Capítulo 6

14 anos depois...

14 anos se passou desde a última vez que Tony viu Pepper, depois que ela lhe desferiu aquele tapa em seu rosto e foi embora ele não a procurou mais, embora, Rhodes tivesse tentado fazer vê-lo a situação de outro jeito ele não quis saber voltou a ser aquele homem de muitas mulheres e bebidas e esqueceu não só dela, mas também de seus filhos.

Tony estava em Nova Iorque e apesar de gostar da cidade estava detestando estar naquele evento, mas não entendeu nada ao ver os rostos conhecidos de seus amigos, afinal, aquilo era um evento que se assemelhava a Expo Stark, a diferença era que além de ser fechado só pessoas do alto escalão do governo e alguns representantes de empresas de renome e com setores científicos estavam presentes.

– O que vocês estão fazendo aqui? – ele perguntou ao Banner.
– Viemos ver uma ideia que já tem algum tempo que vem sendo desenvolvida.
– Sério que vocês estão perdendo um sábado a noite pra uma feira com fins científicos? Não, tá, você eu ainda entendo, mas e os outros?
– Como eu disse viemos ver algo que a muito tempo vem sendo desenvolvido – Banner se saiu e Tony se sentou na mesa que estava destinado para os representantes das Indústrias Stark, ou seja, ele e dois cientistas sênior, as apresentações começaram e das 6 que já tiveram apenas a segunda o interessou, ele já estava decidido a ir embora ia deixar essa chatice para os homens que estavam com ele.
– Senhores, eu tenho que me ausentar acabo de me lembrar que tenho algo muito importante pra fazer.
– E o que é, Sr. Stark?
– Salvar minha noite de sábado. Qualquer coisa interessante vocês anotem e me digam depois – os homens nada disseram ele se levantou e se distanciou da mesa, mas ao olhar para a esquerda além de ver seus amigos viu também a Pepper - Mas o que tá acontecendo?
– Os próximos a virem apresentar algo que eu chamo inovador são o Dr. Matthew Potts e a engenheira mecânica formada no M.I.T. Heloísa Potts – Tony ficou estático pois não entendia, não era possível seus filhos eram duas crianças não havia condições de serem eles.
– Boa noite – uma voz feminina tomou conta do salão e Tony se virou para encarar a pessoa, era uma garota nova, porém só pelo boa noite ele sentiu total segurança na voz dela - Contrariando o que o cara bonitinho disse, Matthew está atrasado, mas eu vou ficar aqui enchendo linguiça até ele chegar. Eu...– a porta foi aberta um rapaz novo e apressado entrou - Olá, irmão, sentimos sua falta – ele riu passou pela mesa onde estava Pepper deu um beijo no topo de sua cabeça, um leve tapinha no ombro de seu padrasto, depositou uma bolsa em cima da mesa e foi até onde estava Heloísa.
– Boa noite, desculpem o atraso tive que atender uma emergência particular, enfim, eu me chamo Matthew sou neurologista e recentemente estou me especializando em neurocirurgia, e junto com minha irmã desenvolvi uma máquina para reconstruir células cerebrais, nervosas e etc – colocando pequenos discos no chão e cada um deles indo para uma ponta do palco, as luzes foram apagadas e imediatamente um holograma de um cérebro surgiu - Como vocês estão vendo essa é a maior e melhor máquina ou computador do mundo, mas pouco sabemos sobre ele, muitas vezes ele se desgasta com o tempo, da umas travadas ou simplesmente como se tivesse pego um vírus da uma pane e puff, para de funcionar.
– Mas aí pensamos e se tivéssemos um anti-vírus? E se tivéssemos algo que fosse capaz de resgatar o que foi perdido? Pensando nisso, meu irmão surgiu com uma ideia maluca e com ajuda de alguns amigos cientistas nós conseguimos desenvolver algo capaz de fazer isso sem intervenção cirúrgica... não pera, deixa eu reformular pode ser usado em uma cirurgia, mas só em último caso – as luzes foram acesas e estava estampado no rosto de muitas pessoas que isso era mais uma piada de duas "crianças" que não tinham o que fazer.
– Eu vou adiantar por que o tempo tá escasso e ainda tem outras pessoas que merecem mostrar seu trabalho. Bom, graças a família Perron eu pude testar essa máquina em um ser humano. O cérebro que vocês viram era do William filho do casal Perron, ele sofreu traumas cerebrais gravíssimos o que desenvolveu nele um retardo mental, mas ao invés de falar eu vou lhes mostrar – um vídeo começou, em um quarto extremamente equipado, um homem estava deitado logo se foi ouvido a voz de Matthew, Heloísa e outra pessoa que logo foi apresentada como uma pessoa designada pelo governo para ver se essa experiência tinha fundamento.

Depois de refazer os exames para mostrar a deficiência do rapaz, os experimentos começaram algo semelhante a um capacete (que tem agulhas finas estrategicamente espalhadas) foi colocado na cabeça dele e dali por diante os testes começaram, foram divididos em semanas logo após o término de uma sessão Matthew passava algo que estimulasse William e a partir da 5ª semana de teste já era possível ver a mudança na fala do rapaz, semanas a frente a mudança foi na resposta sensorial, dias depois na motora, e na 20ª semana já foi possível vê-lo andar sem o auxílio de alguém e falar sem precisar ser interpretado constantemente. O vídeo foi encerrado e os irmãos voltaram ao palco.

– William ainda não terminou seu tratamento, eu e uma equipe estamos com ele, fazendo testes e mais testes e a cada dia temos um progresso, se continuar assim muito em breve poderemos usar essa máquina para o tratamento de graves doenças neurológicas, como por exemplo, o Alzheimer – uma ilustração começou e Heloísa seguiu explicando.
– Quando as pontas da agulha são sentidas na sua cabeça a um sensor que "diz" a máquina que já pode começar o processo, desse modo nas pontas das agulhas pequenos porém precisos raios lasers atravessam o crânio e de modo indolor reconstrói as células que foram perdidas, mortas ou que pararam de funcionar – eles foram ovacionados e Tony todo orgulhoso seguia o coro de aplausos - Assim nós temos o nosso "anti-vírus" trabalhando e seu cérebro terá suas definições vírus atualizadas – as pessoas riram e eles encerraram sua apresentação, Tony os viu ir onde estava Pepper e os seus amigos e ficou tentado a ir, mas assim que viu seu filho caminhar até o bar o seguiu.
– Uma água, por favor.
– Como é que você vem a um bar e pede água? – Tony perguntou divertido e o surpreendendo.
– Sr. Stark – ele estendeu a mão cumprimentando Tony que não entendeu o tratamento - Sabe como é, eu sei os efeitos que o álcool causa no cérebro por isso o evito. Mas eu não sabia que estava aqui.
– Eu já ia embora, mas ouvi o seu nome e o da Helô, então eu fiquei e vi algo brilhante. Como foi que surgiu isso?
– Perdi a minha vó por conta de um Alzheimer.
– A mãe da Pepper morreu? – ele perguntou pra si, mas acabou falando alto.
– Sim – o rapaz se entristeceu - Foi quando eu decidi virar neurologista, mas do que adiantava ser médico e não poder fazer nada pra que algo assim não ocorra mais? Ai um vez eu tava conversando com o Coulson sobre isso e ele me falou de uma máquina que foi usada nele chamei a Helô pra ver sugeri umas modificações malucas e ela me disse que era possível mudar falamos com o tio Bruce e com Selving e fizemos isso.
– É uma ideia brilhante, pena que sua vó teve que morrer para que ela pudesse surgir. Eu sinto muito.
– Opa! – Heloísa chegou toda animada escutando música com seus fones de ouvido e nem percebeu a presença dos dois - Quero um uísque duplo sem gelo – ela "dançava" enquanto esperava pela bebida e foi quando viu Matthew - Oi, irmão! Quanto tempo! – ela falou mais alto e depois de uma risada ele levou a mão pra perto dela e tirou um dos fones.
– Você está usando fones, eu não – ela riu, o barmen colocou a bebida na bancada e de uma só vez virou a bebida surpreendendo Tony - Helô!
– Ah, não enche.
– Você é menor de idade Heloísa e bebida faz mal, eu já disse! Vou dizer ao papai e a mamãe...
– Deixa de...
– Heloísa Potts Stark! – a voz de Tony saiu carregada e ela olhou pro teto.
– Ouço vozes, será do além? – ela perguntou olhando para o teto, mas sabendo que a voz estava em suas costas.
– Não, é a minha mesmo – Tony falou e ela se virou para vê-lo de cara fechada.
– Matt, acho que sou paranormal estou vendo e ouvindo coisas de outro plano! – ela riu - Tony Stark está na minha frente, não pode ser! – ela fez uma careta imitando o homem do quadro o grito- Ei, me dê mais um uísque duplo sem gelo.
– Não– Matthew e Tony disseram.
– Ih, relaxa é pro papai esse era dele, mas me deu vontade de tomar então eu tomei.
– Não me lembro de ter pedido uísque.
– Não me lembro de ter dito que meu pai era você – as palavras dita por ela foi como um soco, mas ele tentou não demonstrar.
– Helô! – Matthew a repreendeu.
– Ah, deixa de encher o saco! Se eu bebo tu fala, se eu digo que tô levando uma bebida pro papai tu fala também. Vai catar co...– a conclusão de sua frase foi interrompida graças ao celular de Matthew que tocava em seu bolso - Rádio patroa ligando – ele esboçou um sorriso e atendeu a vídeo chamada.
– As coisas já terminaram ai?– uma voz feminina e que Tony conhecia de algum lugar perguntou.
– Sim, eu já estou indo.
– Ficar sozinha é um saco.
– Você não está sozinha – Matthew retrucou.
– É, sua vaca leiteira, meu sobrinho tá ai – a moça riu, não se incomodava como sua cunhada a chamava pelo contrário gostava e entrava na brincadeira e vaca era a forma mais ''carinhosa'' como se chamavam.
– A conversa é entre eu e ele sua idiota e por falar no Ben...– a moça mexeu a tela e mostrou um bebê deitado de buço mexendo seus bracinhos e perninhas, com um enorme sorriso em seu rosto, o bebê tem aparentemente 4 meses de vida, pouco cabelo e olhos azuis - Olha o papai e vaca da sua tia, Ben – Tony ouviu o que a moça disse e sua boca se abriu, vendo como seu filho cresceu ele esperava que ele tivesse uma namorada, mas não uma namorada e filho.
– Oi, filhão. Papai tá com saudades.
– Quem é a rolhinha de poço que a titia ama? É você, Ben.
– Meu filho não é uma rolha de poço, Helô.
– Mas ele é gordinho e gostoso e eu tenho vontade de morder.
– Papai?– Tony estava tão surpreso com que estava vendo e ouvindo que por um minuto pensou que era tudo um sonho maluco.
– Eu conheço essa voz – a moça falou - Ah, já sei de quem é. Oi, Tony – ela o cumprimentou, mas ele continuava em sua confusão interna.
– Mas o que... como?
– 14 anos se passaram, cara, a gente transa agora – Heloísa falou.
– Você faz o que?! – ele perguntou enraivecido.
– Sexo – ela falou normalmente e Tony respirou fundo fechando os punhos, afinal, ela era sua menininha não pode e nem deve fazer essas coisas - Sabe não o que é? Eu te explico.
– Helô, é melhor você ir levar a bebida do papai.
– Levo já. Olha só, sexo é... é...– a atenção dela foi desviada graças a chegada de um homem conhecido e de belos olhos verdes - É o que eu quero fazer com ele - ela deixou a frase sair e tanto Tony quanto Matthew a olharam com raiva.
– Heloísa, quanto tempo– cumprimentou o homem de estatura mediana, de cabelos espetados e rosto liso, era mais velho que ela cerca de 18 anos.
– Olá, professor, como vai?
– Estava bem, mas fiquei consideravelmente melhor agora. Sua apresentação e a de seu irmão foram fantásticas.
– Obrigado– Matthew falou atraindo a atenção do homem que o cumprimentou com um aceno.
– O senhor sabe que eu estou sempre procurando fazer coisas fantásticas – era evidente a malícia dita em suas palavras e a risada de canto dele provou que ali existiu algo que foi além de atividades acadêmicas.
– Heloísa, pegue essa bebida e vá embora – Tony falou em um tom duro, mas ela não deu atenção.
– Não sabia que você conhecia Tony Stark– falou o homem cumprimentando Tony que apertou fortemente sua mão.
– Eu não conheço, mas acho que ele deve ser conhecido do meu irmão.
– Helô, o papai tá esperando a bebida dele vai logo levar – Matthew argumentou não estava gostando das olhadas daquele homem para a sua irmã.
– Ele não vai morrer se esperar um pouco mais – ela e seu professor trocaram olhares cúmplices e ele logo sorriu ao pegar a bebida.
– Bom, eu já vou.
– A gente se esbarra por aí, professor – o homem se foi e ela o acompanhou com o olhar - De repente me deu um calor– ela pegou a bebida da mão de seu irmão e a tomou.
– Heloísa!– ele falou alto e atenção de algumas pessoas que estava por perto foi chamada - O que foi que eu te disse? Você é surda? Já disse que não te quero bebendo e também te disse que esse cara tem jeito de tarado – ela rolou os olhos e ficou resmungando algo.
– Quem é esse cara?– Tony perguntou furioso, pois viu os olhares maliciosos que ambos trocaram.
– É o Noé.
– Noé?
– Noé da sua conta. Ei, mais um uísque por favor.
– Menina, não me tira do sério!
– Ei cunhada maneira ai, tu tá tirando o Matt e o Tony do sério. Matt, da o celular pra ela– o rapaz fez o que sua namorada pediu e Heloísa voltou minutos depois.
– Desculpa, maninho – ela beijou o rosto do irmão e o abraçou - Você sabe que esse meu lado teimoso e que esse meu gosto por beber de vez em quando é minha perdição, mas eu quero que você saiba que eu vou fazer de novo e só tô te pedindo desculpa por hoje – o rapaz revirou os olhos pois sabia do temperamento difícil de sua irmã e que ela não ia parar só por que teve uma conversa de alguns minutos com uma amiga.
– Infelizmente eu sei disso, mas vai logo levar isso e se eu descobrir que você bebeu uma gota sequer você vai ficar muito encrencada.
– Eu não vou beber, palavra de escoteiro – ela falou e fez o gesto dos escoteiros.
– Você nunca foi escoteira.
– Bandeirante?
– Também não.
– Ah, palavra de qualquer porra que você julgue ser honrado – ela saiu pisando duro e seu irmão riu.
– Essa história de que ela...– Tony fez um gesto que insinuasse sexo e ele conteve uma risada - É mentira, né?
– Você se importa mesmo com isso?– Tony fez que sim - Então é melhor você aderir e adaptar aquele velho ditado que diz o que os olhos não veem o coração não sente.
– O que você quis dizer com isso?
– Como ela mesmo disse 14 anos se passou... algumas coisas mudaram.
– O Matt você tá me dando um gelo via Skype! – a moça falou acabando com as intenções de Tony de fazer outra pergunta.
– Ah, desculpa, amor... é, obrigado por ter conversado com ela.
– Não tem problema adoro aconselhar, mas e ai você vai demorar muito?
– Não, eu já estou indo.
– Então eu vou ficar te esperando acordada, tchau, Tony.
– Tchau – ele conseguiu responder e lembrar de quem era a voz - Você é o pai do filho da filha adotiva do Coulson! – o rapaz sorriu e confirmou com um aceno.
– Bom, eu tenho que ir, Sr. Stark, de todo o jeito foi bom revê-lo – ele estendeu a mão e Tony engoliu seco.
– Que é isso garoto eu sou teu pai... me dê um abraço – mesmo se sentindo um pouco desconfortável ele abraçou Tony - Eu me perdi no tempo... eu...
– Não precisa se explicar, você fez sua vida, eu fiz a minha e no final de tudo estamos bem – ele não parecia falar com ironia e por isso Tony lembrou de Pepper - Tenho mesmo que ir, não quero ser recebido a vassouradas.
– Vocês dois se casaram?
– Não, moramos juntos.
– Vocês moram aqui em Nova Iorque?
– Não, em Malibu nós só estamos passando uns dias aqui.
– E essa aliança no seu dedo?
– Ah, isso é uma coisa de família. Quero casar com ela quando Ben estiver maior.
– Quantos meses ele tem?
– 4 meses e já está bem esperto.
– É... se quiser aparecer lá na torre Stark pra conversarmos... nós... eu...
– Se eu tiver tempo eu passo lá. Até mais – Tony esboçou um sorriso e Matthew lhe deu as costas para poder ir.
– É... Matt – ele virou - Como reagiram quando souberam?
– Mamãe quis me matar disse que eu era irresponsável e que eu não fazia a mínima ideia de como era cuidar de uma vida, mas ai eu a lembrei que sou médico sei muito bem o peso que é, e esse peso é o que eu estou mais feliz em carregar. Meu pai ficou feliz embora também tenha dito que isso poderia ter sido evitado e o Coulson, bom, ele literalmente correu atrás de mim com uma faca nas mãos dizendo que ia exterminar a minha raça, mas quando ele viu que eu não estava pra brincadeira que assumiria a Phoebe e o Ben, ele relaxou e agora é o avô mais babão que eu conheço, ou será o meu pai? Enfim, eles mimam o Ben até dizer chega.
– Quantos anos você tem agora? – ele perguntou ainda digerindo a história de que pra eles seu pai era outro homem.
– Fiz 19 no...
– Mês passado – Tony completou ao lembrar do mês que estava e ele concordou.

Tony o viu partir e ficou pensativo completamente perdido no tempo ele voltou pra casa não teve mais ânimo pra sair, queria saber mais, queria se situar entender por que o tempo passou tão rápido e ele não percebeu, no meio da madrugada foi chamado para uma missão que envolvia os vingadores.

– Tony, você está bem? – Rhodes perguntou ao perceber que ele estava calado demais.
– Rhodes, eu vi meus filhos na exposição de ciências...
– Ah, foi mesmo ontem teve esse evento e ai como eles se saíram, conseguiram avanços com as pesquisas? – Rhodes perguntou a Banner.
– Sim, muito você sabe quando aqueles dois encasquetam com algo eles não param.
– Você sabia?
– Mas é claro! Eles são meus sobrinhos e um deles é meu afilhado.
– Meu filho tá com 19 anos e é pai e eu nem sabia disso, a Helô bebe, me trata como se eu fosse um qualquer e eles chamam o padrasto de pai.
– Ué, e você queria o quê? Uma festa com uma faixa dizendo que você é o melhor pai do mundo? Você sumiu da vida deles, por um bom tempo vi os dois chorando por sentirem sua falta, mas você não queria estar por perto então eles depositaram o amor que tinham no padrasto que soube retribuir – falou Natasha.
– O tempo passou e eu nem vi, eu juro que eu ainda pensava que eles eram crianças fiquei totalmente perdido quando disseram o nome deles, eles nem usam meu sobrenome... Rhodey, por onde eu estive?
– Bem aqui, você só não quis ver – todos se calaram e focaram na missão e quando Tony voltou a base deu de cara com Coulson.
– Coulson, você conhece algum Ben?
– Muitos.
– Vou especificar pra você ele é um toco, provavelmente banguelo e careca– o homem riu com a descrição feita e cruzou os braços.
– Ah, esse Ben, conheço sim. Por que?
– Não, nada demais – o diretor se afastou e Rhodes se aproximou de Tony.
– O que você perguntou ao Coulson?
– Perguntei se ele conhecia o Ben. Você já o viu?
– Já, ele é um garotão e pelo o que eu vejo vai ser um garoto mimado.
– Por que?
– Pepper é a avó mais babona que se tem notícia, vai estragar o menino.
– Duvido muito.
– Sabe como é, vó é mãe com açúcar – Tony riu nunca imaginou Pepper sendo avó - Ela gosta tanto desse menino que Tyler ficou com ciúmes.
– Ela já trocou de marido? Pelo visto esses 14 anos serviram para o tal de Michael cair fora.
– Tyler é o nome do filho deles – Rhodes estava despejando as informações sem se importar se isso o fazia bem ou mal, Tony engoliu seco não esperava e nem sabia que eles tinham tido um filho.
– Você sabe dizer quando ele nasceu?
– O Tyler ou o Ben?
– O Ben.
– 29 de maio – a expressão dele ficou séria e Rhodes apenas remexeu a boca.
– Você tá me dizendo que...
– O seu neto nasceu no mesmo dia que você? Sim, estou.
– Eu preciso falar com eles e...
– Tony, um conselho. Se você vai aparecer na vida deles para depois sumir feito um fantasma é melhor nem reaparecer, deixe como está, vocês se encontraram casualmente no evento e pronto, você continua com sua vida desgarrada e eles com as deles – Rhodes se foi e o deixou pensativo ao chegar em casa ele se jogou na cama e dormiu por longas horas.