Num parque próximo, olhavam nuvens acinzentadas, falando sobre eles dois, suas versões de quando se conheceram. Confirmaram-se opostos, porém se encaixavam em mais coisas do que imaginavam.

— Amo as nuvens…

— Amo como o vento bagunça elas sem permissão. — Temari riu.

— Parece que está falando sobre nós…

— Serve, também! Aliás, nem vem, você não foi a nuvem, no caso!

Shikamaru fez cócegas nela.

— Você é vento, Temari. Sempre.

Contemplou-a. Perdeu-se na poesia natural da mulher. Estava rutilante, recebendo a brisa sobre o corpo.

Quando olhares viraram beijos, anunciou-se ventania. Deram as mãos e correram.

— Pro carro!

Vento bagunçou nuvens. Fez-se chuva.