Topo do mundo

Profundezas das trevas


POV Narradora

Olá povos e povas! Sou eu de novo. Ninguém se livra de mim assim tão fácil. Pois é vocês viram os tantos problemas que o coitado do Hiro passou. Deu uma pena tão grande, gente isso não se faz! O que eu mais queria era entrar naquela historia e dar uma lição no Callaghan que ele nunca iria esquecer, mas já que eu não posso fazer isso, eu me contento de roga praga pra ele daqui mesmo. Sim eu sou revoltada, me chamem do que quiserem (eu não disse “tudo” ouviram!). Eu vou continuar os acontecimentos. Aproveitem. Sim eu vou continuar narrando temporariamente meus caros leitores “os sensíveis saiam, repito o aviso”. Chega de adiar e vamos à treta...

***

Hiro corria por toda biblioteca, a cada passo que dava, sabia que era um segundo a mais que seus amigos ficavam nos pesadelos terríveis. Ele não sabia de tudo sobre seus amigos a esse respeito sobre seus medos, contudo já tinha sentido o efeito do gás. A consciência o salvará por passar no teste, tinha rejeitado sentir ódio não importasse o que lhe ocorresse. Mas não sabia se seus amigos iriam ter mesma sorte de salvação. Todas as pessoas que tinham lá, não se encontravam mais. Provavelmente por Yokai assustá-las depois de lançar o gás, que deve ter feito efeito só depois disso. Possivelmente não queria riscos de chamar a policia e anular o gás antes que fizesse efeito. Ele gritava por todos:

–Gente, gente! Alguma pessoa. Honey, Gogo... Alguém? -ele gritava todo tempo desesperado. Ele lembrou então que eles só sairiam do transe se vencessem seus medos interiores, e a pessoa perdia completamente os sentidos nesse meio-tempo. Não iriam escuta-lo. E ele sabia que não era fácil. Estava cansado, sentou no chão. Ele crispou seus cabelos, alguns fios estavam presos na nuca, fechou os olhos e respirou bem fundo. Ele começou a conversar com Baymax:

–Eu acho melhor a gente dar uma pausa. Mesmo que os encontremos, não vão nos escutar. Eles vão está presos. Presos em pesadelos. Eu estou muito preocupado, não sei o que fazer. Eu devo ser o pior líder do mundo. -ele disse. O lance dos medos ainda o afetava um pouco. Estava muito inseguro. Seus sentimentos estavam insanos e a preocupação estava a mil.

–Hiro não fale assim, você é um ótimo líder. Ser isso não é fácil, mas você está se saindo muito bem. -Baymax o abraçou. Ele sempre se sentia reconfortado com um abraço daquele fofo robô, o seu melhor amigo. O solto em seguido.

–Certo. Agora não é hora pra pânico, nada de surtar Hiro Hamada. Vamos pensar: o que eu posso fazer?Pensa, pensa. Você é um prodígio aja como tal. -ele refletia com seu amigo andando de um lado por outro e falando sozinho. Certo, cara você tem problema! Vai procura um psicólogo vai!

–Seus níveis neurotransmissores estão agitados. - Baymax falou.

–É. Claro eu... Tive uma ideia Baymax, por favor, me diz você escaneou todo mundo?-ele perguntou quase implorando com uma expressão engraçada.

–Sim, fui feito para isso. –ele respondeu ao garoto.

–Nós podemos achar o pessoal assim, rastreando-os, estão dormindo não mortos, bom eu espero que não estejam. -ele falou empolgado, mas relutante no fim da frase. Chocalhou a cabeça voltou a sua “sanidade”.

–Por quem começo?-Baymax indagou.

–Pelo mais perto. A biblioteca e grande demais para procurar um a um, o tempo é pouco e temos de ser rápidos. Muito rápidos. -ele falou sério. Seus pensamentos estavam agitados e seu coração a toda por causa daquela situação estressante, seus amigos poderiam está dependendo dele. Ele poderia ser a diferença entre a vida e a morte. E sabia que como super-herói tinha que lidar com isso, mas essas vidas tinham um impacto muito maior. Ele realmente se preocupava com todos. E mal sabia o mesmo que tinha razão para está...

***

Rose abre os olhos lentamente. Ela está meio tonta e recobrando os sentidos devagar, estava sozinha. O vento rugia em seus ouvidos enquanto ela acordava, seus cabelos estavam soltos, seu rabo de cavalo estava desfeito. Estava confusa e desorientada. Não se lembrava de muita coisa.

Ela não conseguia pensar em coisa nenhuma. Do nada o ar começou a ser roubado dos seus pulmões e então tudo ficou negro mais uma vez. Levou outro tempo. Mas seus sentidos retornaram novamente e ela conseguiu poder sentir tudo outra vez, bom pelo menos ter noção de que sua visão estava ativa e não ficara cega. Os seus olhos piscavam freneticamente apesar de não conseguir ver nada, era escuro o local. Estava deitada em algo frio. Seria a neve?Gelo? Ela não sabia dizer ao certo o que era. Nada dava.

Ela sentou de joelhos no chão gélido e escuro levando uma mecha de seus cabelos atrás da orelha, castanhos que às vezes pareciam até negros como o de Hiro, no entanto era só ilusão de ótica. Fechou os olhos com força em seguida. Sua garganta estava seca, lágrimas quentes rolavam pelo rosto. Seus pulmões, seus ossos, sua carne. O corpo inteiro doía. Pela primeira vez a mesma gostou de não poder ver nada, era como lâminas afiadas tivessem transpassado pelo seu corpo inteiro sem nenhum tipo de piedade, várias delas. Porém não era de se lamentar, por causa de detestar autopiedade, enxugou as lágrimas e começou a trabalhar a mente. Levantou-se com dificuldade e começou a andar pelo local. Estava um breu, ela não conseguia ver nada, contudo não desistiu de andar. Ela procurava uma luz, um resposta, uma direção. Qualquer coisa que desse uma pista de onde permanecia ou se sairia de lá. Tateava o local, ao seu lado era somente uma parede lisa e opaca. Nenhum som que lhe desse uma referência.

Os seus pensamentos estavam a mil, sua cabeça pesava, mas ela não se preocupava com sua vida, mas a de seus amigos. Depois que apagou, não sabia como eles estavam ou ao menos se estavam vivos. Estes últimos pensamentos fez a menina cai de joelhos e chorar pensando no pior. A mais remota ideia de seus melhores amigos não... Estarem mais lá, lhe abalavam de um jeito inacreditavelmente profundo. Nunca fora boa para fazer amizades, pelo contrario seu jeito e sua inteligência a fazia ter uma grande dificuldade. Todo a achavam estranha e muitas vezes suas únicas companhias eram os seus livros e seu conhecimento. Por ser um prodígio implicavam com ela, era avançada para sua idade. Bullying, sim ou com certeza, meus caros leitores. Não o pesado; nunca chegaram a bater nela, era menina não podia e é contra lei (afinal todo Bullying é). Mas faziam uma coisa pior: excluíam. O tempo passou e ela se acostumou com isso, ficava conversando com Alana, lia para passar o tempo sempre em um lugar arborizado, a natureza a fazia se sentir... Completa. Seus favoritos eram de aventura e ação. Quando entrou na faculdade sentiu pela primeira vez que tinha alguma chance de não se senti deslocada. E quando conheceu seus amigos, ela tinha certeza que tinha encontrado o que mais procurava desde a morte de seus pais: mais alguém que se importava com ela de verdade e que poderia retribuir essa atenção. Mas agora, não tinha seus amigos; ela se sentia sozinha novamente. Não, não ia desistir. Iria reencontra-los e quando fizesse isso, iria dar um abraço bem forte em cada. Sua nova família. As pessoas por quem estaria disposta para dar a vida se fosse preciso sem hesitação alguma, que sabiam que são ombro amigo, seus melhores amigos, não interessava ser super-heróis, gostava de cada um como pessoa, e o mais reconfortante: gostavam dela como pessoa também. De repente ouviu um som no meio de tantas trevas.

–Quem está aí?- ela perguntou parando de chorar e se levantando. Sua respiração estava ofegante.

Vem cá. –uma voz como susurando a chamava. Sem opção, seguiu esse som com relutância. Observou uma escada meio amarelada feita de pedras brutas. Chegou a uma sala escura, contudo não tão escuro como o resto do ambiente. Uma voz mais alta começou a ecoar na escuridão:

“Ora, ora, ora, o que temos aqui; o que devo a honra do prodígio da natureza”.

Uma voz feminina maldosa falava com um tom de desdém. Ela se assustou, mas manteve a calma e retrucou querendo passar que estava calma, só querendo:

–Quem é você?O que você quer comigo?-ela perguntou com uma respiração rápida.

“Minha querida e alegre Rose, tão ingênua quanto o próprio nome, não sabe?”.

–O que não sei por fim?-ela perguntou começando a ficar assustada pra onde o rumo da conversa estava levando. Tentava manter a tranquilidade. Tinha que se controlar.

“Minha cara, sua busca é tão inútil quanto sua existência.”

Ela gelou por um instante com aquele comentário. Como assim sua busca era inútil? O que a voz estaria tentando provar? E como assim “sua existência?”. O que isso tudo significava afinal? Estava confusa, mas não iria deixar aquela voz confundi-la mais. Tinha um objetivo. Sair da li.

–O que está a insinuando?-ela gritou com raiva daquela voz. Cerrou os punhos. E se pudesse bateria em ma mesa.

“Ora, seus amigo não existem mais.”

Seu mundo parou por completo. Não, não era possível. Eram super-heróis sabiam se defender e Hiro não deixaria; ele era um ótimo líder, saberia o que fazer em qualquer situação, ela compreendia isso.

–Não!Isso não é verdade!- ela exclamou começando um choro.

“Quer que eu prove; certo, irei provar”.

Ela também não sabia que era uma ilusão, ela realmente acreditava que era real, um grande erro achar isso, muito grande mesmo. Uma luz forte começou a aparecer, ela despontou o seu maior temor: um a um, morrendo com gás que a voz lhe dissera ser venenoso, não que causava alucinações como realmente fazia. A garota sentiu suas forças irem embora junto a sua coragem. Não queria acreditar; sua intuição dizia que eles permaneciam vivos. Aquilo era assustador demais para ser real!

“Viu; eu falei se não fosse sua ideia de vir, eles ainda estariam vivos”.

–NÃO!Isso não é verdade! Eles estão vivos, eu sei disso! Não é possível. - ela berrou apavorada. Seu coração estava a toda, seu sangue fervendo e a cabeça estava uma loucura. Cada parte de seu corpo estava quente, quase febril. A sua temperatura aumentava ligeiramente. Sentia que iria desmaiar, sua temperatura estava muito elevada. Seu corpo estava como se estivesse em chamas.

“Seja mulher Rose; aceite, seus amigos se foram, por sua culpa!”

Foi isso, era o tiro de misericórdia. O tom de desdém havia selado tudo, havia pegado em seu pior pesadelo. A menina não suportou, Yokai tinha alcançado seu objetivo, mas o pior foi uma pessoa que nem tinha como se defender direto, nem sabia o certo o que estava enfrentando. Rose se jogou no chão com tudo. O pesar e o remorso vieram com tudo junto a uma torrente de lágrimas que escapavam dos olhos verde-esmeralda de sua dona. Uma nuvem negra começou a envolvê-la no mesmo momento. A mesma percebeu; não se importava. Achava que merecia isso, merecia ter seu fim, resumidamente era isso que a mesma sentia: Tinha levados seus amigos aos suas terminações e ela havia assinado suas sentenças de morte. Era demais, não conseguia carregar esse peso nas costas, para ela fazer isso foi pior do que a própria ter atirado em cada um deles, é os ter levado naquele lugar. Começava a sussurrar em meios soluços e lágrimas constantes, estava abatida demais para pensar:

–Eu sinto muito gente. Eu não queria isso, eu... Não queria perder vocês também. Desculpem-me por tudo, eu não protegi vocês. Não fui forte o bastante. -uma lágrima caiu de seu rosto.

Tinha acabado? Com certeza... Não! Nem pensar, claro que tinha uma chance, ela é uma mocinha e a escritora não é injusta. Uma grande luz em forma de porta apareceu, o brilho era muito forte que dissipo as trevas e fez desaparecer de voz aquela voz irritante que quase me fez tacar fogo na historia! *respirando fundo*Eu tô calma! Enfim, fazendo a mesma levantar a cabeça e conseguir visualizar uma de suas melhores amigas e sua esperança de escapatória; era ela, Rose falou em com lágrimas, porém dessa vez de alegria:

“Não acredito...”.