P.O.V. Klaus.

Uma duplicata grávida. Eu nunca tinha visto uma duplicata grávida.

—Pra tudo tem uma primeira vez eu acho.

P.O.V. Renesmee.

Estávamos conversando na sala quando eu sinto uma fisgada no pescoço.

—Ai. Mas, que porcaria é essa?

Eu olhei no espelho.

—Eu to sangrando. Alguma coisa penetrou a minha pele.

—E daí?

—Se liga, não são muitas as coisas que passam pela minha pele. Ai, que calor.

P.O.V. Elijah.

Conforme o tempo ia passando ela ia ficando mais quente.

—Ela está queimando.

—Coloque ela na água.

—Beba isso. Lembra o que tem que fazer?

—Claro.

—Eu não consigo respirar!

—Tudo bem, respire fundo e bem devagar. Renesmee olha pra mim.

Ela olhou nos meus olhos.

—Respire fundo e bem devagar, só se concentre no som da minha voz.

—Eu estou perdendo ela Elijah!

Ela gritou.

—Calma.

Logo a ligação foi rompida.

—Pronto. A ligação foi rompida.

—Eu sei que você só estava me usando pra salvar o seu povo, mas você mexeu com a garota errada.

Renesmee arrastou Helen para fora da piscina.

—Faz alguma ideia do que eu fiz para conseguir ter um filho? Do que eu tive que esperar? Vai fazer. Dor.

Helen começou a gritar como se sentisse uma dor insuportável.

—Nunca mais chegue perto da minha filha. Ou eu mato você, do pior e mais cruel jeito possível. Entendeu?

Ela parou de gritar.

—Você é um monstro.

—Entendeu?!

—Sim.

Ela voltou pra dentro d' água.

—Tudo bem?

—Estou bem. Quem disse isso?

—Isso o que?

—Isso. Eu ouvi de novo.

—Ouviu o que?

—É a consciência da nossa filha.

—O que?

—Estou na mente dela Elijah.

Ela saiu da piscina.

—Fale mais.

Ouvi a risada dela.

—Você sabe quem eu sou?

Ela chorou.

—É sou eu. A mamãe.

Vi-a a abraçar a barriga.

—Eu também te amo querida.

—Pode mesmo ouvi-la?

—Sim. Eu posso.

Decidi tentar.

—Oi bebê. É o papai.

—Ela disse que sabe quem é você. Que gosta do som da sua voz.

—Como vamos chamá-la?

—Eu acho que devemos deixar ela decidir.

—Ela consegue fazer isso?

—Consegue.

Renesmee deu risada.

—Concordo.

—O que ela disse?

—Jean. Ela quer se chamar Jean como a Jean Gray.

—Quem é Jean Gray?

—É uma personagem dos quadrinhos, eu leio pra ela todos os dias.

—Lê?

—Sim. Jean Gray é sua personagem preferida.

—Porque?

—Porque ela é a mais poderosa dos X-Men, a única mutante classe cinco que já encontraram.

—Classe cinco como você?

—É. Eu inspirei a personagem.

—Você pode me emprestar essas histórias?

—Claro. Ta tudo na estante. A que estou lendo para Jean agora está sob a mesa de cabeceira.

Lendo aquelas histórias eu fiquei ciente da verdadeira extensão dos poderes de Renesmee, de sua força.

—Você faz tudo o que ela faz?

—Não. Ela faz tudo o que eu faço, só que a Fênix Negra foi viagem do autor, eu não tenho isso. Tenho total e completo controle sob mim mesma.

Logo estávamos cercados de pessoas. Se é que eles eram pessoas.

—Mamãe!

—O meu bebê vai ter um bebê. Ai, eu to ficando velha mesmo.

Eles todos deram risada.

—Você não envelheceu nem um dia. Não mudou nada.

—E você ficou.. maior.

Renesmee mostrou a língua para a mãe que mostrou a língua de volta.

—Elijah essa é a minha mãe Isabella Cullen. Mãe esse é o Elijah, ele é...

—O pai do seu bebê. Sei bem quem ele é.

A mulher torceu o nariz pra mim.

—Muito prazer senhora Cullen.

—Igualmente.

Estendi a mão para ela e ela a apertou quebrando-a.

—Se algum mal acontecer com a minha filha ou com a minha neta por sua causa, eu vou descer na sua cabeça como o espírito santo!

—Mãe!

—Só cumprindo o meu dever.

—Bom saber.

Ela soltou a minha mão.

—Ai Meu Deus Elijah! Sua mão! Vem eu vou fazer um... curativo. Que?

Renesmee ficou olhando para a minha mão como se fosse a coisa mais interessante do mundo.

—Caramba! Isso é o que eu chamo de capacidade de regeneração! Vocês se ferem facilmente, porém sua capacidade regenerativa é incrível. O meu avô iria surtar com isso.

Ela se enrolou na toalha.

—Eu acho melhor você entrar. Não é bom ficar pegando essa friagem.

—Concordo. Vai pra dentro querida.

Ela foi e sussurrou:

—Ele vai tentar arrancar sua cabeça.

—Você tinha que me dedurar?

—Tinha.

Dai ela entrou.

—Vai mesmo tentar arrancar a minha cabeça?

—Vou.

Ele avançou sob mim como um borrão e logo foi detido por outro borrão.

—Não Edward! Lembre-se de quem você é irmão. Ele não a abandonou, não é um homem sem honra e isso já vale alguma coisa.

—Ele desvirginou a minha filha!

—Edward... não é como se alguém pudesse forçar a Renesmee a fazer alguma coisa que ela não queira fazer. Tenho pena da pobre alma que tentar.

—Mas é da minha garotinha que você está falando Jasper!

—Chega! Vocês tão me estressando! Ai.

—Querida...

—Parem de me estressar. Estão fazendo mal pro meu bebê.

Fomos todos lançados longe.

—Eu estou molhado. De novo.

De repente pude ouvir a música saindo da casa e o barulho do chuveiro.

—Como ela está?

—Irritada. Mas, fora isso está bem.

Logo o chuveiro foi desligado, ela desceu as escadas, foi até a cozinha, pegou um balde de salgadinhos, sentou-se no sofá e ligou a televisão.

—Você não devia comer isso. Faz mal pro bebê.

—Eu não como isso todo o dia, eu tenho uma alimentação muito saudável e muito regrada só que eu to com vontade de comer salgadinho.

—Desejo de grávida. É uma coisa... muito louca.

—Você teve desejo de grávida?

—Você não nasceu de chocadeira menina!

—Eu sei, mas eu não era um bebê normal.

—Muito interessante.

—E qual foi o desejo de grávida?

—Ovos.

—Eca!

—Eu já disse. Se não nasceu de chocadeira menina.

Os meses passaram e eu conheci toda a família dela. Eles sem dúvida alguma são a evolução da raça predadora. Mais velozes, mais inteligentes e portadores de dons incríveis.

P.O.V. Hayley.

Desde que a peste ficou grávida que tudo é pra ela. O Elijah ta babando ovo pra cima dela. Ele tá todo derretido encima dela parece que a mulher tá grávida do filho de Deus.

—Cuidado ein Hayley que a inveja mata.

—Como é que você faz isso?

—Nunca vai saber.

Ela deitou e dormiu.

—Melhor levá-la para o quarto. Não é bom ela dormir desse jeito vai ficar com dor nas costas.

P.O.V. Elijah.

Tomei-a nos meus braços e ela passou um dos braços pelo meu pescoço.

—Pensei que estivesse dormindo.

—Estou quase lá.

—Então durma.

—Não, ainda não.

—Porque ainda não?

—Porque eu tenho medo de ir parar no chão.

—Ir parar no chão?

—De cair.

—Eu não vou te deixar cair.

—Eu acredito em você.

—Mas, não vai dormir não é?

—Não mesmo.

Só depois de eu colocá-la na cama ela dormiu.

—Dormiu?

—Dormiu.

—Ela tem passado bem? Tem dormido direito? Comido direito?

—Sim. Normal para os padrões dela.

—Talvez devêssemos ligar para o Carslile. Ele tem experiência com bebês sobrenaturais e faz parte da família.

—Ele está em um congresso em Denver, de lá ele vem pra cá.

Renesmee dormiu por umas duas horas, depois levantou e foi para a cozinha, ela sorriu para nós e nos desejou bom dia.

—Bom dia meu amor. Dormiu bem?

—Dormi.

Ela bebeu o sangue do copo e a reação foi imediata. Começou a engasgar e sufocar.

—B positivo.

—Vai buscar o anti alérgico Edward!

Em segundos o pai voltou com o anti alérgico e o injetou nela com uma agulha que metia medo em qualquer um. Daí ela voltou a respirar.

—Você. Foi você. Eu sinto o cheiro em você.

—O que?

—Trocou o sangue de embalagem. Você tentou me matar. Ela tentou me matar! Eu salvei a sua vida, te avisei sobre o que estava por vir e te dei a cura! E você tenta me matar?! Porque?

—Porque eu não te suporto Santa Renesmee!

—Eu não sou santa. Mas, faço o melhor que posso para ajudar as pessoas.

—Ajudar as pessoas?! Queria eliminar a competição e considerando que você é imortal, você tem muitas chances.

—O que?

—Não se faça de desentendida. Eu dei aquela agulha para a bruxa.

—O que?! Tentou matar o meu filho?! Tentou matar o meu bebê?!

—Hayley!

—Você dentre todas as pessoas devia saber como é. Você passou pelo mesmo que eu, usou a arma que usaram pra tentar matar a Hope em mim?! Você é uma monstra.

—Como você pôde Hayley? Eu me lembro do seu desespero quando tentaram te fazer perder a Hope. Como pode fazer isso com outra mãe?

—Foi por você. Eu fiz tudo por você.

—Mas, tem que ser muito baixa e muito vadia. Vadia!

Renesmee voou no pescoço de Hayley e quebrou-lhe o pescoço.

—Porque está chorando?

—Pensei que ela era minha amiga. Eu a ajudei, dei a ela a cura porque ela não queria ser um híbrida e ela me agradece assim? Como pode alguém ser tão baixo? Tão cruel. Matar um bebê que ainda nem nasceu. Não, isso não entra na minha cabeça.

—Eu preciso de um tempo.

—Nós vamos verificar pra ver se ela trocou mais alguma coisa.

Os pais dela foram verificar as bolsas de sangue.

—Desgraçada. Ela colocou B positivo em todas as embalagens.

Todo o sangue da geladeira eles jogaram fora e pegaram mais no hospital.

Eles verificaram a comida dela e tinha veneno em tudo. Absolutamente tudo.

—Que desperdício. Tanta comida boa, tendo que ser jogada no lixo.

—Desperdício.