POV Hiro

O que eu posso dizer? Eu sou um completo idiota! Exatamente um completo idiota! Eu beijei a minha melhor amiga! Por que eu fiz essa burrada?! Certo que foi eu que meio… tomei a iniciativa de fazer isso. Quer saber, eu fiz. E não faria se não tivesse 50% de certeza do que eu estava fazendo. E nesse caso, eu tinha 100%. Eu gosto da Rose, essa é a verdade. Apesar que meio que olhar na cara dela seria um pouco difícil. E sim, eu dei um apelido pra ela, problemas? Enfim, eu não vou mentir, eu ia dar outro beijo quando o Baymax apareceu do nada. Fique dividido, por um lado feliz, por achar a galera mas, com vergonha do papelão que eu paguei. Eu soltei ela no mesmo segundo. Olhei para o Baymax. Eu tinha o reencontrado. Não consegui segurar as lágrimas de alegria. Eu tinha recuperado tudo que eu tinha perdido. E mais se me permitem dizer. Eu cheguei perto do meu amigo. Coloque minha mão direita sobre ele. E olhei pra cima com os olhos merejados.

— Oi Baymax.— Disse dando um abraço nele. Como se eu nunca mais fosse vê-lo. Eu nunca mais perderia ninguém, pelo menos tentar.

— Olá Hiro. Eu senti muito a sua falta.— Ele disse. Apesar de ser um robô, percebo que o Baymax tem consciência própria. E pude até notar alegria naquela voz fofa dele.

— E quem é essa atrás de você?— Ele indagou quando Rose se virou mostrando seu rosto cor pêssego com um sorriso pequeno mas, sincero e lindo igual à dona… caramba eu tô mesmo afim dela. Depois que tudo isso acabar, eu vou ter que resolver muita coisa.

— Oi Baymax.— Disse com sua voz doce e irônica ao mesmo tempo. Como ter quase morrido fosse uma experiência agradável.

— Rose?— Ouvi uma voz familiar se pronunciar detrás de nós.

— Honey?—Rô disse mais atrás do corredor que nos encontrávamos. Quando a galera saiu toda de uma sombra, revelando vários rostos surpresos.

— HIRO!— Fred exclamou vindo ao meu encontro e me levantando. Assim como todos vieram ao meu encontro e dizendo que era bom me rever. Menos a Honey que estava frente a frente com a Rô, atônita. Rô só esboçava um sorriso sereno também com lágrimas nos olhos. A Honey se pôs de joelhos em frente da Rose e colocou a mão envolta da bochecha da mais nova. A mesma começou a chorar de vez. Em seguida, deu uma abraço bem forte na Rô que retribuiu. Afinal a Honey tinha achado a irmã mais nova dela. Pelo menos, postiça.

— Nuca mais faça isso de novo. Quase me mata do coração. Na próxima escuta o Hiro, só o susto que você fez a gente passar…foi horrível. Que bom que está bem.— Disse se colocado de pé limpando as lágimas do rosto.

— Certo.— Afirmou assentindo com a cabeça.

— Achamos vocês até que fim.— Eu disse pra descontrair.

— Nada melhor agora que prosseguir. Mas, dessa vez, sem morte ok.— Gogo brincou fazendo aspas em morte. E pensar que por um momento, esse era meu único destino. No entanto, não mais.

°°°

Todos nós andávamos pelos corredores. Eu não conseguia evitar de esboçar um sorriso toda vez que olhava que via a Rose. Aí a galera começou a estranhar e o Baymax deu o golpe de misericórdia sobre o nosso… sabe… beijo. Cara que constrangedor! E a situação não ajuda nada!

— Então como acharam a gente?— Rô perguntou.

— O Baymax tinha detectores de calor e achamos algo além de metal.— Wasabi disse meio irônico.

— É mesmo. E por sinal os sensores indicaram alta nível de batimentos cardíacos.— Fred citou. Eu fiquei pálido. E por saber o por quê.

— E não é só isso, também tinha sangue quente e nível de hormônios em alta.— Gogo falou com certa malícia, com um fundo de indagação. Eu tô ferrado, se a Gogo falar, o Baymax vai dar com a voz nos dentes. Eu tentei parecer calmo e não parecer que estava com pânico completo! A Rose também estava apreensiva. Que mico!

— Deve ser nada demais. Afinal quem não fica nervoso depois de quase morrer não é mesmo.— Tentei fala com convicção e minha ironia normal. Mas, o meu pânico não deixava! Tudo bem, tudo bem, tudo bem. Calma Hiro Hamada, foi só um beijo, já passou por coisas piores e bem mais apavorantes. Mas, não tão… estranhamente bom, confortável e em completa sensação que o mundo parou. Cara! Ficar apaixonado é muito estranho! Quem vive assim?!

— Eu também acho que foi só… sei lá. Pânico?— A Rô disse. Cara acho que eu vivo assim. E muito estranho ser afim da sua melhor amiga. Mas voltando ao golpe de misericórdia.

— Além de altas taxas de alegria e euforia.— Ai jaz o golpe de misericórdia! Vou dizer uma coisa, o caldo vai engrossar!

— Hiro, você não tem a frieza da Gogo pra saber mentir. O que aconteceu?— Honey perguntou de braços cruzados. Ferrou!

— Vocês querem tanto saber? Beleza, mas pode ser em particular. Honey me dá 2 bolas químicas de proteção. Assim que eu pedia, a Honey as fez mesmo confusa. Eu fui até a Rô.

— E pro seu próprio bem e da sua dignidade. Por favor, não me odeie.— Disse.

— O quê…— Ela começou antes de ser interrompida pela bolha que eu formei em volta dela. Eu já estava me preparando o que rolaria em 3,2,1…

— Hiro Hamada! Garoto me tira já daqui!— Ela berrou de dentro da bolha.

— Só se você me prometer que vai me deixar explicar.— Eu tentei argumenta.

— Olha só o que você vai dizer!— Ela disse agora soando preocupada.

— Se quiser fica aí dentro, mas eu sei que você pode nos ouvir; então, promete que não vai ficar berrando no comunicador ou no meu ouvido e eu deixo você sair. — Afirmei com convicção.

— Eles iam saber de qualquer jeito. Só me tira daqui. Você sabe que eu não gosto de lugares fechados.— Pronunciou derrotada. Eu abrir a bolha com a ajuda do Baymax. Ela estava com uma cara engraçada de raiva e apreensão ao mesmo tempo.

Respirei fundo e falei as palavras sem volta:

— Quem vai perguntar primeiro?

°°°

— Vocês o quê?!— A Honey berrou com os olhos saltando pra fora boquiaberta com a notícia bombástica que acabará de receber. Todos os outros também estavam em estado de choque. Talvez achassem um pouco impossível do amigo de eu ser afim dela. Que foi? Só porque é minha melhor amiga e…falando alto agora é verdade um pouco impossível.

— Foi um dia estranho pra todo mundo.— A Gogo disse sarcástica mas, visivelmente incrédula.

— Vocês se beijaram mesmo?!-Fred disse fazendo eu e ela ficarmos vermelhos. A Gogo deu um tapa de leve na cabeça dele. Obrigado! Alguém aqui tem consciência de como isso tudo é vergonhoso!

— Pois é. Eu sei que é bem estranho e tudo, mas podemos falar de tudo isso quando a missão acabar.— Lembrei a todos.

— Temos o cubo e a localização. Precisamos ser rápidos.—Falei sério.

— Ele tá certo. Depois a gente fala sobre…isso.— Rose falou completando o meu raciocínio. Todos já iam quando eu a chamei.

— Olha Rô eu sinto muito pelo “incidente”. Foi no impulso o momento. Eu não que estragar nossa amizade por causa…—Eu comecei, só comecei. Quando ininterrompido quando a Rô me deu um selinho de leve me fazendo calar a boca. Ela é uma pessoa bem imprevisível.

— Não precisa se desculpar. Eu também gosto de você. E se eu quisesse parar o que você estava fazendo, já estava com uma bela marca de 5 dedos no rosto.— Ela falou rindo — Mas, não dá pra resolver isso agora, Hiro. O que está em jogo e grande demais. É a nossa cidade, e tudo está diferente agora. Dúvida não é mais algo que podemos ter o luxo de ter. — Ela parou para tomar fôlego — Mas, não se estresse. Na hora certa, você vai saber o que fazer — Ela olhou fundo nos meus olhos — Está no seu sangue.

Cara! Como é possível não se apaixonar por essa garota.

°°°

Nós prosseguimos normalmente. Fora o fato que o Yokai poderia atacar a qualquer momento. Eu estava grudado com todos os meus amigos. A gente estava perto da luz do infindo. E eu percebia que quanto mais perto, mais estranha a Rô ficava. Nós estávamos poucos metros da sala quando tudo começou a tremer.

—Cuidado!— Era outro deslisamento. Mais armadilhas e essa era a pior. Eu naõ pensei duas vezes peguei a mão da Rose outra do Baymax. E chamei a galera para se reunir, corremos e nos separamos de uma certa distância para um proteger o outro, subi no Baymax e começamos na nossa defesa. Saímos correndo pelo corredor. A Rô lançava flechas com maestria, a Honey lançava bolas químicas a todo lado, o Wasabi cortava as pedras, Fred derretia o metal que caia e Gogo criava impacto colocando seus discos megalev contra as rochas. Porém, tínhamos que sair dali. E o deslisamento estava ficando maior.

— Por ali!— Exclamei mostrando literalmente um luz no fim do túnel.

Corremos o mais rápido que nossas pernas deixavam, e finalmente chegamos a sala. Os entulhos caíram na frente da porta. Droga! Isso sempre rola.

— Tá todo mundo bem aqui? — Perguntei.

— Sim.— Todos disseram em uníssono.

— A gente não tá muito longe da luz, mas vai sr um bom pedaço de caminhada por esse outro corredor.— Disse, todos estavam boquiabertos. E quando me virei entendi porque. Era o computador central. Eu fui vê-lo melhor.

— Gente isso é muito estranho.— Afirmei.

— Gente olha isso. São gravações completas. O que será que o Krei queria que ninguém mais visse?— Indaguei sozinho.

— Eu tentei entrar. Não descobri muita coisa só que a criança era menina. Nada mais.— Ela disse. Com muita, mas muita dificuldade consegui hackear o sistema. E com isso eu tive acesso as gravações completas. No entanto, tinha uma senha.

— Tem uma espécie de senha. Eu não consigo acessar.— Falei meio frustrado. Eu não tinha ideia.

— Que tal “luz do infindo”?— Fred sugeriu, era meio óbvio mas, era o melhor que tínhamos. Deu errado.

— Sei lá. A frente do tempo. Ele é bem convencido.— Gogo opinou. E deu errado também.

— Tecnologia?— Foi a vez da Honey.

— Nada.—Falei já sem esperança.

— Tenta “além do espaço”.— Rô se pronunciou. Eu fiz a sugestão dela, mesmo que a contragosto, e o que aconteceu me deixou assombrado.

Senha aceita.— O computador soou.

— Você acertou.— Eu disse sem reação. Coo ela sabia, eu não sei. Como ela adivinhou também não sabia.

— Como você sabia?—Indaguei.

— Eu não sei. Talvez do meso jeito que sabia os caminhos daqui, ou como eu te encontrei. Eu simplesmente sei. E parece que eu não tenho controle sobre isso. Acho que isso tem a ver com — Ela parou de falar com uma cara atônita — Meu passado. Nuca lembrei de nada que fiz até os 4 anos. Era como se tudo que eu tivesse na cabeça fosse apagado, vamos ver isso logo. Tô curiosa — Terminou de dizer.

Muito bem general, o nosso grande projeto está quase pronto. Porém, a energia é cara. Por essa razão desenvolvemos isso. Luz do infindo— o cilindro se levantou para mostrá-la— Não dirão nunca mais que é ficção científica. Essa fonte renovável foi feita para brilha com a intensidade de milhares de soís, e sua energia também. Coloquem pra funcionar.”

Senhor, a cientista está na câmara. Ela está com a filha.” A gravação deu um novo foco a tal câmara. Era circular cheia de brinquedos, e a cientista, melhor, os cientistas estavam brincando com a filha. Era uma garotinha de vestido listrado e sapatilhas branca brilhosa. Ela tinha um cabelo solto e estava com os materiais de laboratório do local. Já a mãe ria da peripécia da filha.

Minha linda venha aqui.” A mãe chamou a filha que mostrou um rosto infantil. Ela tinha uma janelinha parecida com a minha nos dentes, um cabelo ondulado farto e bagunçado, fora os olhos verde-esmeralda familiares… espera aí!

Rose, para de brincar” Eu fiquei em estado de choque quando ouvi. A criança atingida, era a Rose…