P.O.V. Elijah.

Nós dormimos juntos, mas foi diferente das outras vezes. Tivemos uma conexão profunda. Não foi só sexo foi amor.

Nenhuma outra mulher jamais me fez sentir assim e isso me assusta.

Ela acordou, olhou pra mim e disse:

—Bom dia.

—Bom dia.

Ela me deu um beijo.

—Vai trabalhar hoje?

—Hoje eu to de folga.

—De folga?

—É.

Nós recomeçamos, entretanto o meu celular tocou.

—Filho da mãe! Eu vou matar esse híbrido.

Eu dei risada e tentei pegar o celular, mas ele não estava mais lá. Ele flutuou até a mão dela.

—Celular do Elijah?

—Quem está falando?

—O bicho papão. Eu vou ficar embaixo da sua cama e puxar seu cobertor á noite.

Ela estava dando risada.

—Quem está falando? Onde está o Elijah?

—Pelo amor de Deus! Que grude, deixa o homem respirar Klaus. Deixa ele viver. Faça-me um favor e vai transar com a sua mulher.

Ela desligou na cara dele.

—Renesmee!

—O que?

—Porque desligou na cara dele?

—Porque ele tava me enchendo. Ele fica te alugando. Mas, hoje não. Hoje você é meu.

Nem me lembro da última vez em que estive tão feliz, tão livre, sem o meu irmão para me encher.

Não me entendam mal, eu amo meu irmão, mas ele costuma complicar as coisas mais simples, ele não escuta ninguém tão teimoso.

—O que acha de tomar café?

—Uma boa ideia.

Ela se levantou e eu não pude deixar de comentar.

—Meu Deus! Que bunda linda.

Ela me olhou com uma cara... parecia chocada. E depois ela riu. Ela vestiu o roupão e disse:

—Acho que isso nunca vai perder a graça.

Renesmee colocou a mesa e serviu o sangue das bolsas dentro de copos, fez ovos, café, mas nada de Bacon.

—Nada de bacon?

—Sou vegetariana.

—Vegetariana e toma sangue?

—Ser meio vampira tem suas desvantagens.

—Meio vampira?

—Yes.

—E a outra metade?

—Ai depende. Você é crédulo ou cético?

—Um pouco dos dois eu creio.

—Lembra que muitas luas atrás alguém te falou que ou você é um vampiro ou um bruxo, mas nunca os dois?

—Claro. Isso é uma regra básica.

—Então, eu já nasci mandando as regras pro saco. Esqueça tudo o que te disseram sobre vampiros e bruxas, tudo o que pensa que sabe sobre eles, porque você não sabe.

—Eu sou um vampiro original Renesmee.

—Não?! Jura?!

Ela olhou pra mim e eu a vi fazer magia e mostrar as presas ao mesmo tempo.

—O que?!

—Hereges. Provenientes de uniões entre vampiros e bruxas, nem vampiro nem bruxa, mas um híbrido dos dois.

—Incrível.

—Existindo e aprendendo.

—Existindo?

—Vocês falam vivendo ainda? Mas, você não tá vivo. Você meio que morreu né?

—Eu já sei disso á séculos.

—Então não pode dizer vivendo e aprendendo. Você tá morto! O que tá morto não tá vivo.

—Faz sentido.

—Eu sei.

—Ai, eu acho que eu vou vomitar.

Ela correu para o banheiro e começou a vomitar. Depois ela escovou os dentes, olhou pra mim e disse:

—Cara você é bom.

—O que eu tenho a ver com o fato de estar vomitando?

Ela olhou pra mim com uma cara de... jura?!

—Eu vou ter um bebê. Nós vamos ter um bebê.

—O que?

Vi lágrimas se formando nos olhos dela e ela perguntou chorosa:

—Você não... quer?

—Não! Quer dizer, eu quero só fui pego de surpresa.

—Eu imagino. Como é?

—Como é o que?

—Ser pego de surpresa.

—Porque tá perguntando?

—Ser vidente tem suas desvantagens. Eu nunca fui pega de surpresa, nunca na vida! Antes de te conhecer, eu sabia que ia te conhecer, antes de engravidar, eu sabia que ia engravidar. Sabia dia e hora, quando e onde.

—E como é saber de tudo o tempo todo?

—É uma joça. Só pra você saber, o meu pai vai arrancar a sua cabeça bom, ele vai tentar.

—Está falando sério?

—Sim. E estou sendo literal, ele vai mesmo tentar arrancar a sua cabeça.

—Uau!

—E como é ser pego de surpresa?

—É bom ás vezes, mas as vezes não.

—Eu quero saber a sensação.

—Você toma um susto, seu coração dispara e daí você processa a informação.

—Legal. Parece divertido.

Tocaram a campainha.

—Esse seu irmão é um mala!

Ela abriu a porta.

—O que é?

—Elijah e as duplicatas.

—Mala.