Tony engoliu seco ouvia aqueles homens falando, mas não conseguia entender uma palavra sequer tudo o que ele pensava era em como ela reagiria quando soubesse e também por que não contou a ele que estava grávida, afinal, ela não ia poder esconder a barriga e por mais magoada que estivesse com ele não teria a coragem de tirar o bebê.

Ela também não sabia – Mike que agora estava sozinho falou ao ver a expressão de Tony - Pelo o que eu conheço da Virginia ela nunca se arriscaria naquela escada se soubesse que estava grávida.
A altura... tava muito alto?
Sim. Ela praticamente estava no telhado a queda aconteceu no momento que ela sustentou o peso pra descer, foi tudo muito rápido. Eu não deveria ter deixado... eu deveria ter me adiantado, mas ela não fica quieta ou limpava aquela calha ou ela tinha um troço – os dois ficaram em silêncio e logo apareceu Charlie e as crianças que estavam mais agitadas que nunca para ver sua mãe, sentado em algumas cadeiras Tony pegou Heloísa em seu colo e apoiou a cabeça nas costas da menina.
Tio Mike, você vai cuidar do dodói da mamãe, não é? – Matt perguntou em pé com seu ar questionador e com seus braços cruzados.
Vou sim. Um médico tem que cuidar de dodóis, certo? – Mike estendeu a mão e o menino bateu em sinal de concordância.
Não sabia que era médico – Tony o olhou de cima abaixo o jeito despojado de Mike tirava todo o perfil sério que um médico geralmente tem.
Sou cardiologista.
Está de férias?
Não, pedi transferência para um hospital daqui.
Por que a mamãe sangrou? – perguntou Matt surpreendendo a todos.
Por que ela fez um dodói, Matt – Charlie explicou - Quando você cai e rala o joelho ele não sangra?
Sangra, mas a mamãe sangrava aqui ó – ele apontou para o meio das suas pernas e isso fez todos engolirem seco - Ela ralou aqui? – ele perguntou apontando para a região e Charlie assentiu - Aí! – ele fez careta de dor e se encolheu - Se fosse eu ia chorar o papai disse que homem não chora, mas quando Helô me machucou eu chorei.
É... Matt, você gosta de bebês?
Uhum.
O que acha de ir comigo vê-los?
Posso ir, papai?
Pode– Mike pegou o menino pela mão e seguiu pelo amplo corredor em busca de algo que distraísse o menino - Como é que eu vou contar pra ela? – Tony perguntou alto e para si, quando o silêncio se fez presente onde ele, Heloísa e Charlie estavam.
Ainda bem que o Mike estava lá, Tony. Não gosto nem de pensar o que poderia ter acontecido se só tivesse ela e as crianças em casa.
O que ele tava fazendo lá?
Ele mora lá.
O que?!
E pelo visto você ainda não sabia. Vamos lá, já comecei agora tenho de terminar. Ele mora com a Virginia e as crianças.
Ele tá lá há quanto tempo? Desde que eu e ela nos separamos? Esse filho era meu? – a mulher não acreditou no que ouviu e se levantou com raiva pois tomou as dores de sua velha amiga.
Quem você pensa que é pra perguntar isso? Ela nunca foi infiel a você já sobre você a gente não pode dizer o mesmo, não é? É lógico que o filho era seu, Tony Stark, mas é mais fácil pra você crer que ela estava retribuindo o enfeite que você de bom grado colocou na cabeça dela do que ver que ela está apenas prestando favor a um amigo enquanto ele se estabiliza aqui. Sabe, antes eu torcia pra que vocês se acertassem agora eu torço pra que ela se recupere do baque de ter perdido um filho e que te esqueça – os dois se encaravam Tony gostava de Charlie como amiga de Pepper, mas ela estava descendo no seu critério - Quer ir comigo procurar o seu irmão, Helô?
Quero – Charlie a pegou nos braços e fez o mesmo caminho que Mike fez minutos atrás.

Ele permaneceu sozinho por algum tempo até que uma enfermeira o tirou de seus devaneios o avisando de que ela havia acordado, antes que chegasse no quarto Mike, Charlie e as crianças apareceram, o primeiro a entrar no quarto foi Tony e apesar dela ter a visão um pouco embaçada ela reconheceu aquele homem.

Tony?
Oi, Pep.
O que aconteceu?
Você caiu da escada – falou Mike e ela desviou sua atenção para ele.
Eu lembro disso, mas e depois não lembro de nada o que aconteceu?
Você desmaiou no banheiro e eu te trouxe pra cá– Pepper fechou os olhos tentando lembrar do que aconteceu e nesses poucos segundos Tony e Mike se entreolharam e em um acordo silencioso Tony decidiu esperar um pouco mais para contar o que mais aconteceu.
Mamãe!
Oi, meus amores.
Você tá bem? Tá doendo? O tio Mike disse que vai cuidar dos seus dodóis – Pepper sorriu, Tony pegou cada um deles os colocou na cama e logo os dois procuraram se aconchegar a ela.
Eu estou bem, querido.
Como isso aconteceu, Pep?
Ela caiu da escada, papai – Matthew falou para Tony crendo de que ele estava sabendo da história pela primeira vez - Mergulhou no chão – o menino falou sério, mas o jeito engraçado como ele se expressou fez os adultos rirem.
Olha, amor, se você quiser mergulhar eu sugiro que faça isso em uma piscina e não no chão, sabe isso machuca coisa e tal– ele falou rindo e assim os três adultos ficaram mantendo a descontração.
Charlie, você pode levá-los pra casa?
Posso.
Não, eu vou ficar – protestou Matthew.
Você tem que tomar banho e ficar cheiroso por que a mamãe não quer ter um filho porquinho – ela imitou o animal ao qual fez referência e o menino sorriu - E então você vai ser meu homenzinho cheiroso ou meu porquinho?
Homenzinho cheiroso.
Então vá com a sua tia e... você vai pra casa, Mike?
Vou, tenho que tomar banho também daqui a pouco começa o meu plantão.
Tá vendo Matt, o tio Mike também vai ficar cheiroso.
Tá bom, mamãe eu vou pra casa ficar cheiroso, mas quem vai ficar com você?
Eu, oras – Tony falou piscando o olho pra ele - Eu vou cuidar da sua mãe.
Com uma companhia dessa eu preferia estar só– alfinetou Charlie e Tony a olhou com cara de poucos amigos.
O que você disse, Charlie?
Que no seu apartamento que agora é meu eu me sinto só.
Hoje você terá companhia.
E são ótimas. Vamos, crianças? – a contragosto eles despediram de Pepper e se foram com Mike e Charlie, deixando Tony em seu dilema de contar ou não sobre o bebê que foi perdido.
Tony! O que foi tá se sentindo mal? – ela perguntou ao ver a expressão dele
Não...– ele respirou fundo algumas vezes e ela se ajeitou na cama não entendendo a tensão - Pep, você lembra da nossa última vez juntos?
Acho que foi no domingo.
Pepper, você sabe muito bem de que dia eu tô falando. Nós dois sabemos que desde que voltamos nada é mais como já foi um dia.
Acredito que eu tenha meus motivos. Mas por que você tá falando nisso?
Por que, naquela noite a gente fez algo muito importante... algo que já fizemos antes e que nos encheu de alegria um tempo depois...
Tony, dá pra parar de enrolar e dizer logo o que é?
A gente fez um filho – ele soltou de uma vez e ela se calou tentando assimilar o que ouviu.
O que?
Você... tava grávida, mas com a queda você perdeu o bebê – ela riu e ele ficou de pé.
Tony, acho que você se enganou eu não tava grávida, eu não enjoei... eu não senti nada.
Talvez pelo estresse dos últimos dias você não tenha percebido – a expressão dele estava séria e ela não acreditava no que ouviu, uma batida na porta foi ouvida e o médico que falou com Tony horas atrás entrou no quarto para saber de sua paciente.
Boa noite, Srta. Potts. Sou o Dr. Mallard, como está se sentindo?
Um pouco dolorida, mas estou bem. Doutor, o meu... o Tony, ele tá com uma história maluca de que eu perdi um bebê que eu nem estava esperando, será que o senhor poderia dizer a ele que isso tudo foi um engano? – o médico olhou para Tony que naquele momento olhava apenas para o chão.
Infelizmente eu não posso dizer isso, Srta. Potts – Pepper engoliu seco e começou a sentir um nó se formar em sua garganta- Você estava mesmo grávida e a queda acabou fazendo com que perdesse seu bebê. Nós tentamos conter o sangramento, mas nada pôde ser feito por ele, eu sinto muito – sua visão começou a ficar embaçada graças as lágrimas que rolavam em sua face, o médico notando seu abalo falou com Tony e foi embora para dar a eles a privacidade que necessitavam, pedindo espaço na cama ele se sentou ao lado dela e a abraçou fortemente.
Eu perdi meu bebê... e eu nem sabia que ele estava aqui – ela chorava com sua cabeça apoiada no peito de Tony que respirava pesadamente e a confortava ou pelo menos tentava confortá-la com seu abraço, ele não conseguia formular uma palavra ou frase sequer de apoio então em silêncio ele deixou que ela chorasse tudo que lhe foi permitido.

Percebendo que ela havia adormecido ele se levantou, apagou a luz do quarto e saiu, foi a mansão pegou as únicas peças de roupa que ela deixou lá e voltou ao hospital ao voltar ao quarto deixou a bolsa na poltrona destinada aos acompanhantes e mais uma vez se juntou a ela naquela desconfortável cama, na manhã seguinte os dois foram acordados pelas enfermeiras que normalmente repreendem esse ato, mas levando em consideração a perda que o casal sofreu elas relevaram, quando Tony retornou da lanchonete em que foi tomar café ele se deparou com Pepper vestida nas roupas que ele encontrou e de pé.

Não seria melhor você ficar em repouso?
Eu tava voltando do banheiro e já vou receber alta.
O médico me disse ontem que te deixou aqui para observação.
Não sei pra quê era melhor ter me mandado pra casa – ele ficou calado ela voltou a se sentar, o médico logo apareceu minutos depois liberando-a e avisando a Tony que mesmo com a perda do bebê ela teria de ficar de repouso e que ele também deve assinar alguns papéis, feito isso Tony a levou para a mansão no primeiro momento ele achou que ela ia falar algo, mas ela estava emocionalmente perdida e cansada tudo o que ela queria era ter o poder de voltar no tempo e mudar algumas coisas, mas como isso não era possível ela tomou um banho se deitou naquela enorme e gélida cama e em posição fetal ela chorou mais uma vez.

Tony estava sentado no sofá pensando em como de uma hora para outra sua vida teve uma mudança tão brusca, voltando um pouco a si ele lembrou de ligar para Charlie e a avisou que Pepper já estava em casa pediu para que ela trouxesse algumas roupas e também as crianças pois talvez vê-las a anime, pouco tempo depois de ter recebido a ligação que recebeu, Charlie chegou trazendo as crianças e as roupas que ele pediu.

Oi, papai.
E ai, campeão.
Papai.
Minha princesa – ele beijou cada um de seus filhos e eles se sentaram no sofá - Eu sei que tá cedo, mas quem quer sorvete?
Eu!
Você me ajuda a colocar sorvete pra eles, Charlie?
Ajudo.
Papai, cadê a mamãe?
É, a mamãe.
Tá dormindo, quando ela acordar vocês falam com ela. JARVIS, ligue a tevê coloque em um desenho pra eles – as crianças ficaram se contentaram com a resposta que receberam e Tony foi para a cozinha com Charlie.
Cadê ela?
Tá no quarto.
Como ela reagiu quando soube?
Ela não acreditou de primeira, mas quando o médico confirmou ela começou a chorar e chorou até dormir.
Vou falar com ela.
Charlie... eu não devia ter falado aquilo ontem, foi ciúme, eu fiquei enciumado por saber que ela preferiu chamar um cara pra morar com ela do que voltar a morar comigo. Eu sei que o bebê era meu, mas eu tenho a mania de falar sem pensar quando tô de cabeça quente e geralmente quando isso acontece só sai besteiras que eu me arrependo no segundo seguinte de ter dito.
Não é pra mim que você deve desculpas é pra ela – a moça entregou a taça com sorvete e saiu da cozinha para ir de encontro a Pepper ao chegar no quarto ela bateu na porta, mas não obteve resposta sabendo que ela não responderia, Charlie abriu a porta e já pôde ouvir o soluçar de um choro - Vi? – ela chamou enquanto caminhava para perto da cama - Ai florzinha, me parte o coração te ver chorando desse jeito – ela se sentou ao lado dela e tirou o travesseiro de seu rosto.
Por que isso tá acontecendo comigo, Charlie? O que foi que eu fiz de errado pra que tudo desandasse desse jeito?
Você não fez nada de errado foi apenas uma fatalidade, minha flor – ela falou afastando uma mecha de cabelo do rosto vermelho de Pepper.
Da noite pro dia o meu relacionamento acabou, me vi como uma idiota por ter me apaixonado, amado e confiado em alguém que só queria brincar comigo e agora eu perco meu bebezinho, o meu filhinho que eu nem sabia que carregava. Por que? Por que comigo as coisas tem que ser tão difíceis? Por que as porradas que eu levo da vida tem que ser tão fortes?
Não chora amiga ou melhor chora coloca pra fora toda essa dor que você tá sentindo – Charlie a abraçou e Pepper não parou, ela não lamentava com palavras não havia necessidade suas lágrimas já faziam isso por si só. Segundos, minutos, horas, nem Charlie e nem Pepper sabiam quanto tempo que havia passado desde que Pepper passou a chorar no ombro de sua amiga que sem ter a menor noção do que ela estava passando apenas dizia palavras de apoio - O que você acha de comer? – Charlie perguntou quando percebeu que ela não chorava mais.
Tô sem fome, Charlie.
Mas você tem que comer. Por que não desce pra almoçar com as crianças, hein? Eles estão preocupados com você, principalmente o Matt que "entende" um pouco mais das coisas do que a Helô.
É sério, eu tô sem fome.
Então vamos descer pra pelo menos fazer uma média. Tenho certeza que você vai se alegrar um pouquinho quando ver os seus pequeninos – Charlie lhe estendeu a mão e Pepper se levantou antes de sair do quarto foi lavar o rosto para disfarçar um pouco, mas não adiantou muita coisa quando chegaram a sala Tony deu um meio sorriso ao vê-la de pé e as crianças logo foram abraçá-las.
Mamãe, está melhor?
Estou, meu amor.
Por que seus olhinhos estão vermelhos?
Mamãe, chora – falou Heloísa.
Não, foi apenas um cisco.
Você quer almoçar, amor? Nós estávamos indo almoçar.
É mamãe, almoça com a gente.
Vai, flor, almoça com eles.
Você também não vai almoçar?
Não, eu preciso ir em casa, mas se precisar é só ligar, viu? – ela deu um beijo em seu afilhado, na Helô e um abraço em Pepper - Bom almoço – Charlie se foi e a "família" Stark se reuniu a mesa para almoçar, enquanto as crianças se deliciavam com a recém comprada lasanha, Tony olhava para Pepper que olhava para o nada, quando seus filhos os avisaram que já tinham acabado os dois olharam para seus respectivos pratos se dando conta de que não haviam comido nada, se levantando e recolhendo os pratos sujos Pepper se dirigiu a cozinha guardou na geladeira os pratos com comida e sob o olhar atento de Tony ela lavou a louça suja.
Pepper, eu...
Eu vou pro quarto, tá? Minha cabeça tá dolorida e essa claridade não tá ajudando– sem esperar por uma resposta Pepper voltou ao quarto e Tony ficou cuidando de seus filhos.

Durante o resto do dia não viu o rosto de Pepper, Mike até tentou vê-la, mas Tony não deixou disse que ela estava dormindo e o homem disse que não tinha problema pois voltaria no dia seguinte, Rhodes e Hayley também apareceram ambos foram solidários a Tony e depois de um pouco de conversa jogada fora foram embora o deixando refletir sobre o que faria ou diria a ela. A noite chegou e com muito custo Tony os fez dormir e agora estava diante da porta de seu quarto tomando coragem para entrar, ao fazer isso ele sentiu o ar mórbido e gélido do quarto entrar em contato consigo, caminhou até a cama e não precisou se deitar para ver os olhos dela piscando denunciando que ela estava acordada, respirando fundo ele caminhou até o lado dela da cama e se agachou.

Pep? – ele chamou, mas ela não se virou para vê-lo.
Hum?
Posso dormir com você?
A cama é sua, Tony.
A cama é nossa, Pepper – ela não respondeu assim como também não se virou - Você pode olhar pra mim? – mesmo sem ter vontade ela se virou e o encontrou com os ombros caídos, o semblante triste e com seus olhos marejados - Eu não sei o que te dizer, passei o dia inteiro tentando criar algo em minha mente pra que eu chegasse aqui e te dissesse algo que te conforte, mas eu não consigo... tudo o que eu sei é que tá doendo.
Eu sei, tá doendo em mim também – ela se sentou e o abraçou e ele permaneceu agachado - Você pode dormir aqui, Tony. Não tinha necessidade de perguntar isso, vem – ela deu uma tapinha na cama e ele se levantou contornou a cama e se deitou ao lado, o quarto ficou silencioso e o sono não vinha, os segundos se tornaram anos e os minutos, séculos, e por mais que não dissessem sem nada as suas mentes gritavam pensamentos o que causava ainda mas confusão para o casal, durante 2 dias ela permaneceu reclusa e as únicas pessoas que a faziam sair do quarto era Heloísa e Matthew, mas isso durava pouco tempo, ela queria ficar sozinha precisava pensar, organizar a vida e foi em sua solidão que percebeu que precisava de uma viagem, ela tinha certeza de que quando voltasse teria a resposta para as suas aflições - Tony, nós precisamos conversar.
Eu sei.
Sabe, eu andei pensando... acho que nunca refleti tanto sobre minha vida como refleti nesses últimos dias, mas não é isso que eu vim falar. Vou viajar.
Viajar?
É, viajar, eu percebi que preciso de um tempo sozinha.
Mais sozinha do que já ficou? Esses últimos dias só olhei na tua cara quando eu ia dormir ou quando as crianças te arrastavam pra fora do quarto. Me diz pra que isso, Pepper?
Ué, quero rever umas coisas, preciso de umas férias e queria saber se você pode ficar com as crianças enquanto eu estou fora.
Eles são meus filhos é claro que eu fico.
Ótimo. Tenho que ir em casa arrumar as malas.
O que, mas já? E as crianças? Elas estão na escola ainda.
Você pode dizer que eu viajei a trabalho, eles sabem que eu viajo a trabalho.
E pra onde você vai?
Não sei, tô decidindo ainda. Vão ser poucos dias – ela falou abrindo a porta e saindo do quarto, Tony ficou parado ainda surpreso pela decisão dela e quando foi atrás JARVIS o informou que ela entrou em um carro que parou na frente dos portões da mansão, analisando as imagens ele viu que o motorista do dito carro era Mike e ele apostava com quem fosse que essa ideia de viagem era dele, pois ele foi o único que a visitou no dia anterior.

Duas semanas e nada de Pepper, ele não tinha notícias dela que havia tomado cuidado para que ninguém soubesse de seu paradeiro, as crianças sentiam saudades e ele também, numa madrugada de quinta-feira ele recebeu uma ligação de Pepper dizendo que havia chego o que o deixou aliviado e contente, pois durante esses dias ele também havia pensado muito sobre tudo o que aconteceu e iria propor a ela um "novo" relacionamento para que pudessem consertar esse que evidentemente só estava iludindo os dois. Quando a manhã chegou e as crianças se acordaram, Tony, as avisou que Pepper havia chego e isso os deixou radiantes e apressados para ver a mãe novamente, cedendo aos apelos deles e aos seus Tony os levou até a casa e para a sua desagradável surpresa quem abriu a porta foi Mike ele estava sonolento, usando uma camisa azul de manga curta e cueca samba-canção era evidente que isso era trajes de dormir e Tony não ficou nada feliz em vê-lo tão a vontade.

Tio, Mike!
Oi, pessoal. Vocês deram viagem perdida.
A mamãe viajou de novo?
Não, foi atrás de vocês lá na casa do seu pai, saiu a uns 15 minutos – ele falou ao verificar a hora, mas quando olhou para cara do homem a sua frente o viu com a feição consternada.
Ela não podia ter feito isso comigo!
Relaxa, cara, foi só um desencontro é só você ir a mansão que provavelmente ela vai tá lá – Tony o olhou com raiva e Mike não compreendeu o por que do olhar que recebeu - Ok, eu não tô entendendo nada.
Foi pra isso que ela foi viajar, pra me fazer de idiota! – Tony saiu exasperado sem olhar pra trás ou pegar as crianças, apenas entrou em seu carro e partiu em alta velocidade.
Vocês entenderam alguma coisa? – as crianças fizeram que não e ele coçou a cabeça - Eu só fiz olhar a hora e...– repetindo o gesto ele viu o objeto causador da fúria, era um anel dourado que estava em seu dedo anelar da mão esquerda - Eita, deu merda.


...

Tony dirigia enfurecido, cortando carros e avançando sinais, ele queria uma explicação, estava revoltado com aquela mulher que faltou pouco crucificá-lo por conta de um deslize e no final ela fez o mesmo, ele pelo menos fez isso impensadamente já ela, bom, foi tudo de caso pensado. Quando Tony chegou a mansão um carro que pra ele era desconhecido estava estacionado no pátio, ele estacionou ao lado e entrou na mansão.

Tony... cadê as crianças?
Tá com o seu marido!
Com quem? – ela perguntou surpresa.
Com o seu marido! Não se faça de sonsa, Pepper, eu sei muito bem que você casou com o Mike. Foi por isso que você quis viajar? Pra se casar com ele e me fazer de otário?!
Tony...
Você aí pagando de correta, a senhora da razão quando na verdade é só mais uma qualquer que eu peguei.
Como é?
Isso mesmo que você ouviu. Você é só mais uma! Falando da Cabe e das outras com quem eu fiquei sendo que você é farinha do mesmo saco.
Eu não admito que você fale comigo desse jeito!
Você não tem moral de nada, Pepper! As outras pelo menos deixavam claro o que eram ou o que queriam, mas você não, você fez todo esse teatrinho, engravidou de um filho meu, depois de outro só pra dobrar as chances de não perder a bolada, não é? – Pepper que havia chegado com um sorriso no rosto agora se segurava para não derramar uma lágrima de raiva - Se eu soubesse a mulherzinha que você é eu teria te traído mais vezes e teria dado um jeito para que o mundo inteiro visse.
Você tá esperando o que pra ficar com outras mulheres? Tá vendo eu te impedir?
O Matt e a Helô não tem como eu contestar eles realmente são meus filhos, mas me seja sincera, Pepper, ao menos uma vez seja sincera, esse bebê que você perdeu ele era meu? – o sangue dela ferveu e quando ela viu já estava desferindo com toda a sua força um tapa na cara dele.
Não, ele não era seu, era meu. A partir de agora, Tony Stark, finja que eu morri, não pense e não fale meu nome, apague da sua memória qualquer coisa que já tenhamos vivido, pra você eu não existo mais e se quiser ver seus filhos avise com antecedência para que eu esteja longe o suficiente para não ter de dividir o mesmo ar que você – ela respirava pesadamente e olhava para ele que tinha levado a mão no lado de seu rosto que foi batido sem conseguir mais olhá-lo ela saiu nervosa e chorosa deixando sozinho um Tony completamente exaltado, surpreso, frustrado e desnorteado.