Assim que ficou decidido todo o plano entre as sete assustadoras criaturas, que estavam no escuro porão do espaço onde estava sendo realizada a festa de Halloween, eles começaram a se dividir. Alguns seguiram sozinhos e outros, em dupla, como foi o caso de Chucky e Tiffany.

Enquanto isso, na animada festa, Melody dançava com Kyle, o bonitão vestido de Lobo Mau.

- E vamos tocar uma música mais romântica agora, galera! – disse a DJ da festa, que estava fantasiada de Dorothy, do filme “O Mágico de Oz”. – Pra embalar os casais daqui da pista de dança.

Melody ficou bastante envergonhada na hora, principalmente depois que Kyle a pegou pela cintura e a aproximou para junto dele.

- Aceita dançar comigo, Chapeuzinho? – perguntou Kyle, rindo.

- Eu... – Melody estava perdida em seus pensamentos. Os olhos de Kyle a deixavam desnorteada. – Sim.

E os dois dançavam ao som de “The Reason” da banda Hoobastank. O engraçado foi que Melody não largou a cestinha.

- Meninas, a Mel tá demorando demais! – dizia Ashley, impaciente.

- Tá realmente estranha essa demora dela. – concordou Kimberly.

- Vai ver que ela conheceu alguém e tá conversando, sei lá. – arriscou Nicole.

- Bom, o jeito é irmos lá pra ver. – disse Jessica, decidida.

- Vamos. – disse Nicole.

Assim que as quatro dolls adentraram o salão lotado de pessoas, viram logo a pista de dança e identificaram em meio aos casais: Melody e Kyle.

- Quem é aquele Lobo Mau? – perguntou Ashley rindo.

- Não sei... – disse Nicole comprimindo os olhos para tentar enxergar melhor.

- Mas a Mel não perde tempo hein? – disse Jessica rindo.

- Eu bem que queria achar um príncipe encantado aqui... – disse Kimberly, tristonha.

- Ah, Kim! Anime-se! – disse Ashley abraçando a amiga.

Enquanto isso, Damien vagava pelos jardins escuros e ao subir as escadas que levavam à entrada do salão principal, deparou-se com um casal se beijando em meio às escadarias escuras.

O diabólico menino parou bem em frente ao casal, que até o momento não tinha notado a presença dele ali.

- Hum... – gemia o rapaz enquanto beijava a mulher.

- Eu... Te amo, Brian. – disse ela enquanto beijava, agora, o pescoço dele. – Brian? O que é isso? Sangue?

Ela viu sangue caído no peito do namorado e viu, depois, que o sangue vinha diretamente do nariz dele.

- O que houve com seu nariz? – disse a mulher, preocupada.

- Eu... Eu não sei. – dizia o rapaz limpando o nariz na camisa. Só então, ao desviar o olhar, viu a presença de Damien. – Hei, garoto! – e ele subiu as calças. O rapaz estava fantasiado de policial. – O que você tá olhando? Sai daqui, moleque!

A moça, que estava fantasiada de enfermeira, com uma curta saia branca, acabava de abotoar os botões da sua blusa.

Damien não respondeu. Apenas continuou os encarando.

- Qual é o seu problema, moleque? – disse o rapaz se levantando e encarando Damien. – Vai brincar com alguém da sua idade, vai! Se é que tem alguma criança nessa festa e...

Antes que ele pudesse terminar sua frase, Damien lançou um sorriso endiabrado e, do nada, um imenso cão negro atacou o rapaz. O cão literalmente despedaçou o jovem rapaz. Havia sangue para todos os lados, nos degraus da escada e na roupa da mulher.

- Nããão! – gritou a mulher, já chorando, desesperada. – Que... Quem é você?

E ela começou a subir, desajeitada, as escadas.

Damien continuou com seu sorriso maléfico enquanto que o cão negro estava de pé, ao lado dele e ameaçava avançar para a mulher.

- Não, por favor! – dizia a moça subindo as escadas e virando-se para olhar Damien.

Damien olhou para o cão e balançou a cabeça em sentido afirmativo. Dentro de segundos o cão começou a avançar para a mulher, que tropeçou nos degraus e caiu de barriga.

Foi o momento perfeito para o cão estraçalhar a pobre mulher. As escadas estavam, agora, sujas de sangue.

- Bom trabalho. – disse Damien sorrindo.

E depois disso, ele continuou a subir as escadas que levavam ao grande salão onde as dolls estavam.

- Uma salva de palmas para os nossos casais aqui. – disse a animada DJ.

Todos aplaudiram na festa.

Kyle e Melody ainda estavam abraçados mesmo depois que a música acabou. Kyle pegou Melody pelo queixo e roubou-lhe um beijo longo. A doll não esperava, mas rendeu-se ao gostoso beijo. Havia ficado tão anestesiada com a presença de Kyle que terminou deixando sua cestinha cair no chão.

Nesse momento, eles se afastaram, por impulso.

- Opa! – disse Melody envergonhada, se agachando para apanhar suas coisas que estavam espalhadas pelo chão, quando a cestinha caiu.

- Desculpa, Mel... – disse Kyle catando o batom e o celular de Melody. – Eu... Fui rápido demais e...

- Tá... – dizia ela ainda envergonhada. – Tudo bem.

Assim que eles terminaram de catar tudo e se levantaram, Kyle pediu novamente desculpas e deu um beijo no rosto da doll, em seguida.

- Eu... – Melody estava atordoada com o beijo do bonito rapaz. – Eu... Vou ver minhas amigas e...

- Eu vou estar ali, com meus pais. – disse ele apontando para uma mesa onde Robin estava sentada e dava altas gargalhadas. – Já sabe onde me encontrar né?

Melody sorriu e, logo depois, foi andando pelo salão à procura das amigas.

Não demorou muito e a baby doll logo avistou as quatro amigas num canto do salão.

- Meninas! – dizia Melody sem fôlego. – Vocês não vão acreditar no que aconteceu.

- O Lobo Mau te pegou! – disse Kimberly prendendo o riso.

- Engraçadinha! – disse Melody, sem graça. – Mas... É... – e ela fez uma cara envergonhada. – O Kyle é primo da Robin.

- Hummm... – Nicole fez uma cara engraçada.

Enquanto as dolls conversavam, Tiffany e Chucky espiavam as dolls, de longe.

- Temos que pegar a Jessica quando ela estiver sozinha, mas... – disse Chucky, pensativo. – Como vamos fazer isso? Elas só ficam juntas o tempo todo.

- Hum... – Tiffany pôs a mão no queixo, pensativa.

Um som de celular tocou. Vinha diretamente do bolso da jaqueta de Tiffany.

- Alô? – disse a boneca com a mesma voz aguda e irritante de sempre.

- Você morre em sete dias... – disse uma voz feminina do outro lado da linha, misturada a ruídos e chiados.

- Ah, Sam! – disse Tiffany rindo. – Você nunca perde a piada né? Mas então... O que foi? Já matou alguém por aí?

- Quero uma mãe... – disse Samara com a mesma voz rouca, do outro lado da linha.

- Ah, querida, eu sei. – disse Tiffany, séria. – Por sinal, estou olhando para sua futura mamãe agora. – e a boneca olhava para Kimberly, de longe. – Mas me diga, Sam, onde você está?

- No teto do banheiro... – disse a voz chiada do outro lado da linha. – Estou esperando mamãe entrar aqui para eu poder levar ela comigo...

- Hum... É uma boa ideia. – disse Tiffany pondo a mão na cintura. – Mas o problema é termos que esperar a Kimberly entrar aí.

A ligação havia sido cessada.

- Ela desligou na minha cara! – disse Tiffany, assustada. – Ou será que os créditos dela acabaram?

- E eu sei lá! – disse Chucky cruzando os braços. – Eu nem sabia que a Samara tinha celular... Pô, ela ainda usa as fitas de VHS pra assustar os outros... E nós estamos na geração do DVD.

- Ai, Chucky, como você é cruel! – disse Tiffany soltando uma risada abafada.

E os dois bonecos começaram a se beijar freneticamente até que um jovem rapaz de óculos, vestido de abóbora, os encontrou.

- Cara! – disse ele ajeitando os óculos. – Sinistro!

Chucky e Tiffany pararam de se beijar na hora e ficaram imóveis.

- Uau! – disse o rapaz se agachando e ficando na altura dos bonecos. – Que demais! Será que foi a tia Robin que comprou? – e ele pegou cada boneco por uma mão. – São iguaizinhos aos do filme! – e o rapaz foi andando pelo salão arrastando os bonecos.

- Chucky! – sussurrou Tiffany, nervosa. – E agora?

- Shh! – disse Chucky fingindo um sorriso de boneco. – Essa é a oportunidade perfeita.

Enquanto isso, Freddy e Jason aguardavam, ansiosamente, no terraço do prédio. Freddy andava impaciente de um lado para outro.

- Espero que não demore tanto... – dizia ele, nervoso. – Assim eu fico cada vez mais fraco. Você sabe não é? Eu só fico forte o bastante quando estou nos pesadelos das pessoas.

Jason acenou que sim com a cabeça.

- Espero que consigamos fazer as mocinhas dormirem... Aí eu posso entrar nos sonhos delas e fazer os maiores pesadelos! – rosnou Freddy e, em seguida, deu uma gargalhada maléfica.

- Aai! – gemeu Ashley fazendo uma careta, no salão.

- Que foi, Ash? – perguntou Jessica, preocupada.

- Tô apertada... – disse Ashley. – Preciso ir ao banheiro agora.

- Então vamos! – disse Kimberly, decidida.

- Vamos. – concordou Nicole.

As cinco saíram em direção ao banheiro, que ficava no andar de cima do grande salão.

Para sorte (ou azar) das dolls, o banheiro estaria completamente vazio. Elas nem imaginariam que Samara as aguardava no teto do banheiro.

- Uh! – exclamou Ashley assim que entrou no banheiro e correu para um das três cabines. – Já não tava agüentando mais!

- Ela tá com incontinência urinária ou o quê? – dizia Melody rindo enquanto retocava sua maquiagem no grande espelho do banheiro.

Samara estava totalmente transfigurada no teto do banheiro. Seus longos cabelos negros se misturavam com suas vestes cobertas de musgos e formavam algo relativo a uma grande mancha escura.

- É... Vou aproveitar e ir logo também. – disse Nicole entrando na cabine ao lado da que Ashley havia entrado.

- É... Eu também. – disse Melody assim que terminou de se maquiar.

As três cabines estavam, agora, ocupadas e Kimberly e Jessica se ajeitavam em frente ao grande espelho.

- Esse batom é lindo né? – perguntou Jessica à Kimberly.

- É sim... Amei essa cor. – disse a loura enquanto se olhava no espelho.

Samara começou a se deslocar, lentamente, do teto do banheiro em direção à parede. Foi quando, através do espelho, Kimberly desviou seu olhar e olhou o estranho vulto negro.

- Que é isso? – disse Kimberly virando-se para ver melhor o que a tinha assustado e se deparou com a figura de Samara, agora, saindo da parede e flutuando no ar.

- O que foi, Kim? – dizia Jessica acabando de se virar para ver o que a amiga vira.

As duas gritaram em seguida.

Nicole, Ashley e Melody não entenderam os gritos das amigas e, em seguida, saíram das cabines, desesperadas.

- O que foi? – disse Nicole, nervosa ao abrir a porta da sua cabine.

Kimberly e Jessica estavam encolhidas, no chão. Jessica apontava na direção onde Samara estava flutuando já mais perto delas.

- Oh meu Deus! – exclamou Nicole levando a mão à boca.

Kimberly e Ashley acabam de ver a mesma cena e também não entendiam o que era aquela “coisa”.

- Mamãe... – dizia a sinistra voz rouca de Samara, avançando na direção de Kimberly.

As outras dolls estavam imóveis, enquanto Jessica e Kimberly já choravam, desesperadas.

Samara foi avançando diante de Kimberly e fazendo toda a água das torneiras saírem como jatos. O banheiro começava a inundar e toda a água começava a molhar as fantasias de Jessica e Kimberly, encolhidas, no chão.

- Isso não tá acontecendo... Só pode ser um sonho! – dizia Ashley, nervosa, começando a se beliscar. – Ai! Ai!

- Ash! Isso não é um sonho! É um pesadelo! – dizia Melody, imóvel.

Risadas vinham do lado de fora. Samara percebeu. Três amigas vinham em direção ao banheiro e assim que abriram a porta, se depararam com as três dolls, em pé, com caras de pânico e as duas dolls, sentadas no chão, chorando desesperadamente. O chão estava completamente seco. Era como se nada tivesse acontecido ali.

- O que é que tá acontecendo aqui? – perguntou uma mulher que aparentava uns quarenta anos. Era magra e usava uma fantasia medieval.

- Vocês estão bem? – perguntou outra mulher, vestida de fada, só que de cor azul.

- É... Nós... Eu... É que... – balbuciou Nicole, nervosa.

- Estamos bem. – adiantou-se Melody. – Não foi nada.

As três mulheres se entreolharam, curiosas.

- Mas vocês são mesmo as Pussycat Dolls hein? – disse a terceira mulher, vestida de índia. – São mais lindas ao vivo, admito. – e ela sorriu, gentilmente.

As dolls agradeceram, ainda, nervosas. Era impossível esquecer o que acabaram de presenciar, ali, no banheiro.

- O que vocês estão fazendo aí no chão? – perguntou a mulher com fantasia medieval, olhando para Kimberly e Jessica.

Kimberly e Jessica se entreolharam, na hora. As duas estavam com suas maquiagens meio borradas.

- Nós... É que... – começou Jessica assuando o nariz.

- Estamos chorando. – admitiu Kimberly, por um momento. – Chorando de tanto rir. – mentiu ela em seguida e, depois, forçou um riso no rosto.

- Rir? – estranhou a mulher vestida de índia. – Pareciam tão amedrontadas e...

- Foi uma piada que contei, mas... – mentiu Melody, para ajudar a amiga. – Não foi nada demais. Elas são muito bobas pra rir. Qualquer coisinha e já choram de rir não é, meninas?

- É verdade... – concordou Ashley, ainda nervosa. – Mas já estamos de saída.

- É! O banheiro é todo de vocês! – disse Melody forçando um sorriso.

- Vamos, vamos! – disse Nicole ajudando Kimberly e Jessica a se levantarem.

E as cinco saíram rapidamente do banheiro. As três amigas que ficaram, continuaram sem entender o estranho comportamento das dolls.

Antes de descerem as escadas que levavam ao salão onde todos dançavam, as dolls pararam pra conversar a respeito do ocorrido.

- Meninas... O que... O que aconteceu? – perguntava Jessica, nervosa. Suas mãos estavam trêmulas.

- Eu... Não faço a mínima ideia. – disse Ashley cruzando os braços, nervosa.

- E se... – começou Melody, pensativa. – Se...

- “Se” o que, Mel? – perguntou Nicole, nervosa.

- Mas não pode ser... – disse Melody colocando a mão no queixo.

- Diz logo! – disseram Ashley e Kimberly, juntas.

- Se não me engano... – começou a baby doll – “Aquilo” parecia... – e ela parou de novo. – Parecia a Samara, do filme “O Chamado”.

As dolls pararam por um tempo e, segundos depois, caíram na risada.

- Mas... Não tem lógica. – disse Melody, séria.

- Não tem mesmo! – disse Jessica ficando mais calma.

- Ah! – exclamou Ashley como se tivesse uma ideia. – E se isso faz parte da festa da Robin? Ela fez isso pra pregar susto nas mulheres que entrassem aí no banheiro feminino...

- Poderia até ser. – concordou Nicole. – Mas acho que a Robin não iria conseguir uma tecnologia 3D tão boa e que funcionasse sem óculos especiais. Ash, aquilo foi muito real... Não tenho como explicar.

- Mas... – começou Jessica, pensativa. – Será que...?

- O que, Jessi? – perguntou Melody, curiosa.

- Bom, dizem que no Halloween, por ser véspera do Dia de Todos os Santos... – começou Jessica, séria. – Espíritos voltam à Terra.

- Nossa! É mesmo. – disse Kimberly pondo a mão na testa. – Tem isso mesmo, segundo dizem...

- E lembro que vi, inclusive, na série de TV “Charmed”... – começou Jessica. – Que muitos demônios e criaturas do mal também vinham à Terra.

- Bom, mas é tudo uma simples lenda né? – disse Ashley querendo mais afirmar do que perguntar.

Houve um silêncio.

- E se... – começou Melody outra vez. – E se esses personagens de filmes de terror... Nossa! E se eles são realmente baseados em espíritos, monstros ou demônios que existiram? Se isso for verdade... Então existe um espírito igual à Samara, que por causa do Dia das Bruxas, voltou à Terra e...

A baby doll parou. Era muita informação e muita loucura para uma pessoa só.

- É loucura, mas faz sentido. – disse Jessica, por fim.

- Bom, de qualquer forma, devemos continuar juntas. – disse Nicole, séria. – Seja o que for, não nos separaremos essa noite.

As dolls nem sentiram, mas Pennywise as observava de um canto, no escuro corredor oposto ao corredor que levava ao banheiro. Ele, que ouvira toda a conversa, fez uma cara de reprovação e, em seguida, sumiu no ar.

No terraço do prédio, Freddy, Jason e Samara estavam reunidos.

- Você falhou, Sam! – rosnou Freddy, impaciente.

- Eu... – dizia a voz rouca e embolada da menina. – Não tive culpa...

Pennywise apareceu no terraço e, impaciente, correu para Freddy.

- Elas estão com medo. – começou o palhaço rindo. – Porém, já declararam que não vão se desgrudar umas da outras.

- Malditas! – rosnou Freddy.

- O que faremos então...? – perguntou a fria e rouca voz de Samara.

- Chucky e Tiffany estão lá embaixo. – disse Freddy, pensativo. – Até agora não obtive retorno deles. – e ele revirou os olhos. – Damien também está lá. Espero que eles se saiam melhores que vocês.

- Freddy, eu tenho um plano. – disse Pennywise, ansioso.

- Diga logo. – disse Freddy, impaciente.

- Eu posso me transformar em qualquer coisa, certo? – disse o palhaço.

- Sim. – disse Freddy enquanto andava de um lado para o outro.

- Então... Eu posso atrair uma delas... – continuou o palhaço. – Me transformando num atraente e jovem rapaz.

- É... Eu achava que, já que eles têm uma festa à fantasia, você poderia entrar vestido de palhaço mesmo, mas... – e Freddy deu um sorriso maléfico. – É uma excelente ideia! Você está pronto para isso?

- Sim. – disse o palhaço sorrindo com seus dentes afiados.

- Então vá! – disse Krueger, animado.

Pennywise começou a revirar a enorme cabeça e todo o seu corpo tremeu até que, dentro de segundos, um bonito rapaz louro, vestido com uma fantasia de príncipe, estava bem diante de Freddy, Jason e Samara.

- Como estou? – perguntou Pennywise, não mais palhaço.

- Perfeito... – grunhiu Samara.

- Agora vá! – adiantou-se Freddy. – Lembre-se: só temos essa noite. Depois, só teremos outra chance no próximo Halloween.

- Temos até o nascer do sol, eu sei. – disse Pennywise ajeitando o chapéu de príncipe.

- Quem você pretende atrair? – perguntou Freddy, curioso.

- Kimberly. – adiantou-se Pennywise. – Sei que ela está carente, precisando de namorado e...

- Mamãe... – gemeu Samara.

- Não vou machucar sua futura mãe, Samara. – disse Pennywise, sério. – Só pretendo atraí-la pra você. Meus alvos são Ashley e Melody, você sabe.

E dizendo isso, ele sumiu no ar.

- Espero que ele consiga... – disse Freddy, sério.

As dolls acabavam de retornar ao salão que, agora, tocava músicas eletrônicas.

- Uhu! – exclamou Nicole tentando se animar. – Vamos dançar um pouco?

- Não sei não... – disse Kimberly, pensativa. – Essa coisa toda me assustou e...

- A gente deve esquecer isso... Vamos tentar nos distrair. – disse Ashley, tomando coragem.

As cinco foram para o meio da pista e, para evitar qualquer problema, começaram a dançar de mãos dadas. Assim, elas não se separariam.

O som estava gostoso e embalava as cabeças das dolls.

- Tia Robin! – dizia o jovem menino, que aparentava uns quatorze anos, assim que chegou à mesa onde Robin estava sentada.

- Oi, Michael! – disse Robin, alegre.

- Foi você quem comprou esses bonecos não foi? – dizia o menino com o maior sorriso, enquanto segurava Chucky e Tiffany.

Robin se assustou ao ver os estranhos bonecos.

- Eu... Não, querido. – disse Robin, confusa.

- Mas são perfeitos! Iguaizinhos aos do filme! – dizia o menino, encantado.

- Pode ficar com eles, por enquanto. – disse Robin, sorrindo. – Vou falar com o pessoal que organizou a festa. Pode ser que eles tenham trazido e colocado em meio a decoração, mas eu realmente não me recordo de ter encomendado e...

Michael já havia sumido da frente de Robin. O garoto tinha ido a algum lugar carregando com ele, Chucky e Tiffany.

Enquanto as dolls dançavam, mais animadas, na pista de dança, Pennywise saiu do meio do grande número de pessoas e invadiu a pista também. Ele começou a dançar, totalmente sem jeito, e foi se aproximando de Kimberly.

- Mel, você achou o lobo e eu achei meu príncipe! – sussurrou Kimberly no ouvido da amiga, enquanto dançavam.

- Nem pense nisso! – reprovou Nicole, assim que notou o olhar tímido de Kimberly. – Prometemos que íamos ficar juntas... E vamos!

- Mas, Nic... – resmungou Kimberly.

- Oi! – disse o príncipe Pennywise assim que ficou de frente para Kimberly.

- O-oi. – disse a doll, sem graça.

- Vamos sair daqui e ir para um lugar menos barulhento? – disse ele.

- Desculpa, não posso. – disse Kimberly, tristonha.

- Claro que pode! – e ele puxou Kimberly, violentamente, pelo braço.

Os dois sumiram de vista entre a multidão do salão.

- Meninas, aquele cara pegou a Kim! – gritou Melody, nervosa.

- Vamos atrás deles! – disse Nicole, aflita. Seu coração batia freneticamente.

- Ai, droga! – resmungava Jessica. Sua roupa de sereia a atrapalhava na locomoção.

- Ai, meu Deus... – lamentava Ashley, preocupada, enquanto saíam do meio da pista.

Continua no próximo capítulo...