Capítulo 7

Seu primeiro pensamento ao acordar foi sobre o que aconteceu na noite passada e depois de um longo banho foi em busca de informações que suprissem toda a necessidade que ele sentia.

– JARVIS, pesquise sobre a vida das crian... quer dizer dos meus filhos.
– Há um tempo específico, senhor?
– Sim, os 14 anos que eu perdi – aos poucos foram aparecendo fotos e matérias falando sobre a inteligência e precocidade que os dois herdaram dele ao entrarem e se formarem logo cedo em uma faculdade, também viu que os dois só se permitem usar o sobrenome paterno quando é extremamente necessário e com isso pouco a pouco Tony se foi botando a par de algumas das coisas que perdeu.

Depois que viu tudo isso ele se sentiu mais perdido e também sentiu necessidade em se reaproximar de seus filhos, mas ai percebeu que era melhor seguir o conselho de Rhodes e deixá-los em paz cada um tinha a sua vida e se por algum acaso se esbarrassem de novo bem, se não ele esqueceria deles como esqueceu pelos últimos 14 anos.

Ainda sentindo vontade de falar com seus filhos, mas seguindo o conselho de Rhodes, Tony, continuou com sua vida de festas agora mais que nunca ele saltava de bar em bar e de cama em cama em busca de tentar esquecer pelo menos por alguns minutos o que recentemente descobriu, aproveitando da companhia de uma morena que ele conquistou em uma balada eles entraram no carro e partiram para irem a mansão, ainda dentro do carro beijos quentes eram trocados as mãos da mulher vagavam o corpo dele e logo entraram por dentro de sua calça e ele gemeu ao sentir aquele aperto, parando no sinal e deixando a mulher no comando ele ficou observando seus movimentos até que uma música estrondante e o ronco de um motor de um carro conversível chamou um pouco de sua atenção, o motorista ao lado insinuava o começo de um racha, Tony sorriu estava a fim de algo assim.

– Você gosta de velocidade?
– Com você eu gosto de tudo– a mulher beijou o membro dele que já estava um tanto quanto exposto o "guardou" novamente e se ajeitou em seu banco - Manda ver, faz ele comer poeira.
– Adoro mulheres decididas– ainda pressionando o freio ele acionou o acelerador indicando que topava o racha.

Atentamente os dois motoristas ficaram de olho no sinal e assim que ficou verde eles aceleraram seus carros, não sabiam onde seria a reta final da corrida, mas queriam sentir a adrenalina de uma boa corrida ambos estavam na mesma reta cortando carros e atravessando sinais sem se preocupar com nada, era madrugada de uma noite de sábado não se tinha muito tráfego, mas apesar de pouco era suficiente para dar uma excitação a mais, o racha continuava a velocidade era incrível em certos momentos a sensação que se tinha era que o carro ia voar, o outro motorista passou de Tony e sem que ninguém esperasse surgiu um caminhão-cegonha (que por sorte estava sem carregamento) atravessando o cruzamento, Tony, ainda conseguiu frear e manobrar o carro para evitar uma colisão, já o carro da frente escapou do que seria uma fatídica batida por alguns centímetros, rodopiou na pista algumas vezes, mas também conseguiu pará-lo, seguindo o instinto humano tanto Tony quanto o motorista do caminhão desceram de seus respectivos veículos para ver se outro motorista estava bem e ambos foram surpreendidos ao ver que o motorista era uma mulher, mas ele ficou ainda mais ao perceber que aquela "mulher" era sua filha. Heloísa estava sem sua blusa e isso exibia seu belo corpo e suas tatuagens uma era na altura de seu ombro esquerdo o desenho era de uma pena que ao perder sua penugem se transformava em pequenos pássaros, a outra tatuagem era de apanhador de sonhos que fica na parte direita de seu corpo na altura de suas costelas, ela usava um sutiã rendado na cor lilás, um short jeans surrado e estava descalça, ela ria descontroladamente e tinha em mãos uma garrafa de vodca, de dentro do carro saiu uma moça que estava nos mesmos trajes a diferença é que ao contrário de Heloísa ela estava se acabando em vômito.

– Você tem noção do acidente que poderia ter causado, moça?! Se vocês tivessem morrido era a mim que iam culpar! – o homem olhava para a pista que tinha marcas de pneus e sentia o fedor de borracha queimada.
– Ih, relaxa tiozinho, não aconteceu nada suba no seu caminhão e siga viagem– o homem estava revoltado, mas não perderia seu tempo discutindo com uma adolescente bêbada, ele subiu voltou em seu veículo e foi embora e ela ficou ao lado de sua amiga bebendo e segurando seus cabelos para que não fossem melados pelo vômito.
– HELOÍSA! – Tony gritou e a mulher que o acompanhava o olhou curiosa.
– Você a conhece?
– Ela é minha filha – a mulher parou por alguns segundos e Tony continuou a caminhar a passos duros para perto dela que fingiu não ter ouvido o grito dele - O que você pensa que tá fazendo?
– Você quer saber o que eu estou pensando ou o que eu estou fazendo?
– Você é maluca de se envolver em um racha?! Você poderia ter morrido!
– Ainda bem que eu não morri, né?– ela levou a garrafa a boca e tomou uma boa quantidade da bebida que já estava quase no seu fim.
– Cadê sua mãe?!
– Pera ai, viu – ela enfiou as mãos nos bolsos e os vasculhou - No meu bolso ela não tá.
– Ela é igual a você– a mulher que o acompanhava falou.
– E quem és tu? A bola da vez? – a mulher não respondeu e ela não insistiu na pergunta - Já acabou ai minha filha? Temos mais o que fazer.
– Já. Tem alguma coisa pra eu limpar a minha boca?– Heloísa botou meio corpo no carro recolheu uma camisa masculina e a entregou.
– Usa a camisa do Jason.
– Quem é Jason?
– O dono da camisa, ué.
– Olha, eu sei que tô meio alegre, mas o cara que tava usando essa camisa se chama Aaron.
– Então quem é Jason? – perguntou ela coçando a cabeça.
– E eu é que sei! Como é que você tá saindo com o cara há uma semana e não sabe o nome dele?
– Você sabe que eu sou péssima com nomes.
– É, eu sei, mas por que a camisa dele tava no meu... ah, não.
– Ah, sim.
– Você transou com ele no meu carro?! – ela sorriu maliciosamente e Tony arregalou os olhos e fechou seus punhos enraivecido - Eca, que nojo!
– Você fez o que, Heloísa?!
– O banheiro da boate tava ocupado o que a gente podia fazer?
– Transar em um motel!
– Ah, meu Deus eu não acredito que tô ouvindo isso! Pra casa, Heloísa. Agora! – ela o olhou de cima abaixo e lhe deu um sorriso sarcástico.
– Vamos, Diane, a noite é uma criança e eu não quero ficar aqui– ela tentou caminhar para o carro, mas Tony a segurou pelo braço.
– Eu disse que você ia pra casa e você vai – sem cerimônia ele a puxou pelo braço e a colocou sobre seus ombros.
– Me coloca no chão! – ela exigiu batendo nas costas dele.
– Não vou colocar e se você não parar de me bater eu vou dar umas tapas no seu traseiro.
– Você não vai ser o primeiro homem a fazer isso – Tony respirou fundo para não perder a calma, mas se daqui para chegar perto do carro ela repetisse algo assim ele com certeza iria cumprir a promessa que foi feita.
– Onde você vai?
– Vou levá-la pra casa.
– Você vai me trocar pela sua filha rebelde?
– Vou, pois como você mesmo disse ela é minha filha e é rebelde – ela esperneava e ele continuou a sua caminhada para o carro, colocá-la lá dentro foi difícil, mas no fim ele conseguiu apelando para JARVIS pois ela não forneceu seu endereço, Tony descobriu que Pepper ainda morava na mesma casa.
– Você não tem o que fazer não? Eu não apareço na tua vida pra atrapalhar as tuas farras por que tu aparece na minha? – Tony estava fervendo de raiva e de medo, afinal, foi por muito pouco que ela escapou de uma morte iminente.
– Isso são roupas? Você está praticamente nua e você tem tatuagens!
– Você não tem nada a ver com a minha vida.
– Sua mãe está muito irresponsável...
– Epa! Lave a sua boca antes de falar da minha mãe. Você não tem moral de nada, meu querido ,fique calado que é o melhor que você faz.
– Sou teu pai, Heloísa. Me respeita– ela riu, mas preferiu ficar calada sua risada bastou para deixar bem claro o deboche - Que anel é esse?– ele perguntou se referindo ao anel prateado que estava em seu dedo anelar da mão esquerda.
– Pra quê você quer saber? Não fico te enchendo o saco com perguntas e muito menos atrapalhando a tua noite, então para de me encher e dirija calado– em silêncio o caminho para casa de Pepper foi feito e quando chegaram a tensão sobre ele se instalou, a casa pareceu ter sofrido algumas mudanças, mas não tinham sido tantas.
– Dá pra destravar a porta? – ele destravou e ambos desceram do carro - Volta pro carro e vai embora.
– Não, eu vou falar com a sua mãe– ela rolou os olhos e caminharam até a porta, tocaram na campainha duas vezes e logo uma luz se ascendeu, a porta foi aberta e Pepper despertou completamente ao ver Tony na sua frente.
– Tony Stark? – ambos se encaravam e sentiam que o tempo havia parado, uma explosão de sentimentos tomou conta dos dois e eles não sabiam qual predominava.
– Precisamos conversar sobre ela– ele falou retomando conta de suas ações e desviando olhar do corpo dela que estava sendo coberto por um robe de seda perolado, ele segurava Heloísa pelo braço e a garota tinha um sorrisinho provocador em seu rosto.
– Oi, mãe!– ela se soltou do aperto de Tony e abraçou sua mãe que de longe já sentia o cheiro de álcool - Você fica ótima nesse robe e as suas pernas tão com mais cor, pegou um bronze?
– Heloísa, você estava bebendo?– Pepper perguntou com o tom mais tranquilo que conseguiu.
– Estava– Tony respondeu se adiantando.
– Olha que legal eu não sabia que o nome dele também era Heloísa. E ai, xará?
– Eu vou perder a paciência.
– Ah, veja se no caminho de perder a paciência você acha o rumo de casa e vai embora.
– Helô, você ainda não me respondeu.
– Sim, mamãe, eu estava bebendo...
– E fazendo racha! Ela quase bateu o carro em um caminhão.
– Ah, e você nem tava também, né?! Não venha pagar de santo não, você tava nesse racha comigo e essa sua revolta ai foi por que eu te passei e ia ganhar a corrida.
– Olha como ela está vestida, Pepper, ou melhor dizendo olha como ela não está vestida! Ela tava transando! Você sabia, Pepper, você sabia que ela já faz essas coisas?– Pepper ficou calada apenas lançou um olhar decepcionante para a filha que se encolheu, mas logo voltou a postura para não se enfraquecer na frente de Tony.
– Agora foi que deu eu não posso transar mais. Se sexo não fosse bom ninguém fazia.
– Heloísa, vá para o seu quarto! – Pepper apontou em direção as escadas e a garota lançou um olhar fulminante para Tony.
– Se esbagaçar numa missão que é bom nada, né– Tony engoliu seco até andou um passo a frente para encarar aquela garota que um dia já falou tantas vezes que o amava.
– Você não é a primeira que pragueja contra mim e não vai ser por isso que eu vou cair.
– Você não é o primeiro que me encana e não vai ser por isso que eu vou parar.
– Helô, peça desculpas a ele e vá para o seu quarto antes que eu perca a minha paciência e eu tenho certeza que você não quer me ver irritada.
– Olha mãe se você tivesse dito pra eu andar sobre aqueles caminho com pedras em brasa eu iria, mas pedir desculpas a ele eu não vou, não falei nada demais...
– Desejar a minha morte não é nada demais?
– Quero que você me diga em que momento eu falei que queria a sua morte. Eu disse esbagaçar.
– E na sua concepção esbagaçar é o quê? Sair ileso e depois tomar sorvete?
– Na minha concepção "esbagaçar" pode ser muita coisa, mas eu não vou ficar aqui explicando – ela tentou fazer seu caminho para ir ao seu quarto, mas Pepper a impediu.
– Não, fique...
– Mãe, se decide. Should i stay or should i go?
– Mamãe?– a voz sonolenta pertencia a um menino de aparentemente 10 anos, seu cabelo liso possui um tom de castanho e seus olhos são do mesmo azul que sua mãe e seus irmãos, tem a altura de um menino normal para a sua idade e estava vestido em seu pijama - É o papai?– ele perguntou esfregando os olhos.
– Não, querido, seu pai ainda está trabalhando.
– E quem é?
– Um conhecido da mamãe. Helô...
– Vem moleque, vamos pra cama. Hoje vou dormir com você – cantarolando a música do The Clash ela guiou o menino sonolento e tanto Tony quanto Pepper a acompanharam com o olhar.
– Peço desculpas por ela, Anthony– ele ficou calado apenas olhando na direção da escada - E também agradeço por tê-la trazido em casa a impedindo de continuar fazendo besteiras, não sei o que seria de mim se algo ruim acontecesse a ela.
– O que você vai fazer?
– Vou esperar o pai dela chegar do plantão e descansar daí conversarei com ele e depois nós dois conversaremos com ela. Mike é o único que consegue manter a calma e não entrar nos joguinhos dela.
– Não era comigo que você deveria conversar? Eu sou o pai dela, Pepper.
– Mike foi o pai dela e do Matt quando você não quis ser e eu não vou acabar com isso só pra engradecer seu lado paternal temporariamente existente. Mais uma vez eu agradeço pelo que fez e tenha uma boa noite – Tony nada disse apenas saiu da casa caminhou de volta para seu carro e saiu cantando pneus.

Chegando em casa ele se serviu de muitas doses de uísque e acabou dormindo no sofá da oficina foi acordado por Rhodes que segurava uma xícara fumegante de café e sustentava aquela ar de desaprovação.

– Tá me olhando assim por que?
– Tá assustado, é? Eu sempre te olho assim depois que fico sabendo que você bebeu até cair – Rhodes lhe entregou a xícara de café e Tony se levantou.
– Eu tenho os meus motivos.
– Você sempre tem.
– Ontem eu me envolvi em um racha...
– Sempre fazendo besteiras, parece até um adolescente rebelde...
– Quase batemos em um caminhão e de repente descubro que o meu adversário era uma adolescente rebelde e pior minha filha!
– Por que será que eu não me surpreendo. Não é a primeira vez que ela apronta e não vai ser a última.
– Minha filha bebe. Ela vira uma garrafa de vodca como quem vira uma garrafa de água! Ela anda seminua por aí, sim, por que ontem ela só tava de short e sutiã, ela tem tatuagens e ela transa! Minha filha, minha menininha, minha princesinha, transa! Você sabe o que isso significa?!
– Sei, Tony, eu ainda faço.
– Isso não é hora pra fazer piadas, Rhodes! Sabe o que ela disse ontem? Que queria que eu me esbagaçasse em uma missão. O que aconteceu com ela? O que aconteceu com a garotinha que me pedia pra que eu a colocasse na cama, que eu olhasse se tinha algum bicho papão, que me pedia pra contar uma historinha, que vivia arrastando aquele coelhinho de pelúcia pelos cantos, que dizia que me amava e que era minha princesinha, hein? Cadê ela?
– Ela cresceu, Tony. Ela agora é uma mulher que já tem uma opinião formada sobre as coisas.
– Sabe o que a Pepper falou quando eu perguntei o que ela ia fazer? "Vou esperar o pai dela chegar e conversarei com ele." Chegar de onde se eu já estava lá, era comigo que ela tinha de conversar eu sou o pai da Helô e do Matt.
– E onde você esteve durante esses 14 anos, Tony? Não tiro a razão dela em dizer que vai conversar com o Mike por que sim ele foi o pai que eles tiveram, foi o Mike que estava lá quando ela quebrou o braço, foi o Mike que tava lá quando o Matt foi operado...
– Operado?
– Viu só? Você nem sabia disso. Ele foi operado por conta de uma apêndice quase morreu por causa de uma infecção generalizada teve que usar um dreno para que fosse tirado todo o pus que a apêndice estourada tinha expelido, ficou dias no hospital. E onde você estava, Tony?
– Eu estava...
– Bêbado e ao lado de mulheres que você leva pra cama na esperança que uma delas possa suprir a ausência da Pepper.
– Tá viajando, Rhodes. Ela não significou e nem significa nada pra mim.
– É mesmo? E como foi que você ficou quando a viu? O que você sentiu?
– Senti raiva por ela ter se tornado uma mãe displicente deixando a Helô fazer tudo isso e Matt estragar a vida dele sendo pai tão cedo.
– Não vejo o Matt infeliz por ter se tornado pai assim como não vejo que Pepper é irresponsável.
– Claro que não, pra você o errado sempre sou eu.
– E por algum acaso você está certo? Você está desse jeito por que viu que com ou sem você eles fizeram suas vidas e que sua presença ou ausência não faz diferença, você está com raiva por que a Helô e o Matt não tão nem ai em te dizer o que fazem ou o que deixam de fazer e saiba que o Matt só conversou com você por que ele ainda deve lembrar de alguma coisa que tenha feito com você e também por que com a profissão de médico ele aprendeu a ser cordial com as pessoas, por que se não fosse por isso você só ia saber de alguma coisa da vida deles se um dia lembrasse de que tem filhos e perguntasse a um de nós.
– Eu me perdi no tempo...
– Não Tony, você terminou com a Pepper e consequentemente com seus filhos foi isso. Como é que você pode ter se perdido no tempo se você viu os meus filhos crescerem, se você viu os filhos do Bruce, da Tasha e do Steve nascerem, se você viu os anos passarem. Não bote a culpa no tempo pois foi você quem fechou os olhos – Rhodes se foi e o deixou pensativo, ele estava com raiva queria por a culpa em alguém seu primeiro alvo foi Pepper, mas no fundo ele sabia que o principal culpado era ele.

Meses haviam se passado e ele não tinha visto mais seus filhos apenas ouvido coisas como Matthew havia avançado em seu projeto e que Heloísa havia voltado para o M.I.T para terminar o último ano da faculdade de física que ela estava cursando.

Era uma tarde de atípica para aquele mês quando ele soube que Heloísa tinha voltado e que estava metida em uma confusão e dessa vez levou uma galera com ela, alguns agentes da SHIELD e os vingadores estavam reunidos na mansão Stark aproveitando aquele dia calmo quando Rhodes recebeu a ligação de Hayley que estava furiosa com seu filho mais velho pois ele e os outros haviam sido detidos pela polícia por motivos de briga no meio de um festival que estava sendo realizado na praia, Rhodes logo avisou a Coulson que Phoebe sua filha adotiva estava no meio da confusão Tony não soube o que houve de imediato, mas horas depois da saída deles recebeu uma ligação de Coulson pedindo para que o encontrasse na casa de Pepper e mesmo relutante ele foi.

– O que ele está fazendo aqui?– perguntou Heloísa quando viu Mike abrir a porta e Tony entrar em sua casa.
– O que foi isso no pé, Matt?– ele perguntou referindo-se ao pé enfaixado do rapaz e ignorando-a.
– Briga.
– Você não me parece ser um cara de briga.
– Ter uma história pra contar de vez em quando é bom – ele riu.
– É, mas deslocar o pé chutando a cara de um homem, não– falou Phoebe.
– Seu filho é uma péssima influência, Stark– falou Coulson surgindo na sala com Ben em seus braços ele já havia crescido um pouco mais, afinal, ele estava prestes a fazer 8 meses de vida e essa foi a primeira vez que Tony viu o seu neto e sorriu amplamente para o menino - Primeiro a engravida e agora a coloca no meio de uma briga.
– Eu entrei na briga por que duas contra uma era covardia, pai. E pare de falar da minha gravidez ela passou e deu resultado a essa coisa gostosa que você tá segurando agora e além do mais você baba por esse menino.
– É por que ele é o meninão do vovô, não é, Ben? – o menino sorria para Coulson que continuava a paparicá-lo.
– Ah, que bom que está aqui, Anthony– falou Pepper, ele se virou e viu Pepper com uma camiseta branca colada ao seu corpo bem cuidado e um short jeans e mais uma vez seu olhar cobiçador vagou pelo corpo daquela mulher que um dia já foi sua.
– E o que me da a honra desse prazer em me ver?– perguntou ele com ironia se concentrando no rosto dela e sem querer focando na boca que ele tanto deseja beijar.
– Nada demais é que eu tava pensando em algumas punições para a Heloísa...– ela bufou.
– Uau! Nossa, eu tô impressionado deveria ganhar o troféu de mãe do ano – Pepper continuou a rir - E o que você vai fazer, sentá-la na cadeirinha do pensamento?
– Oh, não, é muito melhor. Ela vai morar com você.
– O QUÊ?!– ela, Tony e Matthew perguntaram surpresos.
– Ué, você não estava cobrando os seus "direitos"? Pois então, é direito do pai ter seus filhos em casa e por isso eu e Mike decidimos de que ela deve morar com você.
– Ah, mas eu não vou.
– Você vai nem que seja amarrada, mas você vai.
– Não vou, mãe!
– Helô, vem cá – Phoebe a arrastou pra longe e Tony ficou olhando o vazio.
– Mãe, pai, esqueçam isso se com vocês em cima ela faz do que faz imagina sem.
– Não venha interceder por ela, Matt, eu e sua mãe já tomamos nossa decisão.
– Eles vão se matar se ficarem sozinhos e juntos em um mesmo ambiente.
– Não vão – o silêncio reinou e depois de alguns minutos Phoebe e Heloísa voltaram.
– Tudo bem, mãe, se é isso que a senhora e o papai querem eu vou passar um tempo com o Stark – ela falou no tom mais seco possível.
– Ótimo, eu te levarei.
– Não precisa, pai, eu vou com ele a menos é claro que tenha algum problema.
– Não, não tem problema nenhum.
– Vou fazer minha mala– ela subiu e Tony resolveu sair a esperaria dentro do carro não se sentia bem dentro daquela casa e dividindo espaço com Mike.

Enquanto esperava ele pensava em qual era a intenção de Pepper com isso, mas de certo modo estava feliz com isso talvez pudesse refazer um pouco sua imagem perante ela, ele ouviu uma batida no vidro destravou a porta, ela entrou jogou duas mochilas no chão do carro e o encarou.

– Você vai ligar esse carro e vai embora ou eu vou ter que movê-lo com a força do pensamento?– ele não respondeu apenas deu partida e em silêncio fizeram o caminho da mansão - Ok... isso vai ser divertido – ela falou olhando para a porta de entrada da sua mais "nova" casa.