-Consegue se levantar? – perguntei preocupada.

-Podemos tentar. – respondeu sem-graça.

-Shane? Jared? – olhei para o Justin que tinha fechado a cara.

-Vamos lá! – disse Jared animado e se pós ao nosso lado.

Pegamos Justin pelos braços o levantando. O percebi mordendo os lábios para não gritar. Colocamo-lo de pé e ele ficou apoiado ao Jared de um lado e comigo do outro.

-Então não sei o que vai acontecer, mas vamos sair dessa. – falei rindo de maneira nervosa.

-Sim todos juntos e inteiros. - respondeu Shane e os homens vieram nos buscar. Foram nos escoltando até uma van preta. Justin entrou com dificuldade. E logo todos estávamos dentro dela.

-De 0 a 10? – perguntei enquanto ele escorava a cabeça no meu ombro.

- -10 – respondeu apertando os olhos.

-Tudo bem. – suspirei acariciando a cabeça dele – Shane tem idéia de pra onde ele está nos levando? – perguntei olhando nos olhos do Shane preocupada.

-Fronteira Sul?! – respondeu como se não fosse obvio.

-Então estamos indo para o México, mas como vamos atravessar a fronteira? – perguntou Jared assustado – Sabemos que a fronteira México é completamente diferente da fronteira com o Canadá.

-Ela é realmente vigiada. – concluiu Shane pensativo.

-Alex é doido. Mas ele sabe o que ele faz. – disse por fim.

Ficamos calados imersos em nossos próprios pensamentos. Então Alex entrou na van.

-Anne e garoto prodígio. – debochou. Ele estava sentando no banco da frente e estava virado conversando com conosco – Estou tão animado! Sinto cheiro de grana fácil, sentem também? – perguntou debochando. Virei os olhos e ele mandou o cara dar a partida – Eu mal posso esperar, para ver vocês dois atravessando o deserto em altas velocidades.

-Você é louco? – perguntei irritada - A policia vai nos pegar.

-Anne querida. Não, quando se tem ajuda da policia. – respondeu dando de ombros.

-Claro, como não pensei nisso antes? – se xingou Shane.

-Ah garoto prodígio, não se culpe. Eu sou perfeito em tudo que faço. Nunca saberia. - respondeu rindo.

-Você acha mesmo que comprar um policial ou dois, vai nos ajudar a passar sem documentos e liberação? - perguntei irritada.

-Anne sua falta de confiança em mim, me magoa. - respondeu fingindo tristeza.

-Alex o país todo nos procura. Não vamos conseguir! - disse Jared se pronunciando pela primeira vez - Não temos onde nos esconder.

-Caçulinha onde acha que vamos nos esconder? - perguntou rindo - Tem um hotel do seu pai a uns quilômetros da fronteira. Vamos pra lá. Eu, você e o pop-star. Anne e o garoto prodígio têm um servicinho pra fazer pra mim. E sem esquecer um micro detalhe. México outro país, outras leis. Não temos que nos esconder.

-Alex você tem que nos soltar. - falei o encarando.

-Você vai amar as belezinhas que tenho pra vocês. – falou Alex me ignorando e virando ligando uma TV portátil que tinha na van – Anne acho que vai acalmar os ânimos um pouco de TV.

Então ele colocou em um canal de noticias.

-E seguem as buscas pelo ídolo teen Justin Bieber que foi sequestrado na semana passado.

Jared Madison e Anne Sherwood. Também foram pegos pelo traficante Alex Craig.

Não se têm novas noticias.

Então ele trocou de canal:

-A policia não tem noticias sobre o paradeiro do cantor Justin Bieber, sua namorada e amigo: Anne Sherwood e Jared Madison.

O Traficante Alex Craig ainda não pediu o resgate.

E trocou novamente:

-Filha do Comandante do FBI e nova namorada do ídolo teen Justin Bieber.

Foi seqüestrada juntamente com o astro pop e Jared Madison: Filho caçula dos donos da rede de hotéis Madison.

Todos os canais de noticias falavam a mesma coisa. Nosso seqüestro; E que legal todos sabem que sou namorada do Justin, quer dizer deduziram.

Mas era estranho pensar que todo o país nos procurava. Olhei para o Justin e ele me encarava preocupado. Sua mão procurou a minha e a apertei tentando mostrar pra ele que sairíamos dessa juntos. Jared suspirou de forma cansada e Shane encarava o nada.

Olhei para Alex que se esticava ligando o rádio tocava How To Love do Lil Wayne.

-Vamos ouvir músicas, vocês estão tão estressados. – debochou Alex abrindo o porta-luvas e pegando um GPS. Justin deslizava as mãos por meu braço e começou a cantarolar a música. Sua voz estava rouca e baixa, mas sabia que todos ali ouviam. Sorri e ele começou a desenhar círculos no dorso da minha mão.

Olhei para fora, para tentar identificar mais ou menos onde estávamos e percebi a placa: “Trechos em obras, rua sem saída” – encarei o lugar sem entender, percebendo que Alex mexia em um GPS e não prestava muita atenção no caminho.

Justin levantou a cabeça que repousava no meu ombro e me encarou confuso. Fiz sinal para que ele ficasse calado. Afinal sabia que o plano de nos tirar daquela situação começava agora.