P.O.V. Carslile.

Conhecer os meus netos biológicos esclareceu muitas coisas, mas gerou mais dúvidas porque ele tinha olhos azuis? Como era sua estrutura genética?

Sua pele era como a nossa ou como a deles? Henrik era uma incógnita.

—Se me permitir, gostaria de fazer alguns testes?

—Claro. Eu respiro embaixo d'água.

—O que?

—Eu consigo respirar embaixo d'água e faço ela se mover.

—É um dom interessante filho.

Eu peguei a agulha e ele olhou pra mim como se eu fosse idiota.

—Tá me zoando? Isso não vai funcionar.

—Como assim não vai funcionar?

—Agulhas não perfuram a pele dos gêmeos. Quando o Henrik teve crise de asma eu o levei ao hospital e as agulhas das enfermeiras entortaram contra a pele dele. Quebraram. Eu pensei que fosse alguma característica que ele tinha herdado do pai e virado de ponta cabeça.

—Então precisaremos das minhas agulhas especiais.

—Agulhas especiais?

—Sim. Feitas de um material muito especial, invetadas pela sua mãe.

—E que material é esse?

—Aço valiriano. Eu não inventei, encontrei a fórmula num dos muitos livros que eu achei. É o meu hobbie, caçar livros.

—Tá. Vamos nessa.

P.O.V. Henrik.

Depois que ele acabou de coletar o meu sangue começou a fazer testes e mais a agulha feita pela minha mãe biológica passou tranquilamente pela minha pele.

—Extraordinário!Parece que misturar a genética de uma híbrida mutante classe cinco com de um dos vampiros da primeira família teve resultados... inesperados.

—Inesperados?

—Minha querida, os seus filhos são mais potentes do que você e mais potentes do que os pais deles.

—Isso pode ser um problema.

—Porque?

—Se os meninos tiverem magia negra e ela for ativada isso pode consumi-los vovô. Além do mais o que aconteceria se os pais deles soubessem que os meninos, os seus próprios filhos podem um dia derrubá-los? Acha que eles cairiam sem lutar?

P.O.V. Elijah.

Eu queria saber dos meus filhos e quando a bruxa me viu ela deu um sorrisinho irônico.

—Porque esse sorriso bruxa?

—Porque eu já sei a sua pergunta e a sua resposta. Finalmente, os Deuses ouviram as nossas preces.

—Nossas preces?

—As preces das bruxas e no fim, as crianças que pensávamos serem a pior das pragas são as maiores bençãos porque elas porão um fim á carnificina que vocês causam. Os dois pares de gêmeos vão ser responsáveis pela queda de vocês, quanto maior a subida maior a queda.

—O que isso quer dizer?

—Todos os reinados chegam ao fim e todos os reis tem herdeiros. A natureza usou sua falsa nobreza e sua única fraqueza contra você mesmo. Ou talvez, você seja baixo o suficiente para tirar a vida dos seus filhos. Porque é uma infeliz escolha que tens diante de você ou você tira a vida de seus filhos ou eles tiram a sua. Tome sua decisão.

A bruxa sorriu vitoriosa e cortou a própria garganta.

—Que droga!

Voltei pra casa.

—E então Elijah? O que a bruxa disse?

—Eles vão nos matar.

—O que? Quem?

—Nossos filhos. Henrik e Hannah me matarão e Liliana e Luca matarão você.

—Impossível! Somos imortais.

—Rebekah, as suas cópias do mal tinham estacas feitas com a madeira do carvalho branco que se multiplicavam com o toque!

—Não há uma saída?

—A bruxa disse que somos ou nós ou eles.

—O que?!

—Então vamos matá-los.

—Não! Isso não é uma opção.

—É a única opção.

—Eles são nossos filhos!

P.O.V. Henrik.

Eu tenho uma namorada a Blake e eu não quero que ela seja um alvo ou que eles a usem para machucar a gente, por isso vou atrás dela e vou trazê-la para ficar comigo e para que fique em segurança.

—Não. Sozinho você não vai. Perdi você uma vez meu filho e não vou deixar que aconteça de novo.

Os olhos da minha mãe se perderam.

—Eles vão trocar de lugar. O Klaus vai atrás da Blake e o Elijah vai atrás dos das namoradas de vocês, troquem as armas. Armas prateadas vão com Henrik e Hannah e armas douradas com Luca e Lili.

—E qual é a diferença?

—A munição. A munição das douradas é para os outros originais e a das prateadas eu fiz especialmente para o Klaus. Agora vão e levem os carros pretos.

—Porque os pretos?

—Vidros á prova de mísseis, um tanque pode passar encima deles que eles nem amassam. Acredite, vão precisar deles e não se poupem crianças acabem com eles pois farão pior com você.

—Eu acredito. Vamo bora.

Nossa mãe biológica é tudo menos normal, ela nos ensinou a brigar, a atirar como um franco atirador, a usar magia e a montar e desmontar armas numa velocidade impressionante. A maioria das mães ensina os filhos a serem bonzinhos e a pedir desculpas, nossa mãe nos ensinou a hakear computadores, bluethooth, a fazer bombas de verbena, estacas e balas de prata, á fazer munição UV. Etc.

Quando chegamos pude ouvir a voz do cretino do meu tio ameaçando a Blake.

—Por favor, eu tenho dinheiro. Posso te dar o tanto que quiser.

—Eu também tenho dinheiro amor, vamos fazer um joguinho. Eu vou cortar os seus dedinhos e mandar pro seu namoradinho.

—Por favor.

Eu falei:

—Vamo nessa, você entra pela frente e eu vou pelos fundos e pego a Blake. Mira no coração.

—Falou.

Invadimos a casa e atiramos nele.

—Blake, você tá bem? Tá machucada?

—Não. Henrik o que tá acontecendo?

—Temos que ir antes que ele acorde.

—Acordar? Ele morreu.

—Acredite, ele ainda tá vivo. Vamos rápido.

Blake pegou uma mala escondida embaixo do assoalho e fomos embora correndo.