Trocados na maternidade
Luca Cullen Mikaelson
P.O.V. Carslile.
Conhecer os meus netos biológicos esclareceu muitas coisas, mas gerou mais dúvidas porque ele tinha olhos azuis? Como era sua estrutura genética?
Sua pele era como a nossa ou como a deles? Henrik era uma incógnita.
—Se me permitir, gostaria de fazer alguns testes?
—Claro. Eu respiro embaixo d'água.
—O que?
—Eu consigo respirar embaixo d'água e faço ela se mover.
—É um dom interessante filho.
Eu peguei a agulha e ele olhou pra mim como se eu fosse idiota.
—Tá me zoando? Isso não vai funcionar.
—Como assim não vai funcionar?
—Agulhas não perfuram a pele dos gêmeos. Quando o Henrik teve crise de asma eu o levei ao hospital e as agulhas das enfermeiras entortaram contra a pele dele. Quebraram. Eu pensei que fosse alguma característica que ele tinha herdado do pai e virado de ponta cabeça.
—Então precisaremos das minhas agulhas especiais.
—Agulhas especiais?
—Sim. Feitas de um material muito especial, invetadas pela sua mãe.
—E que material é esse?
—Aço valiriano. Eu não inventei, encontrei a fórmula num dos muitos livros que eu achei. É o meu hobbie, caçar livros.
—Tá. Vamos nessa.
P.O.V. Henrik.
Depois que ele acabou de coletar o meu sangue começou a fazer testes e mais a agulha feita pela minha mãe biológica passou tranquilamente pela minha pele.
—Extraordinário!Parece que misturar a genética de uma híbrida mutante classe cinco com de um dos vampiros da primeira família teve resultados... inesperados.
—Inesperados?
—Minha querida, os seus filhos são mais potentes do que você e mais potentes do que os pais deles.
—Isso pode ser um problema.
—Porque?
—Se os meninos tiverem magia negra e ela for ativada isso pode consumi-los vovô. Além do mais o que aconteceria se os pais deles soubessem que os meninos, os seus próprios filhos podem um dia derrubá-los? Acha que eles cairiam sem lutar?
P.O.V. Elijah.
Eu queria saber dos meus filhos e quando a bruxa me viu ela deu um sorrisinho irônico.
—Porque esse sorriso bruxa?
—Porque eu já sei a sua pergunta e a sua resposta. Finalmente, os Deuses ouviram as nossas preces.
—Nossas preces?
—As preces das bruxas e no fim, as crianças que pensávamos serem a pior das pragas são as maiores bençãos porque elas porão um fim á carnificina que vocês causam. Os dois pares de gêmeos vão ser responsáveis pela queda de vocês, quanto maior a subida maior a queda.
—O que isso quer dizer?
—Todos os reinados chegam ao fim e todos os reis tem herdeiros. A natureza usou sua falsa nobreza e sua única fraqueza contra você mesmo. Ou talvez, você seja baixo o suficiente para tirar a vida dos seus filhos. Porque é uma infeliz escolha que tens diante de você ou você tira a vida de seus filhos ou eles tiram a sua. Tome sua decisão.
A bruxa sorriu vitoriosa e cortou a própria garganta.
—Que droga!
Voltei pra casa.
—E então Elijah? O que a bruxa disse?
—Eles vão nos matar.
—O que? Quem?
—Nossos filhos. Henrik e Hannah me matarão e Liliana e Luca matarão você.
—Impossível! Somos imortais.
—Rebekah, as suas cópias do mal tinham estacas feitas com a madeira do carvalho branco que se multiplicavam com o toque!
—Não há uma saída?
—A bruxa disse que somos ou nós ou eles.
—O que?!
—Então vamos matá-los.
—Não! Isso não é uma opção.
—É a única opção.
—Eles são nossos filhos!
P.O.V. Henrik.
Eu tenho uma namorada a Blake e eu não quero que ela seja um alvo ou que eles a usem para machucar a gente, por isso vou atrás dela e vou trazê-la para ficar comigo e para que fique em segurança.
—Não. Sozinho você não vai. Perdi você uma vez meu filho e não vou deixar que aconteça de novo.
Os olhos da minha mãe se perderam.
—Eles vão trocar de lugar. O Klaus vai atrás da Blake e o Elijah vai atrás dos das namoradas de vocês, troquem as armas. Armas prateadas vão com Henrik e Hannah e armas douradas com Luca e Lili.
—E qual é a diferença?
—A munição. A munição das douradas é para os outros originais e a das prateadas eu fiz especialmente para o Klaus. Agora vão e levem os carros pretos.
—Porque os pretos?
—Vidros á prova de mísseis, um tanque pode passar encima deles que eles nem amassam. Acredite, vão precisar deles e não se poupem crianças acabem com eles pois farão pior com você.
—Eu acredito. Vamo bora.
Nossa mãe biológica é tudo menos normal, ela nos ensinou a brigar, a atirar como um franco atirador, a usar magia e a montar e desmontar armas numa velocidade impressionante. A maioria das mães ensina os filhos a serem bonzinhos e a pedir desculpas, nossa mãe nos ensinou a hakear computadores, bluethooth, a fazer bombas de verbena, estacas e balas de prata, á fazer munição UV. Etc.
Quando chegamos pude ouvir a voz do cretino do meu tio ameaçando a Blake.
—Por favor, eu tenho dinheiro. Posso te dar o tanto que quiser.
—Eu também tenho dinheiro amor, vamos fazer um joguinho. Eu vou cortar os seus dedinhos e mandar pro seu namoradinho.
—Por favor.
Eu falei:
—Vamo nessa, você entra pela frente e eu vou pelos fundos e pego a Blake. Mira no coração.
—Falou.
Invadimos a casa e atiramos nele.
—Blake, você tá bem? Tá machucada?
—Não. Henrik o que tá acontecendo?
—Temos que ir antes que ele acorde.
—Acordar? Ele morreu.
—Acredite, ele ainda tá vivo. Vamos rápido.
Blake pegou uma mala escondida embaixo do assoalho e fomos embora correndo.
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