Tudo por Você
Capítulo 29
Pensamentos me atormentavam, queria tanto que ele tivesse me atendido, tanto.
Abri a garagem e vi minha Lamborghini linda, reluzindo na minha garagem.
Mas hoje queria meu novo e lindo Dodge Charger.
Ganhei-o em uma das minhas ultimas corridas, ele era perfeito e estava na hora de testar seu motor. E saber do que aquela belezinha era capaz.
-Vamos lá, não me decepcione. – falei entrando nele e dando a partida.
Cheguei rapidamente e o Justin comandava todos os meus pensamentos. Queria tanto falar com ele. Queria ter certeza que nossa briga não foi seria e que ele vai me ligar. Mas não tinha certeza. Estacionei o carro e desci. Olhei em volta e tinha certeza, era a garota mais vestida dali.
Andei até o Marcus que abriu um sorriso a me ver.
-Fiquei a ponto de roubar seu Charger aquele dia. – falou Marcus gargalhando – Fiquei babando nas suas belezinhas.
-Que bom, espero que tenha limpado a sua baba, que nojo. – debochei e ele virou os olhos.
-Sabe de uma coisa, você é a minha garota favorita, a melhor.
-Claro. - olhei em volta – Nessa situação sou a única. – ele gargalhou e me encarou.
-Não preciso nem falar. Nada de carros, só dinheiro.
-Tudo bem, tenho uma boa quantia no exterior e amo aumentá-la. – dei de ombros e ele saiu indo conversar com um cara.
Olhei no visor do celular a espera de uma chamada, mas ele não me retornou.
Coloquei o celular no bolso e observei Marcus conversar com um grupo de caras.
Um olhou para mim sorrindo e depois Marcus voltou até o lugar que eu estava sorrindo.
-Acaba com ele, por mim? – implorou Marcus.
-Por quê? – perguntei curiosa.
-Ele falou que vai acabar com você. – respondeu virando os olhos – Duvido.
-Vou acabar com ele, pra você. – brinquei e sai andado até meu carro.
Entrei no meu carro e dirigi devagar até a saída. Olhei para lado e encarei o cara que ia correr comigo.
-Preparada para perder? – perguntou sorrindo.
-Não tem essa palavra no meu dicionário. – respondi colocando o pé no acelerador.
-Então a coloque princesinha. - falou e as bandeiras desceram.
-Não será necessário!
Ele saiu acelerando, abrindo certa distância de mim. Pisei no acelerador e me aproximei. Ele bateu a traseira em mim e meu carro vacilou.
-Ah cara, está com medo? – gritei controlando o carro.
Fui pisando no acelerador e me aproximei dele, quando vi que ele bateria em mim pela direita dei uma ré e o ultrapassei pela esquerda, ficando ao seu lado.
-Otário! – gritei pisando no acelerador, pegando distancia.
Ele foi acelerando e tentando ultrapassagem pela esquerda. Comecei a fazer zig-zag com o carro pra ele não me passar. Pisei no acelerador, dirigindo em zig-zag. Ele bateu na minha traseira fazendo meu carro rodar. Freei fazendo o carro ir derrapando, virado impedindo-o de passar por mim. Parei o carro dei uma ré e virei rapidamente, pisando no acelerador.
-Carro eu te amo!- gritei enquanto passava pela chegada. Freando rapidamente.
Fiquei uns minutos no carro, respirando rapidamente e tentando tomar fôlego. Desci do carro sorrindo e lá estava o homem me encarando.
-Agora eu entendi porque o Alex te quer tanto. – falou fazendo meu corpo arrepiar pelo simples fato de ouvir o nome dele. Ele se aproximou e me entregou uma mala.
-Ele não tem que querer nada, não sou de ninguém. – respondi tentando controlar o medo na minha voz.
-Acho que não sabe de quem estamos falando, quando Alex quer uma coisa, ele vai até o inferno atrás dela e você – e riu olhando minha cara, que não devia estar das melhores - está entre as cinco coisas que ele quer. Anne Sherwood. – ele jogou a mala pra mim se afastou rindo.
-Estou ferrada! – falei jogando a mala no carro.
-Anne, mostrou quem manda. – falou Marcus rindo.
-Marcus, quem é o Alex? – quando pronunciei o nome dele, senti seu corpo ficar rígido e sua expressão de entusiasmo se foi.
-Alex Craig. – disse Marcus mais que sussurrando – Não me diga... O que está acontecendo gata selvagem? – perguntou Marcus assustado.
-Não sei! – respondi e ele se aproximou.
-Anne fica longe desse cara, longe. – falou Marcus e se afastou preocupado.
Entrei no carro e dirigi para casa, com a cabeça a mil. O que o Marcus quis dizer com aquilo? O que o Alex quer comigo? Como vou me livrar dessa enrascada? Será que o Justin terminou comigo, com um dia de namoro? Várias perguntas irrespondíveis passavam pela minha casa. Cheguei em casa e me joguei na cama, com todas aquelas perguntas me adormentando.
Corria por um túnel escuro e então enxerguei a luz à saída. Foi quando ele ficou parado na saída impedindo que eu saísse.
-Vai a algum lugar? – perguntou o rosto que o escuro não me deixava ver.
-Me deixe em paz! – gritei me virando e correndo em sentido contrario a voz.
-Não adianta correr Anne, eu sempre vou te achar e no final você vai ser minha. – então o rosto se iluminou e vi Alex. Tentei correr, tentei gritar, mas não tinha voz e minhas pernas não me obedeciam.
Então caí e deixei a escuridão me atingir.
-Anne, vai se atrasar. Levanta menina. – dizia Mandy ao bater na porta.
Abri os olhos lentamente e percebi que dormi do mesmo jeito que cheguei em casa. Fui até o banheiro, tomei um banho rápido e me vesti. Era ultima semana de aulas, antes das férias de verão. (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=37262518&.locale=pt-br) Vesti uma roupa mais fresca e desci com minha bolsa.
-Mandy, vou para escola com a Mercedes 350 do meu pai, avisa pra ele? – perguntei pegando uma maça na mesa.
-Tudo bem. E vai logo antes que se atrase.
-Acredite vou chegar lá voando. – e sai comendo a maça.
Peguei as chaves do carro e fui ate a garagem rodando elas nas mãos. Entrei no carro e olhei no relógio.
-Tenho dez minutos. – sorri ajustando o retrovisor.
Dirigi rapidamente para escola desviando dos carros e passando por ruas desertas. Dirigi tão rápido que em exatos sete minutos estava na escola. Trajeto esse que completo em vinte minutos. Estacionei ao lado da Range do Justin e segui pelos corredores até as salas, uns idiotas mexeram comigo, mas apenas ignorei.
Entrei na sala e quando o vi meu coração vacilou e começou a bater desesperadamente. Ele estava sentando junto com a Kaily o que me deixou visivelmente irritada. Mas tentei me conter. Andei e me sentei ao lado do Jared.
-Não tive noticias suas o fim de semana todo. – falei olhando pra ele e me virando para dar um beijo nas meninas.
-Ah quero saber como foi com o Justin, mas pelo visto não foi nada bom. – falou Geise apontando a cabeça na direção deles.
-Que se dane. – dei de ombros e Stela virou os olhos.
-Você pode esconder de todo mundo aqui, menos de nós três. Está morrendo de ciúmes. E não adianta negar. – disse Stela se aproximando e cochichando, apertei os olhos e me virei prestando atenção na chata da professora de literatura que entrou na sala.
Ele não olhou em minha direção, fingiu que não estava lá, simples assim, me ignorou.
A aula passou rapidamente, fizemos uns exercícios, depois a professora falou faríamos um musical de primavera, quando voltássemos das férias. Dei de ombros e terminei meus exercícios extremamente fáceis.
Depois de Literatura fomos para a sala de álgebra e depois física. Ele sentou ao lado dela nesses dois horários. E Então bateu o sinal para o recreio.
-Te esperamos lá fora amiga. – disse Stela, então os três saíram rindo de alguma coisa.
Fiquei finalizando um exercício, então ouvi alguém se aproximando e sentando ao meu lado.
Olhei para o lugar ao meu lado e lá estava ele, serio e mais sedutor do que sempre foi.
Suspirei virando os olhos e continuei fazendo os últimos exercícios que faltavam.
-Você foi ontem? – perguntou seco e larguei o lápis o encarando.
-Quer a verdade, ou quer que te faça feliz? – debochei e ele me encarou incrédulo.
-Sabe de uma coisa, você é tão egocêntrica. Só consegue pensar no seu prazer, único e exclusivo - "Ótimo uma DR"
-É mesmo. Pode deixar vou pensar somente em você. – debochei e ele me encarou irritado - Seu presunçoso. – falei rispidamente.
-Ah e você é prepotente.
-Eu sou prepotente? Olha pra você Bieber. De nós dois quem gosta de se exibir é você. Quem acha que é dono da verdade é você.
-Você é tão arrogante garota.
-Está incomodado? – falei o encarando e ele me olhou se aproximando.
-Nem um pouco. – respondeu selando nossos lábios. Ele segurou minha nuca e ficamos nos beijando, até que paramos para respirar.
-Justin você me conheceu assim, não tente me mudar. – implorei olhando dentro de seus lindos olhos mel.
-Você é tão teimosa. – falou colando nossos lábios novamente.
O sinal bateu e nos separamos rindo, dei um tapa no ombro dele.
-Ai. – reclamou esfregando o ombro.
-Sai de perto dessa líder de torcida problemática. – ele virou a cabeça rindo – Agora! Não estou brincando. – arregalei os olhos e ele continuou rindo.
-Sim minha mandona preferida. – demos um selinho e ele foi pegar a bolsa.
-Aonde vou me sentar? – perguntou rindo.
-Só mais esse horário de física. – dei de ombros e apontei para o lugar do Jared - Jared agüenta aquele projeto de lombriga patricinha.
-Você não existe Anne, não mesmo. – ele disse sentando ao meu lado.
Jared e as meninas entraram na sala rindo, Jared me encarou sem entender, o por que do Justin está no seu lugar.
Me levantei e dei um abraço nele.
-Como eu te amo. Você me ama. – falei sussurrando no seu ouvido - Vai se sentar com a projeto de líder de torcida problemática e fútil.
-Nem vem, não suporto aquela coisa. Ela combina o esmalte da mão, do pé, com a cor da calcinha. – dei uma risada - Nem rola Anne. – continuamos abraçados e ele começou a mexer a cabeça.
-Jared, fico te devendo essa. Vai por mim, mim por nós. – segurei os ombros dele, olhando em seus lindos olhos azuis.
-Não!
-Sim!
-Não, não, não. – e fechou a cara – não.
-Jared Madison, faz isso por mim, fico te devendo essa. – ele virou os olhos e gargalhou.
-Essa e mais quantas? – perguntou irritado.
-Jay? – debochei e ele se jogou na cadeira ao lado da Kaily que bufou, pisquei e me sentei ao ver o professor entrar em sala.
-Então meus amados físicos só têm essa aula para terminarem esses exercícios. – dei de ombros e cruzei os braços.
Justin parecia concentrado e ficava lindo daquela forma.
-Sherwood, percebo como está desocupada, tranqüila de braços cruzados. Já terminou a lista de trintas exercícios, que passei no meio do primeiro horário? – perguntou me encarando.
-Sinceramente? – falei dando de ombros, olhei em meu relógio e sorri – Faz dez minutos que terminei.
-Então volte... Já terminou? – perguntou o professor sem acreditar, caminhou até a mim. Justin deu uma risadinha ao meu lado, o professor esticou a mão – O seu caderno Sherwood. – entreguei o caderno e bocejei. A sala deu risadinhas e o Justin tremia de rir do professor.
Ele corrigiu os exercícios e voltou me entregando o caderno.
-Tudo certo Srta Sherwood, vejo que você é melhor do que eu pensava. – falou agora baixo e de forma que só quem estava ao meu lado ouviria - Já julgava isso por suas provas, mas provas são múltipla escolha, até as amebas do time de futebol tiram um dez de vez enquanto. – ele sorriu e se afastou.
-Quantos faltam? – perguntei olhando o caderno do Justin.
-Cinco. – respondeu sem tirar os olhos do caderno.
-Quer ajuda?
-Não estou bem sozinho mandona. – ele sorriu e cruzei os braços novamente.
Saímos da aula de física e fomos para aula de Historia. Tivemos a aula e fomos saindo. Quando a aula acabou.
-Então meninos cinco dias para as férias de verão. O que faremos? O que faremos? – perguntou Stela dançado as ultimas frases.
-Ah podemos fazer uma festa na piscina. – sugeriu Justin animado.
-Nem rola! – falei virando os olhos.
-Deixa de ser insuportável o garota. – falou Geise pegando o braço do Justin – Fala Justin, como seria essa festa na piscina?
-Seria chata! E também estrela, não pode dar uma festa para o pessoal da escola. – falei rindo.
-E quem disse mandona que é para o pessoal da escola? – perguntou me encarando. – Vou chamar meus amigos. O que inclui Jared, Stela e Geise.
- Como assim Justin seus amigos? Quem está pensando em chamar? – perguntou Jared com os olhos brilhando.
-Meus amigos são o Ryan, Chaz, Chris, Caitlin, Demi, Miley, Chris Brown, Katy, Russell, Sean… - e quando ele terminou de falar seus amigos de infância e começou a falar os famosos. Eles ficaram mais do empolgados.
-Vai ser fantástico Justin. – falou Stela pulando.
-Super. – vibrou Geise.
-Justin e pra quando essa festa? – perguntou Jared rindo.
-Eu sugiro dia 32 de Julho o que acham? – Eles me encaram irritados, menos Justin que estava com um sorriso brincalhão – Ah o que foi? Estava brincando. - virei pra eles e destranquei a porta da Mercedes 350 do meu pai.
-Meu Deus Anne onde arruma esses carros? – perguntou Geise babando na Mercedes 350 do meu pai.
-Roubo ali na esquina, sabia não? – debochei e me virei para o Justin – Nos vemos mais tarde? – perguntei arqueando a sobrancelha e ele sorriu em resposta.
-Você aparece ou eu apareço? – perguntou Justin encurtando a distancia entre nós.
-Você aparece. – e ele me deu um selinho.
-Jared vai embora comigo hoje? – perguntei e Jared riu.
-Com certeza e com o vidro aberto. Tenho que mostrar que estou andando nessa belezinha. – dei de ombros e ele entrou se despedindo de todos com um aceno de mão – Nos vemos por aí Baby’s, agora vou desfrutar o fato da minha irmã, ter só carrões.
-Tchau meninas, até amanhã! – dei um beijo nas duas e um beijo rápido no Justin – Até daqui a pouco. – sussurrei no ouvido dele e ele gargalhou.
-Mal posso esperar. – falou malicioso. Dei um tapa no braço dele e entrei no carro.
Dei a partida e Jared ligou o rádio. Tocava uma das músicas novas do Simple Plan: Can't Keep My Hands Off You. (OUTRA QUE ESTOU LOUCA)
-Então Anne, por não aceitou nossa festa? – perguntou Jared me encarando.
-Sou voto vencido, adianta eu tentar resistir? – perguntei e ele virou os olhos.
-Será que poderia parar de responder minhas perguntas, com outras perguntas? – perguntou Jared visivelmente irritado. Então paramos no sinal.
-O aprendiz de rock-star, o negocio é o seguinte. – e me virei olhando dentro dos olhos dele – Como se sentiria se o seu namorado, sem o esquecer o detalhe de ele ser o artista pop do momento, te apresentasse para todos os amigos pop-star dele? – perguntei e o sinal abriu.
-Nada nunca namoraria um homem. – ele debochou e virei os olhos dando a partida.
– Será que poderia me levar a serio? – perguntei irritada.
-Será que poderia para com essa crise idiota de insegurança? – perguntou olhando pra mim e continuei com os olhos presos no trânsito – Vindo de você não cola. Sempre tão segura. Anne.
-Eu sou humana tenho minhas inseguranças. – retruquei e ele gargalhou.
-Não o Justin te deixa insegura. – respondeu serio – Poderia parar de pensar em o que vão pensar de você e ser você mesma. Tenho certeza que o que ele mais gosta em você, é essa segurança que nunca se vai, ou melhor, nunca ia. – debochou e paramos em outro sinal.
-Você está em parte certo. – ele me olhou sem acreditar no que ouvia – Tá bom, totalmente certo Jared Madison. – seguimos o resto do caminho em silencio.
-Sabe que só quero seu bem. – disse quando viu que nos aproximávamos da casa dele.
-Sempre soube. – sorri e ele abriu a porta do carro, antes beijou minha testa e saiu – Tenha uma ótima tarde e use camisinha. – brincou ao chegar à calçada e entrou nos portões de sua linda mansão.
Segui pelas ruas pensando no que Jared me disse, pensando no simples fato de que quando o Justin está por perto me sinto feliz, desconcertada, frágil, sem segredos e mascaras que escondam meus verdadeiros medos e inseguranças. Com ele sou apenas eu. Eu imperfeita, eu engraçada, eu dócil. Eu alegre e romântica. Com ele sou a Anne, livre escudos que eu criei para me proteger de mim mesma, escudos que criei para me proteger dos outros. Com ele não importa o futuro, o passado não pesa e só existe o presente. Com ele vivo tudo intensamente, e experimento coisas boas, prazerosas e lindas. Com ele estava aprendendo o significado do amor, por mais clichê e idiota que fosse. Pois ele era o meu amor, meu primeiro amor de verdade. Com ele descobri o quando é bom pronunciar seu nome, o quanto é bom sentir sua pele em contado com a minha. Sentir que nossos corpos se encaixam, nossas diferenças se completam e nossas afinidades, tornam tudo harmônico. Estava dirigindo sem destino, estão entrei em uma ruela, bem estreita e estranha.
Então o vi parado na esquina da rua onde estava me impedindo de passar. Pensei em voltar, mas estava no meio do caminho. E não conseguiria dar uma ré rápida e fugir. A não ser que fosse doida e tivesse a fim de esfolar toda a Mercedes 350 do meu pai.
Ele me olhou e fez com as mãos uns movimentos tipo “Sai do carro”.
Fiquei rígida segurando o volante, balancei a cabeça negando, mostrando que não sairia.
Pisei no acelerador mostrando que passaria por cima, se ele continuasse na minha frente. Ele se contorceu rindo.
Fale com o autor