – estranhou Tiffany. – Quem falta?

- O Damien. – adiantou-se o palhaço, impaciente.

Instantaneamente, Chucky, Tiffany, Pennywise, Freddy e Jason ouviram sons de cães latindo sem parar e quando se deram conta, Damien já estava parado num canto escuro do porão.

- Como... Como você...? – balbuciou Tiffany.

- Não importa. – disse o menino que acabara de chegar. Ele aparentava uns seis anos de idade. Sua aparência era sombria. Não só por usar roupas pretas, mas por ter um rosto pálido e um olhar invocado.

- Então... Só falta a... – começou Tiffany, pensativa.

Antes que a boneca terminasse de completar a frase, a única televisão, velha e abandonada, que estava no local, ligou-se sozinha.

- Ih! Lá vem ela... – disse Tiffany, rindo.

Na televisão, que deveria ser bastante antiga e nem sequer estava ligada na tomada, a tela foi acendendo lentamente até a imagem de um canal fora de sintonia ficar presente.

- Nossa! Eu odeio esse barulho... – resmungou o palhaço. – E você, Jason?

O homem da máscara de hóquei confirmou que sim com a cabeça.

O chiado da televisão já era insuportável, quando uma mão escura e cheia de limo foi saindo da tela. Outra mão foi saindo e posteriormente, braços, ombros e...

- Samara, querida! – alegrou-se Tiffany ao ver a menina cujo rosto ninguém via, pois era totalmente coberto por longos cabelos lisos e negros.

- Precisava dessa entrada toda demorada? – resmungou Chucky revirando os olhos.

- Que é isso, querido?! A Samara tem muito estilo, isso sim! – disse Tiffany, animada.

- Então chega de conversa e vamos ao que interessa. – começou Freddy pondo ordem. – Vamos relembrar o porquê de cada um estar aqui. Qual o nosso objetivo maior? Quem é o nosso alvo?

- As Pussycat Dolls! – responderam Chucky, Tiffany, Damien e Pennywise, juntos. Os outros não responderam porque tinham uma certa dificuldade para falar.

- Muito bem. – continuou Freddy. – E porque que nós queremos as dolls? Tiffany?

- Bom... Eu quero o corpo da Jessica pra mim. – começou a boneca. – Acho ela tão linda! E aí... O Chucky vai me ajudar. É só ele conseguir um bom corpo pra ele e aí nós poderemos completar o ritual de magia negra, passando nossas almas para os corpos da Ashley e de um cara qualquer.

- Hei! Cara qualquer não. – rosnou Chucky. – Quero um que seja tão lindo quanto eu era...

- Sei, querido... – Tiffany revirou os olhos.

- Pois bem. – continuou Freddy. – O motivo maior de Samara estar aqui é porque ela continua querendo uma mãe. Não é isso, Sam?

A menina, que havia separado o cabelo do rosto, revelando um olho aterrorizante, concordou com a cabeça.

- Ela quer a Kimberly como mãe. – continuou Freddy Krueger.

– Ela vai levar a Kim lá pro poço dela, não é Sam? – e Tiffany sorriu.

- Logo a Kim? – perguntou Chucky, rindo. – A Samara já gosta das louras hein? – e ele riu diabolicamente.

Samara avançou para Chucky e começou a estrangulá-lo.

- Sam! Pára! – dizia a fina voz da boneca, nervosa.

Samara obedeceu e largou Chucky.

- Enfim... – continuou Freddy. – E você, Pennywise?

- Quero a Ashley e a Melody. – disse o palhaço rindo debilmente. – São tão fofinhas, como crianças... Quero arrancar risos delas e depois... Matá-las.

- E você, Damien? – perguntou, por fim, Freddy.

- Quero a Nicole... Quero dizer. – o menino alisou a franja negra que cobria a testa. – Quero a Nicole pra mim, mas na verdade, preciso do namorado dela: Lewis Hamilton.

- Você é já é gay, cara? Com essa idade?! – perguntou Chucky franzindo a testa.

O menino rosnou como um cão.

- Shh! – disse Tiffany, nervosa. – Chucky, querido, você não sabe sobre a Profecia?

O boneco não respondeu.

- O Damien é filho do... – e a boneca pôs a mão no queixo. – É... Ele é filho do capeta. Ele nasceu na sexta hora do sexto dia do sexto mês e está destinado a ser o Anticristo. E segundo a profecia, ele deve crescer numa família rica e... – Tiffany parou. – Ué?! Não era para você querer um pai que fosse ligado à política, para poder crescer nesse meio e... Bem, destruir o mundo provocando guerra e discórdia entre os homens...? Se era pra você crescer num meio ligado à política... O Lewis? Tem certeza?

- Sim. – disse o menino vagamente. – E eu recebi informações que o Lewis Hamilton pode ingressar no mundo da política. Eu só preciso fazer com que a Nicole me adote e que ela se case com ele... Mas se ela não quiser, bem... – e o menino fez um gesto com a mão indicando que mataria a doll. – Eu a mato antes mesmo de ela se casar com ele.

- Hã? O Lewis? – assustou-se Chucky. – Nunquinha! Ele é O cara das pistas de corrida... Não tem como... Bom, deixa pra lá. – disse Chucky ao ver o olhar ameaçador do menino.

- E quanto a você e o Jason? – perguntou Tiffany a Freddy. – O que querem com as Pussycat Dolls?

- É... Bem... Vejamos. – Freddy coçou o queixo. – Eu e o Jason... Bom, na verdade não queremos nada com elas. Só viemos pra... Matar, claro. Tem muita gente nessa festa e...

- Eu também vim pra matar quem quer que precise. – disse Chucky acariciando sua faca.

- Serial killers... Hunf! – resmungou Tiffany.

- Por que não escolhemos outros artistas mesmo? – perguntou Chucky, pensativo. – Tinha a Madonna, a gostosona Beyoncé...

- As dolls são perfeitas porque atendem a todos os nossos desejos. Samara quer uma mãe, a Kimberly; Damien quer um pai, o namorado de Nicole; Pennywise quer Ashley e Melody; e sua namoradinha, Chucky, quer o corpo da Jessica.

- Entendo... – disse o boneco, indignado. – Bem que eu poderia ter uma noite especial com a Nicole também... Ela é super gostosa e...

Damien comprimiu os olhos e Chucky se calou.

- Precisamos nos apressar com o plano. – disse Damien, sério.

- E lembrem-se: até o fim dessa noite, nesse mesmo lugar, teremos que ter todas as cinco dolls sob nosso poder. – anunciou Tiffany, animada.

- Então, Freddy? – começou Pennywise. – Quando começamos o plano?

- Agora mesmo. – disse Krueger sorrindo diabolicamente.

Continua no próximo capítulo...