P.O.V. Jean.

A minha irmã convidou os amigos dela e a grande maioria das pessoas era caçadora de sombras. Havia até mesmo um casal homossexual, nada contra, mas eu nunca tinha visto um antes.

Até a minha prima Jessica veio pra festa e trouxe o namorado dela.

—Então você é a gêmea da Clary?

—Sou. E você é Isabelle Lightwood, gêmea de Alec Lightwood e melhor amiga da minha irma.

—Cara, você é informada!

—Sou. Muito prazer, sou Jean.

—Isabelle. Mas, pode me chamar de Isa.

Ela viu o namorado da Jessica e surtou:

—Ai Meu Deus! É o Christopher Wilde!

—É. Ele é o namorado da minha prima.

—A sua prima tem muita sorte. Ele é demais. Será que eu posso pedir um autógrafo?

—Pode. Ele não liga.

P.O.V. Isa.

Eu fui até lá e pedi um autógrafo pra ele que deu de bom grado. Deixou eu até tirar uma foto com ele.

—Eu trouxe o ponche. Olá você.

—Sou Isabelle Lightwood.

—Fã do Chris?

—Super.

—Prazer, sou Jessica Claire Mikaelson.

—Igualmente. Com licença, me desculpe por qualquer inconveniente.

—Não que é isso. Quer ponche?

—Quero obrigado.

Ela deu um dos copos pra mim.

—Toma Chris.

—Não, fica. Eu vou pegar pra mim.

—Obrigado.

Ela bebeu o ponche e fez uma careta.

—Odeio isso. Queima pra burro.

—É batizado né?

—Eu não tava falando do álcool. Somos forçadas a tomar verbena desde bebês para desenvolvermos tolerância. Colocamos em tudo o que bebemos e queima como fogo, nas primeiras vezes em que bebemos ficamos inconscientes por várias horas, mas com o tempo desenvolvemos tolerância.

—Verbena? É algum tipo de droga?

—Não. É só uma flor anti vampiro. Quando a tocamos ela nos queima e quando bebemos funciona como um tranquilizante.

—Uma flor?

—Uma flor que crescia na base do carvalho branco. Efeito colateral do feitiço da minha avó.

—Legal.

—O seu namorado está sozinho e está interrogando a minha prima. E a Jean e a Clary podem ter a mesma cara, mas não tem o mesmo gênio. Por isso sugiro que tire ele de perto dela antes que ela exploda.

P.O.V. Jean.

A minha paciência tem um limite e eu não estou aqui pra ser interrogada.

—Gostaria de dançar comigo?

—Claro. Com licença.

—Você deve estar mesmo desesperada.

—Desesperada não, irritada. Ele não parava de me fazer perguntas e muitas delas inconvenientes. Mas, ele é humano e os humanos são sempre tão curiosos. É uma característica admirável porém em excesso pode ser muito irritante. Ele me perguntou se eu virava morcega, acredita?

—Como você disse, ele é humano. Os humanos acreditam em qualquer coisa.

—Eu discordo. Talvez na sua época eles acreditassem em qualquer coisa, mas então veio a ciência e eles ficaram bastante céticos.

—Eu acredito.

—Em que?

—No que está dizendo.

—Ótimo. Mas, a fé cega também é um problema e tanto Alec. Sabe, tem um xará seu na festa. Alec Lightwood.

—Alec é meu apelido. Meu nome é Alecssandro.

—Interessante. O que mais eu não sei sobre você? Coleciona suas unhas num vidro de maionese?

—Não! Eca.

—É brincadeira cabeçudo. Você leva tudo muito á sério, tem que aprender a relaxar e a se divertir. Passou tanto tempo só trabalhando que ficou bitolado.

—E como eu faço isso passar?

—Dá umas risadas, fala da sua vida, converse, interaja. Vê, estamos dançando e conversando. Já é um belo avanço, mas não acho que esteja no ponto pra ir pra escola.

—Escola?

—Não pensou que iria ficar aqui caçando moscas o dia todo pensou? Tem que ir á escola querido, ver se aprende alguma coisa. Mas, o problema é que a escola é cheia de humanos que respiram e que tem o coração batendo e acredite quando eu digo que enquanto você não estiver cem por cento o meu avô não vai deixar você ir á escola ou a lugares muito lotados.

—Eu estou aqui não estou?

—A situação é diferente Alec. Todos os convidados da festa são seres sobrenaturais, treinados nas artes marciais que estão armados e prontos pra matar se forem atacados. Na escola, são apenas seres humanos não sobrenaturais desarmados que não tem ciência da existência do mundo sobrenatural e que conseguem ser muito idiotas quando querem. Eles gostam de provocar e de testar seus limites. Principalmente líderes de torcida e jogadores do time de futebol.

—Sério? Parece divertido.

—Eu e minha irmã fomos criadas no mundo deles, mas você e Dimitre não. Passaram séculos completamente alienados da realidade, sem ver um ser humano na frente e os poucos seres humanos que vocês viam vocês matavam. Na escola e no mundo lá fora isso não pode acontecer de maneira nenhuma. Porque hoje em dia, se muita gente começa a sumir a polícia começa a investigar e existem equipamentos forenses que encontram uma agulha num palheiro.

—Eu entendo. Quando deixei os Volturi para trás vim para cá comprometido a mudar de vida.

—O que o fez mudar de ideia sobre ser Volturi?

—Você. Foi tudo por causa de você.

—Uau! Nem eu sabia que era essa coca cola toda.

—O que é coca cola?

—Alienado. É um tipo de refrigerante.