Quando Tony acordou, Ben, já não estava mais em seus braços, após se espreguiçar e juntar coragem pra se levantar ele saiu do quarto e desceu rumo a sala onde encontrou um costumeiro silêncio.

– JARVIS, que horas são?
– São 15:30 da tarde, senhor.
– Faz tempo que foram embora?
– Cerca de 5 horas.
– Algum recado?
– Não.
– Ok. Pronto pra trabalhar, Jay?
– Sempre, senhor. – Tony sorriu e desceu para a oficina onde ficou trabalhando pelo o resto do dia, mais tarde por volta das 20:33 da noite, JARVIS, o avisou que ele tinha visitas ao subir ele viu Rhodes, Bruce e Steve.
– Mas o que devo a honra da visita das moçoilas?
– É sempre tão agradável estar no mesmo ambiente que você, Tony. – replicou Steve.
– Eu sei, Rogers. Mas é sério o que vocês estão fazendo aqui?
– Festas de fim de ano, meu caro, eu convidei eles pra passarmos a virada juntos lá em casa.
– Pela as minhas contas ainda falta 6 dias para isso.
– Aí só por isso nós não podemos vim mais cedo?
– Claro, idoso, mas trouxe seus remédios? – todos reviraram os olhos e Tony foi se servir de uma dose de uísque.
– Cadê a Helô? – perguntou Bruce.
– Boa pergunta. Eu não a vejo desde de manhã.
– Não tá preocupado?
– Daqui a pouco ela aparece.
– Como você consegue não se preocupar?
Eu confio nela. Mentira, botei um rastreador, qualquer encrenca e uma armadura entra em ação. – eles se acomodaram e passaram a conversar sobre assuntos triviais, no meio da conversa, no entanto, Tony revelou o desejo de reconquistar Pepper.
– Depois de tanto tempo você acha mesmo que ela vai te dar uma chance? – perguntou Bruce.
– Ela sempre me deu uma chance por que agora seria diferente?
– As pessoas mudam, Tony...
– Sem suas filosofias pré-histórica, Rogers, ela é a Pepper nada mudou.
– E o que te faz pensar isso?
– Ué, ela é a Pepper, eu cometo os meus erros, mas ela sabe que eu sempre tento consertar e além do mais ela me desculpou por todo aquele mal entendido tô a um passo de trazê-la de volta. – os amigos nada disseram sabiam que essa reconciliação não seria possível agora pois Pepper havia mudado no quesito relacionamentos apenas dois tiveram duração de anos, o primeiro foi com Michael e o segundo com Henry, os outros não duram mais que três meses e devido ao que aconteceu com ela e Tony eles duvidam muito que eles voltem a ficar juntos.
– Sr. a Srta. Jones, chegou. – avisou JARVIS.
– Mas quem diabos é Srta. Jones?
– A Srta. Potts, disse que era muito esquisito usar o sobrenome materno e por isso preferiu trocar pelo o paterno.
– O engraçado é que eu não me lembro de ter Jones no meu sobrenome. – ele a viu adentrar em casa distraída conversando por mensagem no celular, seus cabelos estavam pingando e era óbvio que ela estava encharcada. - Onde você tava, Helô?
– Sei lá.
– Por que está molhada?
– Sei não também.– respondeu ela ainda distraída no celular e caminhando para onde estava seu pai e seus tios.
– Srta. Jones.
– Hum?
– Seu pai está pedindo para a senhorita tirar o celular do modo avião e ligar para ele pois ele está preocupado tentando encontrá-la.
– Tá vou ligar. – quando ela levantou a cabeça deu de cara com seus tios e sorriu ao vê-los, cada um ganhou um abraço apertado e para Tony ela apenas olhou por alguns segundos. - O que vocês estão fazendo aqui?
– Nada demais apenas jogando conversa fora. – respondeu Bruce. - Onde você estava?
– Na casa de uma amiga.
– Tá ensopada, Helô, é melhor você trocar de roupa senão vai se resfriar.– alertou Steve.
– Eu sei, tio, se não fosse aquele ser iluminado da Jessie que tivesse me jogado na piscina eu não estaria nessa situação, queimei o celular do Richard por que quando caí ele estava no meu bolso.
– Quem é Richard. – perguntou Rhodes.
– Um carinha aí. – Tony olhou descrente e Rhodes riu. - Deixa eu ligar para o meu pai antes que... – o celular tocou e ela sorriu ao ver que era ele. - Oi, pai! Eu estava falando em você agora mesmo... Na casa da Jessie... Não, eu juro que não estava... É sério, eu tenho testemunhas, pera... Padrinho, tio Steve e tio Rhody, eu pareço estar bêbada ou que estive bebendo?
Não! – responderam os três alto para que Michael escutasse.
Eu só vou acreditar por que ouvi a voz deles. – respondeu ele no celular que estava no alto falante.
– Isso magoa, papai.
– Até parece, Helô. Eu tenho que ir, só liguei pra saber como você estava por que eu estava preocupado. Durma com os anjos...
– Não era bem com os anjos que eu queria dormir.
– Helô!
– Tô brincando, papai.
– Humpf! Heloísa...
– Eu tava brincando, pai, não leve a sério tudo o que eu digo, homem de Deus!
– Às vezes você fala demais.
– Eu sei, mas não fique irritado em vão, guarde sua irritação pra quando eu fizer algo.
– Você não tem jeito, menina.
– Não. – respondeu ela e sorriu ao ouvir a risada do pai.
– O pai te ama.
– Também te amo, pai, bom plantão pra você.
– Obrigado, e por favor não saia de casa.
– Não vou sair, prometo.
– Vou confiar em você, Helô.
– Pode confiar.
– Tchau, filha, dorme com... dorme bem. – ela riu.
Tchau, pai. – ela desligou e colocou o celular na mesinha que fica ao lado do sofá.
– Que negócio é esse do JARVIS te chamar de Srta. Jones?
– É o sobrenome do meu pai e eu gosto de usar ele.
– Sobrenome do seu pai?
– Uhum.
– Sobrenome do seu pai?
É, Tony, sobrenome do meu pai você tá ficando surdo? – perguntou ela subindo as escadas.
Sobrenome do seu pai? Eu sou seu pai, Helô, e até onde eu sei o meu sobrenome é Stark! – ele gritou, mas ela não lhe deu ouvidos e ele se virou para seus amigos. - Sobrenome do meu pai. – resmungou ele imitando a voz dela. - E não venham me dizer que ele é o pai dela por que ele não é. – disse ele prevendo os argumentos de seus amigos.
– Mas pra ela é sim.
– Qual a parte do não venham me dizer que ele é o pai dela, que você não entendeu, Rhodes?
É melhor mudarmos o assunto da conversa. – sugeriu Steve.
Concordo. – respondeu Bruce. - E então prontos pra verem nossas esposas andando de um lado para o outro a procura de algum ingrediente para a ceia?
Não, pronto para ser o chofer e mofar naquelas imensas filas de supermercado?
– Não. – cada um fez uma cara de desagrado menos, Tony, pois há anos ele não sabe o que é isso, ele geralmente rompe o ano em alguma festa e ele achava isso maravilhoso até agora.

Atentamente ele ouviu as histórias de seus amigos, onde eles relatavam que suas esposas brigaram com alguma mulher pelo o último pacote de uvas passas, ou brigou pela a vaga de estacionamento, ou até mesmo esqueceu o filho em uma das sessões do supermercado por conta da correria do dia, eram histórias engraçadas que volta e meia eram contadas, mas que ele nunca havia prestado tanta atenção, horas mais tarde depois de muita conversa e risadas, Rhodes, Steve e Bruce, foram embora e Tony permaneceu sentado no sofá ele estava tão pensativo que nem percebeu a chegada de Heloísa.

Psiu! Ei, Tony. – ela estalou os dedos obtendo a atenção dele. - Que foi? Tá pensando na morte da bezerra? – perguntou ela se servindo da bebida que estava ao lado dele.
– Não, eu... Largue esse copo, Helô.
Por que? – perguntou ela bebericando a bebida.
Beber faz mal. – ela gargalhou e bebeu o resto do líquido abandonando o copo em uma bandeja, ela continuou a rir e repetir a frase de Tony em um tom de piada foi a cozinha onde demorou alguns minutos e quando voltou trouxe uma garrafa de coca-cola e um balde de pipoca.
E aí, quer um pouco? – ela ofereceu, mas ele recusou. - Ótimo, mais pra mim. – ela se sentou na outra extremidade do sofá, ligou a televisão e deixou em um filme de ação. - Não sei por que os críticos de cinema enchem tanto o saco por conta desse filme.
– Que filme é?
Os mercenários. Poxa, se é um filme pra ter as lendas dos filmes de ação, tem que ter sangue, tiro, porrada e explosão.– falou ela depois de devorar a pipoca e beber um pouco do refrigerante. - O mundo seria tão legal se as pessoas só assistissem a porra do filme em vez de ficar enchendo o saco. – Tony concordou com um aceno e passou a assistir o filme com ela, os dois não trocaram uma palavra até que na metade ele aceitou um pouco do refrigerante e da pipoca que ela ofereceu.
– Tá com o gosto diferente essa coca.
– É por que tem vodca de maçã verde aí dentro.
– Você não cansa de beber?
– Eu não bebo correndo. – Tony rolou os olhos e a olhou impaciente.
– Beber é ruim...
– E mesmo assim eu tô vivendo e tem gente que não bebe e tá morrendo. Qual é, Tony, você é a prova viva de que ressaca não mata ninguém. E para com isso esse papel de preocupado não faz o teu gênero, cara, a gente mal se conhece.
– A gente mal se conhece? Eu te conheço desde que você nasceu, Helô! Na realidade antes disso.
– Ok. Mas eu não te conheço. Só sei quem você é por que teu nome tá na mídia, só sei que temos parentesco por que toda vez que eu faço uma cagada alguém chega e diz: "igualzinha ao Tony." É estranho, Tony, você é a pessoa conhecida mais desconhecida que eu conheço, e além do mais eu não vou muito com a tua cara...
– Por que eu deixei você e o Matt...
– Desencana, não tem nada a ver. Eu não vou com a tua cara por que você sacaneou a minha mãe de todas as formas possíveis e isso é uma coisa que eu não vou esquecer e nem desculpar por que ao contrário da minha mãe eu não tenho essa capacidade e o Matt menos ainda. – ela se levantou mais uma vez foi a cozinha, mas ao contrário da primeira vez em que ela se sentou no sofá dessa vez ela passou direto rumo as escadas. Tony cruzou os braços e bufou pois o caminho para reconquistar Pepper até poderia ser fácil, mas para reconquistar seus filhos será um longo e difícil caminho.

O último dia do ano chegou e todos se reuniram na casa dos Rhodes, mas para a decepção de Tony a sua "família'' não pôde comparecer pois tinham ido romper o ano com alguns parentes em outra parte do estado da Califórnia, como Heloísa não dava notícias e o novo ano já estava finalizando a sua primeira semana, Tony, usou essa desculpa para ir ao hospital em que Matthew trabalha e conversar com seu filho o encontrou na lanchonete do hospital desfrutando de alguns minutos de calmaria.

– O que você veio fazer aqui, Sr. Stark? Aconteceu alguma coisa com a Helô?
– Era justamente isso que eu ia te perguntar, há dias que eu não tenho notícias dela. – disse Tony sentando-se a mesa.
– Mas que mentirosa, ela disse que falou com você e que como você ia ficar fora ela ia ficar em casa com a mamãe e o Tyler.
– É sem querer que descobrimos as coisas. – Matthew concordou e os dois voltaram ao silêncio.
– Mais alguma coisa?
– Não, pensei apenas em conversar com você.
– Ah! – ele coçou a cabeça não fazia ideia do que conversar por que realmente não sentia necessidade em falar com alguém que se tornou um completo estranho com o passar dos anos. - É... Sra. Morgan?
– Quem? – Tony perguntou confuso, ele já estava de pé e indo ao encontro de uma idosa que estava encarando uma folha de papel como quem encara o buraco de uma agulha.
– Sra. Morgan, o que tá fazendo aqui?
– Oi, doutor, eu vim fazer uns exames terminei e agora vim comer um pouco.
– E por que tá quase esfregando esses papéis nos olhos?
– Ah, é que eu tô tentando ver pra quando foi marcado o meu retorno e o resultado desse hemograma.
– A senhora tem que usar os óculos.
– Pra quê? Eu enxergo muito bem.
– Tô vendo. Posso ver?
– Claro. – ela entregou os papéis e Matthew os leu sem dificuldades.
– Bom, o retorno é pra daqui 3 semanas e seu hemograma está bom exceto por essa anemia.
– Eu com anemia? Mas eu como tão bem.
– Pelo o visto não está comendo alimentos ricos em ferro. Sei que a senhora gosta de salada então coloque mais beterraba, a senhora também pode incluir na sua refeição fígado, feijão preto, laranja ou morango.
– Depois que a gente fica velho aparece cada coisa.
– Anemia aparece em qualquer idade, Sra. Morgan.
– Só que na minha idade aparece tudo de uma vez, parece até que as doenças se reúnem e fazem um complô: olhe, nós só vamos atacar quando ela estiver velha por que assim ela morre logo. – Matthew balançou a cabeça negativamente e sorriu. - Mas vamos parar de falar das minhas doenças e falemos do seu filho, como está o pequeno Benjamin?
– Está muito bem. Ele já engatinha, mas se a gente colocar ele de pé ele arrisca uns passinhos, adora arremessar os brinquedos ou qualquer coisa que ele consiga segurar e me fazer ir buscar depois. – a senhora riu. - Também tá aprendendo a falar algumas coisas e já tem quatro dentinhos. E sua bisneta, como está?
– Está bem, ela ainda tem três meses e tá naquela fase de comer, dormir e chorar por causa da cólica.
– Agradeço a Deus por ter minha mãe pra me ajudar com isso. Venha, Sra. Morgan, junte-se a mim e vamos comer. – ele estendeu o braço para a senhora que o aceitou de bom grado e os dois voltaram para perto de Tony que os observava. - Sra. Morgan, esse é o Tony Stark. Sr. Stark, essa é Eleonor Morgan.
– Ah, o rapaz que voa em um troço de lata... Você é mais bonito pessoalmente.
– É o que todos dizem. – falou Tony sorridente e cumprimentando a simpática idosa.
– A convidei para se juntar a nós, Sr. Stark, espero que não se importe.
– Não, de maneira nenhuma. – Matthew sendo educado puxou a cadeira para que ela se sentasse, mas antes que ela conseguisse tentar tal proeza uma tontura a desequilibrou e ele foi rápido o suficiente para que ela não caísse. – A senhora está bem?
– Estou, foi só uma tontura.
– Sra. Morgan, a senhora tem tomado seu remédio para labirintite?
– Agora que você falou eu acho que esqueci.
– Esqueceu mesmo ou não tem tomado?
– Esqueci. – ele fez uma careta de quem estava desconfiado da resposta e ela voltou a insistir. – Esqueci, meu filho, ando muito esquecida ultimamente.
– Tudo bem, eu vou na minha sala buscar um remédio pra senhora, está bem? Você pode fazer companhia enquanto eu estou fora, Sr. Stark?
– Da pra parar de me chamar de Sr. Stark? Me chame de Tony, pelo menos.
– Eu vou tentar, Sr... Tony. Você pode ou não?
– Posso.
– Obrigado. Eu volto já, Sra. Morgan.
– Prefiro quando você me chama de vó. – ele riu.
– Eu também, mas sabe como é...
– Sim, sei, profissionalismo.
Ei, amigo. – disse ele chamando a atenção do rapaz da lanchonete. - O que eles pedirem você põe na minha conta. – o rapaz ergueu o polegar e ele sumiu da vista de Tony e Eleonor e os dois desconhecidos passaram a se encarar.
– Você é paciente dele?
– Não, sou o pai dele.
– Ah, agora faz sentido.
– O que faz sentido?
– Ele se parecer mais com você do que com o pai, quer dizer os dois tem olhos azuis, mas não passa disso. Presumo que você também seja o pai daquela menina... como é o nome dela mesmo?
– Heloísa.
– Essa mesma. Aquela dali tem cara de ser tão encrenqueira, ela me lembra a mim mesmo quando eu era bem mais nova e mais bonita. – Tony riu. - Eu arrumava tanta confusão meu pai mal falava comigo por causa disso... Ah, bons tempos esse meu. – divagou ela.
– Ele é um bom médico?
– Melhor que muitos que eu conheço, quando ele recebeu a notícia de que a namorada dele tinha entrado em trabalho de parto ele estava me atendendo eu disse a ele que podia ir que eu voltava depois, mas mesmo com todo o nervosismo ele terminou a consulta. Se todos os médicos do mundo fossem como ele e o pai a vida seria tão mais fácil.
– A senhora também paciente dele?
– Não, meu marido que é. Sabe, o mais engraçado é que eu conheci esse rapaz durante um assalto.
– Assalto?
– Aquelas saidinha de banco, sabe? O homem que me atendeu avisou a um parceiro que eu estava sozinha e que tinha sacado uma grande quantia, resultado, assim que eu saí do banco veio um homem e puxou minha bolsa me derrubou no chão e correu com todo o meu dinheiro, ele e outro rapaz viu o que aconteceu e foram atrás, alguns minutos depois os dois voltaram com a minha bolsa, o meu dinheiro, e o homem que tinha me roubado. Desde então me agarrei a esse rapaz como o bicho preguiça em uma árvore, quando ele tá fora do hospital até me chama de avó.– Tony riu e ambos pediram uma xícara de café. - Ele não se sente a vontade com você. – disse a senhora. - A gente percebe isso pela a postura dele perante você, ele é formal com todo mundo, mas a seriedade que ele usa perto de você é diferente de todos que já vi.
– Eu sei.
– Você era muito rígido com ele?
– Não. Eu era inexistente.
– Então ele inverteu os papéis, o padrasto ele encara como o pai e você como o padrasto intruso. – os dois se calaram ao ver que ele estava voltando e quando ele se sentou entregou a ela dois frascos de remédio.
– Pronto, Sra. Morgan, esse aqui a senhora já conhece.– falou ele entregando um dos frascos alaranjados. - Esse outro aqui se chama Combiron, é um remédio para anemia e a senhora vai tomá-lo 30 minutos antes do café da manhã e do almoço, está certo?
– Sim senhor.
– E como está o Sr. Morgan?
– Muito bem, semana que vem ele tem uma consulta com o seu pai, por falar nele ele não está trabalhando hoje?
– Não, hoje ele tá de folga, é bem capaz dele ter ido buscar o Ben lá em casa pra passar o dia com ele.
– Ah, meu Deus, ele é babão igual Joffrey.
– Acho que até mais. – eles riram, mas as risadas pararam quando ouviram um bip sair do celular de Tony, e uma gritaria vindo da tevê e de algumas pessoas do hospital.
– Meu Deus, o que é isso?! – perguntou ela assustada.
– Eles fizeram, eles fizeram! – gritou o rapaz da lanchonete.
– Quem fez o quê?
– Um atentado terrorista semelhante ao 11 de setembro. – Tony imediatamente sacou seu celular tinha notícias, muitas notícias, mas não houve chamado para os vingadores, conforme ele leu descobriu que até agora os centros das cidades de Los Angeles, Miami, Chicago, Nova York, e nas principais cidades de alguns países que tem aliança com os Estados Unidos houve atentados com homens bombas, as explosões tiveram grande magnitude deixando uma infinidade de mortos e feridos.
– Helô...
– Ela tá com a minha mãe. – Tony o olhou assustado quando o ouviu pronunciar tal frase, ambos tentaram contato, mas o celular deu desligado, ele tentou e conseguiu falar com Michael e Phoebe, mas do mesmo jeito que ele sentiu alivio por saber que eles estavam bem ele sentiu desespero por saber que Tyler estava com ela e também por não ter notícias.
– JARVIS, a armadura envie ela agora. – gritou ele com o celular pois sabia que a ligação que o A.I tinha com a aparelho e que ele ouviria.
– Ela já foi enviada, senhor, a Srta. Jones encontra-se soterrada por alguns escombros. – alertou JARVIS com sua voz calma.
– Tire ela de lá, JARVIS! Mande mais armaduras para ajudarem os bombeiros.
– Sim senhor.
– Meu irmão e minha mãe, Tony, sei que você não gosta da minha mãe, mas...
– Eu ainda amo a sua mãe, Matt. – revelou com sinceridade. - E não importa onde ela esteja eu vou encontrá-la. – Tony saiu do hospital vestiu a armadura e foi até o local onde tudo aconteceu, sua primeira impressão foi de espanto, a bomba fez uma enorme cratera, destruiu prédios e rachou alguns que estavam a quarteirões de distância, era possível também ver pedaços de algumas pessoas e também muitos gritos e choro. – JARVIS.
– A Srta. Jones e um menino foram resgatados, senhor, quanto a Srta. Potts, eu não tenho notícia.

Tony se preocupou e por poucos segundos chegou a pensar que esses pedaços também podiam ser de Pepper, ele se empenhou em procurar, ajudou pessoas resgatou corpos e feridos, mas quanto mais o tempo passava mais temeroso ele ficava, a cada grito de: " eu achei um corpo!" ele sentia o coração bater mais rápido pois pensava que podia ser o dela.

Senhor, ligação de um número desconhecido.
– Atenda.
– Tony, eles estão aqui no hospital. – a voz era de Matt estava claro que ele estava ofegante e um pouco mais aliviado.
– Elas estão bem?
– Não sei ao certo não consegui vê-las, mas um amigo me confirmou ser elas e que estão sendo atendidas.
– Eu vou para aí. – ele levantou voo e em questão de minutos chegou ao hospital que já estava um tremendo caos, tentou encontrá-las cedendo seus nomes na recepção, mas devido a desordem isso não foi possível, apelando para o reconhecimento facial através das câmeras do hospital, JARVIS, achou Heloísa e seu irmão na ala ortopédica. Ambos estavam sujos, tinham alguns cortes nos braços, usavam colete cervical e tiveram um dos ossos engessados, Tyler teve de engessar o braço e Heloísa a perna.- Helô! – ele a abraçou e não economizou na força ela gemeu por conta das dores e ele se afastou. – Você tá bem?! Tem mais algum osso quebrado? Já fez exames pra saber?! E...
– Tô bem, Tony, tirando o fato de que quebrei minha perna, mas tô bem.
– E você garoto?
– Tô bem também.
– Cadê minha mãe, Tony? E o Henry?
– Eu não sei onde ela está, mas vou tentar achar. – antes mesmo que pudesse sair, Matthew entrou e abraçou seus irmãos.
– Vocês estão bem? – perguntou ele tentando transparecer calmaria.
– Estamos, mas cadê a mamãe?
– Ela tá ala amarela.
– Traduzindo.
– Ela está bem, mas está inconsciente vamos fazer alguns exames para saber mais detalhes.
– Nós podemos vê-la?
– Tem coisas muito feias lá fora é melhor ficarem aqui, quando ela for transferida eu venho aqui.
– E o Henry?
– Tá na mesma situação.
– Ele salvou a mamãe, Matt. – disse o menino.
– Eu sei e seremos eternamente gratos a ele. Você fica aqui com eles, Tony?
– Fico.
– Eu pedi que ele não viesse, mas eu sei que ele vem então o papai pode aparecer a qualquer momento.
– Tá um inferno lá fora, ele não vai conseguir chegar aqui tão cedo. – alertou Tony.
– Ele vai saber chegar. Eu vou ver outros pacientes, tá certo? Volto assim que puder.
– Quem é Henry?
– Um amigo. – respondeu Heloísa e Tony não perguntou mais.

Minutos, horas, eles não sabem quanto tempo se passou a todo instante mais e mais pessoas entravam ali chorando e gritando de dor aquela ala tão espaçosa estava ficando cada vez menor graças ao tanto de gente que chegava a cada minuto, depois de muita demora, Matthew, reapareceu no entanto sua cara não era nenhum pouco boa.

– Matt, o que foi? Aconteceu alguma coisa com a mamãe?
– Não. Ela já foi transferida, mas ainda está descordada. Venham. – os três o acompanharam pelo os corredores ignorando aqueles apelos e gritos, dobrando aqui e ali eles chegaram no quarto em que Pepper estava e encontraram um homem com dificuldade de se manter em pé e falando algo para ela.
– Precisa acordar, Sra. Carter.
– Henry, você não poderia estar aqui. – repreendeu Matthew que foi ajudá-lo.
– País de Gales? – se surpreendeu Tony ao reconhecer o velho amigo.
Henry! – mesmo com dificuldade Tyler e Heloísa abraçaram e agradeceram ao homem por ter salvo Pepper da morte. – Como você está?
– Com a cabeça um pouco dolorida e os tímpanos também, mas estou bem. E vocês?
– Braço quebrado e os ouvidos doendo.
– A mesma coisa digo eu, exceto que no meu caso é a perna.
– País de Gales?
– Oi, Tony.
– Olha, depois vocês conversam, eu preciso te levar de volta, Henry, você está muito fraco qualquer notícia sobre a mamãe eu te aviso.
– Estou bem...
– Não, não está. Eu sou o médico aqui e dou as ordens, vamos. – lhe dando suporte Matthew o tirou do quarto e Tony voltou a olhar para Heloísa em busca de uma explicação.
– O que ele estava fazendo aqui?
– Ele veio visitar a mamãe. – respondeu o menino.
– Ele e a mamãe são...
– Namorados?
– Não, marido e mulher. – a boca de Tony despencou.
– O quê? – perguntou ele ainda surpreso.
– Ele e a mamãe são casados.
Ou meio casados. – falou Tyler.
É, depende da lua deles. – disse Heloísa. O celular de Tony tocou, mas ele estava aéreo demais para atender, não aguentando mais aquele barulho estridente, Helô conseguiu tirar o aparelho do bolso dele e atendê-lo bastou alguns segundos de conversa para que uma expressão de pânico tomasse conta de seu rosto, ela ligou a tevê do quarto e colocou no noticiário local onde mostrava para o público uma lista com vários nomes.
– Quem era, Helô? – perguntou o garoto.
– Tio Rhodes.
E o que foi?
– O Matt foi chamado.
– Chamado pra quê?
– Pra guerra.
Que guerra? – perguntou ele preocupado.
A guerra que acabaram de declarar. – os irmãos trocaram olhares amedrontados e em seguida olharam para tevê que agora mostrava uma lista com ano de nascimento e nome na segunda rolagem de folha viram em um tamanho menor, mas em letras garrafais o nome de seu irmão mais velho.