Um Novo Começo

Capítulo 1: Um novo começo, no ensino médio.


A mudança de fase é muito forte quando você sai do ensino fundamental e vai pro ensino médio. Pois foi isso que aconteceu comigo, a partir desse ano eu estarei no ensino médio, lutarei para passar de ano, mas estou com medo. Mudei de cidade, portanto estou numa escola nova, onde não conheço ninguém, onde são pessoas diferentes e desconhecidas. O medo me consome por todo o meu corpo. O que será que eles acharão de mim? Como será que é escola? E a turma?

Mil desculpas! Eu esqueci de me apresentar. Meu nome é Ava e eu saí de uma cidade grande para o interior. E ainda estou me acostumando com a cultura do interior.

Primeiro dia de aula acordar cedo, que já não gosto tanto, mas por ansiedade e por medo não dormi direito. Tomei banho, me arrumei, tomei café da manhã. E apressei a minha mãe para eu não chegar atrasada no meu novo colégio.

Assim que cheguei fui logo ver em que sala eu estava e em que número. Quando eu cheguei, olhei em volta achei que estava na turma errada, só tinha gente maior que eu. Senti-me uma formiga na floresta. Meu Deus eu estava com muito medo eram tantas pessoas. Olhei em volta e me sentei onde tinha muitas mochilas e fiquei lá. Veio umas meninas falar comigo, mas como eu sou muito tímida decidi ficar meio calada sem falar muito. E no intervalo como seria iria ficar sozinha na sala ou sozinha andando. Não decidi, apenas esperei para ver se alguém me chamava para passar o intervalo com eles. Meu medo não aconteceu, eu consegui passar o intervalo com um grupo de amigos que pelo o que parecia eles já eram amigos há muito tempo. Mas eu na sabia se estava com o grupo certo ainda me sentia deslocada.

No meu segundo dia, me senti melhor sentei no mesmo lugar que no dia anterior, e continuei com o mesmo grupo. Mas vi que tinha uma pessoa deslocada ali além de mim. O nome dele se eu não me engano era Roman, fui falar com ele para ver o que estava acontecendo.

-Oi!-eu disse - tudo bem? Eu sou a menina nova e você é?

-Oi! Tudo e você? Sou Roman, mas todos me chamam de Ron - eu acertei o nome dele - eu já ouvi falar de você.

-Tudo. É sou eu mesma, pelo jeito você já tinha mesmo falar de mim. Mudei-me por conta do meu pai. - ai meu Deus, eu estava falando com o menino - por conta do trabalho, isso sempre acontece.

-Que pena! Comigo é a mesma coisa, às vezes temos que se mudar, mas não é por conta do meu pai e sim pela a minha mãe. - quanta coincidência - Mas é até legal, pois eu conheço gente nova, mas por outro lado perco meus amigos antigos.

-Digo o mesmo. Eu também fico triste, pois meu pai ele tem que se mudar e minha mãe tem que ir junto.

Assim ficamos até o intervalo acabar. Na saída, Riley veio falar comigo, pois tinha sumido no intervalo, e eu disse que fui passear pelo colégio, eu não ia falar a verdade para uma pessoa que mal conheço, mas sei que ela sabia que eu estava conversando com o Ron. Vi o Kaká indo perguntar a mesma coisa pro Ron, mas fiquei intrigada, pois eu pelo que entendo de leitura labial (quase nada, só o que vejo na tevê), entendi que ele falou pro Kaká que ele estava conversando com a menina nova. Depois ele veio falar comigo gostei disso parece que ele gostou de mim.

Já alguns dias depois eu virei colega do Ron, ele já até me deixou chamá-lo de Rô. Algumas semanas depois viramos amigos ele sabia de toda a minha vida e eu a da dele. E, mais ou menos só andava eu e ele pelo colégio, mas eu sentia que tinha alguma coisa errada entre mim e ele. Eu acho que estava gostando do meu melhor amigo. Meu Deus isso não podia acontecer comigo. Eu... pelo meu melhor amigo, impossível!

-Mãe! – gritei - Que foi minha filha! – respondeu

-Lembra-se do menino que venho te falando, o Roman.

-Sei... Sei

-Então eu acho que estou apaixonada por ele, mas isso não pode acontecer, mãe eu estou com medo, O que eu faço?

-Meu deus! Minha filha com o amor nada pode se fazer. Tente não mostrar muito isso.

-Ah! Meu deus, porque isso vem logo acontecer comigo, está bem mãe eu vou tentar. Preciso me conter e não ficar me mostrando muito pra ele. Antes de contar tenho que ter certeza que ele sente o mesmo por mim.

No dia seguinte um dia de aula normal. O intervalo foi normal, até ele tocar no assunto de amor. Meu coração disparou, não sei como, mas eu consegui me controlar. A ele comentou que estava apaixonado por uma menina, amiga dele e que não sabia como contar pra ela. Prestei muita atenção ao que ele falava e apenas concordava. Quando ele perguntou a mim o que ele deveria fazer. Em sua opinião ele deveria contar a ela e ver a sua reação. Passou uma semana e num intervalo comum entre mim e ele, ele voltou ao assunto do amor e disse:

-Lembra o dia em que te falei que estava apaixonado por uma menina? – perguntou.

-Lembro, na semana passada? – retribui.

-É então... – ele gaguejava, que bonitinho – essa menina era... Você, AVA – fiquei pasmada, mas não sabia o que responder.

-Jura! Pois eu sinto o mesmo por você, não sei como isso aconteceu, mas eu gosto de você não apenas como amigo e sim algo a mais. - não sei como falei aquilo apenas sei que falei.

-Então quer dizer que somos dói amigos apaixonados?

-Acho que sim, quero dizer, tenho certeza. Agora o que vai acontecer?

-Não sei. O que você acha de irmos ao cinema no sábado?

-Pra mim está ótimo. Só vou perguntar para a minha mãe e amanhã te dou a resposta.

-Ótimo.

A descoberta

Em casa contei a historia toda para a minha mãe. E perguntei:

-Mãe, você me deixa ir ao cinema com o Rô? Você já ficou sabendo da historia, será a minha chance. – implorei.

-Minha filha, eu vou deixar você ir sim, mas tente ser difícil, pois meninos não gostam de meninas fáceis. – a dica dela era muito boa. Eu gostei.

Antes do começo da aula fui falar com ele. E como não dava tempo, apenas disse que precisava falar com ele, URGENTEMENTE. Sentei em outro lugar longe de onde eu sentava todos os dias até aquele. Do outro lado da sala, percebi que ele não parava de olhar pra mim. A menina da minha frente virou e sussurrou para mim:

-o Ron está olhando pra você direto e faz muito tempo. Ele é o maior pegador da sala e parece que ele está apaixonado por você. Mas então porque você sentou desse lado hoje e não sentou lá com eles?

-Jura?! – dessa eu não sabia, fiquei surpresa – hoje eu quis ser diferente. Estava cansada de sentar só lá. – menti, na verdade só sentei aqui porque não queria ficar perto do Rô.

-Ok então. - ela virou de volta ao seu lugar e se concentrou na aula.

No intervalo, Rô veio falar comigo e me perguntou:

-O que você quer falar comigo? Você vai poder ir ao cinema? – duas perguntas!

-A minha mãe me deixou ir ao cinema com você, mas ela só disse que tem que ser cedo, pois ela não gosta de dirigir de noite. – inventei, não queria sair de noite.

-Isso não é problema, meu pai te busca e te leva em casa, sem problemas. – eu acho, tenho certeza ele queria sair de noite.

-Vou ver com a minha mãe eu te ligo assim que tiver a resposta. – meu Deus! Vou sair de noite com ele o que eu menos queria, mas fazer o que.

-Está. Vou ficar esperando a sua ligação.

O sinal toca voltamos para a sala e sento em meu lugar e sinto a presença de alguém me olhando. Olho pro lado e ele me olhando. Acho que queria que sentasse do seu lado, uma coisa que eu não ia fazer.