O anel de brilhantes guardado no bolso de seu casaco era o seu orgulho no momento. Ele nem havia pensado no que diria para Cecília ainda, mas já imaginava a expressão surpresa que tomaria conta do rosto da outra, do sorriso adorável que adornaria os seus lábios e de como ela ficaria sem palavras ao ver o tal anel. Seria ótimo. Seria perfeito... E aquela cena perfeita seria só o inicio de uma vida perfeita que os dois teriam juntos.

Um sorriso abobalhado escapava de seus lábios a cada vez que pensava nisso, cada vez que começava a imaginar onde estaria dali um ou dois anos, como estaria e com quem estaria... Será que continuaria vivendo em Little Hangleton? Ou será que acabaria se mudando para alguma das propriedades de sua família em Londres? Ou quem sabe em Hornsea? Bom, não fazia muita diferença, afinal, seja lá onde ele estivesse, ela estaria ao seu lado, e isso já era mais do que o suficiente para que ele ficasse contente.

Nada – absolutamente nada — poderia estragar o seu humor naqueles dias que antecediam a chegada de Cecília a Little Hangleton. A seriedade de seu pai, os surtos de perfeccionismo de sua mãe, o frio do inverno... Tudo aquilo passava despercebido pelo homem que só tinha uma coisa em mente: o futuro, as inúmeras cenas que se passavam pela sua cabeça, ilustrando uma possível vida que ele iria ter dali para frente.

Dois anos depois, não havia Cecília, não havia casamento, não havia filhos, não havia vida nova e, definitivamente, não havia futuro para Tom Riddle.